A figura do asceta em "O mundo como vontade e como representação"

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378634898

Palavras-chave:

Ascetismo, Sofrimento, Schopenhauer, Negação da vontade

Resumo

O presente texto assume por escopo expor, em linhas gerais, a reflexão schopenhaueriana acerca do ascetismo, de modo a assinalar o lugar dado à figura do asceta no processo de negação da vontade, tendo por base a obra O mundo como vontade e como representação (1818). Para tanto, em um primeiro momento, busca-se apresentar a visão trágica do existente segundo Schopenhauer, uma vez que a efetivação de uma existência ascética depende do conhecimento intuitivo da essência da representação. Em um segundo ponto, passa-se à tematização do ascetismo enquanto outra margem que se apresenta à vida como doença – qual seja, aquela que afirma cega ou mesmo conscientemente o querer viver e, portanto, resvala, irrecuável, no sofrimento. Por fim, assinala-se a dificuldade inerente à reflexão sobre o ascetismo como cume da vida ética enquanto processo de negação da vontade.

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Biografia do Autor

Ângela Lima Calou, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA.

Doutoranda em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Orientadora: Profa. Dra. Silvia Faustino; Co-orientador: Prof. Dr. Jarlee Salviano. Professora do quadro efetivo do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN).

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Publicado

2018-12-24

Como Citar

Calou, Ângela L. (2018). A figura do asceta em "O mundo como vontade e como representação". Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 9(2), 109–117. https://doi.org/10.5902/2179378634898