A profanação dos dispositivos escolares e o jogo teatral

Autores

  • Patricia Neves de Almeida Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Boituva

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734829659

Palavras-chave:

Cotidiano escolar, Dispositivo, Profanação, Jogo teatral

Resumo

A investigação apresenta uma prática teatral realizada com alunos de uma escola da rede municipal de ensino, do município de Boituva-SP, e surge de uma inquietação em relação à presença dos dispositivos de controle na escola, mais particularmente de uma escada e sua regra que restringe o acesso dos alunos. A hipótese é de que o teatro, especificamente o jogo teatral de Spolin (2003) tem a potencialidade de operar o que Agamben (2007) nomeia uma “profanação”. O estudo envolve a análise do conceito de dispositivo em Foucault (1979; 2004) e Agamben (2009); a descrição da prática intitulada “Experiência Teatral”; e a exposição dos relatos dos alunos, os quais revelam uma aproximação ao que se objetivava inicialmente: propiciar a reflexão sobre a existência dos dispositivos no cotidiano escolar, promovendo um novo uso deles, por meio da profanação da norma.   

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Biografia do Autor

Patricia Neves de Almeida, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Câmpus Boituva

Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade de Sorocaba (UNISO), possui Especialização em Pedagogia do Teatro e Graduação em Teatro / Arte-Educação pela Universidade de Sorocaba (UNISO); é docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, no Câmpus Boituva, em regime de dedicação exclusiva, atuando nos âmbitos do Ensino, Pesquisa e Extensão; ministra aulas de Arte para o Ensino Médio Integrado e para a Licenciatura em Pedagogia; desenvolve projetos nas áreas de Ensino de Teatro, Arte e Jogos e Brincadeiras.

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Publicado

2018-04-02

Como Citar

Almeida, P. N. de. (2018). A profanação dos dispositivos escolares e o jogo teatral. Revista Digital Do LAV, 11(1), 031–053. https://doi.org/10.5902/1983734829659