Modelo descritivo de atuação sustentável para o desenvolvimento de inovações sociais

Auteurs-es

  • Priscila Rezende da Costa Mestrado e Doutorado em Administração, Universidade Nove de Julho (UNINOVE)
  • Lucimar da Silva Itelvino Coordenação do Curso de Graduação em Administração, Universidade Nove de Julho (UNINOVE)
  • Sonia Francisca Monken Mestrado Profissional em Gestão - Sistemas de Saúde, Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

DOI :

https://doi.org/10.5902/1983465934314

Résumé

Finalidade: A concepção da inovação social como um processo aberto, colaborativo e gerador de transformação da sociedade reforça a necessidade da ampliação de parcerias e da legitimação dos negócios que promovem impacto e mudança social. Considerando esse contexto, buscou-se responder à seguinte questão de pesquisa: Como a atuação dos negócios sociais pode potencializar o desenvolvimento de inovações sociais?

Desenho / metodologia / abordagem: Para tanto, foram adotados: a abordagem indutiva, fundamentada em dados empíricos (Grounded Theory), a partir do paradigma qualitativo, em uma investigação de 24 negócios sociais; e o software Atlas.ti, para a organização e a recuperação dos dados.

Constatações: A agregação dos resultados possibilitou a elaboração de um modelo descritivo, de atuação sustentável, para o desenvolvimento de inovações em negócios sociais, a partir das seguintes proposições: (a) atuação sustentável tanto nos processos quanto na inovação social propriamente dita; (b) prevalência de um contexto cooperativo para resolver questões sociais; (c) governança profissionalizada, como condicionante causal à geração de inovações sociais; (d) desenvolvimento de ações de interesse público como condicionante interveniente à geração de inovações sociais; (e) avaliação técnica e científica do impacto social, como estratégia de mensuração dos resultados das inovações geradas; e (f) expansão do impacto social, como consequência da atuação autoescalável dos negócios sociais.

Originalidade / valor: Foi proposto um modelo descritivo de atuação sustentável para o desenvolvimento de inovações sociais em negócios sociais.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Priscila Rezende da Costa, Mestrado e Doutorado em Administração, Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

Doutora em Administração pela Universidade de São Paulo, FEA USP, 2012. Mestre em Administração pela Universidade de São Paulo, FEA RP USP, 2007. Graduada em Administração pela Universidade Federal de Lavras, UFLA, 2005. Foi Coordenadora do Curso de Graduação em Administração da UNINOVE, 2010-2014. Atualmente é professora da Universidade Nove de Julho, UNINOVE, no Programa de Pós-graduação em Administração, Mestrado e Doutorado, Linha de Inovação, lecionando as seguintes disciplinas: Seminários de Dissertação; Seminários de Tese; Fronteiras do Conhecimento em Metodologia da Pesquisa; Gestão e Internacionalização do Empreendedorismo Inovador; e Tópicos Especiais em Inovação. Também é professora do curso de Graduação em Administração da UNINOVE e atua na coordenação técnica e acadêmica do Programa Escola da Ciência. É editora científica dos periódicos International Journal of Innovation (IJI) e Innovation & Management Review (IMR), além disso, é avaliadora de periódicos na área de Administração, tais como: Revista de Administração da USP (RAUSP); Revista Brasileira de Gestão de Negócios (RBGN); Revista de Administração, Contabilidade e Economia da FUNDACE (RACEF); Future Studies Research Journal; Internext; Gestão & Regionalidade; Desenvolvimento em Questão; Revista Ciências Administrativas; Revista GeAS; Revista de Gestão e Projetos; Revista Gestão e Secretariado; e Exacta. É líder de Grupo de Pesquisa do CNPq, intitulado Estratégia de Inovação, e no âmbito do grupo coordenou projetos de pesquisa financiados pelo CNPq: Projeto n° 471875/2014-7, intitulado Geração de Inovações para o Desenvolvimento Sustentável: Um Estudo com Empresas de Base Tecnológica de Economias Emergentes (2015-2017) e Projeto n° 108313/2017-4, intitulado Capacidades Relacional e Absortiva para Geração de Inovações: Um Estudo com Born Globals Brasileiras (2016-2017). Também participa dos seguintes grupos de pesquisa: Gestão e Modelos da Inovação (UNINOVE); Inovação e Sustentabilidade (UNINOVE); Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da USP (PGT/USP); Núcleo de Pesquisas em Inovação, Gestão Empreendedora e Competitividade da USP (INGTEC); e Inovação na Era Digital (UFABC). Tem experiência na área de Administração e seus principais temas de pesquisa são: cooperação empresa-universidade, capacidades dinâmicas, capacidade relacional, capacidade absortiva e internacionalização da inovação.

