Rev. Enferm. UFSM - REUFSM

Santa Maria, RS, v. 11, e26, p. 1-18, 2021

DOI: 10.5902/2179769246916

ISSN 2179-7692

 

Submissão: 04/06/2020    Aprovação: 27/10/2020    Publicação: 23/03/202

Artigo Original

 

Ações realizadas pelo acompanhante durante os cuidados imediatos com o recém-nascido em maternidades públicas

Actions performed by the companion during the immediate care of the newborn in public maternity hospitals

Acciones realizadas por el acompañante durante los cuidados inmediatos al recién nacido en maternidades públicas

 

 

Mayara Carminatti SabinoI

Roberta CostaII

Manuela Beatriz VelhoIII

Odaléa Maria BrüggemannIV

Carolina Frescura JungesV

Iris Elizabete Messa GomesVI

 

 

I Enfermeira. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: maynatti@msn.com ORCID: 0000-0001-5355-8233

II Enfermeira. Doutora. Professor Adjunto, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: roberta.costa@ufsc.br ORCID: 0000-0001-6816-2047

III Enfermeira. Doutora. Professor Adjunto, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: manuela.velho@ufsc.com ORCID 0000-0001-6660-6978

IV Enfermeira. Doutora. Professor Associado, Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: odalea.ufsc@gmail.com ORCID: 0000-0003-1210-6040

V Enfermeira, Doutora. Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: c.f.junges@ufsc.br ORCID: 0000-0001-7337-9646

VI Enfermeira, Mestre. Departamento de Enfermagem, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: irismessagomes@hotmail.com ORCID: 0000-0002-0496-5892

 

Resumo: Objetivo: descrever as ações realizadas pelo acompanhante da mulher durante os cuidados imediatos com o recém-nascido. Método: estudo quantitativo descritivo realizado em três maternidades públicas da Grande Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, com 1.075 entrevistados entre março de 2015 e maio de 2016; e aplicou-se análise estatística descritiva. Resultados: nas ações realizadas destacaram-se: conversar com o recém-nascido (94,8%); acariciar (93,0%); acalmar (78,3%); pegar no colo (81,4%); auxiliar na primeira mamada (67,6%); e, conduzi-lo até a mãe (58,4%). Foram menos frequentes: dar o primeiro banho (7,9%); cortar o cordão umbilical (20,4%); e, colocar a fralda (26,7%). Conclusão: a participação do acompanhante nos cuidados com o recém-nascido demonstra ações de caráter sentimental, afetivo e de cuidado, bem como facilita o estabelecimento dos vínculos familiares. Conhecer as ações realizadas pelo acompanhante contribui para a prática assistencial, com a possibilidade de ampliar sua participação e proporcionar um maior significado para a mulher e à família.

Descritores: Acompanhantes formais em exames físicos; Apoio social; Enfermagem obstétrica; Parto humanizado; Recém-nascido

 

Abstract: Objective: to describe the actions performed by the woman's companion during immediate care of the newborn. Method: a descriptive quantitative study carried out in three public maternity hospitals in Greater Florianópolis, Santa Catarina, Brazil, with 1,075 respondents between March 2015 and May 2016; and descriptive statistical analysis was applied. Results: in the actions carried out, the following stood out: talking to the newborn (94.8%); petting (93.0%); calming down (78.3%); picking up (81.4%); assisting in first feeding (67.6%); and leading him to the mother (58.4%). The following were less frequent: giving the first bath (7.9%); cutting the umbilical cord (20.4%); and putting the diaper on (26.7%). Conclusion: the companion's participation in caring for the newborn shows actions of a sentimental, affective and caring nature, as well as facilitating the establishment of family bonds. Knowing the actions taken by the companion contributes to the care practice, with the possibility of expanding their participation and providing greater meaning for the woman and the family.

