Desenho de rosto de pessoa visto de perto

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Rev. Enferm. UFSM, v.13, e31, p.1-16, 2023

ISSN 2179-7692

Submissão: 08/03/2023 • Aprovação: 25/08/2023 • Publicação: 19/09/2023

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

Descrição gerada automaticamente com confiança média

Introdução. 1

Método. 1

Resultados. 1

Discussão. 1

Conclusão. 1

Referências. 1

 

Artigo original                                                                                                                                

Laserterapia e tratamento medicamentoso tópico na onicomicose em pessoas com diabetes: série de casos*

Laser therapy and topical drug treatment for onychomycosis in people with diabetes: A case-series study

Terapia láser y tratamiento con medicamento tópico para onicomicosis en personas con diabetes: serie de casos

 

Eugenio Fuentes Pérez JúniorIÍcone

Descrição gerada automaticamente

Cléo Macedo PaulaIÍcone

Descrição gerada automaticamente

Ariane da Silva PiresIÍcone

Descrição gerada automaticamente

Alessandra Sant’Anna NunesIÍcone

Descrição gerada automaticamente

Francisco Gleidson de Azevedo GonçalvesIIÍcone

Descrição gerada automaticamente

Kelly Fernanda Assis TavaresIÍcone

Descrição gerada automaticamente

 

 

I Universidade do Estado do Rio de Janeiro, RJ, Rio de Janeiro, Brasil

II Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

 

* Manuscrito produto de Trabalho de Conclusão de Curso vinculado ao projeto de pesquisa Prociência "Onicomicose em pacientes diabéticos: fotobiomodulação e terapia fotodinâmica como alternativa terapêutica”, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2022. 

 

 

Resumo

Objetivo: descrever os efeitos da laserterapia de baixa intensidade e do tratamento medicamentoso tópico da onicomicose em pessoas com diabetes. Método: estudo quantitativo, do tipo série de casos. Os participantes foram 21 pessoas com diabetes divididas em dois grupos, sendo o primeiro tratado com laser e o segundo com medicamento tópico no período de outubro de 2020 a agosto de 2021. Os dados foram coletados em histórico e exame clínico das lâminas ungueais e organizados em banco de dados, cuja análise ocorreu por meio de estatística descritiva. Resultados: identificou-se que no grupo I 30% das lâminas ungueais obtiveram cura clínica e no II 26%. Ao avaliar a resposta satisfatória o grupo I apresentou 63% e o II 53%.  Conclusão: o tratamento da onicomicose com laserterapia apresentou maior prevalência de resposta satisfatória e cura clínica do que o tratamento medicamento tópico.

Descritores: Enfermagem; Terapia com Luz de Baixa Intensidade; Fotoquimioterapia; Onicomicose; Diabetes Mellitus

 

Abstract


Objective: to describe the effects of low-level laser therapy and of topical drug treatment for onychomycosis in people with diabetes. Method: a qualitative study of the case-series type. The participants were 21 individuals with diabetes divided into two groups, the first treated with laser and the second with topical medication from October 2020 to August 2021. The data were collected in a clinical history and examination of the nail plates and organized in a database, whose analysis took place through descriptive statistics. Results: it was identified that 30% and 26% of the nail plates attained clinical cure in groups I and II, respectively. When assessing the satisfactory response, groups I and II presented 63% and 53%, respectively. Conclusion: the onychomycosis treatment with laser therapy presented higher prevalence of satisfactory response and clinical cure than the topical drug treatment.

Descriptors: Nursing; Low-Level Light Therapy; Photochemotherapy; Onychomycosis; Diabetes Mellitus

 

Resumen


Objetivo: describir los efectos de la Terapia Láser de Baja Intensidad y del tratamiento con medicamento tópico para la onicomicosis en personas con diabetes. Método: estudio cuantitativo del tipo serie de casos. Los participantes fueron 21 personas con diabetes divididas en dos grupos: el primero tratado con láser y el segundo con un medicamento tópico entre octubre de 2020 y agosto de 2021. Los datos se recolectaron de las historias y los exámenes clínicos de las placas ungueales y se los organizó en una base de datos, cuyo análisis se realizó por medio de estadística descriptiva. Resultados: se identificó que el 30% y el 26% de las placas ungueales alcanzaron cura clínica en los grupos I y II, respectivamente. Al evaluar la respuesta satisfactoria, los grupos I y II presentaron 63% y 53%. Conclusión: el tratamiento de la onicomicosis con terapia láser presentó mayor prevalencia de respuestas satisfactoria y cura clínica que el tratamiento con predicamento tópico.

