BRETTON WOODS SOB ATAQUE: MUDANÇAS NA GOVERNANÇA ECONÔMICA INTERNACIONAL EM TEMPOS DE MULTILATERALISMO CONTESTADO
DOI:
https://doi.org/10.5902/2526629226205Abstract
O domínio do Ocidente e especialmente dos Estados Unidos sobre o sistema internacional está se alterando neste século. A ordem institucional forjada ao final da Segunda Guerra Mundial se enfraquece e as grandes organizações internacionais econômicas, nomeadamente Organização Mundial do Comércio, Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional, não dão sinais de que estão se adaptando satisfatoriamente a essas transformações. Na disputa pela definição de quais serão e quem ditará as novas regras do jogo, Estados insatisfeitos organizam fóruns e coalisões de contestação. Este artigo se vale do conceito de multilateralismo contestado para descrever o cenário internacional que emerge dessas disputas, um ambiente no qual os Estados, embora insatisfeitos com a agenda ou a estrutura de governança do multilateralismo vigente, ainda preferem questioná-lo pela via multilateral, em detrimento de uma opção voltada ao unilateralismo ou ao bilateralismo. Argumenta-se também que, embora ares de nacionalismo tenham soprado mundo afora a partir dos Estados Unidos e de Estados europeus, esses movimentos não devem reverter a força das novas articulações multilaterais que vêm sendo construídas em outras frentes de contestação das instituições vigentes.Downloads
References
Anderson, P. (2015). A política externa norte-americana e seus teóricos: Boitempo Editorial.
Art, R. J. (2008). America's grand strategy and world politics. Nova York: Pearson Longman.
Barnett, M., & Duvall, R. (2005). Power in international politics. International Organization, 59(01), 39-75.
Barnett, M., & Finnemore, M. (2004). Rules for the world: International organizations in global politics. Ithaca: Cornell University Press.
da Conceição-Heldt, E. (2013). Emerging powers in WTO negotiations: The domestic sources of trade policy preferences. The International Trade Journal, 27, 431-449.
Eagleton-Pierce, M. (2012). Symbolic Power in the World Trade Organization: OUP Oxford.
Fioretos, O. (2011). Historical institutionalism in international relations. International Organization, 65(02), 367-399.
GATT. (1947). General Agreement on Tariffs and Trade. World Trade Organization Retrieved from https://www.wto.org/english/docs_e/legal_e/gatt47_e.pdf.
Gilpin, R. (1987). The political economy of international relations: Princeton University Press.
Grant, W. (2007). The shift from duopoly to oligopoly in agricultural trade. The WTO After Hong Kong: Progress in, and Prospects for, the Doha Development Agenda, 169.
Güven, A. B. (2012). The IMF, the World Bank, and the global economic crisis: exploring paradigm continuity. Development and Change, 43(4), 869-898.
Hartman, S. W. (2013). The WTO, the Doha Round Impasse, PTAs, and FTAs/RTAs. The International Trade Journal, 27, 411-430.
Herz, M., & Hoffmann, A. R. (2004). Organizações Internacionais: história e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier.
Hopewell, K. (2015). Different paths to power: The rise of Brazil, India and China at the World Trade Organization. Review of International Political Economy, 22(2), 311-338.
Hurrell, A., & Narlikar, A. (2006). A New Politics of Confrontation? Brazil and India in Multilateral Trade Negotiations∗. Global Society, 20(4), 415-433.
IMF Press Release. (2010). IMF Executive Board Approves Major Overhaul of Quotas and Governance, International Monetary Fund. Retrieved from http://www.imf.org/external/np/sec/pr/2010/pr10418.htm
Kapoor, I. (2006). Deliberative Democracy and the WTO. Review of International Political Economy, 11(3), 522-541.
Krasner, S. D. (1982). Structural causes and regime consequences: regimes as intervening variables. International Organization, 36(02), 185-205.
Lesage, D., Debaere, P., Dierckx, S., & Vermeiren, M. (2013). IMF reform after the crisis. International Politics, 50(4), 1-26.
Morse, J. C., & Keohane, R. O. (2014). Contested multilateralism. The Review of international organizations, 9(4), 385-412.
Obama, B. (2016, 02.Mai.2016). The TPP would let America, not China, lead the way on global trade, The Washington Post.
Patrick, S. M., & Roberts, M. M. (2016, 17, Mai, 2016). Why the State of the World Is Better Than You Think. World Politics Review.
Ruggie, J. G. (1996). Constructing the World Polity: essays on international institutionalisation. London: Routledge.
Vestergaard, J., & Wade, R. H. (2013). Protecting power: How Western states retain the dominant voice in the World Bank’s governance. World Development, 46, 153-164.
Vestergaard, J., & Wade, R. H. (2014). Out of the woods: Gridlock in the IMF, and the World Bank puts multilateralism at risk: DIIS Reports, Danish Institute for International Studies.
World Bank. (2009). The World Banck group beyond the crisis. Remarks of Robert B. Zoellick, President, Board of Governors of the World Bank Group, The World Bank Group, Istanbul, Turkey. October 6, 2009. Istanbul, Turkey: The World Bank Group Retrieved from http://web.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/COUNTRIES/SOUTHASIAEXT/0,,contentMDK:22340541~menuPK:158845~pagePK:2865106~piPK:2865128~theSitePK:223547,00.html.
World Bank. (2010). New world, new World Bank Group. Syntesis paper. Washinghton, DC: World Bank Group.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Será exigida de todos os autores de artigos aceitos para publicação na PAP - Práticas de Administração Pública a Declaração de Direitos Autorais, na qual, os autores concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional.