De como a letra pode fazer frente ao arquivo: escritura e repetição no K, de Kucinski

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1679849X25568

Palavras-chave:

K, Escritura, Repetição, Arquivo, Assinatura

Resumo

Abordamos o romance K, de Bernardo Kucinsk, a fim de compreendê-lo como Escritura dissidente e resistente cuja Assinatura sob o nome do autor é a própria Repetição dos procedimentos narrativos que costumeiramente são adotados pela ficção em torno dos arché de poder institucional. Tentamos teorizar o conceito de Arquivo segundo as reflexões de Derrida para melhor compreendermos a Escritura de Kucinski como texto nascido da experiência sensível das vítimas da repressão ditatorial militar brasileira. Ao mesmo tempo buscamos investigar de que maneira o K é também Repetição de uma Assinatura da culpa de quem sobrevive a catástrofes. Assim, parece-nos, preliminarmente, que a ficção do K é um acontecimento singular, como ocorre sempre que estamos diante de um relato baseado na experiência catastrófica. Este artigo procura dizer como se configura essa Assinatura e como sua Repetição não anula a Escritura como evento único e tampouco se deixa absorver pela autoridade do Arquivo.

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Biografia do Autor

Elielson de Souza Figueiredo, universidade do Estado do Pará, Belém, PA

Mestrado em Letras - Estudos Literários - pela Universidade Federal do Pará (2005); Doutorado em andamento na Universidade Federal do Pará.

Tânia Sarmento Pantoja, Universidade Federal do Pará, Belém, PA

Mestrado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco (1999) e doutorado em Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2005)

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Publicado

2017-01-11 — Atualizado em 2022-03-16

Versões

Como Citar

Figueiredo, E. de S., & Pantoja, T. S. (2022). De como a letra pode fazer frente ao arquivo: escritura e repetição no K, de Kucinski. Literatura E Autoritarismo, (18). https://doi.org/10.5902/1679849X25568 (Original work published 11º de janeiro de 2017)