Descriptores: Enfermería; Terapia por Luz de Baja Intensidad; Fotoquimioterapia; Onicomicosis; Diabetes Mellitus

 

Introdução

O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica metabólica de etiologia diversa, caracterizado pela hiperglicemia e associado a uma deficiência absoluta ou relativa na produção, secreção ou ação da insulina. Assim, ele é capaz de interferir no metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas.1

Atualmente, o Diabetes é considerado um problema de saúde pública global e suas complicações estão se tornando a principal causa de morbi-mortalidade do mundo.2 O DM quando não tratado adequadamente (evidenciado principalmente pelos níveis elevados de glicemia por longos períodos) é capaz de afetar todo o organismo, de modo que favorece o desenvolvimento de uma série de complicações agudas e crônicas.3

Portanto, a abordagem multiprofissional no tratamento da pessoa com diabetes é fundamental para o alcance de resultados favoráveis. Dentre as principais complicações agudas, encontram-se a hipoglicemia, a cetoacidose diabética e a síndrome hiperosmolar hiperglicêmica. Além disso, sobre as complicações crônicas citam-se: acidente vascular encefálico, infarto do miocárdio, doença renal crônica, cegueira causada pela retinopatia diabética, doença arterial periférica, neuropatia periférica e o pé diabético.3

O pé diabético, está relacionado à neuropatia sensitivo-motora e autonômica periférica associada a vários graus de doença arterial periférica no membro inferior de indivíduos com DM. Caracteriza-se pela existência de infecção, ulceração e/ou destruição de tecidos.4

Ressalta-se que entre as complicações do diabetes as úlceras do pé figuram como um dos maiores problemas e desafios a serem enfrentados pelos sistemas de saúde. No Brasil, em 2014, os custos das amputações associadas ao diabetes foram de R$ 17,27 milhões. Nesse mesmo período, as hospitalizações devido ao agravamento do pé diabético representaram 17,83 milhões de dólares. Um custo total em torno de 48,4 milhões de reais, correspondendo de 40% a 70% do número total de amputações não traumáticas de membros inferiores.5-6

Dentre as infecções relacionadas ao pé diabético, as infecções fúngicas das lâminas ungueais e pés apresentam incidência de 45,9% e acometem as áreas unilaterais dos pés. As áreas bilaterais são afetadas em torno de 20%.7 A lâmina ungueal (unha) é um dos anexos cutâneos constituída por três camadas horizontais: fina lâmina dorsal, lâmina intermediária e camada ventral. Destaca-se quanto à função o ato de proteger os dedos de traumatismos (defesa) e de revelar doenças sistêmicas, principalmente para preservar o tato.8

A onicomicose é definida como uma infecção fúngica que afeta as unhas, tem como principais agentes fungos do gênero Trichophyton e Epidermophyton e excepcionalmente o Microsporum. Estes se instalam mais facilmente em pessoas que apresentam perturbações circulatórias periféricas, resistência diminuída, traumatismo e fatores de manutenção, tais como: profissão; clima; disfunção hormonal.8

Sabe-se que a via de tratamento da onicomicose é, muitas vezes, de difícil escolha. Isso porque uma parcela expressiva de pessoas com diabetes pode não apresentar condições de saúde favoráveis para a implementação de cuidados por meio da terapêutica clássica com medicamentos (fármacos antifúngicos) de ação sistêmica. O tratamento medicamentoso convencional pode ser dividido em dois: o primeiro deles é o sistêmico por via oral, usando Terbinafina, Itraconazol e Fluconazol. Já o segundo se refere ao tópico, principalmente com os fármacos Amorolfina e Ciclopirox.9

