Rev. Enferm. UFSM - REUFSM
Santa Maria, RS, v. 9, e59, p. 1-18, 2019
DOI: 10.5902/2179769236423
ISSN 2179-7692
Submissão: 17/01/2019 Aprovação: 10/09/2019 Publicação: 08/11/2019
Artigo Original
Conhecimento e análise do processo de orientação de puérperas acerca da amamentação
Knowledge and analysis of the orientation process of mothers about breastfeeding
Conocimiento y análisis del proceso de orientación de las madres sobre la lactancia materna
Thuanne Cristina Sousa E AleixoI
Ellen Carla CarletoII
Fabiana Cristina PiresIII
Juliana da Silva Garcia NascimentoIV
I Enfermeira. Especialista em Atenção à Saúde em Rede, Mário Palmério Hospital Universitário. Uberaba, Minas Gerais, Brasil. E-mail: thuannealeixo@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4375-9653
II Enfermeira. Especialista em Atenção Básica e Saúde da Família, Prefeitura Municipal de Uberaba. Uberaba, Minas Gerais, Brasil. E-mail: ellen.carleto@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-0279-3596
III Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência, Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM). Uberaba, Minas Gerais, Brasil. E-mail: enfermagem.pires@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-8524-1449
IV Enfermeira, Mestre em Enfermagem, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP-USP). Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. E-mail: mestradounesp28@yahoo.com.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1118-2738
Resumo: Objetivo: identificar o conhecimento e analisar o processo de orientação de puérperas acerca da amamentação. Método: estudo descritivo, transversal, realizado no período de dezembro de 2016 a junho de 2017, em um hospital de Minas Gerais com 69 puérperas, por meio de um questionário que caracterizou conhecimento e orientação sobre a amamentação, analisados pelo programa Statistical Package for the Social Sciences, segundo estatística descritiva. Resultados: das participantes, 59,4% foram orientadas durante o pré-natal e 46,4% somente no ambiente hospitalar após o nascimento do bebê. Relacionado ao conhecimento, 73,9% das mães consideraram saber identificar se o bebê mamava corretamente e 78,3% não sabiam o que era aleitamento materno exclusivo. Conclusões: a maioria das puérperas não foi orientada adequadamente quanto à amamentação, o que interfere negativamente na adesão e efetividade deste processo e aponta a desarticulação da assistência entre os níveis de saúde primário e terciário durante o acompanhamento da puérpera.
Descritores: Educação em saúde; Aleitamento materno; Conhecimento
Abstract: Aim: To identify the knowledge and analyze the process of orientation of mothers about breastfeeding. Method: a descriptive cross-sectional study, conducted from December 2016 to June 2017, in a hospital in Minas Gerais with 69 postpartum women, through a questionnaire that characterized knowledge and guidance on breastfeeding, analyzed by the Statistical Package for the Social Sciences, according to descriptive statistics. Results: 59.4% of the participants were prenatal counseling and 46.4% in the hospital environment only after the baby was born. Related to knowledge, 73.9% of mothers considered knowing how to identify if the baby was breastfeeding correctly and 78.3% did not know what exclusive breastfeeding was. Conclusions: Most mothers were not adequately oriented about breastfeeding, which negatively interferes with the adherence and effectiveness of this process and points to the disarticulation of care between primary and tertiary health levels during postpartum follow-up.
Descriptors: Health education; Breastfeeding; Knowledge
Resumen: Objetivo: Identificar el conocimiento y analizar el proceso de orientación de las madres sobre la lactancia materna. Método: estudio descriptivo, transversal, realizado entre diciembre de 2016 y junio de 2017, en un hospital de Minas Gerais con 69 mujeres posparto, a través de un cuestionario que caracterizó el conocimiento y la orientación sobre la lactancia materna, analizado por el Paquete Estadístico para Ciencias sociales, según estadística descriptiva. Resultados: el 59.4% de las participantes recibieron asesoramiento prenatal y el 46.4% en el entorno hospitalario solo después del nacimiento del bebé. 73.9% de las madres consideraron saber cómo identificar si el bebé estaba amamantando correctamente y el 78.3% no sabía qué era la lactancia materna exclusiva. Conclusiones: la mayoría de las madres no estaban orientadas sobre la lactancia, lo que interfiere con la eficacia de este proceso y apunta a la desarticulación de la atención entre los niveles de salud.
