A GRAVIDEZ COMO DURAÇÃO: UMA LEITURA BERGSONIANA DO FILME OLMO E A GAIVOTA
DOI:
https://doi.org/10.5902/2175497727063Palavras-chave:
Bergson, Olmo e a gaivota, gravidezResumo
Este artigo traz uma análise do filme-documentário Olmo e a gaivota, de Petra Costa e Lea Glob, com base na filosofia de Henri Bergson. A partir da experiência da gestação da atriz Olivia Corsini, narrada cinematograficamente, a gravidez pode ser compreendida como uma duração, no sentido bergsoniano. Analisando o filme como um discurso, proponho que este produto cinematográfico traz a invenção da gestação enquanto um tempo indivisível e contínuo, permeado por modulações de afetos, contrariando a perspectiva dominante na contemporaneidade que entende a gestação como um período que deve ser meticulosamente quantificado e medicalizado. Assim, o filme oferece uma janela oportuna para refletir como Bergson estabelece uma perspectiva filosófica fundamental para compreender o modo como experimentamos o tempo e a forma como o inventamos em produtos culturais como o cinema.
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