Descriptors: Medical chaperones; Social support; Obstetric nursing; Humanized delivery; Infant, Newborn

 

Resumen: Objetivo: describir las acciones realizadas por el acompañante de la mujer durante los cuidados inmediatos del recién nacido. Método: estudio descriptivo cuantitativo realizado en tres maternidades públicas de la Gran Florianópolis, Santa Catarina, Brasil, con 1.075 encuestadas entre marzo de 2015 y mayo de 2016, por medio del análisis estadístico descriptivo. Resultados: se destacaron las siguientes acciones: hablar con el recién nacido (94,8%); acariciarlo (93,0%); calmar al recién nacido (78,3%); alzarlo (81,4%); ayudarlo en su primera alimentación (67,6%); y llevarlo a su madre (58,4%). Fueron menos frecuentes: darle el primer baño (7 ,9%); cortar el cordón umbilical (20,4%); y ponerle el pañal (26,7%). Conclusión: la participación del acompañante en el cuidado del recién nacido demuestra acciones de carácter sentimental, afectivo y solidario, además de facilitar el establecimiento de lazos familiares. Conocer las acciones realizadas por el acompañante contribuye a la práctica del cuidado, con posibilidad de ampliar su participación y otorgar un mayor significado a la mujer y la familia.

Descriptores: Chaperones médicos; Apoyo social; Enfermería obstétrica; Trabajo de parto; Parto humanizado; Recién nacido

 

 

Introdução

A presença do acompanhante durante o processo de parturição é indicada por diretrizes nacionais e internacionais, que apontam esta como uma prática importante de apoio e suporte no cuidado à mulher.1-2 Considerada um marcador de segurança e qualidade na atenção ao parto, a presença do acompanhante também assegura uma aproximação com o recém-nascido, desde o momento do nascimento.2-3

No Brasil, a garantia da presença de um acompanhante de escolha da mulher, durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, está assegurada desde 2005, pela Lei n. 11.108, mais conhecida como a “Lei do acompanhante”.4 Entretanto, na realidade nem sempre este direito é cumprido, o que foi evidenciado em estudo longitudinal que analisou dados da região sul do Brasil, nele 51,7% das parturientes tiveram a presença de acompanhante durante o trabalho de parto e, somente 39,4%, no momento do parto.5

Como forma de contribuir positivamente para a experiência do nascimento, a presença de acompanhante pode se desenvolver com a participação passiva ou ativa deste. Passivamente, ficará como espectador, sem interferir nos acontecimentos, estando ao lado da mulher, numa atitude que demonstra empatia e afetividade. Nessa perspectiva, compartilhar esses acontecimentos se caracteriza como apoio e envolvimento contínuo, integrado ao processo do nascimento.6

Já na participação ativa, o acompanhante realiza atividades que fortaleçam a mulher, que a confortem e estimulem, seja de forma física ou emocional, desenvolvendo ações que a auxiliem na movimentação, na mudança de posição, na realização de massagem, assim como dar atenção, demonstrar carinho e dizer palavras de apoio e incentivo durante o trabalho de parto. Essa permanência propicia a vivência de momentos únicos que influenciam no fortalecimento das relações familiares e geram satisfação.6-7

A atuação do enfermeiro, estimulando a presença e participação do acompanhante durante todo o processo de parto e nascimento, é fundamental, sendo que este profissional fornece informações valiosas acerca das ações que podem ser desenvolvidas por aquele.8 Nesse contexto, identificá-las faz parte de estudos que pretendem compreender o papel e a participação do acompanhante, para que, assim, possam ser potencializados. Evidências listam os benefícios da presença de um acompanhante de escolha no processo de parto e nascimento, que, por meio das ações de apoio físico e emocional, promovem um maior grau de confiança nas mulheres, inibem mecanismos de dor, geram segurança e conforto.6-7

No entanto, são escassas as produções nacionais e internacionais relativas à participação e os benefícios do acompanhante nos cuidados imediatos ao recém-nascido, aqueles prestados nas primeiras horas de vida.8-11 É possível encontrar estudos que citam suas ações nos cuidados com o recém-nascido, mesmo que de forma secundária, ou guias que recomendam quais devam ser elas e, neste esteio, conhecer a atuação realizada pelo acompanhante se torna o escopo da presente pesquisa.8,11-12

Acredita-se que conhecer e apresentar a realidade da atuação do acompanhante durante os cuidados imediatos com o recém-nascido pode repercutir de forma positiva no planejamento e acolhimento daquele, fazendo com que se sinta parte do processo de nascimento, elemento essencial para gerar vínculo, promover apoio e incentivar o aleitamento materno. Considerando a problemática, elaborou-se a seguinte questão de pesquisa: Quais são as ações desenvolvidas pelo acompanhante da mulher durante os cuidados imediatos ao recém-nascido? E, como objetivo, descrever as ações realizadas pelo acompanhante da mulher durante os cuidados imediatos com o recém-nascido.

