Estilo cognitivo, self-handicapping e a orientação empreendedora dos colaboradores de uma agroindústria catarinense

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983465931346

Resumen

Objetivo – O estudo objetivou relacionar os estilos cognitivos (EC), os comportamentos de self-handicapping (SH) e a orientação empreendedora (OE) presentes em uma agroindústria catarinense. Esses aspectos se apresentam como alternativas na gestão do capital humano.

Design / metodologia / abordagem – A pesquisa foi descritiva, quantitativa, de levantamento e com procedimentos estatísticos. Os respondentes foram 46 colaboradores administrativos da agroindústria catarinense.

Resultados – Os resultados apontam a predominância de colaboradores com estilo cognitivo quase analítico (31%) e adaptativo (28%). Observaram-se baixos índices de SH na agroindústria pesquisada, demostrando o engajamento dos respondentes na busca dos resultados esperados pela empresa. A OE foi moderada, evidenciando uma postura conservadora da empresa. Não foram observadas diferenças significativas na relação entre os constructos de EC, SH e OE. Entretanto, a relação do SH, OE e gênero confirmou diferenças significantes. Observaram-se maiores índices de SH entre o gênero masculino e maior índice de OE no gênero feminino. Essa diferença desaparece, estatisticamente, nos demais relacionamentos. A conclusão é de que a razão predomina no processo de tomada de decisão, com comprometimento voltado para o alcance dos resultados, com uma atitude mais conservadora do que empreendedora.

Implicações práticas – O estudo do relacionamento de Estilo Cognitivo, de Self-Handicapping, e de Orientação Empreendedora, dentro do entendimento da Gestão do Capital Humano, se constitui em nova perspectiva, possibilitando ampliar o entendimento do tema em termos de prática administrativa.  

Originalidade / valor – Estudar o Estilo Cognitivo, o Self-Handicapping, e a Orientação Empreendedora, no contexto da Gestão do Capital Humano, em uma agroindústria, se apresenta como pesquisa original e de valor, contribuindo para a Teoria da Administração.  

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Sabrina Nascimento, Universidade do Oeste de Santa Catarina, SC, Brasil.

Pós-Doutor em Administração pela Universidade do Estado de Santa Catarina. Doutor em Administração e Turismo pela Universidadade do Vale do Itajaí. Mestre em Ciências Contábeis pela Universidade Regional de Blumenau. Graduação em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Atua desde 2014 na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). Pesquisadora das áreas de empreendedorismo, educação e contabilidade gerencial.

Amélia Silveira, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC Brasil.

Pós-Doutor em Administração pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP). Pós-Doutor em Ciências de la Información (Universidad Complutense de Madrid). Doutor em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Mestre em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  Bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Professor Titular da UFSC, atuou no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA), até 1998, quando se aposentou. Prosseguindo na carreira acadêmica, atuou na Universidade Regional de Blumenau (FURB), de 1999 a 2012, como Professor Visitante, onde desempenhou funções no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGAD) e no Curso de Doutorado em Ciências Contábeis e Administração. Na Universidade Nove de Julho (UNINOVE), de julho de 2011 a fevereiro de 2016, foi Professor Titular no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA), no nível de Doutorado, e no Mestrado em Gestão e Práticas Educacionais (PROGEPE). Em março de 2016 integrou, como Professor Convidado, o Curso de Doutorado Acadêmico em Administração na Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC), contribuindo para sua aprovação e atuando na Área de Concentração em Sustentabilidade, Empreendedorismo, e Dinâmicas Territoriais, na Linha de Pesquisa em Gestão Organizacional e Empreendedorismo. E, no Grupo de Pesquisa em Sustentabilidade em Organizações. Pesquisador nas áreas de empreendedorismo, sustentabilidade e gestão do conhecimento. Em dezembro de 2017 voltou a contribuir como Professora Titular – Aposentada, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  

Vanderlei Both, Universidade do Oeste de Santa Catarina, Chapecó, SC, Brasil.

Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC). Atua, desde 2009, na Cooperativa Central Aurora Alimentos, como Gerente Administrativo do Incubatório de Aves, na cidade de Chapecó, SC.

