Análise microbiológica de superfícies inanimadas de Unidades de terapia intensiva em hospital privado e público

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583485372

Palavras-chave:

Microbiologia, Superfícies, Unidade de terapia intensiva

Resumo

Objetivo: Analisar microbiologicamente superfícies inanimadas de um hospital público e um privado no município de Cuiabá-MT, e comparar os microrganismos mais encontrados e os respectivos mecanismos de resistência. Método: Estudo observacional do tipo transversal realizado nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Foram coletadas 24 amostras de cada hospital usando swab stuart, as quais foram semeadas nos meios de cultura ágar chocolate, sangue e o MacConkey e incubadas. Posteriormente depois foi realizado a identificação dos microrganismos e a realização do antibiograma em ágar Mueller hinton. Resultado: No Hospital público foram isolados 21 microrganismos: Pseudomonas aeruginosa (19,1%), Acinetobacter baumannii e Staphylococcus sp coagulase neg. (14,3%), Burkholderia cepacia, Serratia marcescens e a Klebsiella pneumoniae (9,5%), Citrobacter freundii, Escherichia coli, Serratia liquefaciens, Enterobacter aerogenes e a Candida correspondem (4,8%). No Hospital privado foram isolados 30 microrganismos: Pseudomonas aeruginosa (33,3%), Acinetobacter sp. (16,7%), Klebsiella sp. (13,3%), Stenotrhophomonas maltophilia (10%); Serratia marcescens (6,7%), Achomobacter, Citrobacter, Flavobacterium e a Candida sp. (3,3%). Considerações finais: Estas descobertas enfatizam a capacidade das bactérias sobreviverem em superfícies inanimadas hospitalares, representando um risco para os pacientes adquirirem uma infecção hospitalar.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cristiane Coimbra de Paula, Centro Universitário de Várzea Grande

Farmacêutica Bioquímica. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Doutoranda pela Universidade de Cuiabá (UNIC) Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.

João Pedro Castoldo Passos, Centro Universitário de Várzea Grande

Formação Profissional: Graduando de medicina, UNIVAG – Centro Universitário, Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil.

Caroline Aquino Vieira de Lamare Paula, Laboratório Carlos Chagas

Médica Patologista, Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMT), Petrópolis, Rio de Janeiro, Brasil.

Walkiria Shimoya-Bittencourt, Centro Universitário de Várzea Grande

Formação Profissional: Fisioterapeuta. Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, Brasil.

Referências

Lorenzini E, Da Costa TC, Da Silva EF. Prevenção e controle de infecção em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Gaúcha Enferm. 2013;34(4):107-113. https://doi.org/10.1590/S1983-14472013000400014

Cruz RF, Santos KAF, Souza RD. Manual de procedimentos e condutas para prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde 2017/2019. Juiz de Fora: Hospital Universitário da UFJF, 2017.

Vincent JL et al. Prevalence and Outcomes of Infection Among Patients in Intensive Care Units in 2017. JAMA. 2020 Apr 21;323(15):1478-1487. doi: 10.1001/jama.2020.2717.

Ferreira AM, Andrade D, Rigotti MA, Almeida MTG, Guerra OG, Junior AGS. Avaliação da desinfecção de superfícies hospitalarespor diferentes métodos de monitoramento. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2015;23(3):466-74. doi: 10.1590/0104-1169.0094.2577.

Oliveira RD, Bustamante PFO, Besen BAMP. Tackling healthcare-associated infections in Brazilian intensive care units: we need more than collaboration. Rev Bras Ter Intensiva. 2022 Nov 4;34(3):313-315. doi: 10.5935/0103-507X.2022editorial-pt. eCollection 2022.

Costa, ALP, Silva Junior ACS. Resistência bacteriana aos antibióticos e Saúde Pública: uma breve revisão de literatura. Estação Científica (UNIFAP), Macapá, 2017maio/ago; 7(2):45-57. doi: 10.18468/estcien.2017;v7n2.p45-57

Boyce JM, Havill NL, Mangione E, Dumigan DG, Moore BA. Comparison of fluorescente marker systems with 2 quantitative methods of assessing terminal cleaning practices. Infect Control Hosp Epidemiol. 2011 Dec;32(12):1187-93. doi: 10.1086/662626

Oliveira A, Damasceno Q. Superfícies do ambiente hospitalar como possíveis reservatórios de bactérias resistentes: Uma revisão. RevEscEnferm USP, 2010; 44(4):1118-23

Kramer A, Schwebke I, Kampf G. Howlong do nosocomial pathogenspersistoninanimate surfaces? A systematic review. BMC InfectDis. Aug 2006; 16(6):130. doi: 10.1186/1471-2334-6-130.

