Leishmaniose visceral humana:

indicação terapêutica e fatores associados à letalidade em uma região endêmica do Nordeste brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583469539

Palavras-chave:

Leishmaniose Visceral, Taxa de letalidade, Terapêutica, Medicina Tropical

Resumo

Objetivo: Investigar a associação entre a conduta terapêutica, faixa etária e a letalidade por leishmaniose visceral humana (LVH), em uma região endêmica. Métodos: Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo dos casos autóctones confirmados de LVH em Imperatriz-MA no período de 2007 a 2016. Resultados: O município estudado apresentou uma letalidade 8,4%, para a doença, com aumento ao logo dos anos. A maioria dos pacientes (93,9%) usaram antimoniato de N-metil glucamina como medicamento de primeira escolha e 9,9% apresentavam coinfecção por HIV. Interessantemente, foi identificada uma importante inconformidade terapêutica, considerando os protocolos do Ministério da Saúde do Brasil, especialmente em faixas etárias e condições clínicas associadas a uma maior letalidade por LVH. Conclusão:  O alto índice de uso inadequado de fármacos específicos para LVH sugere a necessidade de reavaliação da abordagem terapêutica da LVH no município, e apontam indícios de sua relação com o aumento da letalidade em grupos específicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Conti RV, Lane VFM, Montebello L, Pinto Junior VL. Visceral leishmaniasis epidemiologic evolution in timeframes, based on demographic changes and scientific achievements in Brazil. 2016;53(2):99-104.

Zijlstra EE. Visceral leishmaniasis: a forgotten epidemic. Archives of disease in childhood. 2016;101(6):561-7. doi: 10.1136/archdischild-2015-309302.

Rodrigues V, Cordeiro-da-Silva A, Laforge M, Silvestre R, Estaquier J. Regulation of immunity during visceral Leishmania infection. Parasites & vectors. 2016;9(1):1-13. doi: 10.1186/s13071-016-1412-x.

Werneck GL. Visceral leishmaniasis in Brazil: rationale and concerns related to reservoir control. Revista de saude publica. 2014;48(5):851-855. doi: 10.1590/S0034-8910.2014048005615.

Oliveira JMd, Fernandes AC, Dorval MEC, Alves TP, Fernandes TD, Oshiro ET, et al. Mortalidade por leishmaniose visceral: aspectos clínicos e laboratoriais. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2010;43(2):188-193. doi: 10.1590/S0037-86822010000200016.

Rodrigues ACM, Melo ACF, Júnior AD, Franco SO, Rondon F, Bevilaqua CM. Epidemiologia da leishmaniose visceral no município de Fortaleza, Ceará. Pesquisa Veterinária Brasileira. 2017;37(10):1119-1124. doi: 10.1590/S0100-736X2017001000013.

Sundar S, Singh A. Recent developments and future prospects in the treatment of visceral leishmaniasis. Therapeutic advances in infectious disease. 2016;3(3-4):98-109. doi: 10.1177/2049936116646063.

Ministério da Saúde (BR). Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Leishmaniose Visceral - Casos confirmados notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Brasil [Internet]. 2017. Datasus; 2017 [citado 2020 nov 01]. Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/leishvbr.def

Furtado AS, Nunes FBBdF, Santos AMd, Caldas AdJM. Análise espaço-temporal da leishmaniose visceral no estado do Maranhão, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2015;20(12):3935-3942. doi: 10.1590/1413-812320152012.01672015.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Estimativas da População Residente no Brasil e Unidades da Federação com Data de Referência em 1º de julho de 2020 [Internet]. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2020 [citado em 2020 nov 13]. Disponível em: https://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2020/estimativa_dou_2020.pdf

Cardim MFM, Vieira CP, Chiaravalloti-Neto F. Spatial and spatiotemporal occurrence of human visceral leishmaniasis in Adamantina, State of São Paulo, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2015;48(6):716-723. doi: 10.1590/0037-8682-0213-2015.

