Perfil epidemiológico e terapêutico de pacientes com criptococose atendidos em hospital escola de Santa Maria/RS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583432507

Palavras-chave:

Cryptococcus spp., Doenças fúngicas, Diagnóstico, Epidemiologia

Resumo

Criptococose é uma doença fúngica causada por leveduras do complexo Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattii. A infecção geralmente ocorre através da inalação dos basidiósporos do fungo presente no ambiente. Casos graves ocorrem devido à infecção do sistema nervoso central. A enfermidade possui distribuição mundial, associada principalmente aos indivíduos imunocomprometidos, portadores do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Este estudo objetivou verificar o perfil epidemiológico e os protocolos terapêuticos dos pacientes diagnosticados com criptococose no Hospital Universitário de Santa Maria (Santa Maria, RS), no período de março de 2010 a março de 2017. Avaliaram-se 46 prontuários clínicos, sendo que o perfil dos pacientes observados foi predominantemente do sexo masculino, etnia branca, faixa etária de 31 a 50 anos, portadores de HIV, apresentando taxa de células CD4+<100 células/µL e com forma clínica prevalente, a neurocriptococose. A associação de anfotericina B e fluconazol foi o protocolo terapêutico adotado na maioria dos pacientes estudados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lara B Ianiski, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Santa Maria, RS

Graduanda em Farmácia pela Universidade Federal de Santa Maria.

Maria Isabel Azevedo, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Professora Departamento de Medicina Veterinária Preventiva da Universidade Federal de Minas Gerais

Carla Weiblen, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Santa Maria, RS

Atualmente bolsista de Pós-doutorado no Programa de Medicina Veterinária da UFSM e professora voluntária no Departamento de Medicina Veterinária Preventiva.

Paula Cristina Stibbe, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Santa Maria, RS

Atualmente é aluna de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da UFSM, com ênfase em Análises Clínicas e Toxicológicas.

Juliana S M Tondolo, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Santa Maria, RS

Graduação em Farmácia e Bioquímica pela Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1996), mestrado (2011) e doutorado (2016) em Farmacologia pela UFSM. Especialização em Laboratório Clínico pela UFSM (2004) e em Homeopatia pela Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo (FACIS - IBHE) (2002).

Sônia de Avila Botton, Universidade Federal de Santa Maria/UFSM, Santa Maria, RS

Porfessor Associado do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva do Centro de Ciências Rurais da Universidade Federal de Santa Maria. Professora titular do Programa de Pós-graduação em Medicina Veterinária (PPGMV)/UFSM e colaboradora do PPG em Ciências Farmacêuticas/UFSM.Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Doenças Infecciosas de Animais, atuando principalmente nos temas ligados à pesquisa e inovação tecnológica envolvendo: biologia molecular e celular, doenças infecciosas e parasitárias, imunologia e biossegurança.

Referências

- Li SS, Mody CH. Cryptococcus. American Thoracic Society, v. 7, n. 3, p. 186–196, 2010.

- Queiroz JPAF, Sousa FDN, Lage RA, Izael M A, Santos A G. Criptococose -uma revisão bibliográfica. Acta Veterinaria Brasilica, v. 2, n. 2, p. 32–38, 2008.

- Fang W, Fa Z, Liao W. Epidemiology of Cryptococcus and cryptococcosis in China. Fungal Genetics and Biology, v. 78, p. 7–15, 2015.

- Vitale RG, Pascuccelli V, Afeltra J. Influence of capsule size on the in vitro activity of antifungal agents against clinical Cryptococcus neoformans var. grubii strains. Journal of Medical Microbiology, v. 61, n. 3, p. 384–388, 2012.

- Barnett JA. A history of research on yeasts 14:1 medical yeasts part 2, Cryptococcus neoformans. School of Biological Sciences, University of East Anglia, Norwich NR4 7TJ, UK, v. 27, p. 875–904, 2010.

- Pappalardo MCSM, Melhem MSC. Cryptococcosis: a review of the brazilian experience for the disease. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 45, n. 6, p. 299–305, dez. 2003.

- Leal A. Diferenciação das espécies Cryptococcus neoformans e Cryptococcus gattiiutilizando a metodologia de PCR multiplex e determinação do perfil epidemiológico de pacientes com meningite criptocócica. Rio Grande do Sul: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006.

- Mezzari A, Wliebbelling AMP, Freitas GSO, May GG, Albé GC, Filik H P, Portich JP, et al. Criptococose em um Hospital Público de Porto Alegre: dados epidemiológicos. Journal of Infection Control, v. 2, n. 3, p. 135–139, 2013.

