Prevalência de aleitamento materno de crianças atendidas em uma unidade básica de saúde da periferia de uma capital do sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583471658

Palavras-chave:

Aleitamento materno, Sistema único de saúde, Nutrição da criança

Resumo

Objetivos: analisar a taxa de prevalência de aleitamento materno exclusivo (AME) até o sexto mês de idade e o que foi introduzido precocemente na alimentação de crianças. Métodos: Estudo transversal realizado com 30 mães de crianças. Foi realizada coleta dos dados sociodemográficos, sobre o pré-natal e sobre a amamentação e a introdução alimentar durante uma visita domiciliar. Resultados: Das crianças das mães incluídas 17 eram do sexo masculino (56,7%) e a idade das mães apresentou média de 25,5±5,8 anos. Em relação aos dados relacionados ao nascimento das crianças,83,3% fizeram seis ou mais consultas de pré-natal. Quase dois terços das crianças mamaram na primeira hora de vida. A introdução precoce de líquidos antes dos seis meses foi consideravelmente maior do que a introdução precoce de alimentos sólidos (p<0,05), sendo os principais água e outros leites. Em relação ao AME, tanto aos quatro meses de vida quanto aos seis meses, foi encontrada associação significativa positiva com o fato de a criança ter mamado na sua primeira hora de vida (p<0,05). Conclusões: A prevalência de AME até os seis meses de vida da criança foi de apenas 24% uma vez que se teve introdução precoce principalmente de líquidos. A criança ter mamado na primeira hora de vida foi positivo para a manutenção do AME.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andréia Ferlini da Cunha, Grupo Hospitalar Conceição

Especialista na Modalidade Residência Multiprofissional em Atenção Básica pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (2020). Residente do programa de Atenção Materno-infantil e Obstetrícia pelo Grupo Hospitalar Conceição (em andamento - 2020-2022).

Luiza Vigne Bennedetti, Universidade de São Paulo

Está realizando doutorado na Universidade de São Paulo (USP), sob orientação do Prof. Dr. Paulo Sinisgalli, onde sua linha de pesquisa é baseada agricultura urbana e na segurança alimentar inseridas em sistemas socio-ambientais. 

Priscila Berti Zanella, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Graduada em Nutrição pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2014), mestra (2016) e doutora (2022) em Ciências Pneumológicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

Bruna Lisboa Mendes dos Santos, Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul

Possui graduação em Enfermagem e Obstetrícia - Licenciatura Plena pela Universidade Federal de Pelotas (2008) e graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Pelotas (2008). Atualmente é enfermeira em USF de Porto Alegre, preceptora de campo e de núcleo da Residência Multiprofissional da Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul.

Referências

White JM,Bégin F,Kumapley R, Murray C,Krasevec J.Complementary feeding practices: Current global and regional estimates. Matern Child Nutr.2017;13(Suppl 2):e12505.

WHO (World Health Organization). Infant and young child feeding. Genebra, 2021.

Victora CG, Barros AJD, França GVA, Bah R, Rollins NC, Horton S, Krasevek J, Murch S, Sankar MJ, Walker N. Amamentação no século 21: epidemiologia, mecanismos e efeitos ao longo da vida. Epidemio Serv Saúde. 2016;2(1):1–24.

United Nations Children's Fund (UNICEF). Global Breatsfeeding Scorecard. New York; 2019.

Del Ciampo JA, Del Ciampo IRL. Breastfeeding and the Benefits of Lactation for Women's Health. Rev Bras Ginecol Obstet. 2018;40(6):354-359.

Hossain S, Mihrshahi S. Exclusive Breastfeeding and Childhood Morbidity: A Narrative Review. Int J Environ Res Public Health. 2022;19(22):14804.

Quesada JA, Méndez I, Martín-Gil R. The economic benefits of increasing breastfeeding rates in Spain. Int Breastfeed J. 2020;15(1):34.

Brasil. Ministério da Saúde (MS).Saúde da criança: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: MS; 2015.

World Health Organization (WHO). Indicators for assessing infant and young child feeding practices: conclusions of a consensus meeting held. Washington, DC; 2007.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada: manual técnico. Brasília: MS; 2006.

Spadea T, Rusciani R, Mondo L. Inequalities in prenatal care and pregnancy outcomes in Piedmont Region (Northern Italy). Epidemiol Prev. 2020;44(5-6 Suppl 1):127-135.

