Estrutura florestal e serapilheira acumulada predizem a velocidade da dinâmica demográfica em florestas secundárias da Mata Atlântica
DOI:
https://doi.org/10.5902/2316980X38646Palavras-chave:
Floresta Ombrófila Densa Submontana, Sucessão ecológica, Taxas demográficas, Atributos químicos do soloResumo
O conhecimento dos fatores preditivos da dinâmica demográfica de florestas secundárias é útil para planejar estratégias de recuperação de áreas degradadas, estimar a produção de biomassa e para subsidiar o planejamento da utilização racional de recursos. O objetivo deste estudo foi investigar possíveis fatores bióticos e abióticos que predizem taxas de dinâmica demográfica da vegetação secundária da Mata Atlântica. Para isto, em seis florestas, que variaram em idade desde a última perturbação (25, 60, 75, 90 e mais de 100 anos), a ordenação por PCA das taxas demográficas (mortalidade, recrutamento, rotatividade em abundância, perda em área basal, ganho em área basal e rotatividade em área basal) foi utilizada como variável resposta em uma árvore de regressão. Como possíveis fatores preditivos foram utilizados: declividade, variáveis químicas do solo em diferentes profundidades, parâmetros da estrutura florestal, quantidade de serapilheira acumulada e padrões espaciais. A árvore de regressão revelou que variações locais nos padrões dinâmicos foram melhor preditas pela estrutura florestal e pela quantidade média de serapilheira acumulada. Locais com estrutura menos desenvolvida em relação ao diâmetro máximo, altura máxima e área basal ocorreram nas florestas mais jovens (25 anos) e em clareiras das florestas mais antigas (com 90 e 100 anos), onde foram observadas as maiores taxas de dinâmica demográfica. Áreas com estrutura mais desenvolvida foram frequentes em todas as florestas, independente da idade pós-perturbação. Nestas áreas, as mudanças foram mais lentas e a quantidade de serapilheira acumulada sobre o solo foi inversamente proporcional à rotatividade de árvores e de área basal.
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