Características do basalto fácies campos novos da Formação Serra Geral e análise físico-química dos solos da Zona de Preservação e Zona Amortecimento do Parque Estadual do Turvo (RS)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236499486143

Palavras-chave:

Geopedologia, Unidade de conservação, Metais pesados

Resumo

O Parque Estadual do Turvo (PET) é um remanescente de Mata Atlântica localizado às margens do Rio Uruguai, em zona de fronteira entre o Brasil e a Argentina. O PET abriga uma importante biodiversidade e tem na sua Zona de Amortecimento (ZA), intensas atividades agrícolas. Algumas das drenagens que adentram no parque, nascem nessas zonas, atravessando as áreas de plantio, e suas bacias foram delimitadas e inseridas neste estudo. Foram realizadas analises físicas e químicas em 33 amostras de solos coletadas no interior do PET e na ZA; e análises químicas de uma amostra de rocha coletada no PET. A rocha magmática pode ser classificada entre Basalto e Basalto Andesítico. Os solos são principalmente argilosos e franco argilo siltosos, com características ácidas. Os solos do interior do Parque apresentaram teores inferiores de Cr, Co e Pb que os solos da zona lindeira do PET com a Zona de Amortecimento (que recebe manejo agrícola intensivo). Não foram observadas diferenças significativas entre os teores de Cr, Co e Pb entre os solos coletados na zona lindeira do PET - ZA, indicando a semelhanças no enriquecimento desses metais na composição química.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nilson Ferreira dos Santos, Universidade Federal de Santa Maria

Geólogo, Mestrando em Ciências e Tecnologia Ambiental (UFSM)

Malva Andrea Mancuso, Universidade Federal de Santa Maria

Professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Doutora em Geociências.

Fernando Pasini, Universidad Tecnológica del Uruguay

Doutorando em Engenharia e Tecnologia Ambiental (UFPR), Mestre em Engenharia Ambiental (UFSM Santa Maria, 2019), Engenheiro Ambiental e Sanitarista (UFSM Frederico Westphalen, 2017) e Licenciado em Geografia (UNIPAMPA São Borja, 2022). Professor da Universidad Tecnológica del Uruguay, Msc. Engenharia Ambiental

Gustavo Delmar Kehl, Universidade Federal de Santa Maria

Engenheiro Ambiental e Sanitarista – Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Gabriel Baraldi Volpi, Universidade Federal de Santa Maria

Técnico Administrativo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em Ciências e Tecnologia Ambiental (UFSM)

Referências

ANA - AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Catalogo de metadados, Superintendência de Planejamento de Recursos Hídricos. Base Hidrográfica Ottocodificada (BHO) do Rio Uruguai, derivado do mapeamento sistemático na escala 1:50.000 para o estado do Rio Grande do Sul. 2016. Disponível em: https://metadados.snirh.gov.br/geonetwork/srv/api/records/3d6a7031-5b18-45ea-ab41-39911975e51a. Acesso em: 13 dez. 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT. NBR 71819/2016. Solo – Análise Granulométrica. 2016. 12p. Disponível em: https://www.normas.com.br/visualizar/abnt-nbr-nm/1968/nbr7181-solo-analise-granulometrica. Acesso em: nov/2023. Acesso em: 13 dez. 2023.

BERGMANN, M; SILVEIRA, C. A. P.; BAMBERG, A. L.; MARTINAZZO, R.; GRECCO, M. F. Considerações sobre o potencial de uso agronômico das rochas vulcânicas da Formação Serra Geral da Bacia do Paraná. In: HARTMANN, L.A.; SILVA, J. T. D.; DONATO, M. (Org.). Tecnologia e Inovação em Gemas, Joias e Mineração. Porto Alegre: UFRGS, 2014, p. 119-126.

BERGMANN, M.; PROVENZANO, C. A. S. Geologia e recursos minerais da folha Três Passos, SG.22-Y-C-I: estado do Rio Grande do Sul. Escala 1:100.000. Três Passos. Rio Grande do Sul. 2014. Disponível em: https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/18036. Acesso em: 13 dez. 2023.

