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Universidade Federal de Santa Maria

Voluntas, Santa Maria, v. 15, esp. 1, e89962, 2024

DOI: 10.5902/2179378689962

ISSN 2179-3786

Submissão: 11/07/2024 Aprovação: 27/08/2024 Publicação: 30/12/2024

REFERÊNCIAS. 10

 

Schopenhauer: Sociedade e Cultura

Metafísica e moral na obra de Schopenhauer: o significado moral do pior dos mundos

Metaphysics and Morality in Schopenhauer's Work: The Moral Significance of the Worst of All Possible Worlds

Maria Lúcia Mello e Oliveira CacciolaIÍcone

Descrição gerada automaticamente

I IUniversidade Estadual de Londrina, Londrina, PR, Brasil

 

RESUMO

O artigo explora a aparente contradição, na filosofia de Schopenhauer, entre o significado moral e o diagnóstico do “pior dos mundos”. O filósofo afirma a compaixão como o único fundamento moral universal e concreto ao rejeitar o transcendentalismo e a intervenção de um Deus ou inteligência suprema. A compaixão emerge como fundamento universal da moral, capaz de mitigar o sofrimento e instaurar solidariedade em meio à “guerra de todos contra todos”. Embora frequentemente associado ao quietismo e ao conservadorismo, o pensamento schopenhaueriano também revela um potencial transformador, ao enfatizar a força disruptiva da moralidade e da arte, as quais iluminam possibilidades de ação e convivência, mesmo no pior dos mundos.

Palavras-chave: Metafísica; Moral; Schopenhauer

ABSTRACT

The article explores the apparent contradiction in Schopenhauer's work between moral meaning and the diagnosis of the "worst of all possible worlds." The philosopher asserts compassion as the sole universal and concrete moral foundation by rejecting transcendentalism and the intervention of a God or supreme intelligence. Compassion emerges as a universal moral principle, alleviating suffering and fostering solidarity amid the "war of all against all." Although often associated with quietism and conservatism, Schopenhauer's thought also reveals transformative potential by emphasizing the disruptive power of morality and art, which illuminate pathways for action and coexistence, even in the worst of worlds.

Keywords: Metaphysics; Morality; Schopenhauer

 

Quando mencionamos o nome do filosofo alemão Schopenhauer, mesmo no desconhecimento total de seu pensamento, vêm em nossa mente esses dois epítetos aparentemente inseparáveis: por um lado a negação do valor da vida e, por outro, sua vacuidade.  A obra principal de Schopenhauer, “O Mundo como Vontade e   representação” espelha sua metafísica, isto é, o mundo nada é além de Vontade e Representação. “O mundo como representação  estaria aí tanto diante, como em nós, como uma figura evanescente, um mera sombra. Se alguma realidade pudesse lhe ser atribuída seria a de uma série de seres contingentes e desnecessários, que nada poderiam transformar, nem no curso de suas vidas, quanto no curso do mundo exterior. Condenados à efemeridade, formariam inadvertidamente por algum tempo, figuras e formas, que desapareceriam com eles e no movimento de seu pensar; as representações, estariam ligadas ao funcionamento de sua víscera principal, o “cérebro tributário” do seu instinto vital.

O próprio filosofo nunca se nomeia quer pessimista, quer niilista. Essas qualificações foram-lhe atribuídas pelos seus intérpretes, ou seja, pela chamada escola schopenhaueriana, sendo a qualificação de pessimista o apanágio de um Hartmann e niilista de Nietzsche. Nos importa sobretudo descobrir como lhe foram aplicadas essas características ou melhor, tentar justificá-las em sua filosofia. Isso nem tanto como busca de exatidão e rigor de/e para seus leitores, mas principalmente pelas consequências de as assumir ou não.

 Ligado a seu dito pessimismo se põe a possibilidade, ou mesmo a afirmação, de uma atitude quietista e a desistência de qualquer ação que pudesse qualificar-se como transformadora, onde se descobrisse um laivo de liberdade e decisão. Assim salienta-se o quietismo de Schopenhauer, quer referido a atuação diante do próprio destino e as decisões tomadas de acordo com o seu caráter, quer quanto à organização social e política (estas acompanhariam o pessimismo e quietismo do autor, revestindo-se de imutabilidade, de acordo com os ditames das repetições impostas pelas suas concepções), tanto do caráter imutável no tempo. Schopenhauer estaria assim mais próximo de Hobbes e sua inevitável “guerra de todos contra todos”, justificada pela ânsia de poder e que, por sua vez, justificaria um Leviatã. Diante deste quadro, impossível não tachar sua posição de conservador. As características humanas se moldariam de acordo com a vontade de viver, pressupondo a dominação, pois é essa vontade que traria alguma consistência ao mundo de sombras e sonhos expressos nas representações; este seria o mundo ideal, onde os homens imaginariam pensar viver deliberando seus atos e construindo suas vidas. Mas a essa vontade de viver é que afinal caberia dirigir as decisões tomadas pelos indivíduos e por todos os seres em geral. Desde o metal até o homem. Uma força bruta, sem telos, nem direção, a não ser a que se dá si mesma.