Descriptores: Educación para la salud; Lactancia materna; Conocimiento
Introdução
O aleitamento materno é uma estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança, constituindo a mais sensível, econômica e eficaz intervenção para redução da morbimortalidade infantil e promoção da saúde integral do binômio mãe e bebê.1 Configura-se como um ato de relação humana, inserido na cultura e submetido à esfera social, que transcende o aspecto nutricional e exige apoio de pessoas significativas e de programas governamentais para incentivo.2-3
As mães que estão amamentando necessitam de suporte ativo e emocional, bem como informações precisas para se sentirem confiantes e aptas para este processo. Porém, o suporte oferecido pelos profissionais de saúde costuma ser incipiente.1 Diante desta fragilidade e apesar de todas as evidências a favor da amamentação, os índices de aleitamento materno no Brasil e no mundo não têm atingido os patamares indicados pela Organização Mundial da Saúde que preconiza taxa mínima de 50% de aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida.4
Os fatores que podem contribuir para a não adesão à amamentação são de natureza extrínsecas e intrínsecas à mãe e ao bebê, como questões anatômicas dos mamilos, crendices populares sobre o leite materno e o processo de amamentar, ingurgitamento mamário, medo e dor, podendo ser superados a partir do conhecimento prévio da mãe quanto à prática da amamentação.1 Fatores culturais, sociodemográficos, biológicos e assistenciais têm sido apontados como determinantes para a interrupção precoce da amamentação, sobretudo no que concerne à introdução de outros alimentos, desnecessários no primeiro semestre de vida, interferindo negativamente no sucesso da amamentação, visto que o leite materno contém todos os componentes nutricionais necessários para promoção de uma nutrição saudável até os seis meses de vida do bebê.5
As dificuldades para estimular e obter um processo de amamentação eficaz, portanto, tem despertado a preocupação de órgãos mundiais de saúde envolvidos na promoção e no incentivo ao aleitamento materno, essenciais para o investimento na elaboração de programas e estratégias que maximizem esta prática e, consequentemente, melhorem os índices de adesão à amamentação.6
Neste interim, compreende-se que ações educativas voltadas a gestantes e puérperas demonstram aumento na auto eficácia materna para adesão a amamentação, tendo a equipe de enfermagem grande importância na transmissão de informações às mães antes, durante e após o nascimento do bebê, para instrumentalizá-las e favorecer o ato de amamentar.7-8
Gestantes primíparas normalmente possuem dificuldades com a amamentação o que associado a um pré-natal ineficaz e as lacunas no processo de orientação e acolhimento intra-hospitalar, contribuem para a não adesão ao aleitamento materno.9-10 A assistência do enfermeiro é fundamental no incentivo e no apoio ao aleitamento materno, pois pode contribuir para a redução da morbimortalidade infantil e o desmame precoce.11-12
Diante desta problemática, surge a seguinte pergunta de pesquisa: Como se caracteriza o conhecimento de puérperas a partir das orientações acerca da amamentação? Desta forma, objetivou-se identificar o conhecimento e analisar o processo de orientação de puérperas acerca da amamentação.
Método
Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, de abordagem quantitativa, realizada em um hospital de ensino do interior do Estado de Minas Gerais, de alta complexidade e composto por 220 leitos. Especificamente, no setor de maternidade vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS), com 24 leitos para ginecologia e obstetrícia, dois leitos de isolamento, nove leitos pediátricos e uma equipe de enfermagem que abrange quatro enfermeiros e 20 profissionais de nível médio em enfermagem.
A população foi constituída por uma amostra de conveniência, caracterizada por todas as puérperas presentes no setor de maternidade do referido hospital, no período de dezembro de 2016 a junho de 2017, totalizando 69 pacientes, de acordo com os seguintes critérios de inclusão: primíparas, maiores de 18 anos, abordadas após o parto na fase de puerpério mediato. Os critérios de exclusão foram puérperas que sofreram aborto ou óbito fetal e que se demonstrassem fragilizadas emocionalmente, com acompanhamento psicológico.
Para obtenção dos dados, utilizou-se um questionário autoexplicativo, adaptado pelas pesquisadoras, com devida autorização dos autores do estudo original,13 composto por três etapas distintas. A primeira abordou a caracterização sociodemográfica das puérperas, contendo quatro questões sobre idade, escolaridade, estado civil e vínculo empregatício. A segunda caracterizou o processo de orientação recebido pelas puérperas na maternidade, contendo sete questões que abrangeram o local de realização das orientações; o profissional responsável pela orientação; a consideração da importância das orientações para o sucesso do processo de amamentar na percepção da puérpera; a realização de orientação durante a internação no ambiente hospitalar; o nível de segurança para amamentar e a satisfação com o processo de orientação.
