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Rev. Enferm. UFSM, v.12, e19, p.1-19, 2022

 https://doi.org/10.5902/2179769267273

ISSN 2179-7692

Submissão: 18/08/2021 • Aprovação: 26/04/2022 • Publicação: 26/05/2022

Tela de computador com texto preto sobre fundo branco

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Introdução. 1

Método. 1

Resultados. 1

Discussão. 1

Conclusão. 1

Referências. 1

 

Artigo de Revisão

Diabetes mellitus e a disseminação de informações na internet: revisão integrativa

Diabetes mellitus and the dissemination of information on the Internet: integrative review

Diabetes mellitus y difusión de información en Internet: revisión integradora

 

Delmo de Carvalho AlencarIÍcone

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Aline Raquel de Sousa IbiapinaIIÍcone

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Mayla Rosa GuimarãesIIÍcone

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Dárlinton Barbosa Feres CarvalhoIIIÍcone

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Paulo Roberto Vasconcellos-SilvaIVÍcone

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I Universidade Regional do Cariri (URCA), Crato, Ceará, Brasil

II Universidade Federal do Piauí (UFPI), Picos, Piauí, Brasil

III Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), São João del Rei, Minas Gerais, Brasil

IV Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) Rio de Janeiro, RJ, Brasil

 

 

Resumo

Objetivo: analisar estudos que abordem as contribuições da internet na disseminação de informações sobre diabetes mellitus. Método: revisão integrativa, nas bases de dados MEDLINE/Pubmed®, Web of Science, Scopus e LILACS. A amostra foi constituída por 16 estudos, sem restrição de tempo ou de idioma, com análise e síntese dos resultados de forma descritiva. Resultados: prevaleceram estudos observacionais, com nível de evidência VI e publicados entre 2009 e 2021. As redes e mídias sociais representaram os principais ambientes virtuais utilizados por pacientes e profissionais de saúde para disseminação de informações e de experiências sobre a condição clínica, promoção do autocuidado, manutenção do tratamento e fortalecimento de redes de suporte e apoio social. Conclusão: apesar da limitada participação de profissionais de saúde nas comunidades virtuais, evidenciaram-se as possibilidades do ciberespaço como cenário de promoção da saúde e de interação com os pacientes, reconhecendo suas potencialidades como interface para o cuidar em saúde.

Descritores: Diabetes Mellitus; Internet; Mídias Sociais; Autocuidado; Apoio Social

 

Abstract

Objective: to analyze studies that address the contributions of the Internet in the dissemination of information on diabetes mellitus. Method: integrative review, in MEDLINE/Pubmed®, Web of Science, Scopus and LILACS databases. The sample consisted of 16 studies, without restriction of time or language, with analysis and synthesis of the results descriptively. Results: observational studies with evidence level VI and published between 2009 and 2021 prevailed. Social networks and media represented the main virtual environments used by patients and health professionals to disseminate information and experiences about the clinical condition, promote self-care, maintain treatment and strengthen support networks and social support. Conclusion: despite the limited participation of health professionals in virtual communities, the possibilities of cyberspace were evidenced as a scenario of health promotion and interaction with patients, recognizing its potentialities as an interface for health care.

Descriptors: Diabetes Mellitus; Internet; Social Media; Self Care; Social Support

 

Resumen

Objetivo: analizar estudios que aborden las aportaciones de Internet en la difusión de información sobre la diabetes mellitus. Método: revisión integradora, en MEDLINE/Pubmed®, Web of Science, Scopus y LILACS bases de datos. La muestra consistió en 16 estudios, sin restricción de tiempo ni lenguaje, con análisis y síntesis de los resultados descriptivamente. Resultados: predominaron los estudios observacionales con nivel de evidencia VI y publicados entre 2009 y 2021. Las redes sociales y los medios de comunicación representaron los principales entornos virtuales utilizados por los pacientes y los profesionales de la salud para difundir información y experiencias sobre la condición clínica, promover el autocuidado, mantener el tratamiento y fortalecer las redes de apoyo y apoyo social. Conclusión: a pesar de la limitada participación de los profesionales de la salud en las comunidades virtuales, las posibilidades del ciberespacio se evidenciaron como un escenario de promoción de la salud e interacción con los pacientes, reconociendo sus potencialidades como interfaz para la atención de la salud.

