O cotidiano das águas na tradição quilombola da comunidade do rio Baixo Itacuruçá-Abaetetuba, PA
DOI:
https://doi.org/10.5902/2317175834730Palavras-chave:
Águas, Rural-ribeirinho-quilombola, Saberes.Resumo
O artigo propõe caracterizar as atividades produtivas desenvolvidas por habitantes quilombolas e ribeirinhos da comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no rio Baixo Itacuruçá-Abaetetuba-PA, cuja reprodução da vida além de situar-se em torno do grupo familiar, combina relações estreitas com a natureza das águas e os rios, furos e igarapés com base em tradições locais. O caminho metodológico insere-se na abordagem qualitativa descritiva e o estudo de natureza bibliográfica e de campo, com algumas famílias. A partir da análise dos resultados obtidos, foi possível identificar que o cotidiano das águas é parte constitutiva e imprescindível na construção do gênero de vida do sujeito rural-ribeirinho-quilombola na Região Tocantina, de modo geral. Dessa forma, espraiada na linguagem cabocla, por costumes e crendices, por saberes e sociabilidades, conforma situações de conflitos e de alteridades. Por dimensões simbólicas de trocas e ações comunitárias de grupo camponês entre outras formas da prática social, a tradição local e quilombola é produzida e vivificada pelo verter das águas, reinventa-se no regime amazoniágua, fazendo pulsar a vida social, a economia local e o ciclo produtivo.
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