Análise de prescrições de medicamentos em unidades de atenção básica à saúde no município de Itaguaí, Rio de Janeiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583445211

Palavras-chave:

Indicadores, Prescrição de medicamentos, Atenção básica à saúde, Estratégia de saúde da família, Uso racional de medicamentos.

Resumo

Estudo transversal retrospectivo das segundas vias das receitas de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) de Itaguaí, empregando indicadores de prescrição propostos pela Organização Mundial da Saúde. Avaliou-se também o cumprimento da legislação sanitária em relação às prescrições e a disponibilidade de cópias da Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME) nas unidades de saúde. Foram analisadas 7.502 prescrições (média de 2,78 medicamentos/prescrição). A maioria (74,38%) dos medicamentos estava na denominação genérica e 85,56% constavam na REMUME. Em 22,38% das prescrições havia ao menos um antibiótico prescrito. No geral, a análise dos indicadores de prescrição apresentou resultados melhores para a ESF. A divulgação da REMUME se mostrou insuficiente. Este estudo pode auxiliar nas ações da assistência farmacêutica municipal, sobretudo no âmbito da Atenção Básica à Saúde (ABS), direcionando esforços gerenciais e educativos com foco na promoção do uso racional de medicamentos.

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Biografia do Autor

Juliana Tabosa da Silva, Universidade Federal Fluminense, Fluminense, RJ

Farmacêutica, Mestre em Administração e Gestão da Assistência Farmacêutica

Selma Rodrigues de Castilho, Universidade Federal Fluminense, Fluminense, RJ

Faculdade de Farmácia

Departamento de Farmácia e Administração Farmacêutica

Vania dos Santos, Universidade de São Paulo, São Paulo, SP

Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto / Universidade de São Paulo.

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Publicado

2020-12-23

Como Citar

Silva, J. T. da, Castilho, S. R. de, & Santos, V. dos. (2020). Análise de prescrições de medicamentos em unidades de atenção básica à saúde no município de Itaguaí, Rio de Janeiro. Saúde (Santa Maria), 46(2). https://doi.org/10.5902/2236583445211

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