Descriptores: Diabetes Mellitus; Internet; Medios de Comunicación Sociales; Autocuidado; Apoyo Social

 

Introdução

O Diabetes Mellitus (DM) é uma condição complexa e multifacetada que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, constituindo-se como problema de saúde pública por repercutir de forma severa na qualidade de vida da população e por apresentar impactos individuais, sociais, econômicos e de saúde em decorrência da necessidade de recursos para gerenciamento da doença e de suas complicações.1-3

Nos últimos anos, a incidência e a prevalência de DM têm aumentado consideravelmente, ocasionando maiores desafios no enfrentamento desta condição e refletindo a necessidade de informação para o desenvolvimento e manutenção de cuidados, dentre eles, o controle glicêmico, a ingestão medicamentosa, a reeducação alimentar e a prática de exercícios físicos como medidas essenciais para prevenção de complicações. Conviver com o DM configura-se como um processo de gerenciamento contínuo, que envolve alterações no estilo de vida, ajustamentos e autocuidado nas questões de ordem prática, referidas aos contextos culturais, sociais, familiares e laborais, com a finalidade de promover adequações nos âmbitos físicos e emocionais.1,3-5

Nesse sentido, com o advento da internet e a popularização dos dispositivos móveis, bem como dos sites de redes sociais, ambientes virtuais de discussão vêm possibilitando uma contínua e intensa troca de conhecimentos e de experiências entre usuários sobre múltiplos temas e aspectos de vida.6 Trata-se de importantes pontos de encontro no mundo virtual que permitem abranger os mais variados assuntos, aproximando usuários com valores e interesses compartilhados e constituindo agregações sociais emergentes, estabelecidas pelo sentimento de pertencimento a um grupo.7

Os sites de rede social são frequentemente apontados como uma área possível de inovação que pode ser benéfica às condições de saúde da população.8-10 O uso de mídia social, por exemplo, demonstrou melhorar o relacionamento com os profissionais de saúde, fazendo com que as pessoas se sintam fortalecidas e capazes de se envolver na tomada de decisão compartilhada sobre seus cuidados.11-12

Desse modo, a emergência e disseminação da World Wide Web e dos mecanismos de busca online contribuíram para que sites, blogs e portais virtuais passassem a ser cada vez mais utilizados como fontes de informação e aconselhamento sobre as práticas de cuidados.6-7 A quantidade de conteúdo produzido e compartilhado no ambiente virtual sobre saúde multiplicou, passando a ser disponibilizado em múltiplas ferramentas e plataformas, geralmente produzidos de forma descentralizada e sem controle editorial de grandes grupos, por indivíduos e também por organizações que partilham valores, objetivos e interesses comuns.13

O recente surgimento e crescimento de comunidades virtuais de diabetes traz oportunidades e desafios aos profissionais de saúde e aos sistemas de saúde. Pessoas com diabetes agora podem interagir umas com as outras independentemente da hora ou do lugar, e isso afeta a forma como o conhecimento sobre a condição clínica é adquirido e trocado.14

Com o acesso à internet cada vez mais facilitado e amplo e em meio ao desconhecimento e as desinformações que permeiam a doença, torna-se comum a busca por informações sobre o diabetes, seja por pessoas portadoras, familiares ou cuidadores.4,15 Desse modo, considerando a magnitude do problema, assim como as potencialidades da internet como recurso informacional para gerenciamento adequado da doença, este artigo apresenta como objetivo analisar estudos que abordem as contribuições da internet na disseminação de informações sobre diabetes mellitus.

 

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida por meio das seguintes etapas de investigação: identificação do tema e elaboração da questão de pesquisa; busca na literatura e amostragem; definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados; avaliação crítica dos estudos incluídos; interpretação dos resultados; síntese do conhecimento e apresentação da revisão.16

A formulação da questão de pesquisa foi fundamentada na estratégia PICo,17 considerando P (Problema) o diabetes mellitus; I (Fenômeno de interesse) a disseminação de informações; e Co (Contexto) as intervenções realizadas na internet, sites e mídias digitais. Desse modo, esta revisão foi conduzida pela seguinte questão: Quais as contribuições da internet para a disseminação de informações sobre o diabetes mellitus?

O levantamento bibliográfico ocorreu entre os meses de outubro de 2020 a março de 2021, por meio da consulta eletrônica às bases de dados Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line (MEDLINE via PubMed®), Web of Science, SCOPUS e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) via Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).

