Caracterização físico-química e nutricional de farinhas obtidas de inhame (Dioscorea spp.) e taro (Colocasia esculenta) comercializados em Petrolina-PE

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583433647

Palavras-chave:

Tubérculos, Farinha, Inhame, Taro, Caracterização

Resumo

Objetivo: Caracterizar, sob análises físico-químicas e cálculos nutricionais, farinhas obtidas de inhame e taro comercializadas na cidade de Petrolina, localizada no interior de Pernambuco. Metodologia: Amostras de inhame (Dioscorea spp.) e taro (Colocasia esculenta) foram obtidas em estabelecimentos comerciais da cidade de Petrolina-PE. Posterior as etapas de sanitização, as amostras foram submetidas um processamento de trituração até obtenção de massa viscosa, sendo então, submetidas a secagem em estufa a 60°C até a completa desidratação. Posteriormente foram peneiradas e mantidas em sacos de polietileno até as análises físico-químicas. Cada farinha foi avaliada isoladamente quanto a composição centesimal e nutricional, incluindo valor calórico. Resultados: Padrões desejáveis nos componentes físico-químicos das farinhas dos dois “tubérculos” foram observados. A farinha de inhame apresentou superioridade entre os teores de proteína (p< 0.0001), fibra (p<0.0002) e amido (p<0.0003) em relação a farinha de taro. Enquanto, os teores de pH (p< 0.0001), lipídeos (p<0.0078), carboidratos (p< 0.0001), atividade de água (p<0.0001) e valor calórico (p<0.0053) foram maiores na farinha de taro. Conclusão: Ambas farinhas apresentaram perspectivas nutricionais relevantes, diferenciando em relação a determinados constituintes físico-químicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Andresa Renata Alves Sá, Universidade de Pernambuco, Recife, PE

Graduanda em Nutrição pela Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Macilene Barbosa de Lima, Universidade de Pernambuco, Recife, PE

Graduanda em Nutrição pela Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Emerson Iago Garcia e Silva, Universidade de Pernambuco, Recife, PE

Mestrando em Ciência e Tecnologia Ambiental para o Semiárido pela Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, Pernambuco, Brasil

Marianne Louise Marinho Mendes, Universidade de Pernambuco, Recife, PE

Docente Adjunta do curso de Nutrição, docente do Programa de Pós-graduação Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI) e do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental para o Semiárido (PPGCTAS), da Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Cristhiane Maria Bazílio de Omena Messias, Universidade de Pernambuco, Recife, PE

Docente Adjunta do curso de Nutrição, docente do Programa de Pós-graduação Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares (PPGFPPI) e do Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental para o Semiárido (PPGCTAS), da Universidade de Pernambuco (UPE). Petrolina, Pernambuco, Brasil.

Referências

Pedralli G, Carmo CAS, Cereda M, Puiatti M, et al. Uso de nomes populares para as espécies de Araceae e Dioscoreaceae no Brasil. Horticultura Brasileira 2012;20(4):530-532

Castro DS, Oliveira TKB, Lemos DM, Rocha APT, Almeida RD, et al. Efeito da temperatura sobre a composição físico-química e compostos bioativos de farinha de taro obtida em leito de jorro. Brazilian Journal Of Food Technology 2017; 20(1):1-5

Oliveira IS, Moura RM, Maia LC. Considerações sobre a cultura do inhame da costa e podridão-verde, principal causa de perdas durante o armazenamento. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica 2005; 2:90-106

Moura HNA, Silva DC. Avaliação do planejamento experimental no processo de secagem do inhame (discorea spp.). Revista Brasileira de Iniciação Científica 2017:4(6):34-46

Lima JS, Lima ATM, Castillo-Urquiza GP, Silva SJC, Assunção IP, Michareff SJ, Zerbini M, Lima GSA, et al. Variabilidade genética de isolados de badnavírus infectando inhame (Dioscorea spp.) no nordeste do Brasil. Tropical Plant Pathology 2013:38(4):349-353

Paula CD, Pirozi M, Puiatti M, Borges JT, Durango AM, et al. Características físico-químicas e morfológicas de rizóforos de inhame (dioscorea alata). Biotecnología en el sector agropecuario y agroindustrial 2012;10(2):61-70

Siqueira MVBM, Nascimento WF, Silva LRG, Ferreira AB, Silva EF, Ming LC, Veasey EA, et al. Distribuição, manejo e diversidade de variados locais de inhame no Brasil: um estudo em Dioscorea alata L. Revista Brasileira de Biologia 2014;74(1):52-61, 2014.

Costa DP, Filho PEM, Silva SO. Detecção molecular de viroses em inhame cultivado no Recôncavo da Bahia. Magistra 2016; 28(1):63-73

IBGE. Sidra - Sistema IBGE de recuperação automática. Disponível em: http://sidra.ibge.gov.br. Acesso em: 08 Fev. 2018.