BRASIL – Ministério do Meio Ambiente. Mata Atlântica. Disponível em: https://www.gov.br/mma/pt-br/assuntos/ecossistemas-1/biomas/mata-atlantica. Acesso em: 13 dez. 2023.

BRASIL. CONAMA - RESOLUÇÃO n°420, de 28 de dezembro de 2009, Ministério do Meio Ambiente Conselho Nacional do Meio Ambiente. 2009. Disponível em: https://cetesb.sp.gov.br/areas-contaminadas/wp-content/uploads/sites/17/2017/09/resolucao-conama-420-2009-gerenciamento-de-acs.pdf. Acesso em: 13 dez. 2023.

BRASIL. Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências. Brasília, DF, 19 de agosto de 2000. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9985.htm. Acesso em: 13 dez. 2023.

BRASIL. Levantamento de Reconhecimento dos Solos do Estado do Rio Grande do Sul. Ministério da Agricultura. Boletim Técnico nº30. Recife. 431 p. 1973.

CPRM, Ministério de Minas e Energia Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral cprm - Serviço Geológico do Brasil - Mapa Geológico Três Passos/RS FOLHA SG-2G-Y-C-I. Escala 1:100.000. 2013.

EIS, G. S. S.; MIZUSAKI, A. M.; ROISENBERG, A.; & RUBERT, R. R. (2014). Formação Serra Geral (Cretáceo da Bacia do Paraná): um análogo para os reservatórios ígneo-básicos da margem continental brasileira. Pesquisas Em Geociências, 41(2), 155–168. Disponível em: <https://doi.org/10.22456/1807-9806.78093>. Acesso em: 13 dez. 2023.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Sistema Brasileiro de Classificação de Solos – SBCS. Embrapa, 1999. Disponível em: https://www.embrapa.br/solos/sibcs. Acesso em: 13 dez. 2023.

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Estudo de Solos do Município de Derrubadas– RS, Circular Tecnica 51 Pg 02 e 03. Pelotas, Julho, 2006. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/30692/1/Circular-51.pdf Acesso 02 fev. 2024.

FONSECA, M. M. Caracterização faciológica das Formações Santa Maria (Membro Alemoa) e Caturrita: interpretação da tipologia de sistemas fluviais. Porto Alegre, 132 f. Dissertação de Mestrado em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.1999.

GRABLE, A.R.; SIEMER, E.G. Effectsof Bulk Density, Aggre gate Size, and Soil Water Suction on Oxygen Diffusion, Redox Potentials, and Elongationof Corn Roots. Soil Sci. Soc. Am. J. 32, 180–186. 1968. Disponível em: https://doi.org/10.2136/sssaj1968.03615995003200020011x. Acesso em: 13 dez. 2023.

HASSLER, M. L. A importância das Unidades de Conservação no Brasil. Soc. e Nat. vol. 17, n. 33, p. 79-89, 2005. Disponível em: <https://seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza/article/download/9204/5666/0>. Acesso em: 13 dez. 2023.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRPAFIA E ESTATISTICAS. Base de dados, Cartas e Mapas municipal (2021) e estadual (2015).Disponível em: <https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/mapas_municipais/colecao_de_mapas_municipais/2020/RS/>. Acesso em: 13 dez. 2023.

IBGE. Folhas SH 22 Porto Alegre e parte das folhas SH 21 e SI 22 Lagoa Mirim: Levantamento de Recursos Naturais. Geologia, geomorfologia, pedologia, vegetação, uso potencial da terra. Rio de Janeiro, V. 33. 1986. 776p.

INPE. Instituto de Pesquisas Espaciais. TOPODATA, Banco de dados geomorfométricos do Brasil. DSI. Divisão de Sensoriamento Remoto – INPE. Folha SRTM 27S5. Publicado em 2008, atualizado em 2011. 2011. Disponível em: http://www.webmapit.com.br/inpe/topodata/. Acesso em: 13 dez. 2023.

