Estudos organizacionais e complexidade: Stacey e Morin

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983465921668

Schlagworte:

Estudos organizacionais, Complexidade, Auto-organização

Abstract

Esse ensaio teórico visa identificar alguns enfoques da complexidade comparando as contribuições de autores internacionalmente reconhecidos como referências nos estudos organizacionais, como é o caso de Stacey e Morin. Na literatura que trata da temática da complexidade, são observados diversos conceitos semelhantes, diversas contribuições de autores, alguns formados em ciências naturais, outros em ciências humanas e na filosofia. Trata-se de uma temática reconhecidamente inter e transdisciplinar, que ganha impulso desde a década de 1980. Conclui-se que Stacey e Morin têm relevantes contribuições à compreensão do processo organizacional e que as diferenças entre suas abordagens podem ser compreendidas comparando-se suas trajetórias de vida e de formação acadêmica. Além disso, constata-se que Stacey aproxima-se ao longo do tempo da abordagem crítica e ampla da complexidade defendida por Morin. Mas enquanto Stacey se mantém no âmbito das ciências sociais, Morin articula ciências sociais, biofísica e filosofia. No que se refere às disputas existentes no campo de estudos da complexidade, esta comparação sinaliza um avanço da perspectiva da inteligência da complexidade (cultura latina) sobre a perspectiva dos sistemas complexos adaptativos (cultura anglo-saxônica). 

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografien

Sérgio Luis Boeira, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutor em Ciências Humanas (UFSC, 2000), atualmente trabalho no Departamento de Ciências da Administração; no Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA da UFSC) e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH da UFSC).

Ana Elise Cardoso Inácio, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Doutora em Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina. Funcionária Pública da Universidade do Estado de Santa Catarina no cargo de Administradora.

Jorge Altair Pinto Stürmer, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Mestre e doutorando em administração pela Universidade Federal de Santa Catarina.

Literaturhinweise

AGOSTINHO, M.E. Complexidade e organizações: em busca da gestão autônoma. São Paulo: Atlas, 2003.

ALHADEFF-JONES, M. Three generations of complexity theories: nuances and ambiguities. Educational philosophy and theory. Philosophy of Education Society of Australasia. Vol. 40, no. 1, p. 66-82. Published by Blackwell Publishing, 9600 Garsington Road, Oxford, OX4 2DQ, UK and 350 Main Street, Malden, MA 02148, USA, 2008.

ALMEIDA, M. C. Para comprender la complejidad. México: Multiversidad Mundo Real Edgar Morin, 2008.

APOSTEL, L.; BENOIST, J. M.; DUFRENNE, M.; MOMMSEN, W. L.; MORIN, E.; PIATTELLI-PALMARINI; SMIRNOV, S. N.; UI, J. Interdisciplinariedad y ciências humanas. Madrid: Ed. Tecnos; Paris: UNESCO, 1982.

BATTRAM, R. Navegando na complexidade: o guia essencial para a teoria da complexidade nos negócios e na gestão. Lisboa: Instituto Piaget, 2004.

BENKIRANE, R. A complexidade, vertigens e promessas. 18 histórias de ciência. Lisboa: Instituto Piaget, 2002.

BIANCHI, F. Le fil des idées. Paris: Editions du Seuil, 2001.

BOEIRA, S. L. Complexidade e transdisciplinaridade: organizações latino-americanas no contexto da crise civilizatória. In: PHILIPPI JR, A.; FERNANDES, V. (Org.). As Práticas de interdisciplinaridade no ensino e pesquisa. 1ed.São Paulo: Manole, 2014, p. 209-262.

BORGATTI NETO, R. Perspectivas da complexidade aplicadas à gestão de empresas. Tese de doutorado em engenharia da produção. Escola Politécnica da USP, 2008.

CASANOVA, P. G. As novas ciências e as humanidades: da academia à política. São Paulo: Boitempo, 2006.

ETKIN, J. Política, gobierno y gerencia de las organizaciones. Buenos Aires: Prentice Hall, 2000.

ETKIN, J. Gestión de la complejidad en las organizaciones: la estratégia frente a lo imprevisto y lo impensado. México: Oxford University México, 2003.

ETKIN, J. SCHVARSTEIN, L. Identidad de las organizaciones: invariância y cambio. 6ª reimp. Buenos Aires: Paidós, 2005.

ETZIONI, A. Organizações complexas: estudo das organizações em face dos problemas sociais. São Paulo: Atlas, 1978.

FADUL, E. M.; Mac-Allister da Silva, M. Limites e possibilidades disciplinares da administração: limites e possibilidades disciplinares da administração pública e dos estudos organizacionais. RAC, Curitiba, v. 13, n. 3, art. 1, p. 351-365, Jul./Ago. 2009.

FELLMAN, P.; BAR-YAM, Y.; MINAI, A. (Eds.) Conflict and complexity: contering terrorism, insurgency, ethnic and regional violence. New York: NECSI/Springer, 2015.

GELL-MANN, M. O quark e o jaguar: as aventuras no simples e no complexo. Rio de Janeiro: Rocco, 1996.

GUERREIRO RAMOS, A. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: FGV, 1981.

JAPIASSU, H. O sonho transdisciplinar: e as razões da filosofia. Rio de Janeiro: Imago, 2006.

KAUFFMAN, S. At home in the universe: the search for the laws of self-organization and complexity. New York: Oxford University Press, 1995.

KOFMAN, M. Edgar Morin: do big brother à fraternidade. Lisboa: Instituto Piaget, 1996.

MARIOTTI, H. Pensando diferente: para lidar com a complexidade, a incerteza e a ilusão. São Paulo: Ed. Atlas, 2010.

MARIOTTI, H. Complexidade e sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2013.