Uma outra forma não medicamentosa para eliminar a onicomicose é a Laserterapia de Baixa Intensidade (LBI). Esta oferece vantagens importantes se comparada ao tratamento medicamentoso, por exemplo, menor custo e livre de efeitos adversos.7

A LBI é um instrumento terapêutico que consiste na emissão de radiação eletromagnética de baixa potência, não ionizante e capaz de atuar como biomodulador nas células e tecidos. Favorece sobremaneira o processo de reparo tecidual.10 A laserterapia vem sendo empregada como uma tecnologia de cuidado e utilizada na prática assistencial de áreas de saúde, entre elas a Enfermagem, na assistência a pessoa com pé diabético.10

Vale ressaltar que a radiação emitida pelo laser de baixa potência tem demonstrado efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e cicatrizantes. Assim, sendo também utilizada no processo de reparo tecidual, em virtude da baixa densidade de energia usada e comprimento de onda capaz de penetrar nos tecidos.11

Ademais, destaca-se ainda as propriedades relacionadas ao controle do crescimento desordenado de células tumorais e ação antimicrobiana, ambas alcançadas por meio da terapia fotodinâmica (TFD).12 Esta terapia consiste na combinação de três elementos: um fotossensibilizador, uma fonte de luz e oxigênio. Estes, associados, produzem a fotolesão oxidativa localizada e capaz de atuar em diversos processos patológicos. Assim, por meio da luz os fotossensibilizantes são ativados, transferindo energia ao oxigênio molecular e promovendo, como resultado desta combinação, morte celular imediata.12-13

A destruição de bactérias e fungos ocorre devido à transferência de elétrons ou hidrogênio, levando, assim, à produção de radicais livres (reação do tipo I). Mas pode ocorrer também por transferência de energia ao oxigênio (reação do tipo II), gerando o oxigênio singlete, radical livre que promove a morte do microrganismo.14

Desta maneira, este estudo tem o seguinte problema de pesquisa: qual desfecho de quem utilizou a LBI e o tratamento medicamentoso tópico para eliminação da onicomicose em pessoas com diabetes? Portanto, o objetivo deste estudo foi descrever os efeitos da LBI e do tratamento medicamentoso tópico da onicomicose em pessoas com diabetes.

 

Método

Trata-se de pesquisa quantitativa, do tipo série de casos, com avaliação antes e depois da intervenção, desenvolvida em um Serviço de Enfermagem em Podiatria Clínica, de um complexo ambulatorial, em uma unidade pública de saúde no Rio de Janeiro, no período de outubro de 2020 a agosto de 2021. Ressalta-se que os estudos de série de casos incluem a descrição das características e desfechos entre indivíduos de um grupo submetidos a uma intervenção durante um período e sem grupo controle.

Os participantes foram selecionados por conveniência entre as pessoas com DM tipo II atendidas no serviço de Podiatria Clínica e encaminhados com diagnóstico clínico de onicomicose. Foram elegíveis aqueles que não realizaram uso de antimicóticos sistêmicos/tópicos nas últimas 48 horas anteriores à entrada no protocolo de pesquisa. Foram excluídos do estudo pessoas com doença arterial periférica, aquelas que não fossem capazes de realizar o autocuidado nos pés, unhas e sapatos por dificuldades cognitivas e/ou físicas e as gestantes.

Para alocação dos grupos foi utilizada a técnica de seleção da amostra por conveniência. Os pesquisadores, após entrevista, alocaram no Grupo I os participantes com disponibilidade de comparecer ao serviço para aplicação da LBI e no Grupo II os demais participantes que, por questões de deslocamento, não poderiam comparecer com a frequência necessária para aplicação da LBI. Logo, realizaram a autoaplicação do medicamento tópico em domicílio. Foram incluídos no estudo todos os usuários encaminhados a este serviço durante o período de pesquisa e não houve desistências ou recusas na participação.

