Clássicos e novos biomarcadores de sepse neonatal
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583423659Palavras-chave:
biomarcadores, sepse neonatal, recém-nascidos, neonatosResumo
Objetivo: analisar quais os principais biomarcadores empregados no diagnóstico da sepse neonatal descritos na literatura.
Métodos: foram consultadas as bases de dados dos sistemas eletrônicos Cochrane Library, PUBMED e SciELO por meio dos seguintes descritores combinados: [Neonatal OR Infants OR Newborns AND Sepsis AND Molecular Markers]. Foram incluídos artigos randomizados publicados entre 1990 a 2014 que tratavam de “marcadores infecciosos e/ou inflamatórios envolvidos na sepse neonatal” e dispunham de versão integral disponível gratuitamente no Portal de Periódicos CAPES.
Resultados: do total de 655 artigos, 283 foram incluídos, sendo 47% sobre inflamação, 37% abordando inflamação/infecção e 16% infecção. Destes, 184 estavam disponíveis. Dos marcadores encontrados, os mais citados foram: PCR, PCT, IL-6, IL-10, IL-8, TNF-α, CD64, E-selectin, IL-1β, nGAL, TBARS e SAA.
Conclusão: o diagnóstico por meio de biomoléculas pode ser influenciado de acordo com as particularidades das amostras, dos indivíduos estudados, características das comorbidades e pelas metodologias empregadas. A utilização conjunta dos marcadores moleculares parece ser uma tendência, cada vez mais, empregada na sepse neonatal. Por isso, esta revisão poderá contribuir em investigações futuras, uma vez que, descreve os marcadores que têm sido relatados para o diagnóstico de SIRS e sepse neonatal.
Palavras-chave: biomarcadores, sepse neonatal, recém-nascidos, neonatos
Downloads
Referências
Matos GFJ, Victorino JA. Critérios para o diagnóstico de Sepse, Sepse Grave e Choque Séptico. Rev Bras Ter Intensiva. 2004; 16(2): 102-104.
Russell AR, Berdford R. Neonatal sepsis. Paediatrics and Child Health. 2011; 21(6): 265-269.
Ganatra HA, Stoll BJ, Zaidi AK. International perspective on early-onset neonatal sepsis. Clin Perinatol. 2010; 37(2): 501-23.
Caldas JPS, Marba STM, Blotta MHSL, Calil R, Morais SS, Oliveira RTD. Acurácia diagnóstica do leucograma, proteína C-reativa, interleucina-6 e fator de necrose tumoral-alfa na sepse neonatal tardia. J Pediatr. 2008; 84(6): 536-542
Valerio TA, Cancelier AC, Constantino L, Petronilho F, Ritter C, Dal-Pizzol F. Marcadores inflamatórios e oxidativos em sangue de cordão umbilical como preditores de gravidade em sepse neonatal. Rev Bras Ter Intensiva. 2012; 24 (1): 30-34
Ceccon, MEJR. Novas Perspectivas na Sepse Neonatal. Pediatria. 2008; 30(4):198-202.
Goulart AP, Valle CF, Dal-Pizzol F, Cancelier ACL. Fatores de Risco para o desenvolvimento de sepse neonatal precoce em hospital da rede pública do Brasil. Rev Bras Ter Intensiva. 2006; 18(2): 148-153
Siqueira BR, Gomes AP, Calixto LL, Vitorino RR, Perez MCA, Mendonça EG, et al. Sepse: atualidades e perspectivas. Rev Bras Ter Intensiva. 2011; 23(2): 207-216
Liu X, Ren H, Peng D. Sepsis biomarkers: an omics perspective. Front Med. 2014; 8(1): 58-67.
Ng P. Diagnostic markers of infection in neonates. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2004; 89(3): F229–F235.
Lee H. Procalcitonin as a biomarker of infectious diseases. Korean J Intern Med. 2013; 28(3):285-91.
Wacker C, Prkno A, Brunkhorst FM, Schlattmann P. Procalcitonin as a diagnostic marker for sepsis: a systematic review and meta-analysis. Lancet Infect Dis. 2013; 13(5):426-35.
Ballot DE, Perovic O, Galpin J, Cooper PA. Serum procalcitonin as an earlymarker of neonatal sepsis. S Afr Med J. 2004 Oct;94(10):851-4.
López Sastre JB, Solís DP, Serradilla VR, Colomer BF, Cotallo GD; Grupo de Hospitales Castrillo. Evaluation of procalcitonin for diagnosis of neonatal sepsis of vertical transmission. BMC Pediatr. 2007; 7:9.
Stocker M, Hop WC, Van RAM. Neonatal Procalcitonin Intervention Study (NeoPInS): Effect of Procalcitonin-guided decision making on duration of antibiotic therapy in suspected neonatal early-onset sepsis: A multi-centre randomized superiority and non-inferiority Intervention Study. BMC Pediatr. 2010; 10:89.
Khassawneh M, Hayajneh WA, Kofahi H, Khader Y, Amarin Z, Daoud A. Diagnostic markers for neonatal sepsis: comparing C-reactive protein, interleukin-6 and immunoglobulin. Scand J Immunol. 2007; 65(2):171-175
Ng PC, Cheng SH, Chui KM, Fok TF, Wong MY, Wong W, et al. Diagnosis of late onset neonatal sepsis with cytokines, adhesion molecule, and C-reactive protein in preterm very low birthweight infants. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 1997; 77(3):F221-F227.
