As repercussões do tratamento oncológico nos papéis ocupacionais na juventude
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583470433Palavras-chave:
Neoplasias, Juventude, Desempenho de PapéisResumo
O estabelecimento do diagnóstico de câncer na juventude surge em um período de mudanças relevantes. Os desdobramentos, inerentes ao tratamento oncológico, podem corroborar para que alguns papéis ocupacionais sofram impactos. Objetivo: Esse estudo teve como objetivo identificar as repercussões do tratamento oncológico no exercício dos papéis ocupacionais de jovens diagnosticados com neoplasia maligna. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória-descritiva com abordagem qualitativa, realizada no Hospital Napoleão Laureano, João Pessoa – PB. A amostra foi composta por oito jovens em tratamento. Foram utilizados como instrumentos de coleta de dados a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais e uma entrevista semiestruturada. A análise do material empírico se deu mediante técnica de Análise Temática de Conteúdo. Resultados: Evidenciou-se rupturas no exercício de alguns papéis ocupacionais do passado para o presente em detrimento do adoecimento. A análise das entrevistas norteou a construção de quatro categorias: 1) Percepções acerca da doença oncológica a partir do diagnóstico; 2) repercussões nos papéis ocupacionais; 3) Estratégias de enfrentamento empregadas e 4) Futuro como uma esperança para a normalidade. Conclusão: Os achados evidenciaram mudanças significativas no exercício de papéis ocupacionais dos jovens em detrimento do tratamento, relacionadas, principalmente, com a perda do vínculo empregatício, alteração nos papéis sociais e convívio familiar. Para lidar com essas mudanças, esses jovens dispõem de estratégias de enfrentamento que propiciam a ressignificação do processo de adoecimento.
Palavras-Chave: Neoplasias; Juventude; Desempenho de Papéis.
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