- Hajjeh RA, Conn LA, Stephens DS, Baughman W, Hamill R, Graviss E, et al. Cryptococcosis: population-based multistate active surveillance and risk factors in human immunodeficiency virus infected persons. European Journal of Clinical Microbiology & Infectious Diseases, v. 179, p. 449-454, 1999.

- Dromer F, Mathoulin-Pelissier S, Fontanet A, Ronin O, Dupont, B, Lortholary O. Epidemiology of HIV-associated cryptococcosis in France (1985-2001): comparison of the pre- and post-HAART eras AIDS. v. 18, n. 3, p. 555-562, 2004.

- Jenney A, Pandithage K, Fisher DA, Currie BJ. Cryptococcus infection in tropical Australia. Journal of Clinical Microbiology, v. 42, n. 8, p. 3865-3868, 2004.

- Consenso em criptococose. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 41, n. 5, p. 524–544, 2008.

- Meyer W, Castaneda A, Jackson S, HuynhM, Castaneda E. Molecular typing of Ibero American Cryptococcus neoformans isolates. Emerging Infectious Diseases, v. 9, n. 2, p. 189-195, feb 2003.

- Leonhardt JM, Heymann WR. Cutaneous manifestations of other endocrine diseases. In: Freedberg, I. M., Elsen A. Z., Wolff, K., Austen, K. F., Goldsmith, L. A., Katz, S. I. Fitzpatrick's dermatology in general medici¬ne. New York: MacGraw Hill, p. 1662-1670, 2003.

- Falci D, Sprinz E. Inibidores de protease:uma revisão sobre a possibilidade de uma dose única diária. Atividade Cientifica, v. 1, n. 4, p. 14-18, 2005.

- Mora DJ, Colombo ERC, Paim KF, Silva LEA, Nascentes G A, Vergara M L S. Clinical, epidemiological and outcome features of patients with cryptococcosis in Uberaba, Minas Gerais, Brazil. Mycopathologia, v. 173, n. 5-6, p. 321-7, jun. 2012.

- Backes P, Santos JID, Borsatto EM, Reis M. Diagnóstico laboratorial de Cryptococcus sp. no líquor. Suplemento especial de microbiologia, v. 48, n. 3, p. 10–14, 2016.

- Rohatgi S, Pirofski L. Host immunity to Cryptococcus neoformans. Future Microbiology, v. 10, n. 4, p. 565–581, 2015.

- Sáez D, Bahamondes L, Lam G, Arellano L, Lillo P. Síndrome de restauración inmune asociado a tratamiento antirretroviral y criptococosis meníngea. Caso clínico. Revista Médica de Chile, v. 134, p. 10, 2006.

- Secretaria de Estado da saúde do Rio Grande do Sul. Departamento de ações em saúde. Coordenação estadual de dst/aids do Rio Grande do Sul. Boletim Epidemiologico HIV/AIDS 2016, 2017.

- Feeney C, Bryzman S, Kong L, Brazil H, Deutsch R, Fritz LC. T-lymphocyte subsets in acute illness. Critical Care Medicine, v. 23, n.10, p. 1680-1685, 1995.

- Nguyen MH, Husain S, Clancy CJ, Peacock JE, Hung CC, et al. Outcomes of central nervous system cryptococcosis vary with host immune function: results from a multi-center, prospective study. Journal of Infection Control, v. 61, p. 419-426, 2010;

- Antachopoulos C, Walsh TJ. Immunotherapy of Cryptococcus infections. Clinical Microbiology and Infection, v. 18, n. 2, p. 126–133, 2012.

- Nucci M, Perfect, JR. When Primary Antifungal Therapy Fails. Clinical Infectious Diseases, v. 46, n. 9, p. 1426–1433, 2008.

- Pasa CR. Tipagem molecular e suscetibilidade antifúngica de Cryptococcus isolados de pacientes em hospital universitário com investigação domiciliar. Dissertação de mestrado - Programa de Pós-Graduação em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, p. 1–121, 2011.

- Huston SM, Mody CH. Cryptococcosis: an emerging respiratory myco¬sis.Clinics In Chest Medicine. v. 30, n. 2, p. 253-264, 2009.

Downloads

Publicado

2018-08-26

Como Citar

Ianiski, L. B., Azevedo, M. I., Weiblen, C., Stibbe, P. C., Tondolo, J. S. M., & Botton, S. de A. (2018). Perfil epidemiológico e terapêutico de pacientes com criptococose atendidos em hospital escola de Santa Maria/RS. Saúde (Santa Maria), 44(2). https://doi.org/10.5902/2236583432507