A invisibilidade das (auto)biografias afro-americanas do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.5902/1679849X42493Palavras-chave:
Slave narratives, Autobiographies, Neo-slave narratives, Memory, IdentityResumo
Este artigo tem como objetivo investigar como as experiências de escravidão de afro-americanos dos Estados Unidos foram desconsideradas como traumáticas, levando à posição marginalizada que estes escritos (auto)biográficos tiveram no campo acadêmico. Partindo dos conceitos de memória e identidade, a análise aqui proposta examinará como a invisibilidade literária afro-americana pode ser avaliada no discurso acadêmico a partir da diferença entre (auto)biografias e narrativas de escravizados como termos classificatórios. A partir disso, será possível advogar por um espaço visível das (auto)biografias afro-americanas no cânone literário, culminando na produção de neonarrativas de escravidão nos séculos XX e XXI, que enriqueceram os estudos sobre memória e identidade coletivas.Downloads
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