 

Método

 

Pesquisa quantitativa de caráter descritivo que fez parte do macroprojeto “A participação do acompanhante de escolha da mulher no pré-natal, trabalho de parto e parto no sistema de saúde pública e suplementar”. A pesquisa obteve apoio financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), processo número 473810/2013-1.

Os dados foram coletados no Alojamento Conjunto de três maternidades públicas da Grande Florianópolis, estado de Santa Catarina (SC), Brasil. A escolha desses cenários se deu pelo fato de serem instituições públicas que atendem às mulheres por motivo de nascimento. Os locais do estudo foram nominados de maternidade A, B e C, sendo uma maternidade-escola e as outras duas conveniadas com instituições de ensino para os cursos de graduação em Enfermagem e Medicina, e residência médica em Ginecologia e Obstetrícia. Todas as maternidades estavam pactuadas com as ações da Rede Cegonha e disponibilizavam orientações escritas para os acompanhantes.

O macroprojeto desta pesquisa entrevistou 1.147 acompanhantes que permaneceram com a mulher durante o trabalho de parto e parto ou cesariana nessas maternidades. Para o recorte desta análise foi considerado apenas o número de acompanhantes que estiveram junto ao recém-nascido no momento dos cuidados imediatos, ao final participaram 1.075 acompanhantes.

Para integrar-se à pesquisa, o participante precisava estar de acordo com os seguintes critérios de inclusão: ser acompanhante de escolha da mulher que teve parto vaginal ou cesariana, gestação única e estar presente durante o trabalho de parto e parto normal ou cesariana, ocorrido há mais de quatro horas na maternidade. Foram critérios de exclusão: ter acompanhado mulheres que não entraram em trabalho de parto e mulheres que foram a óbito ou cujo recém-nascido tenha ido a óbito. Para a composição da amostra final, foram abordadas 4.239 puérperas durante a internação, destas 295 não tiveram o acompanhante continuamente no trabalho de parto e parto ou cesariana, 2.541 dos elegíveis não estavam presentes no Alojamento Conjunto, 13 acompanhantes não compreendiam a língua portuguesa e 229, recusaram-se a participar.

Os participantes foram abordados no Alojamento Conjunto de cada maternidade e, quando atendiam aos critérios de inclusão, eram convidados a participar da pesquisa. Havendo consentimento, realizavam-se as entrevistas face a face em outra sala, de preferência fora do quarto em que a mulher estava internada, em ambiente que proporcionasse uma interferência mínima, para não influenciar nas respostas.

O cálculo amostral do macroprojeto foi realizado a partir do número de nascimentos nessas maternidades no ano anterior à execução do projeto, tendo em vista a permanência de um acompanhante durante o trabalho de parto, parto ou cesariana. Considerando-se 3.508 nascimentos na maternidade A; 3.759, na maternidade B; e, 1.525 nascimentos na maternidade C; estabeleceu-se a prevalência presumida de 50%, intervalo de confiança de 95%, erro máximo de 5% e perda de 20%, resultando em 346 entrevistados na maternidade A; 349 entrevistados na maternidade B; e, 307, na maternidade C. Assim, a amostra estimada de participantes foi de 1.002 acompanhantes e, conforme a disponibilidade de orçamento do macroprojeto, foi possível a realização de 1.147 entrevistas. Essa amostra foi estimada com o auxílio do SEstatNet®, programa desenvolvido por docentes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).13

Os dados do macroprojeto foram coletados entre março de 2015 e maio de 2016, por estudantes de graduação em enfermagem. Na seleção dos entrevistadores tiveram prioridade aqueles que já tinham desenvolvido atividades teórico-práticas na área de saúde da mulher e do recém-nascido, e que conheciam as maternidades públicas do estudo. Os selecionados participaram de um treinamento que incluiu uma etapa teórica e outra prática.

