Mortalidade de pessoas idosas em atenção domiciliar de acordo com a fragilidade e capacidade funcional
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179769290936Palavras-chave:
Mortalidade, Idoso Fragilizado, Atenção Primária à Saúde, Saúde do Idoso, Serviços de Assistência DomiciliarResumo
Objetivo: analisar as taxas de mortalidade entre pessoas idosas da Atenção Domiciliar tipo 1 de acordo com a capacidade funcional e a fragilidade, no contexto da pandemia da COVID-19. Método: estudo longitudinal. A fase I foi desenvolvida entre 2018 e 2019, no domicílio, com 124 pessoas idosas, incluindo dados sociodemográficos, Escala de Fragilidade de Edmonton, Escala de Lawton e Brody e Índice de Barthel. A fase II ocorreu por contato telefônico, entre 2021 e 2022. As análises foram descritivas e inferenciais, utilizando-se o teste qui-quadrado. Resultados: dentre as pessoas idosas que foram a óbito, 67,3% tinham fragilidade moderada ou severa, apresentando dependência moderada em Atividades Básicas de Vida Diária, média de 47 (± 31,6), e maior dependência grave para as Atividades Instrumentais de Vida Diária, média de 13,2 (± 4,6), quando comparados aos sobreviventes. Conclusão: as pessoas idosas mais frágeis e com menor capacidade funcional tiveram taxa de mortalidade maior.
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