Absurdo e limite na filosofia de Schopenhauer

Autores

  • Ruy de Carvalho Rodrigues Júnior Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE.

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633637

Palavras-chave:

Absurdo, Limite, Hermenêutica, Sabedoria, Teoria, Doutrina

Resumo

O ponto de partida do trabalho foi a inquietante e surpreendente leitura de Rosset da filosofia schopenhaueriana. Inicialmente, inclina-se mais na direção crítica em relação à tese de Rosset sobre a filosofia do absurdo, que sobre a tese, de resto talvez bem mais polêmica, da intuição genealógica. Aceitando a diferenciação radical estabelecida por Schopenhauer entre os planos metafísico e empírico defende-se a hipótese de que há, nos textos deste, uma relação possível entre ambos: uma relação que chamamos de hermenêutica. É no seu nascedouro, portanto, que a filosofia de Schopenhauer recebe a cicatriz que a fará alvo daqueles que tentarão forçá-la a adequar-se a uma das alternativas: saber ou filosofia, sabedoria ou teoria, visão de mundo ou doutrina. Em todo caso, defendemos que o importante é a clara consciência dos limites que parecem estar em jogo na relação entre Representação e Vontade. Portanto, o problema da realidade e da idealidade aponta, finalmente, para a necessidade de impormos limites à filosofia e, assim, tornar possível a caracterização da metafísica de Schopenhauer como filosofia do limite.

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Biografia do Autor

Ruy de Carvalho Rodrigues Júnior, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, CE.

Professor Adjunto da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Membro do Grupo Apoena.

Referências

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Publicado

2018-07-13

Como Citar

Rodrigues Júnior, R. de C. (2018). Absurdo e limite na filosofia de Schopenhauer. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 9(1), 148–160. https://doi.org/10.5902/2179378633637