Foram realizadas entrevistas face a face por meio da aplicação de um questionário digital pelos entrevistadores, para os quais se elaborou um software e, posteriormente, instalado em netbooks para uso exclusivo na pesquisa. O software foi criado a partir de um sistema informatizado que consistiu numa plataforma em que os dados foram armazenados digitalmente. As entrevistas ficaram salvas no formato de planilhas na extensão CSV, utilizando-se o Programa Microsoft Office Excel®.

O questionário utilizado no macroprojeto se compunha por diferentes variáveis divididas em 10 seções. Nesse estudo foram selecionadas perguntas de algumas destas seções, sendo elas: Seção 1 – dados de identificação (idade, sexo, escolaridade, ocupação, estado civil, parentesco/vínculo com a mulher, número de filhos); Seção 2 – dados sobre a experiência de ser acompanhante (experiências anteriores e a atual); Seção 9 – dados sobre a sua participação na sala de cuidados com o recém-nascido.

Após o término da coleta de dados realizou-se a revisão dos questionários, com o intuito de sanar possíveis inconsistências ou erros e, após, exportaram-se os dados para o programa Stata versão 13.0. A análise descritiva apresentou a frequência absoluta e relativa, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%, das variáveis relacionadas às características sociodemográficas, à atuação dos profissionais de saúde na participação do acompanhante, e às ações dos acompanhantes nos cuidados imediatos com o recém-nascido.

As variáveis selecionadas para a análise foram: identificação do acompanhante, vínculo empregatício, escolaridade, vínculo com a parturiente, número de filhos, experiência anterior em ser acompanhante no trabalho de parto, parto e/ou cesariana, informação sobre a Lei do Acompanhante, participação em curso/palestra durante o pré-natal, encaminhamento do recém-nascido para a Unidade Neonatal, acompanhamento durante os cuidados prestados ao recém-nascido, permanência do acompanhante durante realização de procedimentos e exames no recém-nascido, ações realizadas pelo acompanhante durante os cuidados com o recém-nascido e sentimentos do acompanhante relacionados à experiência de acompanhar o recém-nascido na sala de cuidados.

O controle de qualidade foi realizado por ligações telefônicas, de forma aleatória, para 5% dos acompanhantes entrevistados, ocasião em que se replicaram algumas perguntas do questionário. O macroprojeto no qual essa pesquisa estava inserida foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa com Seres Humanos, sendo aprovado sob Certificado de Apresentação de Apreciação Ética número 25589614.3.0000.0121, no dia 25 de fevereiro de 2014. Todas as etapas da pesquisa respeitaram a Resolução número 466 de 2012, do Conselho Nacional de Saúde e os entrevistados autorizaram sua participação por meio da assinatura espontânea do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

 

Resultados

 

Dos 1.075 acompanhantes que participaram da pesquisa, a maioria era do sexo masculino (77,9%), estava na faixa etária dos 20-59 anos (94,3%) e possuía trabalho remunerado (87,1%). O companheiro da mulher ou pai do recém-nascido representou quem mais esteve presente (77,6%), a maioria dos acompanhantes desconhecia a Lei n. 11.108 (76,5%) e não participou de curso ou palestra sobre gestação/parto (91,7%). As características sociodemográficas dos participantes podem ser observadas na Tabela 1.

 

Tabela 1 – Características sociodemográficas dos acompanhantes dos recém-nascidos nas três maternidades públicas da Grande Florianópolis. Florianópolis, SC. 2015-2016 (n=1.075)

Variáveis

N

%

IC* (95%)

Idade (anos)

 

 

 

≤19

46

4,3

3,0 – 5,5

20 – 59

1014

94,3

92,9 – 95,7

≥ 60

15

1,4

0,7 – 2,1

Sexo

 

 

 

Masculino

837

77,9

75,4 – 80,3

Feminino

238

22,1

19,7 – 24,6

Ocupação

 

 

 

Trabalho remunerado

936

87,1

85,1 – 89,1

Trabalho sem remuneração

80

7,4

5,9 – 9,0

Desempregado

39

3,6

2,5 – 4,7

Aposentado/pensionista

20

1,9

1,1 – 2,7

Escolaridade

 

 

 