O grupo I foi composto por 9 usuários que apresentavam, no total, 27 lâminas ungueais com onicomicose. Estes foram submetidos ao tratamento da onicomicose com LBI. No grupo II, foram alocadas as pessoas com diabetes que foram submetidas ao tratamento da onicomicose com autoaplicação de medicação tópica (Ciclopirox a 2 % em gotas) cada qual em sua residência. Esse grupo foi constituído por 12 usuários que apresentavam, no total, 38 lâminas ungueais com onicomicose.

O protocolo adotado foi a realização de consulta de enfermagem com avaliação clínica geral e registro de variáveis: idade; sexo; dosagem de hemoglobina glicada nos últimos 90 dias; condição de higiene dos pés; tratamentos anteriores e realização de cuidados com os calçados. A lâmina ungueal foi avaliada por meio do instrumento denominado Índice de Severidade da Onicomicose (ISO).15 O ISO é um instrumento de avaliação clínica, não invasivo e de fácil realização para estabelecer a gravidade da onicomicose. Outrossim, gera o índice de gravidade obtido pela pontuação das variáveis clínicas relacionadas com a severidade da lesão na lâmina ungueal produzida pela infecção fúngica.

A primeira pontuação obtida refere-se à área da unha afetada pela onicomicose. Para a determinação foi medida a área total da unha com auxílio de um paquímetro e, subsequentemente, a medida da área da unha afetada. Com os resultados, foi calculado o percentual da área afetada, por meio de regra de três simples. Após, aplicou-se a seguinte pontuação:15 de 1% a 10% de área afetada foi atribuído 1 ponto, de 11% a 25% 2 pontos, de 26% a 50% 3 pontos, de 51% a 75% 4 pontos e, se maior que 76%, 5 pontos (Figura1).

 

Figura 1- Determinação da área afetada pela Onicomicose e proximidade da matriz

 

 

 

 

 

 

 


Fonte: Impresso do Serviço de Enfermagem em Podiatria Clínica (2021)

 

A segunda pontuação15 é obtida pela determinação da proximidade da lesão fúngica à matriz ungueal. Desse modo, quanto maior proximidade da matriz, mais severa será a onicomicose e maior a pontuação. Também seria atribuído 1 ponto caso a onicomicose estivesse localizada em ¼ distal da unha, 2 pontos em ½ distal, 3 pontos nos ¾ distais, 4 pontos em ¼ proximal e 5 pontos se atingisse a matriz (Figura 1).

A terceira pontuação15 é obtida ao adicionar 10 pontos para a presença de uma faixa longitudinal, de uma mancha (dermatofitoma) ou para a presença de hiperqueratose subungeal maior que 2 mm. Após a avaliação de todas as pontuações multiplica-se o valor da pontuação da área pelo valor da pontuação da proximidade da matriz ao resultado dessa operação. Em seguida, atribui-se mais 10 pontos referentes à presença de dermatofitoma e/ou hiperqueratose subungueal. O resultado é o ISO, que pode variar entre leve, com pontuação total de 1 a 5, moderado, de 6 a 15 e grave, de 16 a 35.15

Todos os participantes, após a avaliação inicial, foram submetidos à podoprofilaxia (técnica podiátrica de limpeza, desbastamento e lixamento da lâmina ungueal). Esta, tem como objetivo retirar as partes acometidas pela infecção fúngica e proporcionar igualdade de condições de penetração dos tratamentos propostos.

Os participantes alocados no grupo I receberam 10 sessões de LBI com terapia TFD num intervalo de 7 dias entre cada sessão, totalizando 10 semanas de tratamento. Esta técnica constituiu-se na aplicação de solução de azul de metileno na concentração de 0,5% sobre a lâmina ungueal. Após aplicação do corante azul, esperou-se 5 minutos para que ocorresse a impregnação da solução fotossensibilizante por toda unha e, após, foi aplicada a LBI. Utilizou-se um equipamento de laser modelo Easy Laser, patenteado pelo Instituto Ricardo Trajano em 2009, registrado na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sob número 80030819009.