Ministério da Saúde (BR). Vigilância Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica - 7. ed. [Internet]. Brasília. Ministério da Saúde; 2017 [citado em 2020 nov 01]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf]

Luz JGG, Naves DB, Carvalho AGd, Meira GA, Dias JVL, Fontes CJF. Visceral leishmaniasis in a Brazilian endemic area: an overview of occurrence, HIV coinfection and lethality. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. 2018;60e12. doi: 10.1590/S1678-9946201860012.

Menon SS, Rossi R, Nshimyumukiza L, Zinszer K. Decentralized control of human visceral leishmaniasis in endemic urban areas of Brazil: a literature review. Tropical medicine and health. 2016;44(1):1-9. doi: 10.1186/s41182-016-0011-z.

Ponte-Sucre A, Gamarro F, Dujardin J-C, Barrett MP, López-Vélez R, García-Hernández R, et al. Drug resistance and treatment failure in leishmaniasis: A 21st century challenge. PLoS neglected tropical diseases. 2017;11(12):e0006052. doi: 10.1371/journal.pntd.0006052.

Romero GAS. O controle de leishmaniose visceral no Brasil: transformar é preciso. Cadernos de Saúde Pública. 2016;32(6):eCO010616. doi: 10.1590/0102-311XCO010616.

Werneck GL. Controle da leishmaniose visceral no Brasil: o fim de um ciclo?: SciELO Public Health. 2016;32(6):eED010616. doi: 10.1590/0102-311X00ED010616.

Ortiz RC, Anversa L. Epidemiologia da leishmaniose visceral em Bauru, São Paulo, no período de 2004 a 2012: um estudo descritivo. Epidemiologia e Serviços de Saúde. 2015;24(1):97-104. doi: 10.5123/S1679-49742015000100011.

Bruhn FRP, Morais M, Bruhn N, Cardoso D, Ferreira F, Rocha C. Human visceral leishmaniasis: factors associated with deaths in Belo Horizonte, Minas Gerais state, Brazil from 2006 to 2013. Epidemiology & Infection. 2018;146(5):565-70. doi: 10.1017/S0950268818000109.

Zuben APBv, Donalísio MR. Dificuldades na execução das diretrizes do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral em grandes municípios brasileiros. Cadernos de Saúde Pública. 2016;32(6):e00087415. doi: 10.1590/0102-311X00087415.

Reis LLd, Balieiro AAdS, Fonseca FR, Gonçalves MJF. Changes in the epidemiology of visceral leishmaniasis in Brazil from 2001 to 2014. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2017;50(5):638-645. doi: 10.1590/0037-8682-0243-2017.

Assis TSMd, Rosa DCP, Teixeira EdM, Cota G, Azeredo-da-Silva ALF, Werneck G, et al. The direct costs of treating human visceral leishmaniasis in Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2017;50(4):478-482. doi: 10.1590/0037-8682-0133-2017.

Druzian AF, Souza ASd, Campos DNd, Croda J, Higa Jr MG, Dorval MEC, et al. Risk factors for death from visceral leishmaniasis in an urban area of Brazil. PLoS neglected tropical diseases. 2015;9(8):e0003982. doi: 10.1371/journal.pntd.0003982.

Coutinho JVSC, Santos FSd, Ribeiro RdSP, Oliveira IBB, Dantas VB, Santos ABFS, et al. Visceral leishmaniasis and leishmaniasis-HIV coinfection: comparative study. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical. 2017; 50(5):670-674. doi: 10.1590/0037-8682-0193-2017.

Downloads

Publicado

2023-02-14

Como Citar

Pimentel, L. dos S. ., Silva, T. D. C. dos S. ., Fontoura, G. M. G., de Souza, R. M. ., Costa, J. M. L., Ferreira, B. da S. ., Silva, L. A. de C. ., & Reis, A. S. (2023). Leishmaniose visceral humana:: indicação terapêutica e fatores associados à letalidade em uma região endêmica do Nordeste brasileiro. Saúde (Santa Maria), 48(1). https://doi.org/10.5902/2236583469539

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)