Sem escolaridade

12

1,1

0,5 – 1,7

Ensino Fundamental Incompleto

277

25,8

23,1 – 28,4

Ensino Fundamental Completo

279

26,0

23,3 – 28,6

Ensino Médio Completo

403

37,5

34,6 – 40,4

Ensino Superior Completo

104

9,7

7,9 – 11,4

Vínculo com a mulher

 

 

 

Companheiro ou pai do RN

834

77,6

75,1 – 80,1

Mãe

128

12,0

10,0 – 13,9

Mulher da rede social/familiar

110

10,2

8,4 – 12,1

Outros (pai, amigo, filho)

3

0,3

0,0 – 0,6

Conhecimento sobre a Lei do acompanhante

 

 

 

Sim

253

23,5

21,0 – 26,1

Não

822

76,5

73,9 – 79,0

Participação em curso e/ou palestra

 

 

 

Sim

95

8,8

7,1 – 10,5

Não

980

91,2

89,5 – 92,9

*Intervalo de Confiança

 

Na Tabela 2 é possível observar que o enfermeiro foi quem mais incentivou o acompanhante a participar dos cuidados com o recém-nascido (46,1%). A maioria dos profissionais de saúde forneceu informações sobre o atendimento prestado (80,1%) e, destes, os acompanhantes apontaram o enfermeiro (50,8%) com destaque na orientação sobre o seu papel.

 

Tabela 2 – Profissionais de saúde e a participação do acompanhante durante os cuidados imediatos com o recém-nascido. Florianópolis, SC. 2015-2016 (N=1.075)

Variáveis

N

%

IC* (95%)

Profissional que convidou o acompanhante

 

 

 

Nenhum profissional

285

26,5

24,0 – 29,2

O profissional não se identificou

62

5,8

4,5 – 7,3

Enfermeiro (a)

496

46,1

43,2 – 49,1

Médico (a)

227

21,1

18,8 – 23,7

Estudante de enfermagem

2

0,2

0,1 – 0,7

Estudante de medicina

4

0,4

0,1 – 1,0

Técnicos e auxiliares de enfermagem

21

2,0

1,3 – 3,0

Não lembra

32

3,0

2,1 – 4,2

Atitude dos profissionais de saúde

 

 

 

Apresentaram-se para o acompanhante

615

57,2

54,2 – 60,1

Chamaram o acompanhante pelo nome

279

26,0

23,4 – 28,7

Forneceram informações sobre a situação e o atendimento prestado

861

80,1

77,6 – 82,4

Perguntaram se o acompanhante tinha alguma dúvida ou precisava de orientação

518

48,2

45,2 – 51,2

Perguntas realizadas pelo acompanhante ao profissional de saúde

 

 

 

Não foram respondidas

28

2,6

1,8 – 3,8

Foram respondidas

838

78,0

75,4 – 80,3

Não realizou perguntas

209

19,4

17,2 – 21,9

Profissional que orientou sobre o papel do acompanhante

 

 

 

Nenhum profissional

278

25,9

23,3 – 28,6

Não se identificou

85

7,9

6,4 – 9,7

Enfermeiro (a)

546

50,8

47,8 – 53,8

Médico (a)

294

27,4

24,8 – 30,1

Estudante de enfermagem

7

0,7

0,3 – 1,4

Estudante de medicina

17

1,6

1,0 – 2,5

Técnicos e auxiliares de enfermagem

53

4,9

3,8 – 6,4

Não lembra

3

0,3

0,1 – 0,9

*Intervalo de Confiança Os participantes puderam escolher mais de uma opção

 

A Tabela 3 se refere às ações que o acompanhante realizou durante os cuidados imediatos com o recém-nascido e os sentimentos relacionados a essa experiência. Dentre os participantes, 94,8% conversaram com o recém-nascido, 93,0% o acariciaram, 81,4% o pegaram no colo, 67,6% ajudaram na primeira mamada e 20,4% clampearam o cordão umbilical.

Em relação aos sentimentos, 99,3% dos acompanhantes relataram que foi gratificante participar dos cuidados com o recém-nascido, 98,4% referiram que a experiência os ajudou a ficarem tranquilos. E, ainda, 96,6% se sentiram seguros com o cuidado prestado ao recém-nascido e 87,2% afirmaram que acompanhar o recém-nascido ajudou a tirar dúvidas sobre os cuidados com o bebê (Tabela 3).

