SISTEMA SOCIOEDUCATIVO: FORTALECENDO A REDE DE APOIO FAMILIAR PARA O INGRESSO DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO

Autores

  • Graciele Silva de Matos Assistente Social da Política de Educação no município de Santa Maria-RS, estudante da Especialização Serviço Social na Educação pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC
  • Rosane Janczura Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/2317175843255

Palavras-chave:

Adolescente, Medida Socio-educativa, Família.

Resumo

Este artigo é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso em Serviço Social da Universidade Federal de Santa Maria descrito em 2015. O trabalho apresenta o período de estágio curricular em serviço social numa instituição de atendimento socioeducativo de internação para adolescentes em conflito com a lei, na região central do Rio Grande do Sul. Neste é realizada uma memória histórica do atendimento a criança e adolescente no Brasil dos tempos da colonização até a socioeducação. Na história o atendimento a adolescentes que cometiam algum delito era de forma punitiva, porém com o avanço do Sistema de Garantia de Direitos, a proteção e a responsabilização dos adolescentes possibilitaram o atendimento com base na dignidade humana e de sujeitos de direitos.  Desta forma, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) reformula o atendimento para adolescentes que cometeram o ato infracional, com a premissa da responsabilização a partir das medidas socioeducativas. Neste espaço sócio ocupacional, o assistente social encontra o desafio de garantir o direito do adolescente, este que se encontra em situação de desigualdade social e fragilizado por políticas públicas que não garantem a proteção integral de seus direitos sociais. Para o trabalho socioeducativo, de inserção e da garantia à dignidade no espaço de internação, a intervenção de estágio do serviço social neste espaço proporcionou o atendimento do adolescente e da sua família, fortalecendo-a e incluindo-a na proteção social básica de seu respectivo território.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Graciele Silva de Matos, Assistente Social da Política de Educação no município de Santa Maria-RS, estudante da Especialização Serviço Social na Educação pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC

Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Rio Grande do Sul-RS. Especialista em Saúde Mental através no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental pela Universidade Franciscana/UFN, Rio Grande do Sul-RS. Atualmente, Assistente Social da Política de Educação no município de Santa Maria-RS.

Referências

AMARO, Sarita. Visita Domiciliar: Guia para uma abordagem complexa/ Sarita Amaro. – Porto Alegre: 1º ed. AGE, 2003, 2º ed. 2007.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE/SEDH – Brasilia-DF: CONANDA, 2006.

_______. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Governo do Rio Grande do Sul. Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos. Fundação de Atendimento Sócio-Educativo do Rio Grande do Sul. / PEMSEIS: Programa de Execução de Medidas Socioeducativas de Internação e Semiliberdade do Rio Grande do Sul. – Porto Alegre: SDH; FASE, 2014.

_______. Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA, Lei n.8.069, de 13 de julho de 1990.

_______. Constituição da República Federativa do Brasil: 1988 – 17. Ed. – Brasília: 405 p. – (Série textos básicos; n. 25).

_______. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE. Lei Federal nº 12.594/2012.

_______. Política Nacional de Assistência Social- PNAS/2004. Norma Operacional Básica- NOB/SUAS. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Brasília, novembro de 2005.

_______. Código de ética do/a assistente social. Lei 8.662/93 de regulamentação da profissão. – 10º. Ed. rev. e atual. – Brasília: Conselho Federal de Serviço Social, 2012.

CFESS. Atuação de assistentes sociais no Sociojuridico – subsídios para reflexão. Brasília, 2014.

CONANDA. Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA). Resolução 113 de 19 de abril de 2006.

FRAGA, Cristina Kologeski. A atitude investigativa no trabalho do assistente social. In: Revista Serviço Social e Sociedade, nº. 101. São Paulo: Cortez, 2010; p. 40 – 64.

FREITAS, Tais Pereira. Serviço Social e medidas socioeducativas: o trabalho na perspectiva da garantia de direitos. Revista Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n.105, p. 30-49, jan./mar. 2011.

GURALH, Soeli Andrea. A liberdade constitucionalmente prevista e sua relação com a medida socioeducativa de internação. Textos & Contextos (Porto Alegre), v.11, n.1, p. 193-203, jan./jul.2012.

IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: Cortez Editora, 1998.

IPEA. O Adolescente em Conflito com a Lei e o Debate sobre a Redução da Maioridade Penal: esclarecimentos necessários. Norma Técnica nº 20. Brasília, junho de 2015.

KOCOUREK, Sheila. Nas dobras da história: o desafio dos direitos da criança e do adolescente na construção da cidadania para o século XXI. Porto Alegre: Faith, 2009. 174p.

ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). 1948.

RIZZINI, Irene. O século perdido: raízes históricas das políticas públicas para a infância no Brasil. 3. Ed. São Paulo: Cortez, 2011.

RIZZINI, Irene; RIZZINI, Irma; NAIFF, Luciene; BAPTISTA, Rachel. Acolhendo crianças e adolescentes: experiência de promoção de direito a convivência familiar e comunitária no Brasil/ Irene Rizzini, Irma Rizzini, Luciene Naiff, Rachel Baptista. (coordenação), - 2. Ed. – São Paulo: Cortez; Brasilia, DF: UNICEF; CIESPI; Rio de Janeiro, RJ: PUC-RIO, 2007.

RIO GRANDE DO SUL. Fundação de Atendimento Socioeducativo – FASE, Lei nº 11.800 de 28 de maio de 2002.

TEIXEIRA, Maria S. Política Social contemporânea: a família como referência para as Políticas Sociais e para o trabalho social. In MIOTO, Regina C. T.; CAMPOS, Marta S.; CARLOTO, Cássia M. (org.) Familismo, direitos e cidadania: contradições da política social. São Paulo: Cortez, 2015.

VOGEL, Arno. Do Estado ao Estatuto. Propostas e vicissitudes da política de atendimento à infância e adolescência no Brasil contemporâneo. In RIZZINI, Irene; PILOTTI, Francisco (org.) A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. 3ª Ed. São Paulo: Cortez, 2011, p. 287- 321.

Downloads

Publicado

09-12-2020

Como Citar

de Matos, G. S., & Janczura, R. (2020). SISTEMA SOCIOEDUCATIVO: FORTALECENDO A REDE DE APOIO FAMILIAR PARA O INGRESSO DO ADOLESCENTE NO CUMPRIMENTO DE MEDIDA SOCIOEDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. Revista Sociais E Humanas, 33(3). https://doi.org/10.5902/2317175843255

Edição

Seção

Dossiê Temático

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)