Schopenhauer, como vimos, afirma que o mundo nada mais é que representação e vontade, e nada além disso pode explicá-lo. A saber qualquer apelo ao transcendente, na figura de um Deus, seja uma inteligência superior, que trace o plano do universo e interfira no seu desenho, seja a de uma vontade soberana que comande os eventos, são excluídas. Mesmo à filosofia, uma espécie de saber dos saberes, estaria vedado (aliás) desde Kant o apontar para um Absoluto, embora alguns tivessem visto este próprio absoluto na Vontade como essência.

Nietzsche classifica Schopenhauer como o “primeiro ateu confesso e inflexível dentre os alemães”[1], e esta visão será salientada, por Horkheimer,[2] por exemplo, que a menciona no texto “A atualidade de Schopenhauer”. Para o filósofo, não cabe a  fé num ser supremo,  nem como inteligência criadora do mundo, mesmo que seja  dotado de uma vontade soberana. A vontade não se refere a algo pessoal, está em tudo e em todos, como no “querer viver”. Não pode ser pensada ou confundida com um Deus, pois Schopenhauer, ao criticar outras formas do divino, como a do panteísmo, afirma que ao falar de Deus, só pode referir-se a um Deus pessoal. [3]

Este ateísmo, por sua vez, não indica uma despreocupação ou descaso quanto às religiões, pois estas merecem a atenção constante de Schopenhauer como um dado social da convivência entre os homens. Uma das inflexões é da importância da religião como suplente da cultura filosófica, ela tem o poder de suprir a necessidade metafísica do homem quando o alcance de sua cultura ou inteligência não lhe permite atingir pensamentos que pretendam elucidar metafisicamente o mundo. Aqui está posta a diferença entre religião e filosofia (ou metafísica). Ora, essa dificuldade do homem comum ou inculto se transforma em seu favor em fábulas, sem respaldo da realidade do ser e da retidão do pensar.  Esta é a metafísica alegórica. Em todo caso, isso não é tudo, porque há um fundamento imaginário comum no pensamento filosófico depurado e nos mitos religiosos, que apesar de não explorados aqui, revelam uma índole comum entre os viventes humanos. Talvez essa se funde na busca de alguma explicação do sentido para a vida e para a morte; e até mesmo da superação desta numa vida além desta[4]. Não custa lembrar que o pavor da morte é muitas vezes amenizado pela ideia de uma outra vida compensadora dos sofrimentos presentes ou que puna os males infringidos por alguém a outrem. Mas isso só vem ao caso, não por censura ou denúncia, mas para fortalecer nosso poder criativo (e até salutar) de inventar saídas para situações extremas. O mundo não deixa por isso de ser habitado por representações fictícias ou não - cujo teor fica sempre sem resposta. A nosso ver o que importa não é, (aqui e em muitos outros pontos) o real em contraposição à fantasia, mas muito mais os efeitos a que conduzem tais criações, que poderiam ser chamadas de ideologias, sem nenhuma reserva. Se poderia aproximar a religião das artes, quando ambas iluminam diversamente o “mundo” circundante? Ou distanciá-las, na medida que religião é alegoria e a arte, a objetividade da Vontade, trazendo o real nas ideias?

Mas essa questão, já se vê, não é colocada por si mesma, mas no modo como reverbera na leitura de Schopenhauer pelos seus seguidores. Nosso interesse primordial é o de expor como as interpretações do filósofo de Frankfurt irão dar uma determinada direção às suas posições tão discutidas pelos seus leitores e discípulos, mudando o viés de suas posições sociopolíticas, se não na letra, pelo menos no espirito.

Ou seja, de um Schopenhauer alheio ou mesmo contrário a renovações e mudanças sociais e de um Schopenhauer que não só possibilitaria, mas favoreceria tais mudanças, a partir do caráter disruptivo de sua filosofia. O ponto chave seria o posicionamento de Schopenhauer em relação ás instituições, como a Universidade[5] e a Igreja, baseadas no poder que exercem na constituição das sociedades . Nisto, é preciso levar em conta o que significa essa vontade de viver enquanto constituinte da vida em sociedade, marcando a atitude moral dos indivíduos ou de seus componentes. Quanto às instituições universitárias duramente criticadas por Schopenhauer, impõe-se a questão dos Brotgelehrte, advinda de Schiller. Primum vivere deinde filosofare.