 

Tabela 3 – Ações e sentimentos do acompanhante relacionados à experiência de acompanhar os cuidados imediatos prestados ao recém-nascido. Florianópolis, SC. 2015-2016 (N=1.075)

Variáveis

N

%

IC* (95%)

Ações realizadas pelo acompanhante

 

 

 

Cortou o cordão umbilical

219

20,4

18,1 – 22,9

Deu o primeiro banho

85

7,9

6,4 – 9,7

Acalmou o RN quando estava chorando

842

78,3

75,8 – 80,7

Fez carinho

1.000

93,0

91,3 – 94,4

Colocou a fralda

287

26,7

24,1 – 29,4

Ajudou a pesar

459

42,7

39,8 – 45,7

Pegou o RN no colo

875

81,4

79,0 – 83,6

Conversou com o RN

1.019

94,8

93,3 – 96,0

Levou o RN para a mulher após os cuidados

628

58,4

55,4 – 61,3

Ajudou na primeira mamada

727

67,6

64,8 – 70,4

Não realizou atividades relacionadas ao RN

19

1,8

1,1 – 2,8

Realizou outras atividades#

61

5,7

4,4 – 7,2

Sentimentos do acompanhante ao acompanhar o RN

 

 

 

Ajudou a ficar tranquilo

1.058

98,4

97,5 – 99,0

Ajudou a tirar dúvidas sobre os cuidados com o RN

937

87,2

85,0 – 89,0

Deixou ansioso/nervoso

491

45,7

42,7 – 48,7

Ficou seguro com o cuidado prestado

1.038

96,6

95,3 – 97,5

Teve sentimento de obrigação em ser acompanhante

493

45,9

42,9 – 48,9

Foi gratificante

1.064

99,3

98,5 – 99,6

Achou o ambiente adequado para receber o acompanhante

991

92,2

90,4 – 93,7

Foi uma experiência que não quer viver novamente

110

10,2

8,6 – 12,2

*Intervalo de Confiança Os participantes puderam escolher mais de uma opção #Ajudou a secar, a colocar a roupa, a medir, a dormir, tirou foto, brincou, cantou, embalou, passeou, limpou o coto umbilical

 

Os resultados apontam as ações desenvolvidas pelos acompanhantes e a forma como os profissionais de saúde interagem e estimulam para o exercício dessas, no cenário do nascimento. Descrevem os diferentes sentimentos vivenciados pela pessoa que está acompanhando a mulher e o recém-nascido, durante os cuidados imediatos.

 

Discussão

A predominância de acompanhantes do sexo masculino e a descrição do vínculo ser companheiro da mulher ou pai do recém-nascido coincidem com os achados de outras pesquisas realizadas no Brasil. A tendência pela presença do companheiro da mulher no cenário de parto favorece a formação de vínculo precoce do pai com o recém-nascido e aumenta a possibilidade de participação nos cuidados prestados no desenvolvimento infantil.8,14

A maioria dos participantes não conhecia a Lei do Acompanhante, apesar de 47,2% terem o ensino médio completo ou maior nível de escolaridade. Também, a maioria, não participou de curso ou palestra sobre gestação ou parto. O desconhecimento acerca dos direitos no momento do nascimento apresenta repercussões e pode gerar submissão das mulheres e acompanhantes às instituições, bem como aos profissionais de saúde.15 Mesmo que a Lei obrigue os hospitais públicos ou conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS) a permitirem a presença de um acompanhante, estudos mostraram que ainda existem mulheres que permanecem sem acompanhamento no processo de parturição e nascimento.5,16 A realização de cursos, o repasse de informações, por meio das consultas de pré-natal com reforço desse direito até a chegada na maternidade e por todos os profissionais, pode ser uma estratégia para informar esta população.1,4

O convite feito para o entrevistado permanecer junto ao recém-nascido foi realizado preponderantemente pelo enfermeiro, que também foi a categoria reconhecida pelo participante como o profissional que mais lhe forneceu orientações. O enfermeiro desempenha papel importante no que tange às orientações passadas para esse acompanhante, as quais conferem segurança e auxiliam na aquisição de habilidades necessárias para a realização dos cuidados com o recém-nascido.8,17

As maiores dificuldades para inserção do acompanhante, por parte da equipe de saúde no processo de nascimento, estiveram relacionadas à falta de preparo do mesmo para lidar com esse momento, situação que eventualmente pode interferir de forma negativa no serviço da equipe.18 Cabe ao profissional de saúde a missão de orientar e direcionar as ações do acompanhante, estimulá-lo a estar presente desde o pré-natal para compreender com maior clareza seu papel durante todo o processo.19 O resultado desta pesquisa mostrou a disponibilidade dos profissionais de saúde na inserção do acompanhante, ao responderam a maioria das perguntas realizadas por ele.