Osawa E, Kodama T. Regional socio-environmental characteristics associated with inadequate prenatal care during pregnancy: an ecological study of 47 prefectures in Japan. BMC Pregnancy Childbirth. 2021;21(1):619.

Tavares MC, Aires JS, Dodt RCM, Joventino ES, Oriá MOB, Ximenes LB. Application of Breastfeeding Self-Efficacy Scale-Short Form to post-partum women in rooming-in care: a descriptive study. Online Brazilian Journal of Nursing. 2010;9(1).

Viellas EF, Domingues RMSM, Dias MAB, Gama SGN, Theme Filha MM, Costa JV, Bastos MH, Leal MC. Assistência pré-natal no Brasil. Cad Saúde Pública. 2014;30(Suppl 1):S85-S100.

Costa RC, Campos MOC, Marques LARV, Rodrigues Neto EM, Franco MC, Diógenes, ESG. Diabetes gestacional assistida: perfil e conhecimento das gestantes. Saúde (Santa Maria). 2015;41(1):131–40.

Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Pesquisa de prevalência de aleitamento materno em municípios brasileiros: situação do aleitamento materno em 227 municípios brasileiros. Brasília; 2010.

Alves JS, Oliveira MIC, Roto RVVF.Orientações sobre amamentação na atenção básica de saúde e associação com o aleitamento materno exclusivo. Ênc Saúde Colet. 2018;23(4):1077-88.

Ricci C, Otterman V, Bennett T-L, Metcalfe S, Darling E, Semenic S, et al. Rates of and factors associated with exclusive and any breastfeeding at six months in Canada: an analysis of population-based cross-sectional data. BMC Pregnancy Childbirth. 2023;23(1):56.

Moore ER, Anderson GC, Bergman N, Dowswell T. Early skin-to-skin contact for mothers and their healthy newborn infants. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(5):CD003519.

Moore ER, Bergman N, Anderson GC, Medley N. Early skin-to-skin contact for mothers and their healthy newborn infants. Cochrane Database Syst Rev. 2016;11:CD003519.

Silva JLP, Linhares FMP, Barros AA, Souza AG, Alves DS, Andrade PON. Factors associated with breastfeeding in the first hour of life in a baby-friendly hospital. Texto contexto - enferm. 2018;27(4):1-9.

Lopes WC, Marques FKS, Oliveira FC, Rodrigues JA, Silveira MF, Caldeira AP, Pinho L. Alimentação das crianças nos primeiros anos de vida. Rev Paul Pediatr. 2018;36(2):164-70.

Arredondo A, Lugo OBR, Orozco E, de la Rosa CPT. Breastfeeding and feeding practices in the first year of life and its association with overweight and obesity of children in Mexico. Ver Bras Saúde Mater Infant. 2021;21(4):1109-18.

Jacqueline Castenmiller J,Henauw S,Hirsch‐Ernst K-I, Kearney J,Knutsen HK, Alexandre Maciuk A, et al. Appropriate age range for introduction of complementary feeding into na infant's diet. EFSA J. 2019;17(9):e05780.

Bailey RL, Stang JS, Davis TA, Naimi TS, Schneeman BO, Dewey KG, et al. Dietary and Complementary Feeding Practices of US Infants, 6 to 12 Months: A Narrative Review of the Federal Nutrition Monitoring Data. J Acad Nutr Diet. 2022;122(12):2337-2345.

D'Auria E, Borsani B, Pendezza E, Bosetti A, Paradiso L, Zuccotti GV, Verduci E. Complementary Feeding: Pitfalls for Health Outcomes. Int J Environ Res Public Health. 2020;17(21):7931.

Piro SS, Ahmed HM. Impacts of antenatal nursing interventions on mothers' breastfeeding self-efficacy: an experimental study. BMC Pregnancy Childbirth. 2020;20(1):19.

Downloads

Publicado

2024-05-26

Como Citar

Cunha, A. F. da, Bennedetti, L. V., Zanella, P. B., & Santos, B. L. M. dos. (2024). Prevalência de aleitamento materno de crianças atendidas em uma unidade básica de saúde da periferia de uma capital do sul do Brasil. Saúde (Santa Maria), 50(1), e71658. https://doi.org/10.5902/2236583471658