Já a terceira etapa, identificou o conhecimento das puérperas sobre a amamentação após as orientações recebidas, verificando a compreensão e retenção de conhecimento cognitivo por meio de nove questões que abordavam o momento ideal para a primeira mamada; posição correta para amamentar; a percepção da amamentação correta; a pega correta; crenças; tempo correto de mamada; momento ideal para trocar o peito durante a mamada; conhecimento sobre aleitamento exclusivo e idade ideal para o término do aleitamento exclusivo. Os instrumentos foram entregues às puérperas para serem preenchidos na presença do pesquisador, porém sem interferência deste, evitando viés no preenchimento.
Os dados foram inseridos em uma planilha eletrônica do programa Excel® para Windows®, validados por dupla digitação e exportados para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 19.0, para Windows®, para processamento e análise. As variáveis foram analisadas segundo estatística descritiva por meio da distribuição de frequência absoluta e porcentual. Este estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos sob a Resolução 466/12 para apreciação e aprovado sob protocolo 58913816.4.0000.5145. As participantes foram consultadas quanto ao interesse e à disponibilidade, e preencheram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, sendo informados de todas as particularidades do estudo e garantido o caráter confidencial e voluntário da participação.
Resultados
Primeiramente, foi apresentada a caracterização sociodemográfica das participantes, como evidenciado na Tabela 1.
Tabela 1- Características sociodemográficas das puérperas presentes na maternidade de um hospital, Uberaba (MG), Brasil, 2017 (N=69)
Variáveis |
N |
% |
Faixa etária, anos |
|
|
18-20 |
23 |
33,4 |
21-25 |
31 |
44,9 |
26-30 |
10 |
14,5 |
31-35 |
5 |
7,2 |
Escolaridade |
|
|
Analfabeta |
0 |
0 |
Ensino Fundamental incompleto |
5 |
7,2 |
Ensino Fundamental completo |
3 |
4,3 |
Ensino Médio completo |
43 |
62,3 |
Ensino Médio incompleto |
14 |
20,3 |
Ensino Superior |
4 |
5,9 |
Estado civil |
|
|
Solteira |
17 |
24,6 |
Casada |
21 |
30,4 |
Amasiada |
31 |
45,0 |
Vínculo empregatício |
|
|
Trabalho com formação de nível médio |
35 |
50,8 |
Trabalho com formação de nível superior |
2 |
2,9 |
Do lar |
25 |
36,2 |
Desempregada |
4 |
5,8 |
Estudante |
3 |
4,3 |
A faixa etária prevalente foi de 21 a 25 anos (44,9%). Quanto à escolaridade, 62,3% completaram o ensino médio. Houve predomínio do estado civil amasiada, com 45,0%, e quanto ao vínculo empregatício, 50,8% informaram desempenhar um trabalho com formação de nível médio.
O processo de orientação sobre amamentação realizado na maternidade da perspectiva da puérpera foi demonstrado na Tabela 2, considerando para as questões de número 1 a 3 (N=69) (total de puérperas) e para as questões de 4 a 6 (N=41) (total de puérperas que foram orientadas durante a gestação).
Tabela 2- Caracterização do processo de orientação das puérperas, Uberaba (MG), Brasil, 2017
