Acolhimento aos ingressantes na Universidade Federal de Santa Catarina - Campus Florian�polis: percep��o dos estudantes

Reception of new students to the Federal University of Santa Catarina, Florianpolis Campus: Students' Perception

 

Lara Simone Dias

Psic�loga educacional da Universidade Federal de Santa Catarina, Florian�polis, Santa Catarina, Brasil.

lara.dias@ufsc.br - https://orcid.org/0000-0002-6357-2052

 

Edmilson Rampazzo Klen

Professor Doutor na Universidade Federal de Santa Catarina, Florian�polis, Santa Catarina, Brasil.

edmilson.rk@ufsc.br- https://orcid.org/0000-0002-4701-8852

 

Recebido em 16 de julho de 2020

Aprovado em 23 de novembro de 2020

Publicado em 04 de setembro de 2021

 

RESUMO

Pr�ticas de acolhimento podem representar importante estrat�gia de preven��o evas�o no Ensino Superior. O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa de opini�o com estudantes de uma universidade federal, realizada a fim de conhecer a percep��o dos mesmos a respeito destas a��es e identificar fatores tidos como favor�veis e desfavor�veis � ambienta��o � universidade, tais como: as informa��es consideradas relevantes para a ambienta��o acad�mica, as formas de acesso a elas e os principais agentes envolvidos neste processo. Participaram do estudo 718 estudantes - n�o identificados - de diversos cursos de gradua��o atrav�s de pesquisa de opini�o por um question�rio online. Os resultados indicam o protagonismo dos pr�prios estudantes no processo de acolhimento e uma parcela significativa de estudantes sem acesso �s atividades de acolhimento. A partir da percep��o dos estudantes, s�o discutidos o papel institucional no acolhimento aos ingressantes ao Ensino Superior e poss�veis estrat�gias para sua melhoria.

Palavras-chave: Acolhimento, integra��o, estudantes universit�rios, ensino superior.

 

ABSTRACT

Reception practices can represent important strategies to prevent evasion in higher education. This article presents the results of a research pool with students from a federal university that aimed at knowing the perception of them about activities of reception and identifying factors considered favorable and unfavorable to the university environment, such as information considered relevant to the environment, the ways of acessing them and the main actors involved in this process. Participating in the study were 718 students - not identified - from various undergraduate courses by means of an online questionnaire. The results indicate the protagonism of the students themselves in the reception process and a significant proportion of students without access to the reception activities. From the students' perception, the institutional role in the reception of incoming students and possible strategies for their improvement are also discussed.

Keywords: Reception, integration, university students, higher education.

Introdu��o

A literatura cient�fica sobre a integra��o acad�mica aponta o primeiro ano de gradua��o como per�odo cr�tico para a ambienta��o dos estudantes � universidade (TEIXEIRA et al., 2008; SOUZA et al., 2016). Segundo Teixeira et al. (2008), a transi��o da escola para a universidade parece produzir inicialmente uma sensa��o de atordoamento, relacionada � perda de refer�ncias anteriores. A falta de orienta��o com rela��o aos processos burocr�ticos na universidade tamb�m � percebida como um obst�culo que dificulta a ambienta��o do estudante ingressante e suas rotinas. A forma como estes se integram ao contexto do Ensino Superior repercute no aproveitamento, ou n�o, das oportunidades oferecidas pela universidade, tanto para sua forma��o profissional quanto para seu desenvolvimento psicossocial (PACHANE, 2004, apud TEIXEIRA et al., 2012). Segundo Teixeira et al. (2012), o contexto universit�rio tem papel crucial a desempenhar na adapta��o � universidade e no fornecimento de informa��es de qualidade, relativas � vida acad�mica, especialmente nas primeiras semanas.

A��es de integra��o social e acad�mica e de acolhimento aos estudantes ingressantes na universidade s�o importantes preditores da perman�ncia no ambiente universit�rio e da conclus�o do curso (CABRERA, CASTA�EDA, NORA, & HENGSTLER, 1992, apud TEIXEIRA, CASTRO & ZOLTOWSKI, 2012). Como o primeiro ano universit�rio � considerado per�odo cr�tico no qual ocorre a maior parte dos abandonos de curso (SILVA FILHO, MOTEJUNAS, HIP�LITO, & LOBO, 2007; REASON et al., 2006, apud TEIXEIRA et al., 2012), fen�meno que impacta negativamente tanto os estudantes quanto as institui��es de Ensino Superior (TEIXEIRA et al, 2012), h� uma preocupa��o especial quanto a este per�odo de ingresso. As pol�ticas de acolhimento aos estudantes de gradua��o constituem, portanto, forma de prevenir a evas�o neste n�vel de educa��o.

