O sionismo como problema teológico-político em Leo Strauss
DOI:
https://doi.org/10.5902/2357797589730Palavras-chave:
Sionismo, Judaísmo, Messianismo, Galut, LiberalismoResumo
Para grande parte da opinião pública mundial, o “sionismo” é hoje a única e a derradeira face visível do que no decorrer do século XIX e até à primeira metade do século XX se chamava “Judenfrage”, “Jewish Problem”, “Questão Judaica”. No entanto, após a criação do Estado de Israel (1948) muitas coisas mudaram, deixando, entretanto, de se falar da “questão judaica” para se começar a falar em “sionismo” e em “anti-sionismo”. Como explicar esta deriva terminológica? O que é o judaísmo? O que é o sionismo? A que se deve a recente identificação de judaísmo e sionismo? Qual o significado político dos diferentes sionismos (político, cultural, religioso) enquanto fundamentos do apelo à restauração do Estado de Israel? Quais as relações do sionismo com o messianismo, o liberalismo e a cultura secular? Como manter-se judeu numa sociedade liberal moderna secularizada? Após o desastre do Holocausto é o ethos mítico do Shoah que reforça o ethos mítico do Estado de Israel ou o inverso? É a estas e a outras perguntas que o presente ensaio procurará responder recorrendo a uma leitura atenta dos chamados “escritos sionistas” de Leo Strauss.
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