Variáveis ]] |
n |
% |
1.Você foi orientada sobre amamentação durante a gestação? |
|
|
Sim |
41 |
59,4 |
Não |
28 |
40,6 |
2. Onde foi realizada esta orientação? |
|
|
Nenhum local |
28 |
40,5 |
Unidade Básica de Saúde |
8 |
11,5 |
Centro de Atenção à Saúde da Mulher |
4 |
5,7 |
Hospital |
23 |
33,6 |
Amigos/família
|
6 |
8,7 |
3. Qual profissional realizou esta orientação? |
|
|
Amigos/família |
3 |
4,40 |
Médico |
14 |
20,2 |
Enfermeiro |
22 |
32,0 |
Outros |
2 |
2,8 |
Nenhum profissional |
28 |
40,6 |
4. Você considera que as orientações oferecidas foram suficientes para o seu entendimento?
|
|
|
Sim |
21 |
51,3 |
Não |
20 |
48,7 |
|
|
|
5. Você se sente segura para amamentar seu bebê por meio das orientações que obteve? |
|
|
Sim |
31 |
76,0 |
Não |
10 |
24,0 |
6. Você está satisfeita com as orientações sobre amamentação que recebeu? |
|
|
Sim
|
31 |
76,0 |
Não |
10 |
24,0 |
Do total de puérperas, 59,4% receberam orientação e, destas, a maioria (33,6%) durante a internação hospitalar e predominantemente pelo enfermeiro (32,0%). A maioria das mães (51,3%) considerou as orientações recebidas suficientes, 76,0% se sentem seguras e satisfeitas para amamentar seu bebê após as orientações recebidas.
Em seguida, a tabela 3 apresenta a caracterização do conhecimento da população estudada sobre o processo da amamentação.
Tabela 3- Caracterização do conhecimento da puérpera presentes na maternidade de um hospital do interior de Minas Gerais sobre a prática da amamentação, Uberaba (MG), Brasil, 2017 (N=69)
Variáveis |
N |
% |
Quando deve iniciar a primeira mamada? |
|
|
A hora do início não é importante |
1 |
1,4 |
Dentro da primeira hora de vida logo que a mãe e o bebê estejam prontos |
60 |
87,0 |
Quando o bebê sentir vontade |
8 |
11,6 |
Qual deve ser a posição do bebê em relação a mãe no momento da amamentação? |
|
|
Rosto do bebê de frente para a mama, com o nariz na altura do mamilo |
|
|
Sim |
36 |
52,2 |
Não |
33 |
47,8 |
Corpo do bebê próximo ao da mãe |
|
|
Sim |
36 |
52,2 |
Não |
33 |
47,8 |
Pescoço do bebê torcido |
|
|
Sim |
1 |
1,4 |
Não |
68 |
98,6 |
Bebê bem apoiado |
|
|
Sim |
36 |
52,2 |
Não |
33 |
47,8 |
Bebê com cabeça e tronco alinhados |
|
|
Sim |
43 |
62,3 |
Não |
26 |
37,7 |
Você sabe identificar se seu bebê está mamando corretamente? |
|
|
Sim |
51 |
73,9 |
Não |
18 |
26,1 |
Afirmações corretas em relação aos sinais de pega |
|
|
A boca do bebê está bem aberta |
|
|
Sim |
49 |
71 |
Não |
20 |
29 |
O bebê abocanha somente o mamilo |
|
|
Sim |
10 |
14,5 |
Não |
59 |
85,5 |
O queixo do bebê toca a mama |
|
|
Sim |
30 |
30,4 |
Não |
48 |
69,6 |
O lábio inferior fica virado para fora |
|
|
Sim |
34 |
49,3 |
Não |
35 |
50,7 |
A mãe do bebê sente dor durante a mamada |
|
|
Sim |
5 |
7,2 |
Não |
64 |
92,8 |
Faz barulho durante a mamada |
|
|
Sim |
15 |
21,7 |
Não |
54 |
78,3 |
Uma mãe pode ter leite fraco |
|
|
Sim |
32 |
46,4 |
Não |
37 |
53,6 |
Qual o tempo correto de mamada |
|
|
Mama até não querer mais |
50 |
72,5 |
Mama 10 minutos em cada mama |
11 |
15,9 |
Deixo o bebê esvaziar os dois peitos |
4 |
5,8 |
A mamada termina quando eu quero parar |
2 |
2,9 |
Nulo |
2 |
2,9 |
Você deve oferecer o mesmo seio a cada mamada |
||
Sim |
3 |
4,3 |
Não |
66 |
95,7 |
Você sabe o que é aleitamento exclusivo |
||
Sim |
15 |
21,7 |
Não |
54 |
78,3 |
Qual a idade recomendada para o aleitamento exclusivo |
||
4 meses |
1 |
1,4 |
6 meses |
11 |
16 |
Até quando o bebê quiser |
2 |
2,9 |
Enquanto tiver leite |
1 |
1,4 |
Não sei |
54 |
78,3 |
O conhecimento das puérperas sobre amamentação revelou que a maioria das mães (87%) sabia o momento ideal da primeira mamada do bebê, 52,2% reconheceram como deve ser a posição correta para amamentar,73,9% sabiam identificar se a pega estava correta, 53,6% disseram que não existia leite fraco, 72,5% acreditavam que o tempo de mamada devia ser até o bebê não querer mais, 95,7% das puérperas destacaram que a mãe não devia oferecer o mesmo peito durante a mesma mamada e 78,3% não sabiam o que é aleitamento exclusivo.