Citas

Allinson, C. W., & Hayes, J. (1996). The cognitive style index: A measure of intuition-analysis for organizational research. Journal of Management Studies, 33(1), 119-135.

Allinson, C. W., & Hayes, J. (2012). The cognitive style index: Technical manual and user guide. United Kingdom: Pearson.

Andriotti, F. K., Freitas, H., & Martens, C. D. (2011). Proposição de um protocolo para estudo sobre a intuição e o processo de tomada de decisão. Proceedings of Encontro da Administração da Informação, Porto Alegre, RS, Brazil, 3, 163-181.

Armstrong, S. J., Cools, E., & Sadler-Smith, E. (2012). Role of cognitive style in business and management: Reviewing 40 years of research. International Journal of Management Review, 14(3), 238-262.

Barbosa, S. D. (2007). The role of cognitive style and risk preference on entrepreneurial self-efficacy and entrepreneurial intentions. Journal of Leadership and Organizational Studies, 13(4), 88-104.

Berglas, S., & Jones, E. E. (1978). Drug choice as a self-handicapping strategy in response to non- contingent success. Journal of Personality and Social Psychology, 36(4), 405-417.

Castanhar, J. C., Dias, J. F., & Esperança, J. P. (2006). Orientação empreendedora, reconhecimento de oportunidades e desempenho em pequenas e médias empresas brasileiras: Evidências de 2 estudos de caso. Proceedings of Encontro da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração, Salvador, BA, Brazil, 30.

Camozzato, E. S., Serafim, F. K., Cavalheiro, C. C. M., Lizote, S. A., & Verdinelli, M. A. (2018). Estilo cognitivo e intenção empreendedora dos estudantes de administração. Revista Gestão Universitária na América Latina - GUAL, 1(3), 105-121.

Cassol, A., Marietto, M. L., Ribeiro, I., & Baldi, B. (2018). Relação entre a orientação empreendedora e a capacidade de inovar de micro e pequenas empresas. Revista de Tecnologia Aplicada, 7(3), 52-70.

Coura, L. F., Reis Neto, M. T., Verwall, E., & Oliveira, R. R. (2018). Orientação empreendedora: Conceitos e dimensões. Revista Eletrônica Gestão e Serviços, 9(2), 2533-2555.

Cools, E., & Van Den Broeck, H. (2007). Development and validation of cognitive style indicator. Journal of Psychology: Interdisciplinary and Applied, 141(4), 359-387.

Covington, M. V. (2000). Goal theory, motivation, and school achievement: An integrative review. Annual Review of Psychology, 51(1), 171-200.

Covin, J. G., & Miller, D. (2013). International entrepreneurial orientation: Conceptual considerations, research themes, measurement issues, and future research directions. Entrepreneurship: Theory and Practice, 35(5), 855-872.

Covin, J. G., & Miles, M. P. (1999). Corporate entrepreneurship and the pursuit of competitive advantage. Entrepreneurship: Theory and Practice, 23(3), 47-64.

Covin, J. G., & Slevin, D. P. (1989). Strategic management of small firms in hostile and benign environments. Strategic Management Journal, 10(1), 75-87.

Debona, D. (2015). Agroindústria é o setor que mais vai investir em SC até 2017. Retrieved from http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2015/06/agroindustria-e-o-setor-que-mais-vai-investir-em-sc-ate-2017-4786027.html

Del Mar Ferradás, M., Freire, C., Rodríguez, S., & Piñeiro, I. (2018). Self-handicapping and self-esteem profiles and their relation to achievement goals. Annales of Psychology, 34(3), 545-554.

Epstein, S., Pacini, R., Denes-Raj, V., & Heier, H. (1996). Individual differences in intuitive-experiential and analytical-reasoning thinking styles. Journal of Personality and Social Psychology, 71(2), 390-405.