MARTINET, A. C.; PESQUEUX, Y. Épistémologie des sciences de gestion. Paris: Vuibert, 2013.

MORENO, J. Fuentes, autores y corrientes que trabajan la complejidad. In: MORENO, J. ; OSORIO, S.; PICÓN, Y.; JIMÉNEZ, J.; VALLEJO-GOMEZ, N.; MARÍN, R.; LONDOÑO, S.; RUIZ, L.; MARIQUE, E; VELLILA, M.; GÓMEZ, E.; ARROYAVE, D. Manual de iniciación pedagógica al pensamiento complejo. Instituto Colombiano de Fomento de la Educación Superior (ICFES); UNESCO; CORPORACIÓN PARA EL DESARROLLO COMPLEXUS. Ediciones Jurídicas Gustavo Ibánez, 2002.

MORIN, E. O método. Vol. 1. A natureza da natureza. Editions du Seuil; Publicações Europa-América, 1977.

MORIN, E. La méthode 3. La connaissance de la connaisance. Paris: Editions du Seuil, 1986a.

MORIN, E. Complexité et organisation. In: Audet, M. e Malouin, J.-L.. La production des connaissances scientifiques de l'administration. Québec: Les Presses de l'Université Laval, 1986b.

MORIN, E. O método IV. As idéias: sua natureza, vida, habitat e organização. Portugal: Publicações Europa-América, 1991.

MORIN, E. Restricted complexity, general complexity. Presented at the Colloquium Intelligence de la complexity: Epistemologie et pragmatique, Cerisy-La-Salle, France, June 26th, 2005. Translated from French by Carlos Gershenson.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 3ª Ed. Porto Alegre: 2007a.

MORIN, E. Complejidad restringida y complejidad generalizada o las complejidades de la Complejidad. In: Utopía y Praxis Latinoamericana. Revista Internacional de Filosofía Iberoamericana y Teoría Social. Año 12, No. 38, pp. 107 – 119. Universidad del Zulia. Maracaibo-Venezuela, 2007b.

MORIN, E.; LE MOIGNE, J.L. A inteligência da complexidade. São Paulo: Peirópolis, 2000.

PENA-VEGA, A.; WOLTON, D. Edgar Morin: um pensamento livre para o século 21. Rio de Janeiro: Garamond, 2014.

PERROW, C. Complex organizations: a critical essay. 2ª ed.. Dallas, Oakland, Palo Alto: Scott, Foresman and Company, 1973. ISBN 0-673-15205-7.

PETRÁGLIA, I. C. Edgar Morin: a educação e a complexidade do ser e do saber. Petrópolis: Vozes, 1995.

PRIGOGINE, I.; STENGERS, I. A nova aliança: a metamorfose da ciência. Brasília: Ed. UnB, 1991.

REED, M. Teoria organizacional: um campo historicamente contestado. In: CALDAS, M.; FACHIN, R.; FISCHER, T. (Orgs.) Handbook de estudos organizacionais. Vol. 1. Modelos de análise e novas questões em estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 1999.

SÉGUIN, F.; CHANLAT, J.-F. L’analyse des organisations. Montreal: Gaetan-Morin, 1992.

SERVA, M. O surgimento e o desenvolvimento da epistemologia da administração – inferências sobre a contribuição ao aperfeiçoamento da teoria administrativa. Revista Gestão Organizacional, vol. 6, p. 51-64. Edição Especial, 2013.

SERVA, M., DIAS, T., ALPERSTEDT, G. Paradigma da complexidade e teoria das organizações: uma reflexão epistemológica. RAE – Revista de Administração de Empresas, vol. 50, n. 3, p. 276-287, jul/set., 2010.

SOTOLONGO, P.; DELGADO, C. La revolución contemporánea del saber y la complejidad social: hacia unas ciencias sociales de nuevo tipo. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de ciencias sociales (CLACSO). 2006. ISBN 987-1183-33-X.

STACEY, R. The chaos frontier: creative strategic control for business. Oxford: Butterwoth-Heinemann, 1991.

STACEY, R. Complexity and creativity in organizations. San Francisco: Berrett- Koehler, 1996.

STACEY, R. Complexity and organizational reality: uncertainty and the need to rethink management after the collapse of investment capitalism. 2a ed. London and New York: Routledge, 2010.

STACEY, R. The tools and techniques of leadership and management: meeting the challenge of complexity. London and New York: Routledge: 2012

STACEY, R.; GRIFFIN, D. (Eds.) A complexity perspective on researching organizations. London; New York: Routledge, 2005.

STACEY, R.; GRIFFIN, D. (Eds.) Complexity and experience of managing in public sector organizations. London; New York, 2006.

STACEY, R.; MACINTOSH, R.; MACLEAN, D.; GRIFFIN, D. (Eds.) Complexity and organization: readings and conversations. New York: Routledge, 2006.

STACEY, R.; MOWLES, C. Organization dynamics: the challenge of complexity to ways of thinking about organizations. 7th Edition. London: Harlow: Person Education Limited, 2016.

STENGERS, I. A invenção das ciências. São Paulo: Ed. 34, 2002.

WESTRUM, R.; SAMAHA, K. Complex organizations: growth, struggle, and change. New Jersey: Prentice-Hall, 1984.

WITTMANN, M. L. Administração: teoria sistêmica e complexidade. Santa Maria: Editora UFSM, 2008.

Downloads

Veröffentlicht

2019-07-08

Zitationsvorschlag

Boeira, S. L., Inácio, A. E. C., & Stürmer, J. A. P. (2019). Estudos organizacionais e complexidade: Stacey e Morin. Revista De Administração Da UFSM, 12(2), 350–364. https://doi.org/10.5902/1983465921668

Ausgabe

Rubrik

Articles