 O caráter físico e moral do mundo, no capítulo  III dos Parerga, está posto no princípio  da ética de Schopenhauer, a saber, a afrmação de que o mundo tenha apenas um significado físico e nenhum moral seja o erro o mais fundamental, o mais pernicioso, a própria perversidade do caráter que é no fundo também o  que  a fé religiosa personificou como o Anticristo”.[6] Posta a exigência  de  assumir  um significado moral para o mundo, é possível buscar um verdadeiro fundamento da moral, o único real e universal fundamento da moral  que tenha em si certeza absoluta sem poder, como teme o filósofo, jamais ser substituído por qualquer outro. Schopenhauer se põe aí incondicionalmente do lado da efetividade do caminhar moral do mundo.   O filósofo, porém, de modo contrário a todas as religiões, afirma que este erro fundamental da perversidade de espírito, o Anticristo da  fé  mística, não morre para sempre, mas que tal como a Hidra, suas cabeças  reapareçam de tempos em tempos até serem escondidas de novo, como na ameaça de novos tempos sombrios em que impere o mal no mundo. Por isso, o fundamento da moral deve ser inabalável e verdadeiro, para superar este mal que sempre renasce.

Schopenhauer reconhece a grande dificuldade de explicar e decifrar a contradição entre esse fundamento moral e o curso do mundo, donde resulta a necessidade de um fundamento real.

 Eis porque Schopenhauer faz a crítica do fundamento da moral kantiana, a Würde, dignidade do homem, apontando a sua fragilidade: a dignidade fundaria a moral, mas, por outro lado, dignidade estaria fundada na moral.  Assim, a Würde se fundaria nela mesma, e assim, a dignidade moral nada traz como explicação de como surge o homem digno ou moral, apontando apenas para uma de suas qualidades.

 Por isso, Schopenhauer busca um fundamento realmente existente no ânimo do homem, a compaixão, traço indestrutível que marca o ânimo de certos indivíduos. Este é um fundamento posto como real, porque não faz parte apenas das representações da mente humana, mas tem sua existência comprovada nos atos do ser humano, que são atos de sua vontade essencial. Este fundamento, a compaixão, é, pois, a origem de todas as virtudes (caridade e amor, por exemplo). Porém, como a primeira, é que permite a existência de solidariedade entre os homens, presente efetivamente em meio às dores do mundo. Se o mundo fosse o melhor dos mundos, o ótimo, nem surgiriam os atos compassivos ou solidários, por desnecessários, do mesmo modo que não existiria a morte, nem o medo de morrer, se a vida individual fosse eterna, e sequer filosofia e moral ocorreriam aos viventes felizes para sempre.

 A crença num sentido moral afirmada pelo filósofo se reflete num correr do mundo tal como o que experimentamos, cheio de sofrimentos e dores. Apesar de contraditórias, essas duas faces do mundo, a metafísica e a moral, se necessitam e se explicam mutuamente, (uma não se dá sem a outra). Muito embora o próprio filósofo denuncie a grande dificuldade de conciliar sua concepção do mundo, atribuindo-lhe um significado moral.

 Quanto a apreciação moral de alguém, Schopenhauer recomenda que não se leve em conta para isso algo que só traria ódio e desprezo, a saber, a avaliação objetiva segundo o valor e a dignidade, nem a maldade da vontade, nem a limitação de seu entendimento, nem a inexatidão de seus conceitos, mas que se tenha em vista seus sofrimentos, sua angústia, sua necessidade e suas dores no olho. Assim, nos sentiremos constantemente aparentados a ele, simpatizaremos com ele e, ao invés de ódio ou desprezo, sentiremos por ele a compaixão que somente é o ágape pelo qual clama o evangelho.[7] Este olhar diante do outro engendraria os sentimentos de compaixão e simpatia. Voltando-se novamente para as religiões, Schopenhauer aponta quais os piores defeitos humanos, (a preguiça, a luxúria e arrogância), classificação à qual Schopenhauer parece aquiescer apenas vendo como vicio primeiro a arrogância, e, em segundo lugar, a preguiça. (tanto na perspectiva budista quanto na bramanista).

Com essas considerações e conselhos éticos, Schopenhauer parece querer conciliar as dores e os vícios dos homens com algo que amenize a terrível visão da sociedade humana, em que uns querem ter o domínio sobre os demais para seu próprio proveito, desconsiderando o próximo na sua decadência e dor. Escravos, velhos, doentes e famintos, nada podem oferecer, e assim ficam no descaso e abandono.