Ceccon ME, Vaz FA, Diniz EM, Okay TS. Interleukins 6 and C-reactive protein for the diagnosis of late onset sepsis in the newborn infant. Rev Assoc Med Bras. 2006; 52(2): 79-85.
Edgar JDM, Gabriel V, Gallimore JR, McMillan SA, Grant J. A prospective study of the sensitivity, specificity and diagnostic performance of soluble intercellular adhesion molecule 1, highly sensitive C-reactive protein, soluble E-selectin and serum amyloid A in the diagnosis of neonatal infection. BMC Pediatr. 2010; 10:22.
Beceiro Mosquera J, Sivera Monzo CL, Oria de Rueda Salguero O, Olivas López de Soria C, Herbozo Nory C. Usefulness of a rapid serum interleukin-6 test combined with C-reactive protein to predict sepsis in newborns with suspicion of infection. An Pediatr (Barc). 2009; 71(6): 483-8.
Verboon-Maciolek MA, Thijsen SF, Hemels MA, Menses M, van Loon AM, Krediet TG, et al. Inflammatory mediators for the diagnosis and treatment of sepsis in early infancy. Pediatr Res. 2006; 59(3):457-61.
Hatherill M, Tibby SM, Sykes K, Turner C, Murdoch IA. Diagnostic markers of infection: comparison of procalcitonin with C reactive protein and leucocyte count. Arch Dis Child. 1999; 81(5): 417-421
Joram N, Boscher C, Denizot S, Loubersac V, Winer N, Roze JC, et al. Umbilical cord blood procalcitonin and C reactive protein concentrations as markers for early diagnosis of very early onset neonatal infection. Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed. 2006; 91(1): 65-66
Zaki Mel-S, el-Sayed H. Evaluation of microbiologic and hematologic parameters and E-selectin as early predictors for outcome of neonatal sepsis. Arch Pathol Lab Med. 2009;133(8):1291-6.
Arnon S, Litmanovitz I, Regev RH, Bauer S, Shainkin-Kestenbaum R, Dolfin T. Serum amyloid A: an early and accurate marker of neonatal early-onset sepsis. J Perinatol. 2007; 27(5):297-302.
Groselj-Grenc M, Ihan A, Derganc M. Neutrophil and monocyte CD64 and CD163 expression in critically ill neonates and children with sepsis: comparison of fluorescence intensities and calculated indexes. Mediators Inflamm. 2008; 2008:202646.
Lynema S, Marmer D, Hall ES, Meinzen-Derr J, Kingma PS. Neutrophil CD64 as a diagnostic marker of sepsis: impact on neonatal care. Am J Perinatol. 2015; 32(4):331-6.
Yang AP, Liu J, Yue LH, Wang HQ, Yang WJ, Yang GH. Neutrophil CD64 combined with PCT, CRP and WBC improves the sensitivity for the early diagnosis of neonatal sepsis. Clin Chem Lab Med. 2015.
Makhija P, Yadav S, Thakur A. Tumor necrosis factor alpha and interleukin-6 in infants with sepsis. Indian Pediatrics. 2005; 42:1024-1028.
Kumar S, Rizvi M. Prognostic serum tumor necrosis factor-α in paediatric patients with sepsis. J Infect Dev Ctries. 2009; 3(6): 437-441.
Hodge G, Hodge S, Haslam R, McPhee A, Sepulveda H, Morgan E, et al. Rapid simultaneous measurement of multiple cytokines using 100µl sample volumes − association with neonatal sepsis. Clin Exp Immunol. 2004; 137(2): 402–407.
Boskabadi H, Maamouri G, Tavakol Afshari J, et al. Evaluation of serum interleukins-6, 8 and 10 levels as diagnostic markers of neonatal infection and possibility of mortality. Iran J Basic Med Sci. 2013; 16(12): 1232-1237.
Trend S, Strunk T, Lloyd ML, Kok CH, Metcalfe J, Geddes DT, et al. Levels of innate immune factors in preterm and term mothers’ breast milk during the 1st month postpartum. Br J Nutr. 2016; 115(7): 1178-93.
Delanghe JR, Speeckaert MM. Translational research and biomarkers in neonatal sepsis. Clin Chim Acta. 2015; 451(Pt A): 46-64.
Sood BG, Shankaran S, Schelonka RL, Saha S, Benjamin DK Jr, Sánchez PJ, et al. National Institute of Child Health and Human Development Neonatal Research Network. Cytokine profiles of preterm neonates with fungal and bacterial sepsis. Pediatr Res. 2012; 72(2): 212-20.
Buhimschi CS, Buhimschi IA, Abdel-Razeq S, Rosenberg VA, Thung SF, Zhao G, et al. Proteomic biomarkers of intra-amniotic inflammation: relationship with funisitis and early-onset sepsis in the premature neonate. Pediatr Res. 2007; 61(3): 318–324.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direito autoral (Copyright): todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR/.
A Declaração de Direito Autoral e os itens a serem observados podem ser visualizados abaixo:
1. Política para Periódicos de Acesso Livre
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Todo o conteúdo do periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0) https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BR/.