INPE Santos – SP Brasil. 2017. Disponível em: https://proceedings.science/proceedings/59/_papers/60189/download/abstract_file1?lang=pt-br. Acesso em: 13 dez. 2023.

LE MAITRE, R. W. Rochas ígneas, uma classificação e glossário de termos. Recomendações da União Internacional de Ciências Geológicas, Subcomissão sobre Sistemática de Rochas Ígneas, Cambridge University Press, 236 p, 2002. Disponível em: https://www.scirp.org/reference/referencespapers?referenceid=1226101. Acesso em: 13 dez. 2023.

LUZ, F. B. DA; CASTIONI; G. A. F.; TORMENA, C. A.; FREITAS, R. DOS S.; CARVALHO, J. L. N.; CHERUBIN, M. R. Soil till age and machinery traffic influence soil water availability and air fluxes in sugar canefields. Soil Tillage Res. 223. 2022.Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/003082422. Acesso em: 13 dez. 2023.

MANCUSO, M. A.; AZEVEDO, F. C. G. de.; WASTOWSKI, A. D.; FIOREZE, M. Determinação das propriedades químicas de águas e sedimentos em área agrícola utilizando espectrometria de fluorescência de raios X por energia dispersiva. Revista do Instituto de Geociências - USP, São Paulo, SP, vol. 16, n. 1, p. 85-100, mar. 2016. Disponível em: https://repositorio.usp.br/item/003082422. Acesso em: 13 dez. 2023.

MILANI, E. J. Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana Sul-Ocidental. Porto Alegre, 255 f. Tese de Doutorado em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1998.

MILANI, E. J.; MELO, J. H. G.; SOUZA, P. A.; FERNANDES, L.; FRANÇA, A.; BARROS, A. Bacia do Paraná. B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, p. 265-287, maio/nov. 2007. Disponivel em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/159449/1/PL-Cobertura-JoaoVila-EGAL-2017.pdf Acesso: 02 fev. 2024.

MORAES, M. C. P. Dinâmica da paisagem da Zona de Amortecimento do Parque Estadual de Porto Ferreira como subsídio para a revisão do plano de manejo. 2013. 82 f. Dissertação (Mestrado em Sustentabilidade na Gestão Ambiental) - Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP, 2013.

NARDY, A.J.R.; MACHADO, F.B.; OLIVEIRA M.A.F. As rochas vulcânicas mesozóicas ácidas da Bacia do Paraná: litoestratigrafia e considerações geoquímico-estratigráficas. Revista Brasileira de Geociências, v.38, n.1, p.178-195, 2008. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/260390280_As_rochas_vulcanicas_mesozoicas_acidas_da_Bacia_do_Parana_litoestratigrafia_e_consideracoes_geoquimico-estratigraficas. Acesso em: 13 dez. 2023.

REICHERT, J.M.; SUZUKI, L.E.A.S.; REINERT, D.J.; HORN, R.; HÅKANSSON, I. Reference bulk density and critical degree-of-compactness for no-tillcrop production in subtropical highly weathered soils. Soil Tillage Res. 102, 242–254. 2009.Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.still.2008.07.002. Acesso em: 13 dez. 2023.

REYNOLDS, W.D.; BOWMAN, B.T.; DRURY, C.F.; TAN, C.S.; LU, X. Indicator sof good soil physicalquality: Density and storage parameters. Geoderma 110, 131–146. 2002. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0016706102002288?via%3Dihub. Acesso em: 13 dez. 2023.

RIO GRANDE DO SUL Decreto N° 17.432, de 11 de agosto de 1965. Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura, – SEMA. Leis Estaduais.1965. Diário Oficial do Estado. Disponível em: https://sema.rs.gov.br/upload/arquivos/201612/06141857-decreto-17432-65-altera-peturvo.pdf. Acesso em: 10 dez. 2023.

RIO GRANDE DO SUL. Decreto N° 2.312, de 11 de março de 1947. Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura – SEMA. Leis Estaduais. 1947. Diário Oficial do Estado. Disponível em: https://sema.rs.gov.br/upload/arquivos/201612/06141854-decreto-2312-47-cria-peturvo.pdf. Acesso em: 10 dez. 2023.