Lucimar da Silva Itelvino, Coordenação do Curso de Graduação em Administração, Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

Doutora em Educação pela Universidade Nove de Julho, 2015. Mestre em Educação pela Universidade Nove de Julho, 2005. Mestre em Administração pela Universidade de Guarulhos, 2001. Especialista em Administração pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, 1992. Graduada em Ciências Contábeis pela Universidade Camilo Castelo Branco, 1997. Graduada em Administração pela Universidade Camilo Castelo Branco, 1994. Atualmente é coordenadora e professora do curso de Administração da Universidade Nove de Julho (Campus Vila Maria). Coordena projeto de pesquisa docente intitulado "Um Estudo Bibliométrico no campo do Empreendedorismo Social (N° 033022, vigência agosto 2017 a junho 2018). Participa do grupo de pesquisa CNPq "Estratégia de Inovação". Tem experiência na área de Administração e seus principais temas de pesquisa são: ética, moral, cultura organizacional, educação (formal, informal e não-formal) e empreendedorismo social.

Sonia Francisca Monken, Mestrado Profissional em Gestão - Sistemas de Saúde, Universidade Nove de Julho (UNINOVE)

Doutora em Saúde Coletiva pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP/USP)(2005). Mestre em Administração de Empresas - Marketing pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2000). Especialista em Administração Hospitalar CEAHS da Fundação Getúlio Vargas SP (1985) Programa de Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde (PROHASA). Bacharel em Serviço Social pela Faculdade de Serviço Social da Universidade Gama Filho (UGF/RJ)(1979).Membro da American Marketing Association in Health Care (001988457/1998). Professora Permanente do Programa de Mestrado Profissional de Administração em Gestão de Sistemas de Saúde da UNINOVE.(PMPA/GSS).lLinhas de Pesquisa: Operações em Serviços de Saude, Estratégias e Terceiro Setor. Atuou como Diretora comercial no Instituto do Coração InCor , Notre Dame Intermédica , GSA Comercial Import. Exportação Ltda. Consultora de organizações de Saúde como a Fundação Zerbini - InCor, Hospital do Coração, GRAAC-UNIFESP, Grupo Intermédica Notre Dame.; Instituto de Ensino e Pesquisa na Área da Saúde - IEPAS. Organizadora e Coordenadora Missão SEBRAE/MT Saúde . Consultoria à M2G Tecnologia. SEBRAE-BA Atua no Terceiro Setor na Associação de Profissionalização Orientação e Integração do Excepcional - APOIE

Références

Artemisia (2016). Descrição de negócios de impacto social. [s. d.]. Disponível em: http://artemisia.org.br/conteudo/negocios/nosso-conceito.aspx. Acesso em: 15 fev. 2016.

Ahrens, T., & Chapman, C. S. T. (2017). Doing qualitative field research in management accounting: positioning data to contribute to theory. In: Chapman, C., Hopwood, A. G., Shields, M. D. (org.). Handbook of management accounting research. Amsterdam: Elsevier, 299-318.

Alberti, V. (2004). Ouvir contar: textos em história oral. Rio de Janeiro: FGV Editora.

Armani, D. (2003). O desenvolvimento institucional como condição de sustentabilidade das ONG no Brasil. Disponível em: http://www.projeccia.com.br/images/download/organizacional/Domingos-Armani-O-desenvolvimento-institucional.pdf. Acesso em: 15 fev. 2020.