Sob uma perspectiva mais abrangente, cabe considerar a integra��o acad�mica n�o como um esfor�o particular a ser percorrido pelos estudantes e que depende de suas caracter�sticas pessoais, mas, tal como prop�e Polydoro (2001, apud ALBANAES, 2014), como um processo multifacetado constru�do no cotidiano das rela��es estabelecidas entre os estudantes e a institui��o.

Considera-se, portanto, a necessidade de uma postura ativa das institui��es em acolher seus novos estudantes como forma de favorecer a integra��o acad�mica, promover maior sentimento de perten�a, maior satisfa��o com o curso e a universidade e prevenir a evas�o.

Os aspectos institucionais tem tanta relev�ncia para o engajamento acad�mico dos estudantes universit�rios quanto os pessoais, portanto, preocupar-se com a cria��o de estrat�gias amplas e transversais de acolhimento aos estudantes ingressantes tende a trazer grandes benef�cios �s universidades (ALBANAES et al, 2014) e tamb�m aos estudantes.

Conforme atentam Matte et al. (2019), as universidades nem sempre sabem acolher o estudante rec�m-chegado e, ao desconsiderarem os saberes pr�-universit�rios e promoverem um saber superior, o �da ci�ncia pura�, determinam escalas que tendem a ser menos humanizadas quanto mais alto o degrau al�ado pelo sujeito.

Para Coulon (2017), a passagem do ensino m�dio ao superior é acompanhada por importantes mudan�as em sua relação com o saber: as regras não são as mesmas, são mais sofisticadas, complexas e simbólicas e espera-se que sejam rapidamente assimiladas pelos novos estudantes. Os estudantes que n�o conseguem se afiliar a seu novo universo tendem � evas�o, pois o sucesso universit�rio, segundo o autor, passa pela aprendizagem de um verdadeiro of�cio de estudante, of�cio este que n�o se aprende "naturalmente", mas � fruto de uma aprendizagem longa e complexa da qual nos "esquecemos". Uma das maiores raz�es dos abandonos e dos fracassos �relaciona-se, segundo o autor, é a dificuldade de decifrar e incorporar esses c�digos que o autor chama de marcadores de afilia��o.

Tamb�m, nesta perspectiva, fica evidente a relev�ncia das pr�ticas de acolhimento como momentos de apresenta��o deste universo, que � o Ensino Superior, vivenciado inicialmente com estranheza, tendo em vista as dificuldades encontradas pelos estudantes especialmente no primeiro ano da gradua��o.

O presente artigo descreve o percurso e os resultados de uma pesquisa de opini�o com estudantes universit�rios a respeito das atividades de acolhimento das quais participaram. Pretende, assim, contribuir para a melhoria do processo de acolhimento nas universidades, a partir da percep��o dos pr�prios estudantes.

Cenrio da pesquisa

Nos �ltimos anos, a partir da implementa��o das pol�ticas de a��es afirmativas no Pa�s e da ades�o dos institutos e universidades federais � Lei n� 12.711/2012, conhecida como Lei de Cotas, houve uma progressiva mudan�a do perfil do estudante universit�rio. As universidades, antes reservada �s elites, passaram a receber um p�blico historicamente exclu�do deste n�vel de ensino, estudantes oriundos das escolas p�blicas (RISTOFF, 2011).

Por�m, conforme observa Correio (2018), o acesso n�o garante a efetiva inclus�o na educa��o superior, pois este deve ser acompanhado de pol�ticas de perman�ncia que permitam a conclus�o dos cursos pelos estudantes de baixa renda e pelas popula��es historicamente exclu�das do Ensino Superior.

Neste contexto, surge o Plano Nacional de Assist�ncia Estudantil (DECRETO 7.234/2010), que traz linhas norteadoras para a acep��o de programas e projetos para a assist�ncia a estes estudantes.

A presente pesquisa partiu da identifica��o, por parte do Setor de Psicologia Educacional da Coordenadoria de Assist�ncia Estudantil - que tem como foco estudantes de gradua��o de baixa renda - vinculada � Pr�-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFSC, atrav�s de seu fazer cotidiano de atendimentos de orienta��o e projetos voltados a este p�blico, de falta de informa��es sobre a universidade, seus tr�mites, normativas e rede interna de apoio por parte de parcela dos estudantes que procuram este setor, impactando o percurso acad�mico e a integra��o neste contexto.

Para uma melhor compreens�o da situa��o do acolhimento na UFSC, foi realizada parceria do Setor de Psicologia Educacional com o PET Conex�es de Saberes - Comunidades Populares Urbanas da UFSC, que faz parte do Programa PET do Minist�rio da Educa��o[1], para a realiza��o de uma pesquisa sobre a percep��o dos estudantes sobre este tema. A colabora��o entre ambos justifica-se pelo fato de que se alinham quanto ao foco de atua��o - a perman�ncia no Ensino Superior de estudantes de origem popular.