Oliveira AP, Silva DF, Silva JA, Oliveira NP, Santos RR, Silva NV, Oliveira JM, et al. Tecnologia alternativa para produção de túberas-semente de inhame e seus reflexos na produtividade. Horticultura brasileira 2012; 30(3):553-556

Oliveira AP, Barbosa LJDN, Pereira WE, Silva JEL, Oliveira ANP, et al. Produção de túberas comerciais de inhame em função de doses de nitrogênio. Brasília. Horticultura Brasileira 2007;25(1):73-76

Aquino ACMS, Santos JC, Castro AA, Silva GF. Caracterização físico-química e microbiológica de farinha de inhame durante o armazenamento em diferentes embalagens. Scientia Plena 2011;7(11):1-5

Dantas TAG, Oliveira AP , Cavalcante LF , Dantas DFS , Bandeira NVDS, Dantas SAG, et al. Produção do inhame em solo adubado com fontes e doses de matéria orgânica. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental 2013; 17(10):1061–1065

Silva Neto, H. P. Produção de mudas e indução de brotação em túberas de inhame submetido a defensivo e regulador de crescimento. Dissertação de Mestrado - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas. Cruz das Almas, 82 f. 2014.

Yashiki LG, Triboli EPDR (2017). Caracterização de farinha de inhame obtida por atomização. Disponível em: http://maua.br/files/122017/caracterizacao-farinha-inhame-obtida-por-atomizacao-261721.pdf. Acesso em: 30 Jan. 2018.

Dariva MD, Dorzenoni RR, Riva-Souza EM, Favarato LF, Sousa JMB. Caracterização morfológica de Taro. I SICT do Incaper, 2016. Disponível em:https://incaper.es.gov.br/Media/incaper/PDF/jornada_cientifica_2016/I%20SICT_OUTROS_015.pdf. Acesso em: 08 Fev. 2018.

Heredia Zárate NA, Vieira MC, Tabaldi LA, Gassi RP, Kusano AM, Maeda AKM. Produção agroeconômica de taro em função do número de amontoas. Seminário: Ciências Agrárias 2012;33(4):1673-1680

Fernandes PA, Vilela SV, Filgueiras MLM, Oliveira LF, Oliveira IP, et al. Fatores que apontam a relevância do iogurte saboresado com inhame e polpa de umbu. Revista Eletrônica Faculdade Montes Belos 2014;7(4):

Reis GD. Avaliação da atividade biológica do taro [(Colocasia esculenta (L.) Schott)] no ensaio de letalidade com Artemia salina Leach, no teste antifúngico de microdiluição em caldo e na hipercolesterolemia em coelhos [manuscrito] / Graciene Dias e Reis. – 2011.

Almeida EC, Bora PS, Zárate NAH. Amido nativo e modificado de taro (colocasia esculenta l. schott): caracterização química, morfológica e propriedades de pasta. B.CEPPA 2013; 31(1):67-82

Perdomo NLL. Qualidade físico-química e microbiológica de hortaliças produzidas em cultivo consorciado. Brasília. Dissertação de Mestrado - Universidade de Brasília/Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, p. 84, 2015.

Dutra-Oliveira JE, Marchini JS. Ciências Nutricionais. 1.ed. São Paulo: Sarvier. 1998. 400fp.

IAL. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. 4. ed. São Paulo, 2008.

Baird RB, Eaton AD, Rice EW. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. Water Environment Federation.

ed. American Water Works Association : Washington, 2017.

Leonel M, Mischan MM, Pinho SZ, Iatauro RA, Filho JD, et al. A. Efeitos de parâmetros de extrusão nas propriedades físicas de produtos expandidos de inhame. Ciência e Tecnologia de Alimentos 2006;26(2):459-464

Miamoto JBM. Obtenção e caracterização de biscoitos tipo cookie elaborados com farinha de inhame (Colocasia Esculenta L.). 2008. 132p. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Alimentos)-Universidade Federal de Lavras - UFLA, Minas Gerais, 2008.

Manzano GPP, Daiuto ER, Janzantti NS, Rossi EA, et al. Aspectos sensoriais e físico-químicos de ‘Iogurtes” de soja com espessantes/estabilizantes a base de fécula de inhame (Dioscorea alata), amido modificado e gelatina. Araraquara, 2007.

Monteiro SZ. Utilização de mesclas de farinha de arroz, inhame e quinoa na elaboração de disco de pizza pré-assado sem glúten e sem lactose. 2013. 83f. Trabalho de Conclusão de Curso (Engenharia de Alimentos)-Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, 2013.

Fernandes AM, Soratto RP, Evangelista RM, Nardin I. Qualidade físico-química e de fritura de tubérculos de cultivares de batata na safra de inverno. Horticultura Brasileira 2010; 28(3):299-304

Couto EM. Utilização da farinha da casca de pequi (Caryocar brasiliense Camb.) na elaboração de pão de forma. 2007. 107fp. Dissertação (Mestrado em Ciências dos Alimentos)- Universidade Federal de Lavras - UFLA, Minas Gerais, 2007.

BRASIL. Resolução RDC nº 263 de 22 de setembro de 2005. Regulamento técnico para produtos de cereais, amidos, farinhas e farelos. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em:http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/RDC_263_2005.pdf/d6f557da-7c1a-4bc1-bb84-fddf9cb846c3. Acesso em: 12 Jun. 2018.

Downloads

Publicado

2019-01-11

Como Citar

Sá, A. R. A., Lima, M. B. de, Silva, E. I. G. e, Mendes, M. L. M., & Messias, C. M. B. de O. (2019). Caracterização físico-química e nutricional de farinhas obtidas de inhame (Dioscorea spp.) e taro (Colocasia esculenta) comercializados em Petrolina-PE. Saúde (Santa Maria), 3(44). https://doi.org/10.5902/2236583433647