OS LIMITES DA FALSEABILIDADE COMO CRITÉRIO DE DEMARCAÇÃO PARA CIENTIFICIDADE

Autores

  • Guilherme Nunes Pires Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/2317175829444

Palavras-chave:

Karl Popper, Falseabilidade, Critério de demarcação

Resumo

O objetivo do presente artigo é indicar os limites do critério de demarcação para cientificidade proposto por Karl Popper. O problema de demarcação tem sido objeto de preocupação em diferentes épocas da história. Entretanto, o século XX foi acompanhado por intensos debates e pela elaboração de distintos critérios que pudesse demarcar conhecimento científico dos demais. Também é notório que o pensador que mais obteve significância foi Karl Popper e seu critério de falseabilidade. Contudo, o caráter puramente negativo do empreendimento científico, sob sua abordagem unicriterial, compreende uma espécie de positivismo invertido, onde suas limitações apresentam ser um critério de demarcação não necessário e/ou suficiente para a cientificidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Guilherme Nunes Pires, Universidade Federal de Santa Maria

Mestre em Economia e Desenvolvimento (PPGE&D) - Universidade Federal de Santa Maria - UFSM Bacharel em Ciências Econômicas - UFSM E-mail: gnpires@hotmail.com

Referências

BOLAND, L. Scientific thinking without scientific method: two views of Popper. In BACKHOUSE, R. E. (ed.). New Directions in Economic Methodology. London: Routledge, 1994.

BUNGE, M. Las pseudociencias ¡vaya timo!, Editorial Laetoli, 2010.

BUNGE, M. Cien Ideas. Editorial Laetoli, 2006.

BUNGE, M. Cápsulas. Editorial Gedisa, 2003.

CALDWELL, B. Clarifying Popper. Journal of Economic Literature, 24, march, p. 1-33, 1991.

CALDWELL, B. Beyond Positivism: Economic Methodology in the Twentieth Century. Taylor & Francis e-Library, 2003.

DOBZHANSKY, T. Nothing in Biology Makes Sense Except in the Light of Evolution. American Biology Teacher, Number 35, 1973.

HAACK, S. Diga “Não” ao Negativismo Lógico. Publicações da Liga Humanista Secular do Brasil, 2014. Disponível em: http://lihs.org.br/popper.

HANDS, W. Falsification, Situational Analysis and Scientific Research Programs: the Popperian tradition in economic methodology. In: DE MARCHI, N. (ed.) Post-Popperian Methodology of Economics: Recovering Practice. Boston, Klumer Academic Publisher, 1992.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo, Editora Perspectiva, 5ª ed, 1998.

LAKATOS, I. The methodology of scientific research programmes. Philosophical Paper Volume I. University of Cambridge, 1978.

LUKÁCS, G. Os princípios ontológicos fundamentais de Marx. São Paulo: Ciências Humanas, 1979.

MAHNER, M. Science and Pseudoscience How to Demarcate after the (Alleged) Demise of the Demarcation Problem.

In: PIGLIUCCI, M.; BOUDRY, M. (eds.). Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. Chicago, The University of Chicago Press, 2013, p. 29-45.

MARQUÉS, G. El racionalismo crítico no es un buen método para la economia. Faces, año 6, N° 8 , mayo/agosto, págs. 107-118, 2000.

MARX, K. Grundrisse – Manuscritos Econômicos de 1857- 1858: esboços para a crítica da Economia Política. São Paulo: Boitempo, 2011.

NICKLES, T. The Problem of Demarcation History and Future. In: PIGLIUCCI, M.; BOUDRY, M. (eds.). Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem. Chicago, The University of Chicago Press, 2013, p. 101-121.

POPPER, K. A lógica da pesquisa científica. Editora Culturix, São Paulo, 1972.

Downloads

Publicado

06-11-2018

Como Citar

Pires, G. N. (2018). OS LIMITES DA FALSEABILIDADE COMO CRITÉRIO DE DEMARCAÇÃO PARA CIENTIFICIDADE. Revista Sociais E Humanas, 31(2). https://doi.org/10.5902/2317175829444