Gerações produtivas e carreiras: o que as mulheres da Geração Y querem?
DOI :
https://doi.org/10.5902/198346596280Résumé
Apesar da atenção que a Geração Y vem recebendo, nos últimos tempos, os estudos que mapeiam as atitudes desses indivíduos relacionadas ao trabalho têm dedicado pouca atenção para compreender as diferenças que o gênero pode produzir, em um mesmo grupo geracional. Todavia, entende-se que as diferenças de gênero precisam ser melhor compreendidas, pois, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2012), as mulheres representam 45,4% da atual força de trabalho brasileira. A importância crescente das mulheres no mercado de trabalho traz para as organizações o desafio de atrair e reter essa parcela da força de trabalho, cujas demandas não são necessariamente iguais às dos homens. A escassez de estudos acerca das expectativas relacionadas à carreira de mulheres da denominada Geração Y motivou a realização do presente trabalho, que procurou entender os anseios das jovens no que diz respeito à construção de suas trajetórias profissionais. Para responder a essas indagações, realizou-se uma pesquisa qualitativa, entrevistando-se jovens nascidas entre 1980 e 2000. Buscou-se compreender o que essas profissionais esperam de sua inserção no mercado de trabalho. Os resultados da análise confirmam parte das descrições da literatura recente sobre os Yrs, pois as entrevistadas se revelaram desejosas de sucesso, reconhecimento profissional e remuneração atraente, mas também sinalizam divergências, indicando algumas especificidades do gênero expressas nas ponderações feitas pelas jovens com relação à dedicação ao trabalho quando se tornarem mães e esposas.
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