Hackathons como estratégia para inovação aberta: insights de eventos no Brasil e no Canadá

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.5902/1983465969319

Mots-clés :

Hackathons, Inovação Aberta, Resultados, Estudo de Casos Múltiplos

Résumé

Objetivo: O presente estudo tem por objetivo analisar os elementos capacitadores utilizados em hackathons de desenvolvimento de software e como eles contribuíram para o sucesso dos eventos.
Método: Mediante abordagem qualitativa e exploratória, o método empregado foi o estudo de casos múltiplos, tendo como unidades de análise dois eventos no formato hackathon, organizados por empresa multinacional de tecnologia no Brasil e Canadá. A coleta de dados foi desenvolvida por entrevistas semiestruturadas e análise documental. A análise dos dados foi conduzida com a técnica da análise de conteúdo.
Resultados: Os resultados mostram que a participação de pessoas com perfis e conhecimentos diferentes é importante para os resultados de um hackathon. O suporte fornecido aos participantes e a escolha do desafio proposto são aspectos que afetam a percepção dos participantes sobre o evento, assim como exercem influência nas soluções desenvolvidas.
Limitações da pesquisa: Por se tratar de um estudo de casos múltiplos e de caráter qualitativo, não é viável estabelecer generalizações com base nos resultados do estudo, sendo apenas viável apresentar evidências e propostas com base nos casos concretos estudados.
Implicações práticas: Proposição de melhores práticas a serem seguidas para a organização de hackathons, em específico no contexto das maratonas para desenvolvimento de soluções.
Originalidade: Poucos estudos são direcionados para a aplicação de hackathons, e mais raros são aqueles desenvolvidos considerando diferentes países para análise dos elementos capacitadores baseados em estruturas distintas e suas contribuições na inovação. Investiga-se o desenvolvimento de hackathons como alternativa para inovação na área de software.

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Douglas Wegner, Fundação Dom Cabral, Nova Lima, MG

Doutor em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2011), com período-sanduíche na Universität zu Köln (Alemanha). Atualmente é professor do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). 

Flávio Régio Brambilla, Universidade de Santa Cruz do Sul, Santa Cruz do Sul, RS

Bacharel em Administração (2002) e Bacharel em Direito (2016) pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), com o desenvolvimento de estudo na relação entre os aspectos legais e práticas de Marketing. Especialista em Recursos Humanos (2003) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde trabalhou com Marketing Interno. Especialista em Gestão Organizacional (2004) pela ULBRA. Especialista em Educação a Distância (2007) e Especialista em Gestão Educacional (2008) pelo SENAC/RS, onde foram desenvolvidos trabalhos orientados para educação e consultoria, com ênfase em Marketing de Relacionamento e CRM. Especialista em Gestão da Aprendizagem e Modelos Híbridos de Educação (2020). Mestre em Administração e Negócios: Marketing (2006) pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), onde desenvolveu estudos e trabalhos de Marketing, sendo a Dissertação centrada em Customer Relationship Management (CRM), com abordagem contemplando a relação entre empresas desenvolvedora e usuária da ferramenta, orientada ao Marketing de Relacionamento. Doutor em Administração (2010) pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), cuja Tese abordou as temáticas da Lógica Dominante do Serviço e da Cocriação de Valor, com ênfase na aplicação orientada para Marketing Education no Ensino Superior. Experiência em docência superior de graduação e pós-graduação em Universidades do Rio Grande do Sul, com mais de 15 anos de atuação, inclusive no Stricto Sensu desde 2011.

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Publié-e

2022-12-16

Comment citer

Schaedler, C., Wegner, D., & Brambilla, F. R. (2022). Hackathons como estratégia para inovação aberta: insights de eventos no Brasil e no Canadá. Revista De Administração Da UFSM, 15(4), 563–580. https://doi.org/10.5902/1983465969319

Numéro

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