CLSI. ClinicalLaboratory Standards Institute. Performance standards for antimicrobialsusceptibilitytesting; twenty-fifthinformationalsupplement. CLSI document M100-S29. Wayne, PA: ClinicalandLaboratory Standards Institute; 2019.

Silva D, Menezes EMN, Silva EV, Lamounier TAC. Prevalenceandantimicrobialsusceptibility profile of ESKAPE pathogensfromthe Federal District, Brazil. J BrasPatol Med Lab, August 2017; 53(4):240-245.

Rosa TF, Foletto VS, Serafin MB, Bottega A, Hörnen, R. Estratégias emergentes para tratamento de ESKAPE. Saúde (Santa Maria), jan. /abr. 2020; 46(1):1-9.

Oliveira, D., Forde, B. M., Kidd, T. J., Harris, P., Schembri, M. A., Beatson, S. A., Paterson, D. L., & Walker, M. J. AntimicrobialResistance in ESKAPE Pathogens. Clinicalmicrobiology reviews, 2020;33(3)doi: e00181-19. https://doi.org/10.1128/CMR.00181-19

Sharifipour, E., Shams, S., Esmkhani, M., Khodadadi, J., Fotouhi-Ardakani, R., Koohpaei, A., Doosti, Z., &EjGolzari, S. Evaluationofbacterialcoinfectionsoftherespiratorytract in COVID-19 patientsadmittedto ICU. BMC infectiousdiseases, 20(1), 646, 2020. https://doi.org/10.1186/s12879-020-05374-z

Shimose LA et al. Carbapenem-resistantAcinetobacter baumannii: concomitantcontaminationofairandenvironmental surfaces. InfectControlHospEpidemiol. 2016 Jul;37(7):777-81. doi: 10.1017/ice.2016.69

Elkalioubie A, Nseir S. Acquisitionofcarbapenem-resistantAcinetobacter baumannii in theintensivecareunit: just a questionof time? Ann Transl Med. 2016 Oct; 4(Suppl 1): S2. doi: 10.21037/atm.2016.09.01

Rocha IV, Xavier DE, Almeida KRH, Oliveira SR, Leal NC. Multidrug-resistantAcinetobacter baumannii clones persiston hospital inanimate surfaces. Braz J Infect Dis 2018; 22 (5) Sep-Oct. doi:https://doi.org/10.1016/j.bjid.2018.08.004

Sales VM, Oliveira E, Célia R, Gonçalves FR, Melo CC. Análise microbiológica de superfícies inanimadas de uma Unidade de Terapia Intensiva e a segurança do paciente. Revista de Enfermagem Referência.nov./dez.2014,SérieIV(3):45-53. http://dx.doi.org/10.12707/RIII1293

Karlowsky JA, Hoban DJ, Hackel, MA, Lob SH, Sahm DF. ResistanceamongGram-negative ESKAPE pathogensisolatedfromhospitalizedpatientswith intra-abdominal andurinarytractinfections in Latin American countries: SMART 2013-2015. Braz J InfectDis. 2017; 21(3): 343-8.

Assis DAM., Oliveira FCS, Costa GB, et al. Prevalência e suscetibilidade de bactérias do grupo ESKAPE nas diversas infecções em pacientes do CTI de um hospital no sul da Bahia. Proceedings Congresso Brasileiro de Microbiologia; 2011; Natal. São Paulo: Sociedade Brasileira de Microbiologia. 2011;792-2.

Menezes EA, Sá KM, ngelo NRF, Oliveira IRN, Salviano MNC. Frequência e percentual de suscetibilidade de bactérias isoladas em pacientes atendidos na unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de Fortaleza. J. Bras. Patol. Med. Lab. 2007; 43(3), 149-155. https://doi.org/10.1590/S1676-24442007000300003

Silva ACB, Anchieta, LM, Rosado, V, Ferreira, J, Clemente, WT, Coelho, JS, Mourão, PHO, Romanelli, RMC. Antimicrobial use for treatment of healthcare-associated infections and bacterial resistance in a reference neonatal unit. Jornal de Pediatria. 2021; 97(3):329-334.

Jones RN, Guzman-Blanco M, Gales AC, et al. Susceptibility rates in Latin American nations: reportfrom a regional resistancesurveillanceprogram. Braz J InfectDis. 2013; 17(6): 672-81, 2011.