A pesquisa de opini�o teve por objetivo conhecer a percep��o dos estudantes a respeito das pr�ticas de acolhimento da UFSC. Seus objetivos espec�ficos foram identificar as principais atividades de acolhimento a que os estudantes tiveram acesso, os aspectos favor�veis e desfavor�veis para a ambienta��o e acolhimento na universidade, as informa��es consideradas mais relevantes neste processo e os meios utilizados e os agentes/setores acionados pelos estudantes para o acesso � informa��o na UFSC.

MTODO

Participantes

Na UFSC, campus Florian�polis, ingressam cerca de 3500 novos estudantes, anualmente, atrav�s do Sisu (Sistema de Sele��o Unificada do MEC) e do vestibular (UFSC, 2020). Esta pesquisa buscou abranger estudantes independente da fase/per�odo que estavam cursando e contou com a participa��o de 718 estudantes dos cursos presenciais da UFSC, campus Florian�polis, conforme a seguinte distribui��o: 22,14% do Centro Tecnol�gico; 14,07% do Centro de Filosofia e Ci�ncias Humanas; 12,26% do Centro Socioecon�mico; 10,86% do Centro de Ci�ncias da Sa�de; 9,75% do Centro de Comunica��o e Express�o; 9,05% do Centro de Educa��o; 6,56% de Ci�ncias F�sicas e Matem�ticas; 5,57% do Centro de Ci�ncias Biol�gicas; 4,73% do Centro de Ci�ncias Agr�rias; 3,48% do Centro de Ci�ncias Jur�dicas; 1,53% do Centro de Desportos. Na �poca da realiza��o da pesquisa, o campus de Florian�polis da UFSC contava com 85 cursos e, � exce��o de um, todos foram representados na amostra. Contudo, cursos que apresentam op��es de turnos distintos ou de bacharelado e licenciatura foram agrupados.

Quanto � faixa et�ria dos respondentes, 60% deles s�o jovens entre 19 e 24 anos; 14,9% t�m at� 18 anos; 13,4% est�o na faixa entre 25 e 30 anos e 11,7% t�m mais de 30 anos.

Instrumento

Para a coleta de dados, foi elaborado um question�rio online atrav�s da plataforma Google Docs, com 20 quest�es objetivas e uma quest�o aberta, a respeito do acolhimento a ingressantes na UFSC. A elabora��o deste teve como norteador a identifica��o: das atividades de acolhimento �s quais os ingressantes tiveram acesso e seus organizadores; os canais e recursos utilizados para obter informa��es; as informa��es consideradas mais relevantes para a ambienta��o e seus emissores; os agentes/setores acionados no processo de ambienta��o e os aspectos favor�veis e desfavor�veis ao acolhimento na percep��o dos estudantes.�

Procedimentos

A aplica��o do question�rio foi dividida em dois momentos. No primeiro deles, organizou-se um question�rio-piloto direcionado exclusivamente a estudantes com cadastro na Coordenadoria de Assist�ncia Estudantil da PRAE e aos bolsistas do PET Conex�es de Saberes. Estas respostas foram coletadas no per�odo de 06/06/2018 a 31/07/2018. Uma segunda etapa constituiu na disponibiliza��o do question�rio de forma ampla para todos os estudantes da UFSC, campus Florian�polis. Nesta etapa, as respostas foram coletadas no per�odo de 14/08/18 a 09/09/18. O n�mero de respondentes sugere receptividade para o tema da pesquisa. A coleta de dados foi encerrada antes de completado um m�s, tendo em vista as possibilidades da equipe para a an�lise dos dados, considerando-se os recursos humanos e materiais.

A proposta da pesquisa e o question�rio online foram divulgados e disponibilizados atrav�s de um dos canais oficiais de divulga��o da UFSC, o �Divulga UFSC�, boletim de not�cias eletr�nico, que utiliza listagem de emails dos estudantes para a divulga��o das not�cias da institui��o.

A resposta ao question�rio foi totalmente livre e an�nima. Os dados obtidos atrav�s das respostas das quest�es objetivas foram submetidos � an�lise quantitativa, atrav�s de estatstica descritiva. A quest�o aberta foi submetida a an�lise qualitativa, que permitiu a identifica��o das principais pautas apresentadas pelos respondentes e defini��o de categorias para o agrupamento das respostas. O estudo configurou-se como pesquisa de opini�o, sendo que, em nenhum momento e de nenhuma forma, os participantes foram identificados. Conforme resolu��o CNS 510/2016, que disp�e sobre a pesquisa em Ci�ncias Humanas e Sociais, pesquisas de opini�o p�blica com participantes n�o identificados est�o dispensadas de registro e avalia��o pelo sistema CEP/CONEP.