Para operacionalização das buscas, foram utilizados descritores controlados e não controlados, selecionados após consulta aos vocabulários Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e Medical Subjects Headings (MeSH), tendo sua aplicação condicionada às especificidades de cada base e combinação realizada por meio dos operadores booleanos OR e AND.

Destaca-se que os termos de busca foram inseridos na língua inglesa, uma vez que todos os periódicos indexados nessas bases apresentam em seus artigos descritores em inglês, com exceção da BVS, em que foram priorizados os idiomas inglês e português. O Quadro 1 apresenta os descritores, assim como a estratégia adotada na MEDLINE, a qual manteve a padronização de busca para as demais bases consultadas.

 

Quadro 1 - Termos e estratégia utilizada para operacionalização da busca. Teresina, PI, Brasil, 2021.

Texto

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Os critérios de inclusão delimitados foram estudos de fonte primária, sem restrição de tempo ou de idioma e que apresentassem a internet, as redes ou mídias sociais como instrumento para disseminação de informações sobre o diabetes. Foram excluídos teses, dissertações e capítulos de livro.

O processo de busca e seleção foi realizado por dois revisores, de forma independente, que após padronização de termos e dos cruzamentos, leitura de títulos, resumos e inclusão, obtiveram índice de concordância superior a 80%. As discordâncias foram gerenciadas pelo terceiro revisor, que emitiu parecer para decisão quanto à inclusão do estudo.

Destaca-se que as referências recuperadas foram exportadas para o software gerenciador de referências EndNote®, a fim de identificar duplicatas, reunir e organizar todas as publicações. Além disso, realizou-se a consulta da lista de referências das produções incluídas, visando selecionar estudos adicionais que apresentassem potencialidades para responder à questão deste estudo.

Foram identificadas 212 produções e após a aplicação dos critérios de elegibilidade, 16 estudos primários compuseram a amostra. O percurso realizado para identificação, seleção, elegibilidade, inclusão e amostra seguiu as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA),18 conforme apresentado na Figura 1.

 

Figura 1 - Fluxograma do processo de seleção dos estudos. Teresina-PI, Brasil, 2021.

 

Interface gráfica do usuário, Word

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Para análise e extração de dados, utilizou-se um instrumento validado19 que foi adaptado de acordo com as variáveis de interesse definidas para este estudo, sendo priorizados aspectos referenciais (título, periódico e ano de publicação), estruturação metodológica (delineamento e nível de evidência), identificação do recurso informacional, principais resultados e conclusões.

A avaliação da qualidade metodológica foi determinada pela análise do Nível de Evidência (NE), sendo considerada a seguinte classificação: I - revisões sistemáticas ou metanálise de relevantes ensaios clínicos; II - evidências de pelo menos um ensaio clínico randomizado controlado bem delineado; III - ensaios clínicos bem delineados sem randomização; IV - estudos de coorte e de caso-controle bem  delineados;  V - revisão  sistemática  de  estudos  descritivos  e  qualitativos; VI - evidências  derivadas  de  um  único  estudo  descritivo  ou  qualitativo; VII - opinião de autoridades ou comitês de especialistas, incluindo interpretações de informações não baseadas em pesquisas.20 A partir destes critérios, as evidências podem ser classificadas como forte (I e II), moderada (III e IV) e fraca (V, VI e VII).21

Ademais, o protocolo desta revisão foi previamente apreciado por experts no método em questão. Após avaliação dos estudos na íntegra e composição da amostra, realizou-se a análise e síntese descritiva dos resultados. Os princípios éticos foram mantidos, respeitando-se criteriosamente os direitos autorais mediante a citação de cada um deles.

 

Resultados

Os resultados evidenciaram o predomínio de estudos observacionais, nível de evidência VI, que fundamentaram o desenvolvimento e a aplicação de comunidades virtuais para a disseminação de informações sobre o diabetes mellitus entre pacientes e profissionais da saúde, sendo publicados, em sua maioria, no idioma inglês, entre os anos de 2009 e 2021, e em periódicos de diferentes áreas e contextos como da enfermagem, psicologia, saúde coletiva, medicina e tecnologias da informática.

Dentre os recursos informacionais identificados prevaleceram as redes e mídias sociais como a plataforma Facebook, que se constituiu como ferramenta favorável ao compartilhamento de informações e de experiências sobre a condição clínica, à promoção do autocuidado, a manutenção do tratamento, ao suporte nutricional e ao fortalecimento de redes de suporte e apoio social.