O equipamento Easy Laser possui 100 mw de potência, com recurso de emissão simultânea de lasers vermelho e infravermelho. Apresenta emissão do feixe de laser vermelho e laser infravermelho de baixa potência e tem como comprimento de onda 808nm e 660nm (nanômetros), respectivamente, no modo contínuo. A transmissão dos lasers por meio de fibra óptica permite emissão de feixe de luz colimado e altamente direcionado ao tecido.

Para realização da TFD foi utilizada a irradiação da lâmina ungueal. De modo simultâneo, utilizou-se o feixe de laser vermelho de baixa potência e comprimento de onda de 660nm e dosimetria de 12 Joules por centímetro quadrado.

Os participantes alocados no grupo II receberam 1 frasco de ciclopirox olamina a 2% em gotas e foram orientados a aplicar uma gota a cada 12h sobre a lâmina ungueal afetada por 10 semanas. Assim, todos os participantes foram reavaliados 6 meses após a realização das intervenções por meio do ISSO.15 Tal período foi necessário por causa do lento crescimento da lâmina ungueal dos pés dos indivíduos envolvidos. A avaliação do ISO foi realizada em todos os participantes do estudo, de ambos os grupos (pré-tratamento e pós-tratamento), sendo seu score utilizado para verificar o desfecho. Pode-se constatar, como resultado, a cura da onicomicose com o ISO = 0, melhora da onicomicose quando ISO pré > que ISO pós, onicomicose mantida quando ISO pré = que ISO pós e piora da onicomicose quando ISO pré < que ISO pós.15

Após a realização da coleta, os resultados foram organizados em um banco do Microsoft Excel 2010 e analisados por meio de estatística descritiva. Para investigação das variáveis, foi feito um levantamento simples dos dados utilizando o Software SPSS. Foram comparados os scores do ISO15 antes e após o tratamento em cada grupo e, posteriormente, foi realizada a comparação dos índices de cura clínica entre eles. Por se tratar de pesquisa descritiva, não foram aplicados testes estatísticos e nem de significância para comparar as amostras.

O estudo segue o recomendado pela Resolução nº 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde, que normatiza as pesquisas envolvendo seres humanos. Ademais, foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, via Plataforma Brasil, obtendo parecer positivo em 29 de abril de 2022, com número 5.379.029.16

 

Resultados

Nos grupos I e II, respectivamente, a maior distribuição por faixa etária foi de indivíduos com mais de 60 anos e com frequência de 89% (n=8) e 58% (n=7). Os demais se situaram na faixa etária adulta de 19-59 anos, 11% (n=1) e 42% (n=5). Vale ressaltar que a média de idade foi de 66/67 anos.

Observou-se que no grupo I nenhum indivíduo apresentou HbA1c > 6,5%, faixa de normalidade/pré-diabetes; 55% (n=5) apresentaram HbA1c entre 6,6% a 7,5%, faixa de controle glicêmico e 45% (n=4) HbA1c entre 7,6% a 20% na qual não há controle glicêmico terapêutico.6

No grupo II, 16% (n=2) os indivíduos apresentaram HbA1c > 6,5% (faixa de normalidade/ pré-diabetes), 9% (n=1) apresentaram HbA1c entre 6,6% a 7,5% (faixa de controle glicêmico) e 75% (n=9) HbA1c entre 7,6% a 20% na qual também não há controle glicêmico terapêutico.

Verificou-se que no grupo II mais de 70% dos participantes apresentaram descontrole glicêmico. Contudo, a população deste grupo é maior que a do primeiro, conforme observado na Tabela 1.

 

Tabela1 - Características relacionadas às lesões ungueais apresentadas pelos indivíduos– 2022.