A an�lise dos dados foi realizada atrav�s da parceria entre o Setor de Psicologia Educacional da CoAEs/PRAE e o PET Conex�es de Saberes, contando com a colabora��o de estagi�rias de Psicologia e petianos de diferentes cursos.

Resultados

Ap�s a an�lise dos dados, os resultados foram agrupados em t�picos, por similaridade das quest�es a que correspondiam para uma melhor visualiza��o e compreens�o. Durante a gera��o do formul�rio, o sistema n�o vinculou a obrigatoriedade de resposta em algumas quest�es, como estava planejado inicialmente. Desta forma, na an�lise dos dados, o n�mero de respondentes para as quest�es n�o obrigat�rias est�o identificados.

Atividades de acolhimento e seus organizadores

Dos estudantes da pesquisa, 55,8% afirmaram ter participado de atividades de integra��o; 22,1% informaram que tiveram conhecimento sobre elas, mas n�o participaram, 22,10% n�o tiveram informa��es sobre elas e n�o participaram.

Dos 400 estudantes que responderam ter participado de alguma atividade de acolhimento, 397 informaram as atividades de acolhimento das quais participaram, sendo poss�vel mais de uma resposta. As atividades mais citadas foram: atividades sociais como festas e encontros (296 respostas); trote (288 respostas), atividades curriculares de integra��o (disciplinas introdut�rias) (213 respostas); recep��o realizada pela dire��o de centro ou coordena��o do curso (203 respostas); palestras informativas (198 respostas); apadrinhamento (168 respostas), seguido por atividades culturais com (80 respostas). Outras atividades foram mencionadas em menor quantidade na op��o �outros� (gincana, acolhimento pelo centro acad�mico, visita a projeto social, almo�o de recep��o, dan�a circular, aula inaugural, jogos integrativos, entre outros).

Aos estudantes que informaram ter participado de atividades de acolhimento, foi perguntado quem as organizou, sendo poss�vel mais de uma resposta. Dois n�o souberam informar. Entre os demais, os principais organizadores indicados foram: estudantes veteranos (309 respostas); centros acad�micos (278 respostas); coordena��es de curso (145 respostas); atl�ticas (135 respostas); centros de ensino (44 respostas); departamentos de ensino (37 respostas), coletivos (40 respostas) e reitoria (36 respostas).

Acesso � informa��o

A respeito da facilidade de acesso � informa��o quando ingressaram na universidade, os estudantes avaliaram atrav�s de escala de 0 a 5, sendo 0 �n�o tive acesso algum a informa��ese 5 �tive acesso f�cil e total a todas as informa��es que precisei�. Entre os respondentes, 74% atribu�ram notas 3, 4 ou 5 para a facilidade de acesso � informa��o.

A respeito das informa��es consideradas mais relevantes para a ambienta��o � universidade, 702 estudantes responderam � quest�o, sendo poss�vel mais de uma resposta. Foram elas: informa��es sobre o pr�prio curso - curr�culo, planos de ensino, etc. (533 respostas); informa��es sobre a Assist�ncia Estudantil (228 respostas); est�gios (223 respostas); projetos de pesquisa (201 respostas) e projetos de extens�o (196 respostas).

Sobre o canal utilizado para o acesso �s informa��es consideradas mais relevantes no ingresso � universidade, 22,1% informaram ser os espa�os sociais de intera��o; seguido por p�gina web oficial da UFSC (18,7%); Divulga UFSC - boletim eletr�nico (14,1%); f�rum de gradua��o - mensagens enviadas pelas coordena��es de curso (13,4%) e centros acad�micos (11,1%).

Do total de respondentes, 66,4% indicaram ter sentido falta de informa��es a respeito da universidade quando nela ingressaram e sinalizaram quais foram elas: Assist�ncia Estudantil (bolsas, aux�lios, benef�cios, projetos de assist�ncia, oficinas, etc.) (22,2%); suporte � sa�de, apoio pedag�gico, Servi�o de Aten��o Psicol�gica, Coordenadoria de Acessibilidade Educacional, Hospital Universit�rio e outros (20,4%); estrutura administrativa da UFSC (14,3%); o curso (9,2%); est�gios (6,9%); projetos de pesquisa (6%); projetos de extens�o (5,9%); normativas internas (resolu��es, portarias, etc.) (5%); outros (10,1%).