Fernandes, D. V., & Santos, C. P. (2008). Orientação empreendedora: Um estudo sobre as consequências do empreendedorismo nas organizações [Edição Comemorativa 30 anos]. RAE – Eletrônica, 7(1), 1-15. doi:10.5020/2318-0722.2020.8803

Ganda, D. R., & Boruchovitch, E. (2015). Estratégias auto prejudiciais à aprendizagem de professores em formação. Estudos de Psicologia, 32(3), 417-425.

Ganda, D. R., & Boruchovitch, E. (2016). As atribuições de causalidade e as estratégias auto prejudiciais de alunos do curso de pedagogia. Psico-USF, 21(2), 331-340.

Gimenez, F. A. P. (1998). Escolhas estratégicas e estilo cognitivo: Um estudo com pequenas empresas. Revista de Administração Contemporânea - RAC, 2(1), 27-45.

Hair, J., Jr., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. Porto Alegre: Bookman.

Kickul, J., Gundry, L. K., Barbosa, S. D., & Whitcanack, L. (2009). Intuition versus analysis? Testing differential models of cognitive style on entrepreneurial self-efficacy and the new venture creation process. Entrepreneurship: Theory and Practice, 33(2), 439-453.

Kirton, M. J. (1976). Adaptors and innovators: A description and measure. Journal of Applied Psychology, 61(5), 622-669.

Lanznaster, M. (2017). Chapecó 100 anos: Capital da agroindústria. Retrieved from http://www.paginarural.com.br/artigo/2660/chapeco-100-anos-capital-da-agroindustria

Lizote, S. A., Verdinelli, M. A., Pacheco, T., & Ayres, D. S. (2017). Relações do estilo cognitivo com a intenção empreendedora dos estudantes de administração. Proceedings of Congresso de Administração, Sociedade e Inovação, Petrópolis, RJ, Brazil, 10. Retrieved from https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/181185

Lumpkin, G. T., & Dess, G. G. (1996). Clarifying the entrepreneurial orientation construct and linking it to performance. The Academy of Management Review, 21(1), 135-172.

Macedo, A. F. P., Nobre, L. H., Del Corso, J. M., & Souza, A. (2014). Implementação estratégia e estilo do executive: Um estudo sobre alinhamento estratégico e desempenho em pequenas e médias indústrias do Rio Grande do Norte. Revista Ibero-Americana de Estratégia, 13(13), 94-106.

Maciel, P. R., La Falce, J. F., & Santos, M. F. (2018). Análise de estilos cognitivos de gestores aplicados a um empreendimento de engenharia. Amazônia, Organizações e Sustentabilidade, 7(2), 7-24.

Martens, C. D. P., & Freitas, H. (2008) Orientação empreendedora nas organizações e a busca de sua facilitação. Revista Eletrônica de Gestão Organizacional, 6(1), 90-108.

Miller, D. (1983). The correlates of entrepreneurship in three types of firms. Management Science, 29(7), 770-791.

Myers, I. B., McCaulley, M. H., Quenk, N. L., Hammer, A. L. (2003). MBTI Manual: A guide to the development and use of the Myers-Briggs type indicator. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press.

Nascimento, S. (2015). Características empreendedoras dos gestores de empresas incubadas e o efeito moderador do estilo cognitivo. (Doctoral thesis, Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, SC, Brazil).

Nascimento, S., Verdinelli, M. A., & Lizote, S. (2015). Estilo cognitivo e potencial empreendedor: uma análise de suas relações nos estudantes de ciências contábeis. Proceedings of Congresso da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Curitiba, PR, Brazil, 9.

Pardo, M. R. (2014). Estilo cognitivo de gestores e grau de inovação em restaurantes de Porto Velho – RO. (Master’s thesis, Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, RO, Brazil).

Penz, D. (2015). A relação do índice de facilidade tecnológica e a orientação empreendedora: Um estudo com empreendedores brasileiros nos EUA. (Master’s thesis, Universidade do Vale do Itajaí, Biguaçu, SC, Brazil).

Penz, D., Amorim, B. C., Beuren, E. P., Nascimento, S., & Rossetto, C. R. (2019). Da crise à oportunidade: Uma análise da orientação empreendedora de brasileiros nos EUA. Desenvolvimento em Questão, 17(46), 45-55.