Austin, J., Stevenson, H., & Wei–Skillern, J. (2006). Social and commercial entrepreneurship: same, different, or both?. Entrepreneurship theory and practice, 30(1), 1-22.

Barnard, C. (1968). The Functions of the Executive. Cambridge: Harvard Business Press.

Baxter, J., & Chua, W. F. (2003). Alternative management accounting research-whence and whither. Accounting, organizations and society, 28(2-3), 97-126.

Berry, A. J., & Otley, D. T. (2004). Case-based research in accounting. In: Humprey, C., Lee, B. (org.) The real life guide to accounting research: a behind-the-scenes view of using qualitative research methods. Oxford: Elsevier Ltd.

Bessant, J., & Tidd, J. (2009). Inovação e empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman.

Bignetti, L. P. (2011). As inovações sociais: uma incursão por ideias, tendências e focos de pesquisa. Ciências Sociais Unisinos, 47(1), 3-14.

Bouchard, C. (1997). L’innovation sociale existe-t-elle?. Interface, 18(6), 41-42.

Chambon, J. L, David, A., & Devevey, J. M. (1982). Les innovations sociales. Paris: Presses Universitaires de France (Coleção Que sais-je).

Charmaz, K. (2009). A construção da teoria fundamentada: guia prático para análise qualitativa. Porto Alegre: Bookman Editora.

Chell, E., Nicolopoulou, K., & Karataş-Özkan, M. (2010). Social entrepreneurship and enterprise: International and innovation perspectives. Entrepreneurship & Regional Development: An International Journal, 22(6), 485-493.

Chell, E. (2007). Social enterprise and entrepreneurship: Towards a convergent theory of the entrepreneurial process. International small business journal, 25(1), 5-26.

Cloutier, J. (2003). Qu'est-ce que l'innovation sociale? Montreal, CA: Crises.

Dacin, P. A., Dacin, M. T., & Matear, M. (2010). Social entrepreneurship: Why we don't need a new theory and how we move forward from here. Academy of management perspectives, 24(3), 37-57.

Dacin, M. T., Dacin, P. A., & Tracey, P. (2011). Social entrepreneurship: A critique and future directions. Organization science, 22(5), 1203-1213.

Dantas, C. D. C., Leite, J. L., Lima, S. B. S. D., & Stipp, M. A. C. (2009). Teoria fundamentada nos dados-aspectos conceituais e operacionais: metodologia possível de ser aplicada na pesquisa em enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 17(4), 573-579.

Dart, R. (2004). The legitimacy of social enterprise. Nonprofit management and leadership, 14(4), 411-424.

Dees, J. G., Anderson, B. B., & Wei-Skillern, J. (2004). Scaling social impact. Stanford social innovation review, 1(4), 24-32.

Gregory, D. J., & Anderson, B. B. (2006). Framing a theory of social entrepreneurship: Building on two schools of practice and thought. Research on social entrepreneurship, 39-66.

Emerson, J., & Twersky, F. (1996). New social entrepreneurs: The success, challenge and lessons of non-profit enterprise creation. San Francisco/Los Angeles, CA: The Homeless Economic Fund, The Roberts Foundation.

Farfus, D.; & Rocha, M. C. (2007). Inovação Social: um conceito em construção. In: Farfus, D. et al. (org.). Inovações Sociais. Curitiba: SESI/SENAI/IEL/UNINDUS.

Frezatti, F., do Nascimento, A. R., Junqueira, E., & Relvas, T. R. S. (2011). Processo orçamentário: uma aplicação da análise substantiva com utilização da grounded theory. Organizações & Sociedade, 18(58).

Furlanetti, M. R. R., & Barros, N. F. D. (2013). Construção da Teoria Fundamentada: guia prático para análise qualitativa.

Galvão, C. (2005). Narrativas em educação. Ciência & Educação (Bauru), 11(2), 327-345.

Goldsmith, S. (2010). The power of social innovation: How civic entrepreneurs ignite community networks for good. San Francisco, CA: John Wiley & Sons.

Healey, P. (1997). Collaborative planning: Shaping places in fragmented societies. Houndmills, Basingstoke, Hampshire, London: Macmillan Press Ltd.