Descrição

Grupo I (n=9)

Grupo II (n=12)

 

n

%

n

%

Condição de Higiene dos pés

 

 

 

 

Boa

8

85

7

60

Razoável

1

15

5

40

Ruim

-

-

-

-

Realização de higiene do calçado

 

 

 

 

Sim

7

78

2

26

Não

2

22

10

74

 

 

 

 

 

 

Ao analisar as características apresentadas na Tabela 1, no que corresponde à realização de tratamento prévio das lesões, o grupo II apresenta um percentual maior de indivíduos que já realizaram em relação ao grupo I. Em relação à condição de higiene e execução de higienização dos calçados, a população do grupo I apresenta maior taxa de realização de higiene dos pés e de hábito de limpeza dos calçados em relação ao grupo II. A Tabela 2 mostra as alterações da lâmina ungueal antes e após os tratamentos.

 

Tabela 2 - Alterações da lâmina ungueal pré e pós-intervenções – 2022.

Alterações

Grupo I pré

Grupo I pós

Grupos II pré

Grupo II pós

n

%

n

%

n

%

N

%

Distrofia

20

93

10

46

38

100

13

25

Descolamento

18

67

    6

22

21

55

22

58

Coloração Alterada

27

100

11

41

37

97

28

27

 

Ao analisar as alterações presentes nas lâminas ungueais em ambos os grupos, antes e após a realização das intervenções propostas, identificou-se que as distrofias ungueais apresentaram redução após a aplicação de ambas as intervenções. No grupo I a redução foi de 50% e no II a redução foi de 34%.

Quanto ao descolamento ungueal, verificou-se que o grupo I apresentou redução de 66% à proporção que no II houve um aumento de 4%. Na alteração da coloração a porcentagem do grupo I teve uma redução de 60% enquanto no II teve 25% de queda.

Após a comparação dos dados referentes às alterações presentes nas lâminas ungueais nos grupos (após as intervenções), foi possível identificar que o que fora submetido à laserterapia apresentou maior proporção de redução das alterações em relação ao tratamento medicamentoso.

A Tabela 3 demonstra a comparação do Índice de Severidade da Onicomicose nos dois grupos antes e após as intervenções propostas.

 

Tabela 3 - Índice de Severidade da Onicomicose antes e após intervenções - 2022.

 

Índice

ISO PRÉ

 

ISO PÓS

n

%

N

%

Grupo I (n=27)

Cura Clínica

-

-

8

30

Severidade Leve

2

7

1

4

Severidade Moderada

4

15

6

22

Severidade Grave

21

78

12

44

Grupo II (n=38)

Cura Clínica

-

-

10

26

Severidade Leve

9

24

6

16

Severidade Moderada

4

10

6

16

Severidade Grave

25

66

16

42

 

Ao analisar o ISO após as intervenções, identificou-se que os grupos I e II obtiveram cura, segundo o ISO. Isto é, cerca de 30% das lâminas ungueais tratadas no primeiro tiveram resultados clínicos satisfatórios. E no segundo notou-se êxito semelhante, cerca de 26%. Outro dado relevante ao se avaliar o ISO pós-intervenção nos grupos refere-se à severidade grave. Nesses casos a intervenção realizada no grupo I promove uma redução de 34% nos casos enquanto no grupo II a redução foi da ordem de 24%.

Para demonstração da resposta obtida após a realização das intervenções em cada grupo, e utilizando-se como métrica os valores de ISO obtidos pós-tratamento, realizou-se grupamento de resposta às intervenções. As lâminas ungueais que após intervenção apresentaram ISO = 0 (cura clínica) e/ou redução do escore foram categorizadas como resposta satisfatória a intervenção. As que mantiveram o valor de ISO ou apresentaram aumento no escore pós-intervenção foram categorizadas em resposta insatisfatória à intervenção. A Tabela 4 descreve os resultados obtidos.

 

Tabela 4 – Comparação da resposta a intervenção dos Grupos I (n=27) e II (n=38) - 2022.

Resposta

Grupo I

Grupo II

 

     n

%

n

%

Satisfatória

17

63

20

53

Insatisfatória

10

37

18

47

 

Evidenciou-se que, em ambos os grupos, houve a prevalência de resposta satisfatória. No grupo I, por exemplo, o resultado favorável foi verificado em 63% das lâminas tratadas. No grupo II, que corresponde a 53% dos participantes, observou-se uma frequência maior de efeitos benéficos nos indivíduos que receberam a laserterapia do que aqueles que obtiveram o tratamento medicamentoso tópico.

