A ineficácia da Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu em conter o desmatamento na Amazônia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236499485447Palavras-chave:
Terra do Meio, pecuária, pastagem, mudança de uso e cobertura da terra (LUCC), áreas protegidas, unidades de conservação, governançaResumo
A Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu (APATX) apresenta as maiores taxas de desmatamento dentro da Amazônia Legal Brasileira (ALB) quando comparada a outras áreas protegidas (APs). Nosso estudo, utilizando técnicas geoespaciais e estatísticas juntamente com dados do PRODES e Mapbiomas, examinou as transformações da paisagem de 2001 a 2022 para avaliar a eficácia da APATX em conter o desmatamento. Os resultados destacam que o principal fator de desmatamento dentro da APATX foi a conversão de terras para pastagem. As taxas de desmatamento observadas dentro da APATX refletiram a tendência mais ampla dentro da ALB, com taxas notavelmente mais altas na área de São Félix do Xingu em comparação com áreas fora dela, enquanto Altamira não exibiu diferenças significativas. Nosso estudo revelou que a APATX exibiu uma tendência de desmatamento estreitamente alinhada com o padrão geral observado no bioma, mostrando níveis de desmatamento que excedem os valores legalmente esperados com base nos dados disponíveis. Isso sugere que a AP está respondendo de maneira semelhante ao resto da Amazônia Brasileira aos fatores que impulsionam o desmatamento. Consequentemente, a APATX, uma área crucial para a conservação na Amazônia, não conseguiu conter efetivamente o desmatamento em uma região crítica de expansão agropecuária, onde a conversão de florestas em pastagens é o principal motor do desmatamento.
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