Ainda, foi evidenciado que os fóruns de discussão em websites, bem como as mensagens encaminhadas via correio eletrônico e o desenvolvimento de aplicativos são realidades expressivas no ambiente virtual, podendo contribuir diretamente para maior conscientização sobre a condição de saúde e para promoção do aconselhamento profissional, uma vez que estes recursos apresentam potencialidades para o estabelecimento de conexão entre usuários e especialistas.

Apesar desses benefícios, verificou-se também que o conteúdo pode limitar as estratégias de prevenção, em virtude da sobrecarga de informações, do baixo reconhecimento da gravidade da doença e das limitações na adoção de mudanças no comportamento e no estilo de vida.

O Quadro 2 apresenta a distribuição e a síntese dos estudos incluídos conforme objetivo, tipo de estudo e amostra, ano de publicação, recurso informacional, desfecho e nível de evidência.

 

Quadro 2 - Síntese dos estudos primários segundo objetivo, tipo de estudo e amostra, ano de publicação, recurso informacional, desfecho e nível de evidência (n = 16). Teresina, PI, Brasil, 2021.

Objetivo

Tipo de estudo e amostra

Ano

Recurso informacional

Desfecho

NE

Avaliar o uso relacionado à saúde de ferramentas da Web 2.0 por pacientes com diabetes tipo 1.22

Transversal descritivo.

Adultos com DM tipo 1 (n=289).

2016

E-mail

O uso da Web 2.0 e de aplicativos para fins de saúde foi considerado baixo. Poucos profissionais de saúde estiveram envolvidos na disseminação de informações sobre o diabetes mellitus.

VI

Analisar postagens de três grupos de diabetes noruegueses do Facebook formados por pacientes e profissionais de saúde.23

Qualitativo.

300 postagens extraídas de três grupos, sendo um de acesso restrito (fechado) e dois abertos.

 

2019

Mídias sociais

As postagens realizadas pelos pacientes envolveram conteúdos científicos, serviços de saúde, autogestão e conscientização sobre a condição clínica. Em grupos fechados, as informações mais disseminadas estavam relacionadas ao autocuidado, enquanto nos abertos eram abordados a conscientização sobre a doença, em sua maioria, por profissionais de saúde.

VI

Analisar o compartilhamento de informações e suas consequências para a saúde dos pacientes e familiares na maioria dos países de língua árabe.24

Métodos mistos.

1.551 postagens do Facebook dos sete grupos em árabe relacionadas ao DM.

2016

Mídias sociais

Facebook

Pacientes com diabetes mellitus estão cada vez mais compartilhando informações de saúde com outros usuários, visando compartilhar experiências pessoais, aumentar a conscientização, fornecer suporte espiritual, divulgar pesquisas científicas e educar sobre a doença.

VI

Explorar informações compartilhadas em fóruns de discussão relacionados à saúde e identificar as abordagens utilizadas para sinalizar informações aos pares.25

Qualitativo.

2016

Fóruns de discussão

Os pacientes com diabetes mellitus estão utilizando cada vez mais o meio online para o compartilhamento de informações sobre as suas experiências e de outras pessoas com a doença.

VI

Avaliar qualitativamente o conteúdo da comunicação em comunidades do Facebook dedicadas ao diabetes.11

 

Qualitativo.

480 usuários em uma série de 690 comentários de postagens dos 15 maiores grupos do Facebook focados no controle do diabetes.

2011

Mídias sociais

Facebook

Pacientes com diabetes, familiares e seus amigos buscam compartilhar informações, solicitar orientações sobre a doença e receber apoio emocional. Foram disseminadas informações relacionadas ao manejo da doença, a importância da atividade física, do autocuidado e das formas de tratamento.

VI

Examinar comunidades de saúde online de diabetes disponíveis para adolescentes com diabetes tipo 1.26

Qualitativo.

18 sites de diabetes.

2014

Meio online

Os pacientes buscavam informações gerais sobre a doença, orientações sobre o manejo e tratamento, troca de experiências, ações de autocuidado, crenças e apoio psicológico.

VI

Investigar o conteúdo, a qualidade e a popularidade das informações sobre diabetes tipo 2 disponíveis no YouTube.27

Transversal descritivo.

100 vídeos sobre diabetes tipo 2 disponíveis no YouTube.

