A INFLUÊNCIA DOS TRATADOS AMBIENTAIS MULTILATERAIS RELATIVOS AO CLIMA NA EFETIVIDADE DO DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1981369430027

Palavras-chave:

Clima, Efetividade, Proteção Ambiental.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar a relação entre o conteúdo dos tratados ambientais multilaterais relativos ao clima ratificados pelo Brasil e as políticas públicas por este realizadas. Parte-se da hipótese de que quanto mais específico o tratado nas obrigações a serem atingidas, quanto maiores os esforços e as conquistas dos negociadores internacionais em realizar um texto mais consistente, maior e mais efetiva é a produção normativa-institucional brasileira no mesmo tema. Para tanto, a análise será feita por meio de uma matriz de análise composta por critérios de efetividade os quais serão aplicados tanto nos tratados, quanto nas normas e instituições criadas pelo governo brasileiro. Conclui-se que os textos ambientais internacionais ratificados pelo Brasil exercem grande influência nas políticas públicas ambientais brasileiras, exigindo uma similitude na aplicação positiva dos critérios, pois somente dessa forma o direito brasileiro poderá tornar o tratado ambiental responsivo no plano doméstico. dI

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Lauren Lautenschlager, Faculdade Sul Americana - FASAM

Doutora em Direito pelo Centro Universitário de Brasília, professora universitária

Marcelo Dias Varella, UNICEUB

Professor do Programa de Mestrado e Doutorado em Direito do UNICEUB. Doutor em Direito pela Universidade de Paris. Livre-Docente pela USP. Pesquisador nível 1 do CNPq.

Referências

AYALA, P. A. Direito e incerteza: a proteção jurídica das futuras gerações no Estado de direito ambiental. Florianópolis: UFSC, 2002. Dissertação (Mestrado em Direito), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

BENJAMIN, A. H. V. O Estado teatral e a implementação do direito ambiental. BDJur, Brasília, DF, 2010.

BIRNIE, P.; BOYLE, A. International Law and the environment. 2. ed. [S.l.]: Oxford, 1994.

BRYK, D. S. The Montreal Protocol and Recent Developments to Protect the Ozone Layer. In: Environmental Law Review, v. 15, p. 275, 1991.

CANOTILHO, J. J. G. Estado constitucional ecológico e democracia sustentada. In: LEITE, José Rubens Morato; FERREIRA, Heline Silvini; BORATTI, Larissa Verri (Org.). Estado de direito ambiental: tendências. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. p. 31-34.

COLE, D. H. Climate Change and Collection Action. 2007. Disponível em: <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1069906>. Acesso em: 5 jan. 2016.

FALKNER, R. The Paris Agreement and the new logic of international climate politics. In: International Affairs, v. 92, n. 5, p. 1107-1125, 2016.

FENSTERSEIFER, T. Direitos fundamentais e proteção do ambiente: a dimensão ecológica da dignidade humana no marco jurídico-constitucional do Estado Socioambiental de Direito. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2008.

GAREAU, B. J. A critical review of the successful CFC phase-out versus the delayed methyl bromide phase-out in the Montreal Protocol. In: International Environmental Agreements: Politics, Law and Economics, v. 10, n. 3, p. 209-231, 2010.

KOSKENNIEMI, M. From apology to utopia. The structure of international legal argument. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

LEFF, E. Complexidade, Racionalidade Ambiental e Diálogo de Saberes. In: Revista Educação e Realidade, v. 34, n. 3, p. 17-24, set./dez. 2009.

LEITE, J. R. M. L. Sociedade de risco e Estado. In: CANOTILHO, J. J. C.; LEITE, J. R. M. Direito Constitucional ambiental brasileiro. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. p. 157-232.

LEITE, J. R. M.; CAETANO, M. A. Estado de direito ambiental e complexidade. In: PERALTA, Carlos E.; ALVARENGA, Luciano J.; AUGUSTIN, Sérgio (Org.). Direito e justiça ambiental: diálogos interdisciplinares sobre a crise ecológica. Caxias do Sul: Educs, 2014. p. 139-160.

