Remuneração de executivos e ciclos de vida organizacional: um enfoque em empresas brasileiras
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465923418Resumen
Essa pesquisa teve como objetivo analisar a remuneração de executivos em cada uma das etapas do ciclo de vida das empresas. Para tanto, realizou-se uma pesquisa descritiva, documental e de levantamento, com abordagem predominantemente quantitativa, utilizando uma amostra de 560 observações, referentes a 112 empresas. Para definição do ciclo de vida no qual se insere cada empresa estudada, optou-se pela metodologia de Dickinson (2011), a qual classifica os estágios do ciclo de vida em cinco fases (nascimento, crescimento, maturidade, turbulência e declínio), baseando-se simultaneamente nos sinais dos fluxos de caixa operacional, de investimento e financiamento. Para construção do modelo econométrico, baseou-se em Madhani (2012), Ventura (2013) e Koh et al. (2015). Os resultados encontrados sugerem que o maior nível de remuneração paga aos executivos foi na fase de turbulência, seguida de crescimento, declínio, nascimento, sendo o menor, observado na fase da maturidade. Conclui-se que o nível de remuneração paga aos executivos das empresas estudadas se relaciona com o ciclo de vida organizacional, corroborando com as teorias da contingência e agência.
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