Prevalência de dores musculoesqueléticas em profissionais de ginástica coletiva
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583484699Palavras-chave:
Ginástica, Fenômenos Fisiológicos Musculoesquelético, Educação Física e Treinamento, Trabalho, DorResumo
Objetivo: Identificar a prevalência de dores musculoesqueléticas (DME) e descrever as regiões anatômicas mais acometidas. Métodos: Trata-se de uma pesquisa de campo de corte transversal. Utilizou-se um questionário para analisar variáveis sociodemográficas e o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), para analisar as DME. Resultados: Participaram da amostra 16 profissionais de Educação Física que atuam com ginástica coletiva (Jump e Bike) de ambos os sexos. A média de idade foi de 35,94 (7,1) anos, com tempo de formação média de 10,88 (7,2) anos. A prevalência de DME nos últimos 12 meses foi de 68,7%. Entre os professores de Bike este valor foi de 72,4%. Já àqueles que atuam apenas com a modalidade de Jump as DME acometeram 80%. Pescoço, quadril e joelhos são as regiões mais acometidas com DMS entre os profissionais que atuam com o Jump (57,1%). Já os joelhos é a região com maior prevalência de DME entre os que atuam com a modalidade de Bike (40%), as DME acometem 40% os joelhos. Conclusão: Profissionais de Educação Física que atuam com ginásticas coletivas são acometidos por elevadas prevalências de DME devido às características da atuação laboral. A elevada carga semanal de trabalho e tempo de descanso insuficientes entre as aulas podem estar relacionadas com as principais causas de DME.
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