 

Discussão

A idade com maior prevalência em ambos os grupos foram os participantes idosos. Isso se explica porque 50% deles possuem DM tipo 2 e têm mais de 60 anos. Este dado é importante, pois ocorrem debilitações fisiológicas em decorrência do envelhecimento.17-18

Outro fato a ser acrescentado consiste na ocorrência de micoses. Por exemplo: cerca de 10% da população em geral é afetada pela onicomicose. Destes, 20% apresentam idade maior que 60 anos e 50% das pessoas acometidas têm 70 anos ou mais.19

No que diz respeito ao controle adequado dos níveis de glicose, a falta de controle glicêmico está relacionada à baixa adesão ao tratamento. Estudo20 demonstra que 38% dos pacientes envolvidos não aderiram ao tratamento medicamentoso e 28% não são aderentes do tratamento completo (medicamentoso mais não medicamentoso).

Pesquisa21 destaca a importância do controle glicêmico, pois diabéticos descompensados apresentam mais chances de sofrerem complicações micro e macro vasculares. Assim, estão mais suscetíveis a infecções como a onicomicose, já que também podem apresentar deficiências no sistema imunológico.22

Ademais, ressalta-se a higienização de calçados como uma das principais medidas preventivas para reinfecções da onicomicose.23 A higienização dos pés é também uma forte aliada no tratamento das contaminações fúngicas em idosos. Em alguns casos, inclusive, é o único tratamento viável, pois em decorrência de problemas financeiros os medicamentos tópicos têm muitas vezes um alto custo. Além disso, tem também a questão clínica do usuário, algo que inviabiliza a interação medicamentosa e o uso de drogas sistêmicas.24

Esta pesquisa que investigou a onicomicose demonstrou que os participantes de ambos os grupos apresentavam sinais clínicos de onicomicose antes do tratamento. Distrofia ungueal, onicólise (separação das unhas do leito ungueal), alteração da cor, fragilidade e espessamento da unha são alguns desses sinais.8

O LBI em conjunto com um fotossensibilizador compatível, na presença de oxigênio, produz quimicamente subprodutos. Assim, espécies reativas de oxigênio (EROs) que atuam sobre a membrana celular aumentam sua permeabilidade, penetram na célula fúngica e causam danos a outras organelas intracelulares.25

O ciclopirox age inibindo as enzimas dependentes de metais. Desta forma, causam danos no transporte de íons pela membrana citoplasmática, na degradação de peróxidos tóxicos, na ingestão de nutrientes e na biossíntese de proteínas e ácidos nucleicos.26

A pesquisa27 comparou o uso das ondas de alta frequência e do laser no tratamento da onicomicose. O laser utilizado foi Flash Lase III (com emissão de onda de 660nm) e o fotossensibilizador foi o azul de metileno 0,5%. Chegou à conclusão de que os usuários tratados com a TFD tiveram melhora visível logo após a segunda aplicação. Assim, ampliou a eficácia e vantagem do tratamento e corroborou com o presente estudo, já que beneficiou as unhas acometidas por onicomicose e tratadas por meio da LBI.

Vale ressaltar também que a pesquisa utilizou laser Nd:YAG 1064 cujo resultado foi de 63% de melhora clínica 3 meses após a última sessão. Portanto, destacando o laser como um tratamento seguro, eficaz, sem efeitos adversos significativos e bem aceito pelos participantes.28 Outra investigação avaliou 40 participantes com onicomicose que foram tratados com Ciclopirox. Constatou-se que, após 9 meses de tratamento, 22% alcançaram cura completa (clínica e micológica). Infelizmente, apesar da baixa porcentagem de cura, os autores apresentam o medicamento como uma opção viável para os participantes que não toleram o tratamento sistêmico.29

Como limitações destaca-se o não acompanhamento dos participantes do Grupo II de forma periódica e semanal conforme o Grupo I. Diante disso, pode-se inferir que estes teriam mais esclarecimentos no que se refere aos cuidados diários com os pés do que os do Grupo II. Destarte, podendo ter repercutido no resultado do estudo para o Grupo I com maior taxa de cura clínica. Logo, a comparação de grupos heterogêneos pode influenciar os resultados. Além do mais, a pesquisa não pretende generalizar seus achados, sugerindo outras investigações em outros cenários e contextos.