No que se refere à atuação dos acompanhantes nos cuidados imediatos junto ao recém-nascido, evidenciou-se que as ações mais frequentes foram conversar com o recém-nascido, fazer carinho nele e acalmá-lo. Ressalta-se que ações de caráter sentimental e afetivo influenciam na consolidação das relações familiares e estreitamento de vínculos.20 Neste estudo, percebeu-se que grande parte dos acompanhantes tiveram o primeiro contato físico com o recém-nascido durante a realização dos cuidados imediatos, sendo relevante a este aspecto o ato de pegar o recém-nascido no colo, ajudar a pesá-lo e conduzi-lo até a mulher após os cuidados.

Outro dado que se destacou, esteve relacionado ao auxílio prestado pelo acompanhante ao recém-nascido e à mãe durante a primeira mamada, observou-se que mais da metade dos entrevistados participou ativamente deste momento. O início do aleitamento materno é um desafio tanto para a mãe quanto para o acompanhante, sendo necessário que sejam realizadas ações organizadas e planejadas por parte dos profissionais de saúde para que se obtenha sucesso.21 Nos resultados deste estudo, o acompanhante simbolizou uma ligação entre a família e o profissional de saúde, ou seja, foi o intermediário das necessidades familiares enquanto a mulher não conseguia acompanhar os cuidados com o recém-nascido, a exemplo da impossibilidade das mulheres saírem do leito, quando submetidas à cesariana.

O acompanhante deve ser estimulado e inserido neste processo a fim de favorecer o aleitamento materno, além de realizar outras ações como clampear o cordão umbilical, colocar a fralda ou dar o primeiro banho,1 atividades efetuadas por menos de um terço dos participantes da pesquisa. Em contrapartida, notou-se que poucos entrevistados relataram que não fizeram nenhuma atuação junto ao recém-nascido.

Os sentimentos do acompanhante também foram evidenciados e destaca-se a afirmação da grande maioria, de ter sido uma experiência gratificante, fato que ajudou o acompanhante a ficar tranquilo e a se sentir seguro com o cuidado prestado. Estudos afirmam que participar deste período é importante para o acompanhante, momento que representa um marco em sua vida, ao conhecer o novo membro da família, além de reafirmar a consolidação das relações familiares e o estreitamento de vínculos.7,20-22

Alguns participantes (45,7%) declararam que presenciar este momento os deixaram ansiosos, nervosos ou que tiveram o sentimento de obrigação em ser acompanhante. Em número ainda menor (10,2%), afirmaram que não desejavam vivenciar novamente esta experiência. Isto demonstra que todos descreveram algum tipo de sentimento envolvido com a sua participação, no momento dos cuidados imediatos prestados ao recém-nascido. São sentimentos e afirmações que precisam de atenção e justifica-se novamente, neste resultado, a importância da preparação prévia dos acompanhantes, seja por meio da participação em grupos, cursos ou nas consultas durante o acompanhamento pré-natal.

Ainda, fez parte da percepção da maioria dos entrevistados que o ambiente foi adequado para receber o acompanhante (92,2%). Entende-se como ambiente adequado um local aconchegante, com rotinas flexíveis, no qual a mulher e família consigam se expressar livremente.1 Em porcentagem um pouco menor, mas ainda expressiva (87,2%), relataram que foi possível sanar as dúvidas sobre os cuidados com o recém-nascido. Este dado permite inferir que o acompanhante, quando estimulado e preparado para participar ativamente do processo parturitivo, realiza atividades que auxiliam a mulher, ao passo que se sentem acolhidos para realizar os cuidados, mesmo que apresentem dúvidas e inseguranças.