Heiskala, R. (2007). Social innovations: structural and power perspectives. In: Hamalainen, T. J., & Heiscala, R. (org.). Social Innovations, Institutional Change and Economic Performance: Making Sense of Structural Adjustment Process in Industrial Sectors, Regions and Societies. Cheltenham, UK; Northampton, USA: Edward Elgar, 52-79.

Hulgård, L., & Ferrarini, A. V. (2010). Inovação social: rumo a uma mudança experimental na política pública?. Ciências sociais unisinos, 46(3), 256-263.

Juliani, D. P., Juliani, J. P., Souza, J. A., & Harger, E. M. (2014). Inovação social: perspectivas e desafios. Revista ESPACIOS| Vol. 35 (Nº 5) Año 2014.

Leadbeater, C. (2009). We-think. London: Profile books Ltd..

Lee, R. M., & Esterhuizen, L. (2000). Computer software and qualitative analysis: trends, issues and resources. International journal of social research methodology, 3(3), 231-243.

Moulaert, F., Martinelli, F., González, S., & Swyngedouw, E. (2007). Introduction: Social innovation and governance in european cities urban development between path dependency and radical innovation. European Urban and Regional Studies, 14(3), 195-209.

Moulaert, F., Martinelli, F., Swyngedouw, E., & Gonzalez, S. (2005). Towards alternative model (s) of local innovation. Urban studies, 42(11), 1969-1990.

Mulgan, G., Tucker, S., Ali, R., & Sanders, B. (2007). Social Innovation: what it is, why it matters, how it can be accelerated.

Muñoz, P., & Kibler, E. (2016). Institutional complexity and social entrepreneurship: A fuzzy-set approach. Journal of Business Research, 69(4), 1314-1318.

Murray, R., Caulier-Grice, J., & Mulgan, G. (2010). The open book of social innovation (Vol. 24). London: Nesta.

Nicholls, A. (2010). The legitimacy of social entrepreneurship: Reflexive isomorphism in a pre–paradigmatic field. Entrepreneurship theory and practice, 34(4), 611-633.

Phillips, W., Lee, H., Ghobadian, A., O’Regan, N., & James, P. (2015). Social innovation and social entrepreneurship: A systematic review. Group & Organization Management, 40(3), 428-461.

Phills, J. A., Deiglmeier, K., & Miller, D. T. (2008). Rediscovering social innovation. Stanford Social Innovation Review, 6(4), 34-43.

Richardson, R. J. (2004). Pesquisa Social: Métodos e Técnicas. Atlas: São Paulo.

Rodrigues, A. L. (2006). Modelos de gestão e inovação social em organizações sem fins lucrativos: divergências e convergências entre Nonprofit Sector e Economia Social. In:

ENCONTRO DA ANPAD, 30., 2006, Salvador, BA. Anais [...]. Rio de Janeiro: Anpad, 2006. 1 CD-ROM.

Santos, F. M. (2012). A positive theory of social entrepreneurship. Journal of business ethics, 111(3), 335-351.

Shaw, E., & de Bruin, A. (2013). Reconsidering capitalism: the promise of social innovation and social entrepreneurship?. International Small Business Journal, 31(7), 737-746.

Sousa, G. E., Mendonça, J. M. B., de Sousa, M. G., & dos Santos, L. T. (2014). O Perfil do Empreendedor Social e Suas Dimensões de Atuação: Seis Casos no Município de Uberlândia-MG. Revista Interdisciplinar de Gestão Social, 3(1).

Strauss, A., & Corbin, J. (2008). Técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada.

Young, R. (2006). For what it is worth: Social value and the future of social entrepreneurship. Social entrepreneurship: New models of sustainable social change, 18(3), 56-73.

Publié-e

2021-06-29

Comment citer

Costa, P. R. da, Itelvino, L. da S., & Monken, S. F. (2021). Modelo descritivo de atuação sustentável para o desenvolvimento de inovações sociais. Revista De Administração Da UFSM, 14(2), 241–262. https://doi.org/10.5902/1983465934314

Numéro

Rubrique

Articles