Referenciamento e contrareferenciamento à Atenção Primária de à Saúde de idosos com osteoporose
DOI:
https://doi.org/10.5902/2236583469401Palavras-chave:
Sistema Único de Saúde, Osteoporose, Idoso, Atenção Primária à Saúde, Atenção Secundária à SaúdeResumo
Esse estudo teve como objetivo avaliar o referenciamento e contrarreferenciamento de idosos com osteoporose entre um centro de atenção especializado em geriatria e gerontologia e a atenção primária à saúde. O estudo foi desenvolvido com duas perspectivas de análise: 1)do paciente, feita a partir de uma coorte com coleta de dados secundários e seguimento realizado remotamente; 2)do gestor, utilizando-se inquérito telefônico, direcionada a gestores das Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foram descritas variáveis demográficas, farmacoterapêuticas, clínicas e relacionadas ao serviço. Um total de 391 pacientes participaram do estudo e receberam seu plano de cuidados com manejo da osteoporose. Todavia, 35,3% não estavam fazendo uso de medicamento no momento da entrevista. Do total, 31,2% haviam sofrido alguma queda no último ano e quase metade já havia apresentado alguma fratura na vida. Para 89,0% dos pacientes ocorreu o contrarreferenciamento, ou seja, havia sido chamado à UBS após atendimento na atenção secundária. Somente 34,3% dos pacientes tiveram o plano de cuidados totalmente implementado. A maioria dos gestores informou que os pacientes são convidados a retornar à UBS após o recebimento do plano de cuidados, mas pouco mais da metade concorda que sua implementação é totalmente viável. Os principais motivos para isso são a falta de apoio social/familiar ou vulnerabilidade social e falta de profissionais no Núcleo de Apoio à Saúde da Família. Estratégias sociais familiares e relacionadas aos serviços de saúde podem ser úteis para garantir a implementação integral dos planos de cuidados de idosos com osteoporose.
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