Fatores maternos e neonatais associados às anomalias congênitas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179769284591

Palavras-chave:

Anomalias Congênitas, Doenças e Anomalias Congênitas, Hereditárias e Neonatais, Saúde Materno-Infantil, Mortalidade Infantil, Fatores de risco

Resumo

Objetivo: analisar os fatores maternos e neonatais associados às anomalias congênitas no estado do Rio Grande do Sul. Método: estudo transversal com dados secundários. A amostra foi composta por 5.830 nascidos vivos entre 2012 a 2015. Foram analisadas variáveis maternas e neonatais que descreviam aspectos demográficos e de saúde. Aplicou-se estatística descritiva e inferencial. Resultados: a ocorrência de anomalias congênitas esteve presente em 0,8% dos nascidos vivos e as mais frequentes foram relacionadas ao sistema osteomuscular, circulatório e geniturinário.  Houve associação estatística significativa entre mães com filhos com histórico de natimortalidade prévia, prematuridade e menor índice de Apgar no 5º minuto com a ocorrência de anomalias. Conclusão: o estudo analisou os fatores maternos e neonatais associados às anomalias congênitas, demonstrando os grupos com maior risco para as anomalias congênitas. Ressalta-se a importância de proporcionar acesso aos cuidados pré-natais, considerando as condições de vida e trabalho da gestante.

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Biografia do Autor

Franciela Delazeri Carlotto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeira especialista em saúde da família e comunidade, mestranda em enfermagem, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil. 

Rafael Cerva Melo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Enfermeiro e Sanitarista. Cursa doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestre em Saúde Coletiva, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Especialista em Informação Científica e Tecnológica em Saúde pela Fiocruz. Trabalha no Grupo Hospitalar Conceição (GHC), como enfermeiro titular da enfermaria 4ºB1 - Medicina Interna/retaguarda clínica da emergência. Professor na Faculdade Factum, na área de Saúde Coletiva. Tem experiência em Saúde Coletiva e Enfermagem, atuando nos seguintes temas: Saúde Pública, Gestão em Saúde, Trabalho em Saúde, Políticas e Sistemas de Saúde, Vigilância em Saúde, Atenção Básica, Financiamento da Saúde, Educação Popular, Enfermagem Clínica.

Deise Lisboa Riquinho, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Escola de Saúde Coletiva e Enfermagem. Doutora em Saúde Pública pela ENSP/FIOCRUZ, mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Residência em Saúde Coletiva pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul e graduação em Enfermagem pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2003). Coordenadora do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Saúde, Ambiente e Trabalho (GIPSAT). Tem experiência em docência e pesquisa na área de Saúde Pública, atuando principalmente nos seguintes temas: saúde da população rural, saúde do trabalhador, agricultura sustentável, tabaco, SUS, pesquisa qualitativa.

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Publicado

2023-12-14 — Atualizado em 2024-01-05

Versões

Como Citar

Carlotto, F. D., Melo, R. C., & Riquinho, D. L. (2024). Fatores maternos e neonatais associados às anomalias congênitas. Revista De Enfermagem Da UFSM, 13, e53. https://doi.org/10.5902/2179769284591 (Original work published 14º de dezembro de 2023)

Edição

Seção

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