A CUT e o Processo Interno de Integração do Cone Sul.
Palabras clave:
Sindicato, CUT, MercosulResumen
Este artigo buscou rastrear a trajetória da Central Única dos Trabalhadores no processo de integração conhecido como MERCOSUL, desde os preparativos para o acordo em 1991 até o ano de 1996, visando demonstrar a participação e o papel que a CUT tem desenvolvido dentro do sindicalismo regional do Cone Sul. Com o objetivo de tornar o artigo mais didático dividimos essa trajetória em quatro diferentes fases. Uma primeira fase que antecede a assinatura do acordo onde procuramos esclarecer como a CUT construiu uma posição sobre a questão da integração, suas críticas e sua definição pelo processo de intervenção no processo do IV CONCUT com o objetivo de dar ao acordo de integração um caráter mais social, democrático e transparente para a sociedade. A partir de 1991 a CUT desenvolve uma linha de atuação pautada pela defesa dos direitos sociais e trabalhistas no MERCOSUL, pela busca de novas garantias e se preocupou com a articulação de um movimento sindical regional capaz de maior poder de atuação. A partir de 1994, esse movimento regional passou a enfrentar sérios problemas em função da aceleração do processo de reestruturação produtiva na região, responsável pelo deslocamento de empregos e flexibilização dos direitos trabalhistas. Nesse momento, a CUT e as demais centrais assumiram uma posição defensiva dos interesses nacionais, principalmente em alguns ramos da produção, desacelerado e te mesmo entravando algumas articulações setoriais e os trabalhos das centrais sindicais dentro da Coordenadoria das Centrais Sindicais do Cone Sul. Essas dificuldades refletiram na assinatura do acordo em 1995 e mantiveram o movimento na apatia até a realização do Intercâmbio Sindical chamado pela Escola Sul da CUT em abril em 1995, quando no movimento retoma o fôlego e busca, com grandes dificuldades, novamente interferir no processo de integração.