O labirinto textual de O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago

Autores

  • Juliana Prestes de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria
  • Raquel Trentin de Oliveira Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X13840

Resumo

No romance O ano da morte de Ricardo Reis (1984), do escritor José Saramago, que pode ser lido sob o viés do Pós-Modernismo, o autor constrói uma narrativa repleta de intertextos, em que a história das personagens dialoga com a história de Portugal em 1936, época na qual o país sofria a ditadura de Salazar. Buscamos explorar essa construção, investigando como ocorre a elaboração da narrativa e sua constituição histórico-literária. Ademais, refletimos sobre os limites entre ficção e(H)história, investigando como o romance contribui para a desestabilização dos discursos tidos como verdadeiros. Uma das estratégias do autor para problematizar a questão da veracidade da visão historiográfica tradicional é a utilização de diversas vozes, especialmente daquelas silenciadas pelo poder, o que sugere que um mesmo acontecimento pode ter várias versões. Refletindo crítica e reflexivamente sobre o passado, a ficção reconfigura a imagem dos acontecimentos históricos, apresentando-nos outra face da (H)história do país.

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Biografia do Autor

Raquel Trentin de Oliveira, Universidade Federal de Santa Maria

Professora do Departamento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em Letras

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Publicado

2014-06-16

Como Citar

Oliveira, J. P. de, & Oliveira, R. T. de. (2014). O labirinto textual de O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago. Literatura E Autoritarismo, (23). https://doi.org/10.5902/1679849X13840