Quanto ao uso de redes sociais para o acesso �s informa��es, a maior parte dos respondentes (75,7%) informou buscar informa��es sobre a UFSC nas redes sociais. Dentre estas, as mais citadas foram: Facebook (475 respostas), Instagram (237 respostas) e WhatsApp (191 respostas). Para esta quest�o, foi poss�vel mais de uma resposta.

�O local indicado como aquele em que h� maior acesso � internet foi: resid�ncia (65,6%); a UFSC (29,4%) e o trabalho (4,9%). Parcela majorit�ria (79,7%) informou acessar a internet atrav�s do celular quando est� na UFSC; 13,9% atrav�s de equipamentos pessoais (tablet, notebook ou computador) e 6,3% atrav�s de equipamento fornecido pela universidade. Apenas um estudante informou n�o ter acesso � internet quando est� no campus.

Quanto �s formas de divulga��o de informa��es sobre a universidade, dentre os respondentes da quest�o (716), aquelas consideradas mais efetivas foram: boletim eletr�nico da universidade (Divulga UFSC) (30,4%); f�rum de gradua��o (19,4%); Facebook (11,2%); site da UFSC (10,9%); comunica��o em sala de aula (9,9%); lista de emails da Coordenadoria de Assist�ncia Estudantil/PRAE (6,1%); Moodle - software livre de apoio � aprendizagem (5,8%); grupos de Whatsapp (4,7%); cartazes pelo campus (1,5%) e canal telejornal TJ UFSC com apenas uma resposta.

A respeito da Resolu��o 017/Cun/97, que regulamenta sobre os cursos de gradua��o na UFSC, 65,1% informaram nunca ter tido conhecimento sobre ela; 19,3% ter tido conhecimento no meio do curso; 13,4% na recep��o de calouros e 2,2% no fim do curso.

Quanto aos aux�lios e benef�cios fornecidos pela Pr�-Reitoria de Assuntos Estudantis e suas formas de acesso, de 717 respondentes da quest�o, 43,5% informaram ter conhecimento a respeito dos aux�lios e benef�cios; 40,3% ter vago conhecimento e 16,2% n�o ter conhecimento a respeito.

Quanto ao papel informativo das atividades de integra��o, dos 400 estudantes que informaram ter participado de atividades de acolhimento, 50,8% consideraram que elas cumpriram o papel de inform�-los sobre a universidade; 43,2% avaliaram que elas o fizeram de modo parcial e 6%, que a atividade n�o teve papel informativo.

Rede de apoio

Quanto s inst�ncias ou agentes a que os estudantes recorrem em caso de necessidade, foi poss�vel mais de uma resposta e as mais citadas foram: coordena��o de curso (486 respostas); amigos e colegas (478); centros acad�micos (243); PRAE (131) e dire��es de centro (95). Outros citados em menor n�mero foram: Coordenadoria de Assist�ncia Estudantil, Pr�-Reitoria de Gradua��o, Secretaria de A��es Afirmativas e Diversidade, Ouvidoria, Diret�rio Central dos Estudantes, Centros Acad�micos e Centros de Ensino.

Avalia��o do acolhimento a ingressantes

Dos 718 respondentes, 710 avaliaram o quanto, ao final do primeiro ano na UFSC, sentiram-se bem acolhidos, atribuindo notas em uma escala de 0 a 5, sendo, 0 - n�o me senti nada acolhido e ambientado e 5 � senti-me muito bem acolhido e ambientado. 71,9% avaliaram suas experi�ncias com notas de 3 a 5, e 28,1% com notas de 0 a 2.

Dos 400 estudantes que relataram ter participado de alguma atividade de acolhimento, 395 a avaliaram, atribuindo � experi�ncia notas de 0 a 5. Destes, 35,2% atribu�ram nota 4; 27,3% nota 5; 21,1% nota 3; 9,1% nota 2; 4,8% nota 1; 2,5% nota 0.

Dos 199 estudantes que atribu�ram notas de 0 a 2 para a experi�ncia de acolhimento, 139 justificaram o motivo, sendo poss�vel mais de uma resposta. As respostas referiram-se a: falta de informa��o ou de acesso a elas (56 respostas); falta de acolhimento (44 respostas); rela��es interpessoais (28 respostas); falta de informa��es sobre aux�lios e benef�cios (16 respostas); falta de suporte por parte da coordena��o/departamento do curso (15 respostas); atendimento da PRAE (9 respostas); trote/recep��o de calouros (9 respostas); infraestrutura (6 respostas); atendimento de t�cnicos-administrativos (5 respostas); falta de acesso �s pol�ticas de perman�ncia (4 respostas); excesso de informa��o (3 respostas) e outros (2 respostas). As sugest�es dos estudantes que atribu�ram notas de 0 a 2 para a melhoria do acolhimento referiram-se, principalmente, ao aumento da divulga��o de informa��es e de sua qualidade e do n�mero de a��es institucionais de acolhimento.

