Qualidade da alimentação e estado nutricional de funcionários de uma universidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2236583443049

Palavras-chave:

Avaliação nutricional, Hábitos alimentares, Saúde do trabalhador, Estado nutricional, Alimentação.

Resumo

Objetivo: Identificar a qualidade da alimentação e o estado nutricional de funcionários de uma universidade. Métodos: Trata-se de uma pesquisa transversal com 239 funcionários de uma universidade do estado de São Paulo. A avaliação antropométrica foi composta das medidas de peso, estatura, circunferências do braço e da cintura e cálculo do Índice de Massa Corporal. Para a avaliação da qualidade da alimentação, utilizou-se o Questionário “Como está a sua alimentação?” do Ministério da Saúde. Os dados coletados foram submetidos à análise descritiva e estatística. Resultados: A maioria dos funcionários eram do sexo feminino, sedentários e com média de idade igual a 35,3±12,8 anos. Houve consumo insuficiente de alimentos reguladores e a alta presença de sódio e gorduras, resultados que concordaram com os dados de excesso de peso em 54,1% dos participantes e de adiposidade abdominal em 56,5%. A prática de exercício físico, consumo de hortaliças, leguminosas e o hábito de ler os rótulos dos alimentos tiveram associação com melhores pontuações no questionário (p<0,05). Conclusão: A baixa qualidade da alimentação dos funcionários foi condizente com o estado nutricional prejudicado desses indivíduos. Considerando esta relação, nota-se a necessidade da universidade exercer seu papel na promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida dos seus funcionários.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabíola Pansani Maniglia, Universidade de Franca, Franca, SP

Doutora em Ciências pela FMRP-USP. Docente dos Cursos de Nutrição e Enfermagem e pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Promoção de Saúde da Universidade de Franca.

Bruno Affonso Parenti de Oliveira, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, SP

Educação Física pela Universidade Estadual Paulista – UNESP, Mestre e Doutorando em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – FMRP USP

Referências

World Health Organization. Diet, Nutrition and Prevetion of Chronic Diseases. WHO; Geneva, Switzerland: 2003.

Claro RM, Santos MAS, Oliveira TP, et al. Consumo de alimentos não saudáveis relacionados a doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde, 2013. Epidemiol Serv Saúde. 2015;24(2):257-265.

Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: análise do consumo alimentar pessoal no Brasil / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro: IBGE, 2020.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. Vigitel Brasil 2019 : vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico : estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2019 [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças não Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Silva ECB, Maniglia FP. Alimentos industrializados e refeições equilibradas: uma comparação visual, econômica e nutricional. Revista Nutrição em Pauta. 2018;42:32-39.

Estima CCP, Philippi ST, Alvarenga MS. Fatores determinantes de consumo alimentar: por que os indivíduos comem o que comem? Rev Bras Nutr Clin. 2009;24(4):263-268.

Bento IC, Esteves JMM, Franças ET. Alimentação saudável e dificuldades para torná-la uma realidade: percepções de pais/responsáveis por pré-escolares de uma creche em Belo Horizonte/MG, Brasil. Ciência & Saúde Coletiva. 2015;20(8):2389-2400.

Teixeira MG, Mill JG, Pereira AC, et al. Consumo de antioxidantes em participantes do ELSA-Brasil: resultados da linha de base. Rev bras epidemiol. 2016;19(1):149-159.

Silva FM, Giatti L, de Figueiredo RC, et al. Consumption of ultra-processed food and obesity: cross sectional results from the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil) cohort (2008-2010). Public Health Nutr. 2018;21(12):2271-2279.

World Health Organization (WHO). Obesity: Preventing and managing the global epidemic. Geneve; 1997.

Lipschitz, DA. Screening for nutricional status in the elderly. Primary care. 1994;21(1):55-67.

BRASIL. Ministério da Saúde. Como está a sua alimentação? Acesso em janeiro de 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_alimentacao_saudavel.pdf

Santos RD, Gagliardi ACM, Xavier HT, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz sobre o consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. Arq Bras Cardiol. 2013;100(1Supl.3):1-40.

Mill JG, Malta DC, Machado IE, et al. Estimativa do consumo de sal pela população brasileira: resultado da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Rev Bras Epidemiol 2019;22 (Suppl 2):1-14.

World Health Organization. WHO Forum on Reducing Salt Intake in Populations. Reducing salt intake in populations: report of a WHO forum and technical meeting, 5-7 October 2006, Paris; 2006.

Martins MV, Leite ICG. Aspectos nutricionais, antropometria e ingestão hídrica de trabalhadores metalúrgicos. Rev Bras Med Trab. 2010;8(2):82-88.

Guelinckx I, Ferreira-Pêgo C, Moreno LA, et al. Intake of water and different beverages in adults across 13 countries. Eur J Nutr. 2015;54(2):45-55.

de Oliveira LM, Melo MLM, Maniglia FP. Dieta mediterrânea: nossos pacientes não estão no caminho certo. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento. 2019;13(79).

Brasil. Ministério da Saúde. Guia alimentar para a população brasileira: promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde; 2008.

Lindemann IL, da Silva MT, César JG, et al. Leitura de rótulos alimentares entre usuários da atenção básica e fatores associados. Cad. Saúde Colet. 2016;24(4):478-486.

Nespeca M, Cavallini DC. Qualidade de vida no trabalho de funcionários públicos: papel da nutrição e da qualidade de vida. Acta Scientiarum. Health Sciences. 2011;33(2):187-195.

Canhada SL, Luft VC, Giatti L, et al. Ultra-processed foods, incident overweight and obesity, and longitudinal changes in weight and waist circumference: the Brazilian Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brasil). Public Health Nutrition. 2019;23(6), 1076-1086.

ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. – 4.ed. - São Paulo, SP.

Martinez S. A nutrição e a alimentação como pilares dos programas de promoção da saúde e qualidade de vida nas organizações. O Mundo da Saúde. 2013;37(2):201-207.

Downloads

Publicado

2020-08-27

Como Citar

Maniglia, F. P., & Oliveira, B. A. P. de. (2020). Qualidade da alimentação e estado nutricional de funcionários de uma universidade. Saúde (Santa Maria), 46(2). https://doi.org/10.5902/2236583443049