 

2018

Vídeos

De 100 vídeos, 45 foram classificados como úteis e 23 foram considerados enganosos. A confiabilidade média e os escores de conteúdo para vídeos úteis foram 3 e 5, respectivamente, e 6 vídeos atenderam a ≥ 4 de 5 critérios de confiabilidade. No geral, vídeos enganosos foram mais populares do que vídeos úteis. Vídeos adaptados culturalmente tinham a mesma probabilidade de serem enganosos e tinham pontuações semelhantes em comparação com vídeos não adaptados à cultura.

VI

Investigar o uso de quiosques de informações de tela sensível ao toque eletrônico habilitados para web como uma ferramenta para fornecer informações sobre diabetes culturalmente e linguisticamente apropriadas para o público latino.28

Qualitativo. Grupos focais.

2009

Quiosques*

Dados de uso público e entrevistas com participantes de grupos focais mostraram que os usuários acharam os quiosques e suas funções úteis e utilizáveis, embora o uso tenha sido moderado pela presença ou ausência de um educador de saúde; os participantes também preferiram o modelo de quiosque multifuncional sentado.

VI

Investigar as motivações e experiências de pacientes com diabetes tipo 2 com o aplicativo baseado na internet.29

Design de método misto com testes de usabilidade e entrevistas.

43 pacientes com DM2 (n=43).

2009

Aplicativo e e-mail

O aplicativo da web favoreceu o controle da doença e o autocuidado, constituindo um meio importante para disseminação de informações relacionadas principalmente ao tratamento da doença. Os pacientes demonstraram interesse no contato com os profissionais por meio de e-mails, por receberem informações sobre estilo de vida, comportamento saudável e apoio emocional.

VI

Analisar as comunicações de saúde em dez páginas do Facebook relacionadas ao diabetes para identificar os recursos de mensagem que predizem o envolvimento do usuário.30

Qualitativo.

500 postagens de dez páginas do Facebook (n=500).

2016

Mídias sociais

Facebook

Representou um importante meio de disseminação de informações sobre a condição clínica. Os temas mais divulgados estiveram relacionados ao autocuidado, formas de tratamento e melhoria da qualidade de vida.

VI

Utilizar uma abordagem semântica com foco nos sites relacionados ao diabetes.31

Qualitativo.

430 sites relacionados ao diabetes (n=430).

 

 

2019

Sites

Foram identificados 430 sites, e cinco conjuntos de palavras foram marcados com 38 tags diferentes de seis dimensões diferentes, em que se evidenciou um desempenho baixo usando tags para determinar os conjuntos de sites relacionados ao diabetes. Isso reflete a realidade da comunidade: um conjunto de diferentes tipos de sites que criam um espaço misto.

VI

Analisar grupos públicos de diabetes no Facebook e seu conteúdo.32

Transversal descritivo.

34 grupos públicos de diabetes no Facebook, com 193.458 membros.

2019

Mídias sociais

Facebook

Foram identificados milhares de membros inseridos em grupos criados para fornecer suporte emocional. Os temas mais comumente abordados nos grupos eram relacionados à nutrição e ao autocuidado dos pacientes.

VI

Desenvolver um sistema de suporte ao cuidado do diabetes para que os pacientes integrem as atividades de autocuidado necessárias aos diferentes contextos.33

Estudo metodológico.

2012

Aplicativo

O sistema desenvolvido nesse estudo fornece função de suporte de atendimento para pacientes diabéticos e profissionais de saúde. Ele é baseado em um conjunto de cenários de autocuidado projetados para descrever a condição dinâmica das atividades diárias de cuidado do paciente, incluindo os problemas de saúde e as soluções técnicas.

I

VII

VIVIV

Explorar as experiências e percepções de DM gestacional relatadas por mulheres em fóruns online de apoio parental.34

Qualitativo.

646 postagens em 137 tópicos de 282 usuários.

2020

Fóruns online

O conteúdo das postagens limitou às estratégias de prevenção por envolver os seguintes aspectos: diabetes gestacional não é um diagnóstico sério que justifique uma preocupação; baixo reconhecimento da importância dos comportamentos ou estilo de vida no controle da doença; falta de reconhecimento do risco aumentado de diabetes tipo 2.

IV

VI

Mapear e caracterizar o discurso hebraico online sobre diabetes durante o primeiro período do surto de COVID-19 e o período anterior.35

Método misto. Transversal descritivo e Qualitativo.

2021

Redes sociais e fóruns online

Durante a pandemia da COVID-19 houve um crescimento considerável do discurso informativo sobre diabetes.

