Crescimento econômico e instituições sob uma perspectiva evolucionária

Autores

  • Alexandre Schwinden Garcia Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC https://orcid.org/0000-0003-2421-249X
  • Adilson Giovanini Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC
  • Pablo Felipe Bittencourt Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

DOI:

https://doi.org/10.5902/1414650934311

Palavras-chave:

Crescimento Econômico, Instituições, Mudança Institucional

Resumo

O objetivo deste estudo é promover a ampliação da compreensão sobre a relação entre o crescimento econômico e a atuação do Estado sob uma perspectiva evolucionária. Para isso, foi feita uma revisão de literatura buscando aspectos essenciais da teoria evolucionária capazes de explicar o crescimento econômico. Essa literatura mostra que as firmas, ao produzirem, são influenciadas por diferentes instituições e tecnologias sociais, de modo que a atividade produtiva demanda a coordenação de diferentes agentes. A mudança tecnológica não ocorre de forma contínua, estando sujeita a mudanças abruptas que demandam a adaptação das instituições e das tecnologias sociais. A capacidade de adaptação dos países às mudanças tecnológicas explica as maiores taxas de crescimento econômico apresentado por alguns países em detrimento dos demais. A presença de problemas de coordenação implica o surgimento de espaço para a atuação do Estado, o qual fica responsável por promover as mudanças institucionais e por dotar o sistema econômico de maior capacidade de adaptação, conseguindo assim promover o maior crescimento econômico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Schwinden Garcia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Estudante de Doutorado - PPGEco/UFSC

Adilson Giovanini, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Professor colaborador da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) com doutorado em economia pelo Programa de Pós-graduação em Economia da Universidade Federal de Santa Catarina.

Pablo Felipe Bittencourt, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Professor do Departamento de Economia e Relações Internacionais - UFSC.

Referências

AGHION, P.; HOWITT, P. Joseph Schumpeter lecture appropriate growth policy: A unifying framework. Journal of the European Economic Association, v. 4, n. 2/3, p. 269-314, 2006.

CHAMINADE, C.; VANG, J. Globalisation of knowledge production and regional innovation policy: Supporting specialized hubs in the Bangalore software industry. Research policy, v. 37, n. 10, p. 1684-1696, 2008.

CHAMINADE, C. et al. Designing innovation policies for development: Towards a systemic experimentation-based approach. Handbook of Innovation Systems and Developing Countries: Building domestic capabilities in a global setting, p. 360-379, 2009.

CIMOLI, M. et al. Instituições e políticas moldando o desenvolvimento industrial: uma nota introdutória. Revista brasileira de inovação, v. 6, n. 1, p. 55-85, 2007.

COHEN, W. M. et al. Routines and other recurring action patterns of organizations: Contemporary research issues. Industrial and Corporate Change, Oxford, v. 5, n. 3, p. 653-698, 1996.

CONCEIÇÃO, O. A. C. Instituições e crescimento econômico: da "tecnologia social" de Nelson à "causalidade vebleniana" de Hodgson. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 37., 2009, Foz do Iguaçu, PR. Anais... Foz do Iguaçu: ANPEC, 2009. 1 CD-ROM.

CONCEIÇÃO, O. A. C. Há compatibilidade entre a "tecnologia social" de Nelson e a "causalidade vebleniana" de Hodgson? Brazilian Journal of Political Economy, v. 32, n. 1, p. 109-127, 2012.

CORDEN, W. M. Relationships between macroeconomic and industrial policies. The World Economy, v.3, n. 2, p. 167-184, 1980.

DOSI, G. Sources, procedures, and microeconomic effects of innovation. Journal of economic literature, p. 1120-1171, 1988.

DOSI, G.; NELSON, R. R. An introduction to evolutionary theories in economics. Journal of evolutionary economics, v. 4, n. 3, p. 153-172, 1994.

DOSI, G.; NELSON, R.; WINTER, S. Introduction: The nature and dynamics of organizational capabilities. Oxford: Oxford University, 2000.

