Capacidade adaptativa: proposição e validação de uma escala de mensuração
DOI:
https://doi.org/10.5902/1983465964132Palavras-chave:
Adaptive Capacity, Scale, Dynamic CapabilitiesResumo
Objetivo
O estudo tem como objetivo a proposição e validação de uma escala de mensuração da capacidade adaptativa em organizações.
Design / metodologia / abordagem
Para proposição das dimensões da escala levou-se em consideração o modelo de Stabler e Sydow (2002) e para proposição dos indicadores de cada dimensão analisou-se estudos anteriores relacionados à temática com base em uma revisão sistemática em bases acadêmicas. Para validação quantitativa da escala adotou-se o e-survey em 122 organizações da região Noroeste Colonial do Estado do Rio Grande do Sul, utilizando a modelagem de equações estruturais (MEE) com o software SmartPLS 3.2.8.
Resultados
Os resultados do estudo demonstram a articulação dos indicadores de Estrutura Organizacional Flexível e Gestão Inovadora, Pluralidade e Multifuncionalidades das Equipes e Sistemas de Informações e Análise de Mercado resultam em escala em que vários aspectos relacionados à existência do desenvolvimento de capacidades adaptativas em organizações podem ser analisados.
Limitações / implicações da pesquisa
Destaca-se que a amostra considerada para as análises se baseia em uma região específica, portanto, seus resultados devem ser interpretados com cautela.
Implicações práticas
A escala contribui para instrumentar os gestores permitindo a identificação de pontos fracos, pertinentes às dimensões e aos indicadores, de maneira que os gestores possam nortear seus esforços.
Originalidade / valor
Este estudo se mostra proeminente, uma vez que, a sua mensuração e validação de uma escala fundamentada no desenvolvimento da capacidade adaptativa permitirá de tal maneira novos estudos e também novas comparações para o avanço da temática.
Downloads
Referências
Akgun, A. E., Kestin, H. E. & Byrne, J. (2007). Organizational intelligence: a structuration view. Journal of Organizational Change Management, 20, 272-289.
Ali, Z., Sun, H. & Ali, M. (2017). The Impact of Managerial and Adaptive Capabilities to Stimulate Organizational Innovation in SMEs: A Complementary PLS–SEM Approach. Sustainability, 9(12), 1-23.
Andreeva, T. E. & Chayka, V. A. (2006). Dynamic capabilities: What they need to be dynamic? Working Papers 846, Graduate School of Management, St. Petersburg State University.
Atlas Socioeconômico do Rio Grande do Sul/Rio Grande do Sul. Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Departamento de Planejamento Governamental. – 6. Ed. – Porto Alegre: Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. Departamento de Planejamento Governamental, 2021.
Barrales-Molina, V., Montes, F. J. L., & Gutierrez-Gutierrez, L. J. (2015). Dynamic capabilities, human resources and operating routines. Industrial Management & Data Systems, 115(8), 1388-1441.
Barreto, I. (2010). Dynamic capabilities: A review of past research and an agenda for the future. Journal of Management, 36(1), 256-280.
Biedenbach, T. & Müller, R. (2012). Absorptive, Innovative and Adaptive Capabilities and Their Impact on Project and Project Portfolio Performance. International Journal of Project Management, 30, 621-635.
Burns, T. A. & Stalker, G. (1961). The management of innovation. London: Tavistock Publications.
Büttenbender, P. L., Sparemberger, A., Zamberlan, L., Perdonsini, D., & Büttenbender, B. N. (2020). Ativos e aportes do cooperativismo ao desenvolvimento regional: um olhar regional, do local para o global. Revista de Gestão e Organizações Cooperativas, 7(13).
Chryssochoidis, G., Dousios, D. & Tzokas, N. (2016). Small Firm Adaptive Capability, Competitive Strategy, and Performance Outcomes: Competing Mediation vs. Moderation Perspectives. Briefings in Entrepreneurial Finance, 25(4), 441-446.
Cohen, J. (1977). Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. Revised Edition. New York: Academic Press.
Collis, D. J. (1994). Research note: how valuable are organizational capabilities? Strategic Management Journal, 15, 143-152.
D’Ávila, O. S., & Silveira-Martins, O. (2017). Proposição/validação de escala de mensuração da capacidade dinâmica produtiva. Revista eletrônica de estratégia e negócios, 10(1), 285-311.
Eisenhardt, K. M. & Martin, J. A. (2000). Dynamic Capabilities: What are they? Strategic Management Journal, 21(10-11), p. 1105-1121.
Eriksson, T. (2014). Processes, antecedents and outcomes of dynamic capabilities. Scandinavian Journal of Management, 30(1), p. 65-82.
Eshima, Y. & Anderson, B. S. (2017). Firm growth, adaptive capability, and entrepreneurial orientation. Strategic Management Journal, 38, 770-779.
