MUDANÇA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL VIA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS À LUZ DA ABORDAGEM DAS CAPACITAÇÕES

Autores

  • Alexandra Jochims Kruel Grupo Hospitalar Conceição
  • Luis Roque Klering Professor da Escola de Administração (EA) da UFRGS Pos-doutorando da Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) da UFSC

Palavras-chave:

Estratégia de Saúde da Família, Sistema Único de Saúde, abordagem das capacitações, mudança social, desenvolvimento social

Resumo

Até a Constituição de 1988, o Brasil possuía um sistema de saúde destinado aos trabalhadores formais, centrado na doença e na assistência aos doentes, por meio de atendimento hospitalar, baseado na atuação do profissional médico. Com a promulgação da nova Constituição da República, o país deparou-se com uma gama de novos direitos sociais, incluído entre eles o da saúde, como universal e como um dever do Estado. Dois anos depois, foi emitida a Lei Orgânica da Saúde – LOS consolidando as determinações constitucionais e o respectivo Sistema Único de Saúde - SUS, e cerca de três anos depois uma nova proposta de saúde começou a tomar vulto nacional sob o nome de Programa de Saúde da Família – PSF, como estratégia de reorganização das práticas tradicionais de trabalho e de reestruturação do modelo de atenção à saúde. Nesse contexto, a educação para trabalhadores de saúde e para usuários tornou-se uma palavra-chave no SUS, e aliar os campos saúde e educação parece fortalecer a saúde não apenas como resultado ou produto de ações, mas principalmente como meio com grande potencialidade para articular ações e promover melhorias de qualidade de vida, para além da mera ausência de doença. Adota-se, então, um discurso vinculado à ótica de uma educação significativa, para melhorar as condições de vida dos usuários e das de suas comunidades, conheçam seus direitos e formas de obtê-los, exercendo efetivo controle social. Com a finalidade de apoiar a reflexão, recorre-se à abordagem das capacitações, de Amartya Sen (2000), que se considerou aproximada às propostas do Sistema Único de Saúde - SUS e da Estratégia de Saúde da Família – ESF, as quais se considera como potencializadoras de processos de desenvolvimento, em que ‘práticas discursivas’ são entendidas como fala e ação, como manifestações orais, verbais ou não.

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Biografia do Autor

Alexandra Jochims Kruel, Grupo Hospitalar Conceição

Doutora e mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGA/EA/UFRGS). Especialista em Saúde Pública (Faculdade de Medicina – FAMED/UFRGS) É administradora no Grupo Hospitalar Conceição.

Luis Roque Klering, Professor da Escola de Administração (EA) da UFRGS Pos-doutorando da Engenharia e Gestão do Conhecimento (EGC) da UFSC

Doutor em Administração pela Universidade de São Paulo (FEAC/USP). Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGA/UFRGS). Em estudos de pós-doutorado no Programa de Pós-graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento da Universidade Federal de Santa Catarina (EGC/UFSC). É professor e pesquisador da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (EA/UFRGS).

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Publicado

19-05-2014

Como Citar

Kruel, A. J., & Klering, L. R. (2014). MUDANÇA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL VIA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA: UMA ANÁLISE DAS PRÁTICAS DISCURSIVAS À LUZ DA ABORDAGEM DAS CAPACITAÇÕES. Revista Sociais E Humanas, 27(1), 58–80. Recuperado de https://periodicos.ufsm.br/sociaisehumanas/article/view/7241

Edição

Seção

Artigos Livres