Pereira, R., Borini, F. M., & Fischmann, A. A. (2017). Estilo cognitivo e as dimensões do processo de estratégia em micro e pequenas empresas. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, 6(3), 525-552.

Ribeiro, F., Avelino, B. C., Colauto, R. D., & Casa Nova, S. P. C. (2014). Comportamento procrastinador e desempenho acadêmico de estudantes do curso de ciências contábeis. Advances in Scientific and Applied Accounting, 7(3), 386-406.

Sbissa, A. P., Rossetto, C. R., Carvalho, C. E., & Zonatto, P. A. F. (2018). Relacionamento entre capacidade absortiva e orientação empreendedora: Um estudo nos hotéis de Florianópolis (SC). Revista Turismo, Visão e Ação, 20(2), 311-322.

Silva Filho, S. D., & Lizote, S. A. (2019). Auto eficácia e orientação empreendedora: Uma análise de suas relações em pequenas empresas de moda íntima. Revista da Micro e Pequena Empresa, 13(1), 78-103.

Sternberg, R. J., & Wagner, R. K. (1991). Mental self-government thinking styles inventory manual. Unpublished Manuscript.

Urdan, T., & Midgley, C. (2001). Academic self-handicapping: What we know, what more there is to learn? Educational Psychology Review, 13(2), 115-138.

Vance, C., Groves, K. S., Paik, Y., & Kindler, H. (2007). Understanding and measuring linear-nonlinear thinking style for enhanced management education and professional practice. Academy of Management Learning and Education, 6(2), 167-185.

Verdinelli, M. A., Lizote, S. A., Kraemer, M. E. P., Terres, J. C., & Vieira, E. P. (2016). Estilos cognitivos e comportamentos de auto boicote e auto eficácia em relação ao desempenho acadêmico. Proceedings of Colóquio Internacional de Gestão Universitária, Arequipa, Peru, 16.

Verdinelli, M. A., Lizote, S. A., Terres, J. C., & Camozzato, E. S. (2017). Relação do estilo cognitivo com a intenção empreendedora dos estudantes de administração. Proceedings of Colóquio Internacional de Gestão Universitária, Mar del Plata, Argentina, 16.

Verdinelli, M. A., Nascimento, S., Lizote, S. A., & Pereira, L. S. (2016). Estilos cognitivos e traços da personalidade dos discentes de ciências contábeis e sua relação com o desempenho escolar. Proceedings of Congresso da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Contábeis, Ribeirão Preto, SP, Brazil, 10.

Vidigal, P. R., & Nassif, V. M. J. (2013). A relevância dos aspectos cognitivos e afetivos nas ações dos empreendedores em seus empreendimentos. Revista Alcance, 20(1), 38- 57.

Witkin, H. A., Oltman, P. K., Raskin, E., & Karp, S. A. (1971). A manual for the embedded figures tests. Palo Alto, CA: Consulting Psychologists Press.

Yavuzer, Y. (2015). Investigating the relationship between self-handicapping tendencies, self-esteem and cognitive distortions. Educational Sciences, Theory & Practice, 15(4), 879-890.

Descargas

Publicado

2020-12-28

Cómo citar

Nascimento, S., Silveira, A., & Both, V. (2020). Estilo cognitivo, self-handicapping e a orientação empreendedora dos colaboradores de uma agroindústria catarinense. Revista De Administração Da UFSM, 13, 1476–1494. https://doi.org/10.5902/1983465931346

Número

Vol. 13 (2020): Special Issue - 8° Fórum Internacional Ecoinovar

Sección

Articles

Licencia

Derechos de autor y licencias: esta revista sigue siendo el titular de los derechos de autor de los artículos publicados. Para ser publicado, los autores deben firmar la Carta de transferencia de derechos de autor, que se envía a los autores por correo electrónico, otorgando derechos, incluida la traducción, a ReA / UFSM. La revista otorga a terceros el derecho a usar, reproducir y compartir el artículo de acuerdo con el acuerdo de licencia Creative Commons (CC-BY 4.0), como se indica en los documentos PDF de los artículos.