Cunha V. de O. Bactérias multirresistentes Klebsiella pneumoniae carbapenemase enzima KPC nas Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Universidade Federal de Minas Gerais Departamento de Microbiologia (Especialização em Microbiologia). 55p. Belo Horizonte, 2014.

Bassetti M, et al. Management of KPC-producingKlebsiellapneumoniaeinfections. Clinicalmicrobiologyandinfection :theofficialpublicationoftheEuropean Society ofClinicalMicrobiologyandInfectiousDiseases. 2018;24(2).

Murai AY, Oyama KT, Cabrera G, Almeida RR. tratamento de infecções hospitalares causadas pela klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase (kpc) com antibióticos da classe das cefalosporinas. Rev. Bras. Ciênc. Biomed. 2022; 3(1), E0652022, 1–12. https://doi.org/10.46675/rbcbm.v3i1.65

Silva AVR, Alves MMF, Pereira ACF, Lopes JMS. Dissemination of bactéria by ants in hospital environment of Guanambi-BA. Braz. J. of Develop., Curitiba, v.6, n.9,p. 68822-68841sep. 2020; ISSN 2525-8761

Cavalvanti SMM, França ER, Vilela MA, Montenegro F, Cabral C, Medeiros ACR. Estudo comparativo da prevalência de Staphylococcus aureus importado para as unidades de terapia intensiva de hospital universitário, Pernambuco, Brasil. Rev. bras. epidemiol. 2006; 9(4): 436-446, doi:https://doi.org/10.1590/S1415-790X2006000400004

Arantes T, Paixão GOD, Silva MD, Castro CSA. Avaliação da colonização e perfil de resistência de Staphylococcus aureus em amostras de secreção nasal de profissionais de enfermagem. RevBras Farm. 2013 Fev; 94(1):30-34.

Mark CE, Ashley DR, Gaynor R, Edward JF, Hajo G, Brian GS. The Evolution ary history of methicilin-resistant Staphylococcus aureus (MRSA). PNAS. 2002; 99: 7687-7698.doi: 10.1073/pnas.122108599

Adams CE, Dancer SJ. Dynamic Transmission of Staphylococcus Aureus in the Intensive Care Unit. Int J Environ Res Public Health. 2020 Mar 22;17(6):2109. doi: 10.3390/ijerph17062109.

Queiroz GM, Silva LM, Pietro, RCLR, Salgado HRN. Multirresistência microbiana e opções terapêuticas disponíveis; Microbial multi-resistance and available therapeutic options. Rev Soc Bras Clín Méd. 2012,Mar-Abr; 10(2): 132-38.

Barros IF, Santos MFRD, De Lima JF, Vale PAPD, Nunes LE. (2021). Infecções por Staphylococcus coagulase negativa e o seu impacto nas IRAS. Revista Multidisciplinar Em Saúde, 2(2), 20. https://doi.org/10.51161/rems/1177

Aguiar ALR, Barboza MMO, Costa AC, Holanda MSB, Dantas AJ, Costa GS, Dantas GM, Sousa PCP. Perfil epidemiológico de Staphylococcus spp. isolados de hemoculturas de pacientes internados em um hospital de atenção terciária da rede pública do Ceará. Rev Inst Adolfo Lutz. 2021;80:1-8,e37275

Santana LS, Ramos GS, Pereira JC, Hugo PCA, Guedes HM. Infecção hospitalar em pacientes cirúrgicos de um hospital do interior de Minas Gerais. Recom Rev. de Enfermagem do Centro-Oeste Mineiro, 2012, Jan-Abr; 2(1): 51-57.

Comert FB, Kulah C, Aktas E, Ozlu N, Celebi G. First isolation of vancomycin-resistant enterococciand spread of a singleclone in a university hospital in northswesternTurquey. EurJClinMicrobiolInfectDis. 2007; 26(1):57-61. doi: 10.1007/s10096-006-0232-x

Wybo I, Blommaert L, De Bier T, Soetens O, De Regit J, Lacor P, et al. Outbreak of multidrug-resistant Acinetobacter baumannii in a Belgian university hospital after transfer of patients from Greece. J Hosp Infect. 2007;67(4):374-80.23. doi:10.1016/j.jhin.2007.09.012. Epub 2007 Nov 19.

Downloads

Publicado

2024-07-16

Como Citar

Paula, C. C. de, Passos, J. P. C., Paula, C. A. V. de L., & Shimoya-Bittencourt, W. (2024). Análise microbiológica de superfícies inanimadas de Unidades de terapia intensiva em hospital privado e público. Saúde (Santa Maria), 50(1), e85372. https://doi.org/10.5902/2236583485372