Cooperativismo de Crédito: uma análise da formação da taxa de juros
DOI :
https://doi.org/10.5902/2359043287673Mots-clés :
Cooperativismo de crédito, Taxa de juros, Teoria da agênciaRésumé
Uma característica importante das cooperativas de crédito é que sua estrutura societária pode opor interesses de sócios tomadores de empréstimos e credores. Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a formação das taxas de juros praticadas por cooperativas de crédito a partir de uma interpretação teórica baseada no problema de agência. Nesta abordagem teórica, os interesses do proprietário não são necessariamente os mesmos do agente e, portanto, examinar esta relação é um caminho teórico viável e oportuno no sentido de melhor compreender a definição dos juros no âmbito do cooperativismo de crédito. Em termos metodológicos, dados secundários relativos às taxas de juros foram coletados e confrontados com análise qualitativa decorrente de entrevistas semiestruturadas. Os resultados permitem compreender os diferentes determinantes da taxa de juros, sejam eles externos, como a taxa SELIC, ou internos, como os custos incorridos e a tendência de redução do spread bancário. Em linhas gerais, as taxas de juros cobradas nas cooperativas de crédito são menores do que aquelas praticadas por bancos comerciais e, apesar de ser possível identificar relações com potenciais problemas de agência, o estudo não identificou a ocorrência destes fenômenos nos aspectos analisados.
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