Dos 510 estudantes que atribu�ram notas de 3 a 5 � experi�ncia de acolhimento, 120 justificaram o motivo, sendo poss�vel mais de uma resposta. As respostas referiram-se �: rela��o entre pares (veteranos, amigos, colegas) (63 respostas); rela��o com coordena��o de curso, secretaria de curso e professores (33 respostas); representa��es estudantis (Centros Acad�micos, Diret�rio Central dos Estudantes e Atl�ticas) (24 respostas); rela��o com t�cnicos administrativos (13 respostas); acesso a informa��es importantes (10 respostas); suporte da Pr�-Reitoria de Assuntos Estudantis (aux�lios, benef�cios, projetos, etc.) (7 respostas); apoio pedag�gico (3 respostas); infraestrutura adequada (2 respostas) e acolhimento institucional (1 resposta). As principais sugest�es deste grupo de estudantes para a melhoria do acolhimento foram: maior adequa��o das atividades complementares dos cursos aos hor�rios de aulas e o fortalecimento de a��es como o apadrinhamento, no qual estudantes mais experientes auxiliam e trocam experi�ncias com estudantes ingressantes.

Considera��es finais

Este estudo buscou realizar um levantamento das atividades de acolhimento a ingressantes das quais os estudantes tiveram acesso e suas percep��es sobre elas no sentido de sua contribui��o para a integra��o � vida acad�mica. Teve-se alcance significativo na institui��o, uma vez que, � exce��o de um, todos os cursos e departamentos foram representados na amostra (cursos que apresentam op��es de turnos distintos ou de bacharelado e licenciatura foram agrupados), o que nos permite um retrato mais geral do acolhimento na Universidade Federal de Santa Catarina e da percep��o dos estudantes.

A hip�tese inicial desta pesquisa, levantada pelo Setor de Psicologia Educacional, era a de que informa��es relevantes pudessem n�o estar facilmente dispon�veis a uma parcela significativa dos ingressantes, o que repercutiria negativamente em sua ambienta��o e trajet�ria acad�mica. No tocante � facilidade de acesso � informa��o, 74,1% dos participantes atribu�ram notas de 3 a 5 numa escala de 0 a 5, o que sugere que esta parcela n�o encontra barreiras significativas para o acesso � informa��o na universidade. Contudo, parcela majorit�ria dos respondentes (65,9%) informaram ter sentido falta de informa��es, sobretudo relacionadas � assist�ncia estudantil e aos suportes aos estudantes e � rede interna UFSC, quando nela ingressaram. Al�m disso, aqueles que avaliaram negativamente sua experi�ncia de acolhimento na universidade, atribu�ram ao fato, principalmente, � falta de informa��o, seguida pela falta de acolhimento institucional. Embora o acesso � informa��o n�o constitua barreira para grande parte dos estudantes da pesquisa, a falta dela foi relacionada a uma experi�ncia negativa de acolhimento por parte daqueles que assim a avaliaram. A exemplo da falta de informa��o sobre os tr�mites acad�micos, a falta de conhecimento, por parte de 65% dos respondentes, sobre a Resolu��o 017/CUn/97, que regulamenta os cursos de gradua��o na UFSC e orienta sobre seus tr�mites e procedimentos, merece destaque. Acredita-se que o conhecimento da mesma possa instrumentalizar os estudantes na ambienta��o � universidade e diante de poss�veis dificuldades a serem enfrentadas, concorrendo para maior autonomia dos estudantes.

O percurso e o resultado da pesquisa ampliam o leque de fatores que repercutem sobre a ambienta��o, para al�m do acesso � informa��o, e remete-nos a reflex�es sobre o acolhimento na universidade.

Em primeiro lugar, merece aten��o o resultado que indica que parcela significativa dos estudantes (45,2%) n�o teve acesso �s atividades de acolhimento da universidade. Metade desta informou n�o ter tido acesso � informa��o sobre as atividades de acolhimento e a outra referiu n�o ter participado, embora tenha tido informa��es sobre elas. Evidencia-se, portanto, que as atividades de acolhimento ainda n�o s�o de acesso comum ou universal aos estudantes ingressantes.

