Memórias do cárcere: uma possibilidade de releitura da história
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X74040Palabras clave:
Memórias do Cárcere, Graciliano Ramos, ReleituraResumen
A obra Memórias do cárcere, de Graciliano Ramos, publicada em 1953, após a sua morte, retrata o período em que o escritor esteve preso em 1936, vítima da ditadura estado-novista em vias de instauração. As quatro partes que compõem a obra – Viagens, Pavilhão dos primários, Colônia correcional e Casa de correção – dão uma visão aprofundada da realidade do país e da situação do preso na década de 30. O cárcere, na obra, desnuda-se, sendo sinônimo de desumanização e desrespeito à vida humana. O ser humano, nesse ambiente, é despersonalizado, degradado e coibido dos seus direitos. Daí se depreende o viés de denúncia e de crítica social presente na obra, à medida que faz referência direta à opressão política, e o cunho testemunhal, abrindo um espaço para os silenciados e mostrando uma outra versão da História.
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