            Cabe salientar que a presença e participação do acompanhante nos cuidados imediatos ao recém-nascido possibilita uma melhor adaptação do mesmo à vida extrauterina. Também contribui para o aprendizado sobre as necessidades do bebê e os cuidados que devem ser prestados a ele, como realizar a higiene, trocar fraldas, entre outros,17 facilitando a adaptação e tornando o dia a dia com o novo membro familiar mais tranquilo.

Como limitações identificadas neste estudo destaca-se o fato de que, quando os participantes realizaram cursos e palestras, os conteúdos não foram avaliados, tampouco foram avaliadas as ações de intermédio do acompanhante para o atendimento das solicitações da mulher, relacionadas aos cuidados com o recém-nascido. Apesar disso, acredita-se que o estudo é inovador e apresenta dados acerca das ações realizadas pelo acompanhante durante os cuidados com o recém-nascido, pouco avaliadas em estudos anteriores.

 

Conclusão

         A participação do acompanhante nos cuidados com o recém-nascido demonstra ações de caráter sentimental, afetivo e de cuidado e, ainda, facilita o estabelecimento dos vínculos familiares. Conhecer as ações realizadas pelos acompanhantes agrega valor às suas presenças, ao passo que ratifica a necessidade de ser e estar no cenário de parto e nascimento, pois não se configuram apenas como espectadores. Destaca-se que a maioria dos entrevistados realizou algum tipo de ação voltada ao recém-nascido e, identificar as mesmas e a sua relevância no processo de nascimento é importante para a consolidação da figura do acompanhante como elemento integrado ao processo parturitivo.

Os benefícios relacionados à presença do acompanhante junto ao recém-nascido e à mulher justificam a relevância dos estudos que tenham como objeto de pesquisa os diferentes aspectos relacionados ao próprio acompanhante. Desta forma, acredita-se que esta pesquisa colaborou com a descrição e análise das ações por ele realizadas durante os cuidados imediatos com o recém-nascido, a importância da sua presença e novas formas de atuação neste cenário. Em vista disso, o estudo também oferece subsídios para a prática assistencial uma vez que seus resultados demonstram potencialidades de participação do acompanhante, uma colaboração que pode auxiliar para uma experiência positiva de parto e nascimento, com maior significado para a mulher e à família.

 

Referências

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Editor Científico: Tânia Solange Bosi de Souza Magnago

Editor Associado: Graciela Dutra Sehnem

 

Fomento / Agradecimento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) - Edital Universal 14/2013.

 

 

Autor correspondente

Manuela Beatriz Velho

E-mail: manuela.velho@ufsc.br

Campus Universitário - Trindade

88.040-900 - Florianópolis - SC - Brasil

BLOCO I (CEPETEC) - Centro de Ciências da Saúde - Sala 420

 

 

Contribuições de Autoria

 

1 – Mayara Carminatti Sabino

Concepção ou desenho do estudo/pesquisa, análise e/ou interpretação dos dados, revisão final com participação crítica e intelectual no manuscrito.

 

2 – Roberta Costa

Concepção ou desenho do estudo/pesquisa, análise e/ou interpretação dos dados, revisão final com participação crítica e intelectual no manuscrito.

 

3 – Manuela Beatriz Velho

Concepção ou desenho do estudo/pesquisa, revisão final com participação crítica e intelectual no manuscrito.

 

4 – Odaléa Maria Brüggemann

Concepção ou desenho do estudo/pesquisa, revisão final com participação crítica e intelectual no manuscrito.

 

5 – Carolina Frescura Junges

Concepção ou desenho do estudo/pesquisa, revisão final com participação crítica e intelectual no manuscrito.

 

6 – Iris Elizabete Messa Gomes

Concepção ou desenho do estudo/pesquisa, revisão final com participação crítica e intelectual no manuscrito.

 

 

Como citar este artigo

Sabino MC, Costa R, Velho MB, Brüggemann OM, Junges CF, Gomes IEM. Ações realizadas pelo acompanhante durante os cuidados imediatos com o recém-nascido em maternidades públicas. Rev. Enferm. UFSM. 2021 [Acesso em: Anos Mês Dia]; vol.11 e26: 1-18. DOI: https://doi.org/10.5902/2179769246916