O que pode Elegbara? Filosofias do corpo e sabedorias de fresta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378639951

Palavras-chave:

Exu, Corporeidade, Epistemologia, Pedagogia das Encruzilhadas, Descolonização

Resumo

Este artigo invoca Exu/Elegbara, esfera de saber negro-africana transladada nos fluxos da diáspora, como princípio explicativo de mundo, potência criativa e disponibilidade conceitual para pensar filosofias montadas e paridas no/pelo corpo. Nesse sentindo, a corporeidade como parte da problemática do conhecimento investe na reflexão e crítica das questões epistemológicas como étnico-raciais. Assim, via giros enunciativos e os conceitos de cruzo, incorporação e mandinga investe-se em um debate que atenta para questões da ordem do racismo epistêmico, colonialidade do ser/saber e a emergência de outras pedagogias no combate as injustiças sociais e cognitivas.

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Biografia do Autor

Luiz Rufino, Centro Federal de Ensino Tecnológico, Rio de Janeiro, RJ

Pós-doutorando em Relações Étnico-raciais pelo Centro Federal de Ensino Tecnológico

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Publicado

2019-09-30

Como Citar

Rufino, L. (2019). O que pode Elegbara? Filosofias do corpo e sabedorias de fresta. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 10, 65–82. https://doi.org/10.5902/2179378639951