IB

VI

Explorar experiências online de aquisição de informações sobre COVID-19 entre pessoas com DM2 e alfabetização variável em e-Saúde.36

Qualitativo.

Adultos com DM tipo 2 (n=107).

2021

Mídias sociais

Foram identificados desafios capazes de comprometer a prevenção e controle da doença, como a sobrecarga de informações e dados conflitantes. A estratégia de enfrentamento envolveu a mudança comportamental.

 

VI

*O quiosque de saúde ajuda as pessoas a se cadastrarem, fazer auto-check-in, fazer exames de saúde (que são os processos mais importantes), revisar seus relatórios de saúde e receber dados de saúde por e-mail ou aplicativos, podendo ser usado como um quiosque médico em hospitais para atender os pacientes (conectando-se ao sistema EMR), ou pode ser facilitado como posto de saúde em áreas rurais para atender o público para fazer exames de saúde de doenças crônicas, também ajuda as pessoas a fazerem diagnósticos interativos com médicos online por meio do sistema de telemedicina.  

 

 

Discussão

Nas últimas décadas, as ferramentas da internet evoluíram de forma constante, e as mídias sociais apresentam-se como plataformas alternativas para compartilhamento e buscas de informações relacionadas às condições de saúde de pessoas com diabetes mellitus, assim como para promoção do autocuidado e fortalecimento das redes de apoio e suporte social.22,24

O predomínio de estudos com força de evidência baixa (nível VI) como o delineamento observacional, apesar de não estabelecer relação de causa e efeito, constitui um método relevante para a prática assistencial por demandar menor tempo e custo, sendo constantemente utilizado para indicar prognósticos, avaliar resultados de exposição a riscos e reunir evidências capazes de subsidiar o cuidado com segurança, eficácia e qualidade.

Nesta revisão, os recursos online identificados foram constantemente utilizados para buscar aconselhamento, conectar-se com especialistas e pessoas com condições e experiências semelhantes, compartilhar dúvidas e preocupações sobre as opções de tratamento ou compreender diagnósticos profissionais.24

Um estudo realizado na Espanha com 309 pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM1), analisou as percepções de uso da internet por meio de aplicativos e de softwares guiados por profissionais de saúde. A análise do conteúdo ali discutido identificou que homens, com idade média de 42,8 anos, são os que mais acessam as mídias sociais para esta finalidade. Eles geralmente compartilham postagens sobre qualidade de vida e aspectos relacionados à saúde, em geral, de forma leiga, sem orientação profissional.22

Na Arábia Saudita, resultados semelhantes foram evidenciados, em que as informações compartilhadas geralmente versavam sobre a qualidade de vida, os aspectos relacionados ao estado de saúde e as experiências vivenciadas. Entretanto, diferente de pesquisa na Espanha, a maioria das postagens eram realizadas por mulheres, na faixa de idade entre 40 e 60 anos.24

No que se refere aos meios para a comunicação e troca de informação entre pacientes e profissionais da saúde, o e-mail se configurou como a ferramenta mais utilizada.22 Considerada uma ferramenta “antiga” em meio ao constante processo de elaboração e disseminação das mídias sociais, o e-mail ainda é utilizado como meio de comunicação expressivo para manutenção de contato entre pacientes e especialistas.

A avaliação de mídias sociais ou aplicativos específicos para pessoas com diabetes, como Facebook, Twitter e Instagram guiados por profissionais de saúde também foi verificada, sugerindo utilidade clínica e viabilidade para a disseminação de informações acerca da doença, das estratégias de cuidados e da prevenção de complicações.37

Destaca-se que a amostra, em sua totalidade, abordou de forma direta ou indireta, o uso de sites de redes sociais, em especial o Facebook, revelando que essa plataforma representa uma ferramenta amplamente difundida, que permite diferentes formas de interação para compartilhamento de informações e de conteúdo. Um estudo norueguês, ao analisar as postagens de grupos sobre diabetes no Facebook, identificou que os assuntos mais comentados versavam sobre serviços de saúde, autogestão e conscientização sobre a doença. Contudo, as evidências destacam a necessidade de harmonizar e garantir a divulgação segura e precisa das informações.23 Dados semelhantes foram encontrados em outra produção realizada nos Estados Unidos da América (EUA).11