Porém, diante desse quadro social desolador, certas virtudes (entre as quais podemos reconhecer as cristãs, tem ainda o poder de transformar a mesquinha guerra de todos contra todos em solidariedade). Schopenhauer deixa implícito como isto poderia operar, quais ações humanas desviariam do desvario da Humanidade. Fica claro, porém, o apontar para a possibilidade de uma transvaloração, se não visando o nada relativo, (a saber a negação da vontade) por meio de atos individuais compassivos, negando a autocomplacência e tendo o outro sofrente como alvo. Nesta transmutação, poderíamos adivinhar as ações dos homens como seres reais, como corpos, e não apenas como fonte de ideias abstratas como nA dignidade na moral, de Kant. O fundamento da moral situa-se assim numa ação concreta e como compaixão, num sofrer junto. Aqui, apesar do dito pessimismo, não há quietismo, mas a possibilidade de uma ação solidária, que impeça o ressurgimento do Anti-Cristo, decepando cada vez suas cabeças de Hidra, embora se saiba muito bem que a sociedade humana está sempre pronta a regenerá-las.

Lütkehauus, seguindo a interpretação materialista de Schopenhauer, (que provém de Horkheimer e é desenvolvida por Alfred Schmidt  no seu texto “Schopenhauer e o materialismo”), põe a questão do quietismo, que teria sido central na filosofia política de Schopenhauer , para classificá-lo como reacionário ou pelo menos favorável ao status quo. Ora, quietismo nada mais significa que inação; ou conservadorismo, que sustaria as mudanças a esse status quo. Esta escola de pensadores, que teria rejuvenescido o cansado Schopenhauer, embolorado na sua estante de livros, faz com que tenhamos novo alento para sua leitura.  Ele se mostra sempre um grande escritor, de fala clara, mas sombria, que vê, sem hesitação, a realidade do mundo. Sem tentar a salvação, propõe, no entanto, uma moral fundada numa virtude cujo poder é introduzir uma espécie de milagre neste pior dos mundos, a compaixão.

Com isso, de certo modo cumprimos o intuito de aproximar a metafísica tal como Schopenhauer a concebe, a saber, como metafísica imanente, haurida na Experiência e o significado moral e a Metafísica do belo, em Schopenhauer. A solidariedade entre os homens, por certo rara, faz deles verdadeiros gênios da transformação. O que transformam é o mundo real, a própria convivência social, do mesmo modo que a arte propicia, ao completar, segundo Schopenhauer, a obra da natureza.   A modo do gênio na arte apresentam como belo ou melhor, sublime, uma cena real monstruosa, como a do Navio Negreiro, de Turner, em que os escravos lançados do navio em chamas lutam contra o mar bravio em que perecem corpos destroçados pela ambição e crueldade dos seus algozes, depois de se amotinarem contra eles. [8]

REFERÊNCIAS

LAZARINI, Lucas. A atualidade de Schopenhauer segundo Horkheimer. Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, [S.l], v. 9, n. 2, p. 190-208, 2018.

NIETZCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Trad: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2012.

SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a filosofia universitária. Trad: Maria Lúcia Cacciola e Márcio Suzuki. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2023.

SCHOPENHAUER, Arthur. Parerga e Paralipomena. In: SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a ética. São Paulo: Hedra, 2012. p. 108-220.

TURNER, William. O navio negreiro. Boston: Museu de Belas Artes de Boston, 1840.

Contribuição de autoria

1 – Maria Lúcia Mello e Oliveira Cacciola

Doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo

https://orcid.org/0000-0002-0001-5371 • mcacciola@uol.com.br

Contribuição: Escrita – Primeira Redação

Como citar este artigo

CACCIOLA, M. L. M. e O. Metafísica e moral na obra de Schopenhauer: o significado moral do pior dos mundos. Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, Santa Maria - Florianópolis, v. 15, esp. 1, e89962, p. 01-09, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.5902/2179378689962. Acesso em: dia mês abreviado. ano.



[1] NIETZCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. Trad: Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia de Bolso, 2012.

[2] LAZARINI, Lucas. A atualidade de Schopenhauer segundo Horkheimer. Voluntas: Revista Internacional de Filosofia, [S.l], v. 9, n. 2, p. 190-208, 2018.

[3] Da sua contraposição ao panteísmo.

[4] Não custa lembrar que a

[5] SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a filosofia universitária. Trad: Maria Lúcia Cacciola e Márcio Suzuki. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2023.

 

[6] SCHOPENHAUER, Arthur. Parerga e Paralipomena. In: SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a ética. São Paulo: Hedra, 2012. p. 108-220.

 

[7] SCHOPENHAUER, Arthur. Parerga e Paralipomena. In: SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre a ética. São Paulo: Hedra, 2012. p. 108-220.

[8] TURNER, William. O navio negreiro. Boston: Museu de Belas Artes de Boston, 1840.