Embora n�o tenha sido o objetivo deste estudo identificar os motivos da n�o participa��o, sendo aspecto a ser considerado em pesquisas futuras, os resultados gerais fornecem algumas pistas. Os resultados evidenciam a necessidade de maior divulga��o das atividades de acolhimento, uma vez que 22,6% dos estudantes responderam n�o ter tido informa��es sobre elas. Al�m disso, considerando que os resultados indicam que as atividades de acolhimento est�o mais centradas em atividades sociais (festas e encontros) promovidas pelos pr�prios estudantes, h� que se ponderar que a participa��o nelas requer disponibilidade de tempo e, na maioria das vezes, de recursos financeiros.� Desta forma, estudantes de baixa renda e aqueles que trabalham ou t�m filhos podem encontrar maior dificuldade de participar de tais atividades, ficando � parte das a��es de acolhimento. Apesar da indiscut�vel import�ncia do acolhimento entre pares, este, quando delegado ao corpo discente, encontra tais fragilidades. Tendo em vista o novo perfil dos estudantes universit�rios, a partir da implementa��o das pol�ticas de a��es afirmativas, considera-se oportuna, para pesquisas futuras, uma maior caracteriza��o dos estudantes respondentes, de forma que quest�es como g�nero, ra�a e demais aspectos sociais e culturais possam ser relacionados ao processo de ambienta��o � universidade.

As atividades de integra��o que contaram com a maior participa��o dos estudantes foram as sociais (festas e encontros), o que corrobora os resultados encontrados por Albanaes et al. (2014). A import�ncia da dimens�o social na ambienta��o acad�mica foi encontrada nos resultados do estudo conduzido por Teixeira et al. (2008) sobre a experi�ncia de ingresso na universidade. Neste, o grupo de colegas foi apontado como respons�vel pela satisfa��o com a vida acad�mica, indicando a relev�ncia das rela��es interpessoais no processo de ambienta��o � universidade. Os resultados do presente estudo v�o ao encontro destes achados, uma vez que estudantes que avaliaram positivamente o acolhimento atribuem o fato, principalmente, � participa��o de colegas e da coordena��o de curso.

Verifica-se que o trote ainda ocupa posi��o de destaque. Atualmente, algumas iniciativas mant�m a denomina��o trote�, mas apresentam perspectiva diversa, por exemplo, os trotes solid�rios. Entretanto, o trote convencional parece, infelizmente, coexistir com outras pr�ticas legitimamente de integra��o, havendo, como j� indicado por Albanaes et al. (2014), necessidade de acompanhamento de sua condu��o por parte das unidades de ensino.

As atividades de acolhimento, na percep��o dos estudantes, cumpriram papel informativo ou parcialmente informativo sobre a universidade, conforme a avalia��o de 94% dos que delas participaram. Entre as informa��es consideradas pelos estudantes como mais relevantes para a ambienta��o, aquelas relacionadas ao pr�prio curso ocupam lugar de destaque, o que sinaliza a import�ncia do envolvimento das coordena��es de curso nas atividades de integra��o. Soma-se a isso o fato de que as coordena��es de curso foram a inst�ncia mais citada como aquela a que os estudantes mais recorrem em caso de necessidade. A participa��o das coordena��es de curso no processo de acolhimento aparece relacionada a uma experi�ncia positiva dos estudantes no processo de ambienta��o. Estudantes que relataram experi�ncias positivas no processo de acolhimento apontaram a participa��o das coordena��es de curso como segundo principal motivo, atr�s apenas da rela��o entre pares. De acordo com Teixeira et al. (2012), a constru��o de proximidade com o corpo docente, atrav�s de uma postura flex�vel e aberta por parte dos mesmos, parece confluir para a percep��o de um ambiente acad�mico menos ansiog�nico. Conforme Teixeira et al. (2012), na conclus�o de seu estudo, a integra��o pode ser compreendida como um fen�meno multifacetado, que n�o se resume descri��o das pessoas ou contextos envolvidos, mas � maneira como as rela��es s�o percebidas pelo estudante, o que reitera o papel crucial das rela��es interpessoais na ambienta��o � universidade.

Quantos �s atividades de integra��o, constata-se que estas tamb�m s�o, em grande medida, n�o institucionais e coordenadas pelos pr�prios estudantes. Os dados da presente pesquisa corroboram a conclus�o do estudo de Albanaes et al. (2014) de que, na UFSC, o tema da integra��o de calouros, como preven��o evas�o e suporte � permanncia, n�o parece ainda fazer parte da agenda institucional de forma efetiva.

Retomando o conceito de afilia��o institucional de Coulon (1995a, apud Sampaio, 2011), o estudante afiliado � aquele que se torna membro e desenvolve as tarefas sem estranhamento ao novo universo ao qual ingressou, o que requer uma aprendizagem progressiva, que envolve diversas atividades vinculadas a esse ambiente (SAMPAIO, 2011). Para Coulon (2008, p. 81, apud SAMPAIO, 2011), �entrar na universidade � explorar e querer voluntariamente mergulhar nos c�digos que definem esta organiza��o, c�digos estes, frequentemente, opacos ou ileg�veis�. H�, no entanto, que se pontuar a relev�ncia do papel das institui��es de Ensino Superior para a media��o das informa��es e como part�cipe deste processo, uma vez que n�o se trata de um aprendizado "natural", mas processual das normas, regras formais e informais, ritos e tr�mites e de uma linguagem pr�pria, nem sempre expl�cita ou explicitada. A institucionaliza��o de uma pol�tica de acolhimento implica o entendimento da dificuldade de ambienta��o ao novo universo n�o como uma responsabilidade individual, mas como uma condi��o compartilhada pelos estudantes que egressam do ensino m�dio e acessam a educa��o superior, considerando tamb�m os atravessamentos sociais deste processo.