O uso crescente de mídias sociais, como o Facebook, para a disseminação de informações entre pessoas com diabetes, parece estar relacionado ao fácil acesso, bem como ao baixo custo relacionados à elaboração de estratégias de comunicação com o paciente. Entretanto, estratégias de cuidados são essenciais, em virtude da veiculação de notícias falsas e sem comprovação científica que pode acarretar efeitos negativos no âmbito emocional dos indivíduos afetados.30

Nos EUA, foram encontrados 34 grupos públicos voltados para apoio instrumental e emocional a pessoas com diabetes, sem orientação ou participação de profissionais qualificados, estando associada à decadência dos grupos encontrados, ao passo que as informações compartilhadas se tornavam desacreditadas e inválidas.32

A produção e propagação massiva de notícias falsas - Fake News encontram um terreno fértil nos sites de redes sociais e podem induzir os pacientes a erros nas decisões pessoais e cuidados com sua saúde.38 Diante disso, recomenda-se ao paciente sempre verificar a fonte propagadora do conteúdo. O combate às notícias falsas requer investimentos em educação e literacia digital e que as instituições aumentem o nível de confiabilidade das informações acessíveis para toda a população.39

Apesar de considerar-se que nas mídias sociais a prevalência de Fake News é elevada, um estudo realizado na Inglaterra revelou que há grupos de discussão nas mídias sociais que incluem profissionais de saúde e especialistas para prestar orientações sobre aspectos relacionados à saúde. Salienta-se que o compartilhamento de informações e experiências constitui o conteúdo mais abordado em grupos de discussão.25 Essa evidência também foi verificada em outros dois estudos, realizados com adolescentes com DM1.26,40

Discussões em fóruns online também foram evidenciados. Há mídias sociais sendo geradas fora dos sites de redes sociais, como os fóruns online, com comunidades específicas para diabetes na internet, que apresentam como foco o compartilhamento de experiências e informações acerca da patologia. Em geral, são abertos e há presença de profissionais de saúde, familiares, amigos e pessoas com diabetes. Tal fato pôde ser observado em um estudo realizado em Portugal.31 Pesquisa semelhante obteve resultados equivalentes quanto ao conteúdo abordado nos grupos de discussão em websites.29

O desenvolvimento de softwares como aplicativos destinados à obtenção de informações por parte dos usuários com diabetes também foi encontrado no processo de análise. Estudo estadunidense revelou que, apesar da inicial baixa aceitação, alternativas quanto à obtenção de informações seguras são necessárias e eficazes para o público em destaque.28 Achado análogo foi encontrado em um artigo de Taiwan, em que o software Web 2.0 Diabetes Care Support System, apresentou-se como alternativa às mídias sociais na obtenção de informações seguras.33

Ainda, estudo canadense aborda o Youtube como um recurso de informações em saúde para diabetes mellitus. Nessa plataforma, muitos pacientes e profissionais de saúde possuem canais de divulgação de conhecimentos, dicas e atualidades acerca da temática que envolve o diabetes.27

No mesmo sentido, diferentes estudos que avaliaram as discussões sobre diabetes em redes e fóruns online mostraram que apesar do crescimento considerável de postagens durante a pandemia da COVID-19 e suas medidas de isolamento e distanciamento social, o conteúdo apresenta, na maioria das vezes, limitações capazes de impactar na prevenção e controle da doença.34-36

Esses eventos estiveram associados principalmente à sobrecarga de informações, em geral conflitantes que repercutiram de forma direta nos comportamentos e estilo de vida dos pacientes, assim como no reconhecimento do risco e da gravidade que essa condição de saúde apresenta.34,36

Desse modo, considera-se que as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) podem desempenhar um papel fundamental no acesso e disseminação da informação e, consequentemente, para o empoderamento individual e coletivo.41 No campo da saúde, o empoderamento encontra-se estreitamente relacionado à informação. A possibilidade de produzir conteúdo, estabelecer redes sociais digitais e acessar uma infinidade de conteúdo, faz com que a internet se transforme em importante meio para o empoderamento.42

O acesso à informação por meio da internet possibilitou o surgimento do paciente informado – um consumidor/paciente com informações sobre doenças, condições de saúde, diagnósticos, sintomas, tratamentos e medicamentos. Estudos sobre esse novo ator na área da saúde sugerem que a aquisição de informação sobre saúde resultaria em um empoderamento do cidadão/paciente. Com isso, ele passaria a estar menos disposto a acatar decisões médicas unilaterais, levando a mudanças nesta relação. Dentre as possibilidades apontadas, a ascensão do paciente informado poderia acarretar a desprofissionalização do médico, transformar a relação médico-paciente ou preservar e condenar, simultaneamente, a autoridade e status da profissão médica.43