LEWIS, S. L. The Paris Agreement has solved a troubling problem. In: Nature, v. 532, n. 7599, p. 283, 2016.

MALJEAN-DUBOIS, S. International environmental law. In: Seminário Jurídico Avançado, UNICEUB, Brasília, 2014.

MILARÉ, E. Direito do ambiente: a gestão ambiental em foco. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2007.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Ações brasileiras para a proteção da camada de Ozônio. Brasília: [S.n.], 2014.

MORRISON, F. L. The relationship of international, regional, and national environmental law. In: MORRISON, F. L., WOLFRUM, R. (Ed.). International, Regional, and National Environmental Law. Kluwer Law International. [S.l.]: Springer, 2000. p. 113-132.

NASSER, S. H. Direito internacional do meio ambiente, direito transformado, jus cogens e soft law. In: NASSER, S. H.; REI, F. (Org.). Direito internacional do meio ambiente. São Paulo: Atlas, 2006. p. 19-30.

OLIVEIRA, A. S. Tratamento diferenciado dos países em desenvolvimento e mudanças climáticas: perspectivas a partir do Acordo de Paris. 2017. Tese (Doutorado em Direito) - Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

OST, F. Legal system between order and disorder. [S.l.]: Oxford University Press, 1994.

PALMER, G. The Implications of Climate Change for International Law Institutions. Transnat'l L. & Contemp. Probs., v. 2, p. 205, 1992.

RAJAMANI, L. Ambition and differentiation in the 2015 Paris Agreement: Interpretative possibilities and underlying politics. In: International and Comparative Law Quarterly, v. 65, n. 2, p. 493-514, 2016.

SOARES, G. F. S. Curso de direito internacional público. São Paulo: Atlas, 2004.

SUNSTEIN, C. R. Montreal versus Kyoto: a tale of two protocols. John M. Olin Law & Economics Working Paper nº 302 (2d series) and Public Law and Legal Theory Working Paper nº 136. Working Paper nº 06-17. Chicago, 2006.

VARELLA, M. D. Internacionalização do Direito: direito internacional, globalização e complexidade. Brasília: UniCEUB, 2013.

VARELLA, M. D.; LAUTENSCHLAGER, L. Critérios de Efetividade na Proteção Ambiental. In: Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, v. 36.1, p. 295-329, jan./jun. 2016.

VIOLA, E. Evolução da mudança climática na agenda internacional e transição para uma economia de baixo carbono, 1990-2009. In: LEITE, J. R. M.; FERREIRA, H. S.; BORATTI, L. V. (Org.). Estado de direito ambiental: tendências. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010. p. 47-94.

VIOLA, E. O regime internacional de mudança climática e o Brasil. In: RBCS, v. 17, n. 50, p. 25-179, out. 2002.

VIOLA, E.; FRANCHINI, M. Climate Politics in Brazil: Public awareness, social transformations and emissions reduction. In: BAILEY, Ian; COMPSTON, Hugh (Ed.). Feeling the heat: The politics of climate policy in rapidly industrializing countries, 2012. p. 253-291.

WOLFRUM, R. The convention on biological diversity: using state jurisdiction as a means of ensuring compliance. In: WOLFRUM, R. (Ed.). Enforcing environmental standards: Economic mechanisms as viable means? [S.l.]: Springer, 1996. p. 374-393.

YOUNG, O. R. Teoria do regime e a busca de governança global. In: VARELLA, Marcelo D.; BARROS-PLATIAU, Ana Flavia (Org.). Proteção internacional do meio ambiente. Brasília: UNITAR, UNICEUB, UNB, 2009. v. 4. p. 220-235.

Downloads

Publicado

30-08-2018

Como Citar

Lautenschlager, L., & Varella, M. D. (2018). A INFLUÊNCIA DOS TRATADOS AMBIENTAIS MULTILATERAIS RELATIVOS AO CLIMA NA EFETIVIDADE DO DIREITO AMBIENTAL NO BRASIL. Revista Eletrônica Do Curso De Direito Da UFSM, 13(2), 722–753. https://doi.org/10.5902/1981369430027

Edição

Seção

Artigos científicos