RIO GRANDE DO SUL. Decreto n° 2.312. - SEMA. Diário Oficial do Estado. 1947. Disponível em: https://www.sema.rs.gov.br/upload/arquivos/201612/06141854-decreto-2312-47-cria-peturvo.pdf. Acesso em: 10 dez. 2023.

RIO GRANDE DO SUL. Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler - FEPAM. Portaria nº 085/2014, de 05 de setembro de 2014. Dispõe sobre o estabelecimento de valores de referência de qualidade (VRQ) dos solos para 09 (nove) elementos químicos naturalmente presentes nas diferentes províncias geomorfológicas/geológicas do Estado do Rio Grande do Sul. Diário Oficial do Estado, Porto Alegre, RS, 11 set. 2014.

SANTOS C.E.; MANCUSO, M.A.; TOEBE, M.; SCHULLER T.L. Mapeamento do potencial de contaminação das águas subterrâneas e superficiais por agrotóxicos no noroeste do Rio Grande do Sul. São Paulo, UNESP, Geociências, v. 40, n. 4, p. 951 - 966, 2021. Disponível em: https://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/geociencias/article/view/15459. Acesso em: 10 dez. 2023.

SEMA - Secretaria Estadual do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul. Limites das Unidades de Conservação, entornos de 10 km e zonas de amortecimento. 2010. Disponível em: http://www.sema.rs.gov.br/conteudo.asp?cod_menu=404. Acesso em: 10 dez. 2023.

SEMA - SECRETARIA ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. Plano de Manejo do Parque Estadual do Turvo. Porto Alegre. 2005. Acesso em: 22.10.2023. Disponível em: https://www.sema.rs.gov.br/upload/arquivos/201610/24172430-plano-manejo-peturvo.pdf. Acesso em: 10 dez. 2023.

SEPLAG/DEPLAN. Secretaria do Planejamento e Gestão/Departamento de Planejamento Governamental. Áreas Naturais Protegidas - Unidades de Conservação. Disponível em: https://planejamento.rs.gov.br/inicial. Acesso em: 13 dez. 2023.

TEIXEIRA, P. C. et al. Manual de métodos de análise de solo. 2017.

TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T.R.; TOLEDO, M.C.M.; TAIOLI, F. Magma e seus Produtos, Decifrando a Terra. 2ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009. Capitulo 6. 152p.

THEODORO, S. H.; SANDER, A.; BURBANO, D. F. M.; &ALMEIDA, G. R. Rochas basálticas para rejuvenescer solos intemperizados. Revista Liberato, 22(37), 45–58. 2021. Disponível em: <https://revista.liberato.com.br/index.php/revista/article/view/681>. Acesso em: 13 dez. 2023.

TRAMONTINAJ.; MARCHESAN J.; FACCO A. T.; ALBA E.; MELLO E. P. PEDRALI L. D.; PEREIRA R. S. Zona de amortecimento do Parque Estadual do Turvo: um estudo da dinâmica espacial do uso e cobertura da terra. Anais do XVIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto – SBSR. ISBN: 978-85-17-00088-1. 28 a 31 de maio de 2017.

TRENNEPOHL, D.; MACAGNAN, R. Impactos ambientais da dinâmica de desenvolvimento da região noroeste colonial do Rio Grande do Sul. Revista Brasileira De Gestão E Desenvolvimento Regional, 2008. 4(1). Disponível em: https://doi.org/10.54399/rbgdr.v4i1.120. Acesso em: 13 dez. 2023.

Downloads

Publicado

2024-10-18

Como Citar

Santos, N. F. dos, Mancuso, M. A., Pasini, F., Kehl, G. D., & Volpi, G. B. (2024). Características do basalto fácies campos novos da Formação Serra Geral e análise físico-química dos solos da Zona de Preservação e Zona Amortecimento do Parque Estadual do Turvo (RS). Geografia Ensino & Pesquisa, 28, e86143. https://doi.org/10.5902/2236499486143

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)