Sendo assim, considera-se que a internet e os websites de redes sociais funcionam como disseminadores de informações, de ordem verídica ou não, produzidas e consultadas por pacientes, familiares e cuidadores. Apesar das contribuições evidenciadas, do baixo custo e do fácil acesso, a incorporação destes recursos nas práticas de saúde ainda é incipiente, revelando novos estudos direcionados a esses ambientes para averiguar o que tem sido compartilhado pelos usuários, assim como para contribuir com o desenvolvimento do autocuidado e a manutenção da saúde e da qualidade de vida.

A limitação deste estudo refere-se ao predomínio de estudos com força de evidência baixa por não permitir estabelecer relações de causa e efeito. Ainda, destaca-se a ausência de produções brasileiras sobre a temática, o que impossibilitou a comparação das evidências com o contexto internacional.

 

Conclusão

Identificou-se, nesta revisão, que o principal apoio informacional identificado foi a plataforma Facebook, na qual são abordados conteúdos relacionados ao autocuidado, ao tratamento, à nutrição, ao apoio social dos pacientes e ao manejo da doença. Apesar da limitada participação de profissionais de saúde nas comunidades virtuais, evidenciaram-se as possibilidades do ciberespaço como cenário de promoção da saúde e de interação com os pacientes, reconhecendo suas potencialidades como interface para o cuidar em saúde.

Em virtude da evolução das ferramentas da internet, as pessoas com diabetes mellitus, familiares e profissionais de saúde utilizam os ambientes virtuais como importante recurso informacional capazes de contribuir para o compartilhamento de conhecimentos e experiências sobre a doença e para o autogerenciamento dos cuidados inerentes a esta condição de saúde. O uso de aplicativos, redes e mídias sociais, softwares e fóruns de discussão online, embora utilizados com menor frequência, mostraram-se como importantes ferramentas para a disseminação de informação.

A escassez de estudos experimentais e quase-experimentais em relação à utilização da internet por pessoas que buscam informações sobre o diabetes mellitus evidencia a necessidade de novas investigações científicas sobre a temática. Assim, considera-se que esta lacuna necessita ser explorada, tendo em vista a elevada incidência do diabetes e ao crescente hábito de pesquisar sobre informação em saúde na internet.

 

Referências

1. Katsarou A, Gudbjörnsdottir S, Rawshani A, Dabelea D, Bonifacio E, Anderson BJ, et al. Type 1 diabetes mellitus. Nature Rev Disease Primers. 2017;3:17016. doi: 10.1038/nrdp.2017.16

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Contribuições de autoria

1 – Delmo de Carvalho Alencar

Autor Correspondente

Enfermeiro, Doutor em Saúde Pública -E-mail: delmo-carvalho@hotmail.com

Concepção e desenvolvimento da pesquisa e redação do manuscrito.

 

2 – Aline Raquel de Sousa Ibiapina

Enfermeira, Doutora em Enfermagem -E-mail: alineraquel8@ufpi.edu.br

Concepção e desenvolvimento da pesquisa e redação do manuscrito.

 

3 – Mayla Rosa Guimarães

Enfermeira, Doutoranda em Enfermagem - E-mail: m_aylaguimaraes@hotmail.com

Concepção e desenvolvimento da pesquisa e redação do manuscrito.

 

4 – Dárlinton Barbosa Feres Carvalho

Doutor em Informática - E-mail: darlinton@acm.org

Concepção e redação do manuscrito. Revisão e aprovação da versão final.

 

5 – Paulo Roberto Vasconcellos-Silva

Doutor em Saúde Pública -E-mail: bioeticaunirio@yahoo.com.br

Concepção e redação do manuscrito. Revisão e aprovação da versão final.

 

 

Editora Científica Chefe: Cristiane Cardoso de Paula

Editora Associada: Maria Denise Schimith 

 

Como citar este artigo

Alencar DC, Ibiapina ARS, Guimarães MR, Carvalho DBF, Vasconcellos-Silva PR. Diabetes mellitus and the dissemination of information on the Internet: integrative review. Rev. Enferm. UFSM. 2022 [Cited: Year Month Day]; vol.12 e19: 1-19. DOI: https://doi.org/10.5902/2179769267273