Estrutura florestal e serapilheira acumulada predizem a velocidade da dinâmica demográfica em florestas secundárias da Mata Atlântica

Autores

  • Cilmar Antonio Dalmaso Universidade Federal do Paraná
  • Marcia Cristina Mendes Marques Universidade Federal do Paraná
  • Pedro Higuchi Universidade do Estado de Santa Catarina
  • Victor Pereira Zwiener Universidade Federal do Paraná
  • Renato Marques Universidade Federal do Paraná https://orcid.org/0000-0003-3011-6672

DOI:

https://doi.org/10.5902/2316980X38646

Palavras-chave:

Floresta Ombrófila Densa Submontana, Sucessão ecológica, Taxas demográficas, Atributos químicos do solo

Resumo

O conhecimento dos fatores preditivos da dinâmica demográfica de florestas secundárias é útil para planejar estratégias de recuperação de áreas degradadas, estimar a produção de biomassa e para subsidiar o planejamento da utilização racional de recursos. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis fatores bióticos e abióticos que predizem taxas de dinâmica demográfica da vegetação secundária da Mata Atlântica. Para isto, em seis florestas, que variaram em idade desde a última perturbação (25, 60, 75, 90 e mais de 100 anos), a ordenação por PCA das taxas demográficas (mortalidade, recrutamento, rotatividade em abundância, perda em área basal, ganho em área basal e rotatividade em área basal) foi utilizada como variável resposta em uma árvore de regressão. Como possíveis fatores preditivos foram utilizados: declividade, variáveis químicas do solo em diferentes profundidades, parâmetros da estrutura florestal, quantidade de serapilheira acumulada e padrões espaciais. A árvore de regressão revelou que variações locais nos padrões dinâmicos foram melhor preditas pela estrutura florestal e pela quantidade média de serapilheira acumulada. Locais com estrutura menos desenvolvida em relação ao diâmetro máximo, altura máxima e área basal ocorreram nas florestas mais jovens (25 anos) e em clareiras das florestas mais antigas (com 90 e 100 anos), onde foram observadas as maiores taxas de dinâmica demográfica. Áreas com estrutura mais desenvolvida foram frequentes em todas as florestas, independente da idade pós-perturbação. Nestas áreas, as mudanças foram mais lentas e a quantidade de serapilheira acumulada sobre o solo foi inversamente proporcional à rotatividade de árvores e de área basal.

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Biografia do Autor

Cilmar Antonio Dalmaso, Universidade Federal do Paraná

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal

Marcia Cristina Mendes Marques, Universidade Federal do Paraná

Departamento de Botânica / Laboratório de Ecologia Vegetal

Pedro Higuchi, Universidade do Estado de Santa Catarina

UDESC

Victor Pereira Zwiener, Universidade Federal do Paraná

Departamento de Biodiversidade

Renato Marques, Universidade Federal do Paraná

Departamento de Solos e Eng. Agrícola / Laboratório de Biogeoquímica

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Publicado

2019-10-11

Como Citar

Dalmaso, C. A., Marques, M. C. M., Higuchi, P., Zwiener, V. P., & Marques, R. (2019). Estrutura florestal e serapilheira acumulada predizem a velocidade da dinâmica demográfica em florestas secundárias da Mata Atlântica. Revista Ecologia E Nutrição Florestal - ENFLO, 7, e09. https://doi.org/10.5902/2316980X38646

Edição

Seção

Artigos