A constata��o da import�ncia da a��o estudantil n�o exime de responsabilidade as institui��es como um todo quanto � necessidade de uma pol�tica forte e articulada de acolhimento, compreendida como um dos principais recursos para a preven��o da evas�o. Autores como Clark, 2005 e Yazedjian et al., 2008 (apud TEIXEIRA et al, 2012) apontam a necessidade das universidades em investirem em pol�ticas e a��es que auxiliem o estudante.

No presente estudo, a identifica��o do papel de destaque dos pr�prios estudantes no acolhimento aos ingressantes sugere que organiza��es estudantis, como diret�rio acad�mico, centros acad�micos, atl�ticas e coletivos, podem ser pontos de articula��o para a melhoria de um processo institucional de acolhimento. A��es que contribuem para a institucionaliza��o do acolhimento parecem vir de atividades curriculares de integra��o (disciplinas introdut�rias) e recep��o realizada pela dire��o de centro ou coordena��o do curso, quarta e quinta atividades de integra��o mais citadas pelos estudantes. As iniciativas de apadrinhamento merecem aten��o, n�o apenas pela posi��o que ocupam na men��o pelos estudantes (sexta posi��o), mas por serem, potencialmente, um elo entre iniciativas dos pr�prios estudantes e outras com car�ter mais institucional, uma vez que podem ser apoiadas e acompanhadas pelas coordena��es de curso e tamb�m ao potencial que apresentam na mudan�a de cultura a respeito do acolhimento, fazendo frente � cultura do trote.

Outra quest�o que se coloca � a necessidade de se compreender o acolhimento como um processo e n�o apenas como um conjunto de atividades a serem ofertadas aos ingressantes. Isto porque as atividades ou informa��es, em si, n�o garantem a afilia��o dos estudantes. Uma das conclus�es do estudo de Sampaio (2011) a respeito da afilia��o de estudantes de origem popular � de que � preciso, em um primeiro momento, situar-se, temporal e espacialmente, para, s� ent�o, apropriar-se das regras do ambiente e desenvolver novas formas de frui��o, otimizando o cotidiano e aproximando-se de uma viv�ncia universit�ria mais consistente. No momento em que ingressam na educa��o superior, estes estudantes apresentam dificuldades em compreender muitas das informa��es que s�o disponibilizadas pela institui��o, pois a forma como as informa��es est�o descritas costuma ser incompat�vel com a linguagem do estudante que ainda n�o det�m os c�digos da universidade. A dificuldade de compreens�o das informa��es e regramentos existe justamente porque toda linguagem � significada a partir do contexto - � preciso fazer parte do contexto para se apropriar de determinada linguagem (Sampaio, 2011).

Os dados do presente estudo sugerem que a media��o entre os estudantes e as informa��es consideradas relevantes para o acolhimento vem sendo protagonizada pelos pr�prios estudantes, com ind�cios da iniciativa de algumas coordena��es de curso e dire��es de centro. Entende-se como necess�ria que tal media��o seja ampliada aos demais agentes da universidade, docentes e t�cnicos-administrativos, de forma institucional. Assim, esfor�os assumidos por estudantes para o acolhimento e integra��o dos calouros podem se somar e ganhar for�a atrav�s de uma pol�tica institucional de acolhimento que n�o apenas atente � necessidade de divulga��o e acesso � informa��o, mas � media��o das mesmas, feita de forma processual, especialmente durante os primeiros semestres, e �s rela��es interpessoais, incluindo as rela��es entre estudantes, entre t�cnicos e estudantes e entre professores e estudantes.

Refer�ncias

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Agradecimentos

Nossos agradecimentos � psicloga Michaela Ponzoni Accorsi, do Setor de Psicologia Educacional da Coordenadoria de Assist�ncia Estudantil da Pr�-Reitoria de Assuntos Estudantis da UFSC, por sua participa��o e contribui��es � pesquisa, tamb�m estendidos s estagirias e petianos participantes.

 

Nota



[1] http://portal.mec.gov.br/pet e https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/bolsas-e-auxilios/eixos-de-atuacao/educacao-tutorial