FELDMAN, M. Organizational routines as a source of continuous change. Organization Science, Maryland, v. 11, n. 6, p. 611-629, Nov./Dec. 2000.

FOSS, N. Bounded rationality and tacit knowledge in the organizational capabilities approach: An assessment and a re-evaluation. Industrial and Corporate Change, n. 12, p. 185-201, 2003.

FREEMAN, C.; PEREZ, C. Structural crises of adjustment: business cycles. Technical change and economic theory. London: Pinter, 1988.

JOHNSON, C. Introduction: The idea of industrial policy. In: JOHNSON, C (Ed.). The Industrial Policy Debate. San Francisco, CA: ICS Press, 1984.

KESTING, P. The relation between routine and decision: An action-based approach. Unpublished draft.

LANGLOIS, R.; ROBERTSON, P. Firms, markets and economic change: A dynamic theory of business institutions. London/New York: Routledge, 1995.

MAZZOLENI, R.; NELSON, R. R. The roles of research at universities and public labs in economic catch-up. LEM Working Paper Series, 2005.

NELSON, R. R. Recent evolutionary theorizing about economic change. Journal of economic literature, v. 33, n. 1, p. 48-90, 1995.

NELSON, Richard R. Bringing institutions into evolutionary growth theory. In: Social Institutions and Economic Development. Springer, Dordrecht, 2002. p. 9-12.

NELSON, R. R. What makes an economy productive and progressive? What are the needed institutions? LEM Working Paper Series, 2006.

NELSON, R. R. What enables rapid economic progress: What are the needed institutions? Research policy, v. 37, n. 1, p. 1-11, 2008.

NELSON, R. R.; DOSI, G. An introduction to evolutionary theories in economics. Journal of evolutionary economics, v. 4, n. 3, p. 153-172, 1994.

NELSON, R. R.; SAMPAT, B. N. Making sense of institutions as a factor shaping economic performance. Revista de Economía Institucional, v. 3, n. 5, p. 17-51, 2001.

NELSON, R. R.; WINTER, S. G. Evolutionary theorizing in economics. Journal of Economic Perspectives, v. 16, n. 2, p. 23-46, 2002.

NELSON, Richard R.; WINTER, Sidney G. Uma teoria evolucionária da mudança econômica. Editora Unicamp, 2005.

PENTLAND, B.; RUETER, H. Organizational routines as grammars of action. Administrative Science Quarterly, New York, v. 39, p. 484-510, 1994.

PEREZ, C. Technological revolutions, paradigm shifts and socio-institutional change. Globalization, economic development and inequality: An alternative perspective, p. 217-242, 2004.

SCHUMPETER, J. A. Change and the Entrepreneur. Essays of JA Schumpeter, 1934.

TEECE, D.; PISANO, G.; SHUEN, A. Dynamic capabilities and strategic management. Strategic Management Journal, New Jersey, v. 18, n. 7, p. 509-533, Aug. 1997.

TIGRE, P. B. Inovação e teorias da firma em três paradigmas. Revista de Economia Contemporânea, v. 3, p. 67-111, 1998.

TOREZANI, T. A. Desenvolvimento econômico, instituições e inovação: a interação entre as abordagens institucionalista e evolucionária. Perspectiva Econômica, v. 10, n. 2, p. 67-79, 2014.

ZAHRA, S.; GEORGE, G. Absorty Capacity: A review reconceptualization and extension. Academic Management Review, p. 185-203, 2002.

ZOLLO, M.; WINTER, S. Deliberate learning and the evolution of dynamics capabilities. Organization Science, Maryland, v. 13, n. 3, p. 339-351, 2002.

Downloads

Publicado

2019-08-19

Como Citar

Garcia, A. S., Giovanini, A., & Bittencourt, P. F. (2019). Crescimento econômico e instituições sob uma perspectiva evolucionária. Economia E Desenvolvimento, 31, e9. https://doi.org/10.5902/1414650934311

Edição

Seção

Artigos