Faul, F., Erdfelder, E., Lang, A. G. & Buchner, A. (2007). G*Power 3: A flexible statistical power analysis program for the social, behavioral, and biomedical sciences. Behavior Research Methods, 39, 175-191.
Fornell, C. & Larcker, D. F. (1981). Evaluating Structural Equation Models with Unobservable Variables and Measurement Error. Journal of Marketing Research, 18(1), 39-50.
Fundação de Economia e Estatística – FEE. (2019). Corede Noroeste Colonial. Recuperado de https://www.fee.rs.gov.br/perfil-socioeconomico/coredes/detalhe/?corede=Noroeste+Colonial.
Garrido, I. L., Kretschmer, C., Vasconcellos, S. L., & Goncaloc. R. (2020). Capacidades Dinâmicas: Uma Proposta de Medição e sua Relação com o Desempenho. Brazilian Business Review, 17(1), 46-65.
Garrido, I. L., Kretschmer, C., Vasconcellos, S. L., & Gonçalo, C. R. Capacidades Dinâmicas: Uma Proposta de Medição e sua Relação com o Desempenho. BBR. Brazilian Business Review, v. 17, n. 1, p. 46-65, 2020.
Gefen, D., Straub, D. & Boudreau, M. (2000). Structural equation modeling and regression: Guidelines for research practice. Communications of AIS, 4(7), 1–79.
Grewal, R. & Tansuhaj, P. (2001). Building Organizational Capacities to Manage the Economic Crisis: The Role of Market Orientation Strategic Flexibility. Journal of Marketing, 65, 67–80
Hage, J. T. (1999). Organizational innovation and organizational change. Annual Review of Sociology, 25, 597-622.
Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. Bookman Editora.
Hair, J. F., Hult, G. T. M., Ringle, C. M. & Sarstedt, M. (2014). A Primer on Partial Least Squares Structural Equation Modeling (PLS-SEM). Thousand Oaks: Sage.
Harrison, J. L. (2013). The Impact of Social Capital on Well-being in Rural Communities. 243 f. Tese (Doutorado) - Curso de Forest Resources, Oregon State University, Corvallis.
Helfat, C. E. & Martin, J. A. (2015). Dynamic managerial capabilities: Review and assessment of managerial impact on strategic change. Journal of Management, 41(5), 1281- 1312.
Helfat, C. E., Finkelstein, S., Mitchell, W., Peteraf, M., Singh, H., Teece, D., & Winter, S. G. (2009). Dynamic capabilities: Understanding strategic change in organizations. John Wiley & Sons.
Helfat, C., Finkelstein, S., Mitchell, W., Peteraf, M., Singh, H., Teece, D. & Winter, S. (2007). Dynamic Capabilities: Understanding Strategic Changes in Organizations. Malden: Blackwell Publishing.
Henseler, J., Ringle, C. & Sinkovics, R. (2009). The use of partial least squares path modeling in international marketing. Advances in International Marketing (AIM), 20, 277-320.
Kaehler, C., Busatto, F., Becker, G. V., Hansen, P. B. & Santos, J. L. S. (2014). Relationship between Adaptive Capability and Strategic Orientation: An Empirical Study in a Brazilian Company. iBusiness, 6, 1-9.
Krohmer, H., Homburg C. & Workman, J. P. (2002). Should the market be multifunctional? Journal of Business Research, 55, 451-465.
Kump, B., Engelmann, A., Kessler, A., & Schweiger, C. (2019). Toward a dynamic capabilities scale: measuring organizational sensing, seizing, and transforming capacities. Industrial and Corporate Change, 28(5), 1149-1172.
Lakatos, E. M. (2017). Metodologia do trabalho científico. 8. ed. São Paulo: Atlas.
Lima, M. F., Borini, F., & Santos, L. L. (2020). A Complementaridade entre Capacidade de Adaptação e Capacidades Dinâmicas. International Journal of Professional Business Review, 5(1), 86-104..
Ma, X., Yao, X. & Xi, Y. (2009). How do interorganizational and interpersonal networks affect a firm's strategic adaptive capability in a transition economy? Journal of Business Research, 62(11), 1087-1095.
Marôco, J. (2014). Análise Estatística com o SPSS Statistics. Lisboa: ReportNumber.
Meirelles, D. S. & Camargo, A. A. B. (2014). Capacidades Dinâmicas: O Que São e Como Identificá-las? Revista de Administração Contemporânea, 18, 41-64.
Minucci, G. (2016). Assessing adaptive capacity of water management organizations. The case study of the municipality of Tomave (Bolivia). Journal of Risk Research, 19(7), 847-872.
Oktemgil, M. & Greenley, G. (1997). Consequences of high and low adaptive capability in UK companies. European Journal of Marketing, 31(7), 445-466.
Rindova, V. P. & Kotha, S. (2001). Continuous “morphing”: competing through dynamic capabilities, form, and function. Academy of Management Journal, 44, 1263-1280.