Este estudo vislumbrou descrever os resultados obtidos no tratamento da onicomicose em pessoas com diabetes por meio da LBI e medicamento tópico. Almejou também potencializar a qualidade dos atendimentos para essa clientela e direcionar, de forma científica, os cuidados do enfermeiro podiatra.

Ressalta-se que a Podiatria Clínica despontou no Brasil a partir de 2007 com protagonismo da Enfermagem por intermédio da criação do 1º Curso de Especialização, na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

O enfermeiro podiatra (especialista em Podiatria Clínica) possui papel incontestável na avaliação dos membros inferiores, conforme indicado nas diretrizes sobre a prevenção e tratamento do pé diabético. E com o objetivo de promover saúde por meio do diagnóstico precoce, analisar os sinais sintomas com prudência e responsabilidade é condição sine qua non para o êxito. Ou seja: é necessário que os profissionais sejam capazes de ampliar a capacidade de mobilização e anular complicações decorrentes de doenças (agudas ou crônicas). E, assim, minimizar as implicações que possam resultar em possíveis amputações.10

Outro benefício deste estudo se dá pelo fato de gerar subsídios para pesquisas futuras, acerca da LBI, na prática clínica de enfermagem, em pessoas com diabetes. Dessa forma, será possível demonstrar aos profissionais de enfermagem a importância do LBI como instrumento terapêutico, uma vez que propicia uma assistência de enfermagem especializada, eficaz e economicamente mais viável se comparada com outras tecnologias.

   

Conclusão

Diante do exposto, ao descrevermos os resultados obtidos com a LBI e o uso de medicamento tópico na onicomicose em pessoas com diabetes, verificou-se que o laser apresentou maior prevalência de resposta satisfatória e cura clínica do que o tratamento medicamento tópico nos grupos investigados.

 

Referências

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Contribuições de autoria

1 – Eugenio Fuentes Pérez Júnior

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem - eugenioperezjunior@gmail.com

Concepção, desenvolvimento da pesquisa, redação do manuscrito, revisão e aprovação da versão final. 

 

2 – Cléo Macedo Paula

Enfermeira - cleomacedop@gmail.com

Concepção, desenvolvimento da pesquisa, redação do manuscrito, revisão e aprovação da versão final.  

 

 3 – Ariane da Silva Pires

Enfermeira. Doutora em Enfermagem - arianepiresuerj@gmail.com

Concepção, desenvolvimento da pesquisa, redação do manuscrito, revisão e aprovação da versão final. 

 

 4 – Alessandra Sant Anna Nunes

Enfermeira. Doutora em Enfermagem - asantnunes@gmail.com

Revisão e aprovação da versão final.

 

 5 – Francisco Gleidson de Azevedo Gonçalves

Autor Correspondente

Enfermeiro, Mestre em Enfermagem - gleydy_fran@hotmail.com

Revisão e aprovação da versão final.

 

 6 – Kelly Fernanda Assis Tavares

Enfermeira, Mestre em Enfermagem - kfassis@yahoo.com.br

Revisão e aprovação da versão final.

 

 

Editora Científica: Tânia Solange Bosi de Souza Magnago

Editora Associada: Etiane de Oliveira Freitas

 

 

Como citar este artigo

Pérez Júnior EF, Paula CM, Pires AS, Nunes AS, Gonçalves FGA, Tavares KFA. Laser therapy and topical drug treatment for onychomycosis in people with diabetes: A case series study. Rev. Enferm. UFSM. 2023 [Access on: Year Month Day]; vol.13, e31:1-16. DOI: https://doi.org/10.5902/2179769274448