Ringle, C. M., Silva, D. & Bido, D. (2014). Modelagem de Equações Estruturais com utilização do SMARTPLS. Revista Brasileira de Marketing - ReMark, 13(2), 56-73.
Ringle, C. M., Wende, S. & Will, A. (2005). SmartPLS 2.0.M3. Hamburg: SmartPLS. Recuperado de http://www.smartpls.com.
Salvato, C., & Vassolo, R. (2018). The sources of dynamism in dynamic capabilities. Strategic Management Journal, 39(6), 1728-1752.
Schilke, O., Hu, S., & Helfat, C. E. (2018). Quo vadis, dynamic capabilities? A content-analytic review of the current state of knowledge and recommendations for future research. Academy of management annals, 12(1), 390-439.
Silveira-Martins, E., & Zonatto, V. C. S. (2015). Proposição e validação de escala para mensuração da capacidade turística. Turismo em análise, 26(4), 745-773.
Stabler, U. & Sydow, J. (2002). Organizational adaptive capacity: a structuration perspective. Journal of Management Inquiry, 11, 408-424.
Sussman, C. Building adaptive capacity. (2004). Paper prepared for Management Consulting Service, Boston. Recuperado de http://wikiciv.org.rs/images/5/5d/Sussman_(2004)_Building_Adaptive_Capacity.pdf.
Tabachnick, B. & Fidell, L. (2001). Using multivariate statitstics. 4. ed. Boston: Allyn and Bacon.
Teece, D. & Pisano, G. (1994). The dynamic capabilities of firms: an introduction. Industrial and Corporate Change, 3(3), 537-556.
Teece, D. J. (2009). Dynamic capabilities & strategic management. Oxford: Oxford University Press.
Teece, D. J., Pisano, G. & Shuen, A. (1990). Firm capabilities, resources, and the concept of strategy. Working Paper. Berkeley: University of California.
Teece, D. J., Pisano, G. & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, 18(7), 509-533.
Teece, D. J. (2019). A capability theory of the firm: an economics and (strategic) management perspective. New Zealand Economic Papers, 53(1), 1-43.
Vasconcelos, F. C. & Cyrino, Á. B. (2000). Vantagem Competitiva: os Modelos Teóricos Atuais e a Convergência Entre Estratégia e Teoria Organizacional. Revista de Administração de Empresas, 40(4), p. 20-37.
Verreynne, M. L., Hine, D., Coote, L., & Parker, R. (2016). Building a scale for dynamic learning capabilities: The role of resources, learning, competitive intent and routine patterning. Journal of Business Research, 69(10), 4287-4303.
Wang, C. L. & Ahmed, P. K. (2007). Dynamic capabilities: A review and research. International Journal of Management Reviews, 9, 31-51.
Wei, Li-Qun & Lau, Chung-Ming. (2010). High performance work systems and performance: the role of adaptive capability. Human Relations, 63(10), 1487-1511.
Weick, K. E. (1979). The social psychology of the organization. Reading. MA: Addison-Wesley Publishing Company.
Wilden, R., Devinney, T. M., & Dowling, G. R. (2016). The architecture of dynamic capability research identifying the building blocks of a configurational approach. Academy of Management Annals, 10(1), 997-1076.
Winter, S. G. (1964). Economic ‘Natural Selection’ and the Theory of the Firm. Yale Economic Essays, 4, 225-272.
Zahra, S. A., & George, G. (2002). Absorptive capacity: A review, reconceptualization, and extension. Academy of management review, 27(2), 185-203.
Zaluski, F. C., Sausen, J. O., & Ferreira, G. C. (2020). Proposição de um instrumento de mensuração do desenvolvimento de capacidades dinâmicas. Iberoamerican Journal of Strategic Management (IJSM), 19(2), 105-124
Zhou, K. Z. & Li, C. B. (2010). How strategic orientations influence the building of dynamic capability in emerging economies. Journal of Business Research, 63, 224-231.
Zhu, W., Su, S. & Shou, Z. (2017). Social ties and firm performance: The mediating effect of adaptive capability and supplier opportunism. Journal of Business Research, 78, 226-332.
Zollo, M. & Winter, S. G. (2002). Deliberate Learning and the Evolution of Dynamic Capabilities. Organization Science. 13(3), 339-351.
Zucatto, L., Ferasso, M., & Evangelista, M. (2010). A importância das exportações para o desenvolvimento local da fronteira Noroeste do Rio Grande do Sul e do Extremo-Oeste de Santa Catarina. Revista Portuguesa e Brasileira de Gestão, 9(1-2), 97-111.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Revista de Administração da UFSM

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Até 2023 os direitos autorais eram transferidos pelos autores para a ReA/UFSM. A partir de 2024 os autores dos artigos publicados pela ReA/UFSM mantêm os direitos autorais de seus trabalhos.
A revista adota a licença Creative Commons (CC-BY 4.0), que permite que os artigos sejam reutilizados e distribuídos sem restrições, desde que o trabalho original seja devidamente citado.