Discussão
Uma parte considerável das participantes (44,9%), apresentou a primeira gestação entre 21 a 25 anos, corroborando a faixa etária em que as mulheres brasileiras engravidam em sua maioria.14 Mulheres que engravidam após os 21 anos, como evidenciado nesta pesquisa, desfrutam de maior maturidade psicológica e emocional, principalmente para o manejo da amamentação. Em contrapartida, puérperas adolescentes apresentam mais chance de introduzir outros líquidos durante a amamentação e abandonar este processo por inúmeras razões.15-16
Em relação ao nível de escolaridade da população, houve predomínio do ensino médio completo e ausência do analfabetismo entre as gestantes, o que interfere positivamente na recepção e na interpretação das orientações realizadas no setor de maternidade quanto à prática da amamentação.16-17 A baixa escolaridade propicia a absorção de ensinamentos populares e do senso comum, nem sempre adequado ao processo da amamentação, cultivados por ancestrais da puérpera e pela cultura familiar, os quais podem prejudicar a amamentação.16,18
A maior parte das puérperas neste estudo se considerou amasiada ou casada, apontando a figura e a presença do pai como possíveis apoios no processo da amamentação. Corroborando com esta premissa, pesquisas constataram que mães solteiras têm dificuldade de realizar a prática da amamentação de forma harmoniosa, pelo desgaste físico e emocional que enfrentam ao sentirem-se sozinhas neste processo.8,15
As puérperas relataram, em sua maioria, possuírem algum vínculo empregatício. Esta realidade corrobora com pesquisa realizado em Mamonas (MG), na qual 51,51% das mães trabalhavam fora.10 O maior fator para o desmame precoce é devido à volta ao trabalho pela mulher para assumir sua posição de administradora do lar, influenciando negativamente na amamentação.8
Caracterizar o processo de orientação sobre amamentação e o conhecimento das puérperas acerca da temática eram as pretensões principais e, neste contexto, foi revelado que, apesar de a maioria das puérperas ter sido orientada quanto a esta prática, 40,6% da população apontou ausência de qualquer orientação quanto a amamentação, expondo uma lacuna tanto na Atenção Primária de saúde, quanto no nível terciário.
Cabe evidenciar que a maioria das puérperas que se considerou orientada, recebeu informações e auxílio quanto a esta prática apenas no ambiente hospitalar, indicando que esta puérpera não obteve o preparo adequado para amamentar durante sua gestação. Para o alcance do sucesso na prática da amamentação, é considerado primordial o recebimento de informações e de treinamentos adequados e consistentes ainda no serviço primário, durante o pré-natal, de forma regular e prolongada.19
Durante o pré-natal, o profissional enfermeiro contribui para a construção de um processo eficaz de amamentação, tendo suas principais atribuições a educação, o aconselhamento, a orientação, o esclarecimento e o acompanhamento domiciliar, para formação de vínculo com a mãe, segurança do paciente e preparo adequado para amamentar antes que esta prática se inicie.1,8
A orientação e a educação são duas das principais funções da enfermagem, seja no âmbito domiciliar ou no hospitalar.9 A maioria das puérperas referiu ter sido orientadas pelo enfermeiro. Pesquisa realizada no interior de Minas Gerais com puérperas e enfermeiros demonstrou a dificuldade deste profissional em realizar sua competência de educador, estando isso relacionado à carga de trabalho ou a falta de conhecimento.20-21
Apesar do alto número de mães orientadas pelo profissional enfermeiro, 60,9% não receberam orientação desta categoria profissional, confirmando a lacuna nos dois níveis de atenção, primário e terciário de atendimento à saúde. A maioria das mães que se consideraram orientadas apontou que o conjunto de informações recebidas sobre amamentação foi suficiente para o sucesso da realização desta prática, porém é preciso salientar que 29% das mães julgaram as orientações recebidas insuficientes para sua compreensão, revelaram necessidade de atenção e adequação deste processo na atenção básica e hospitalar.22-23
Estudo experimental realizado em Fortaleza (CE) revelou que 100% das mães que receberam orientação quanto a amamentação durante a internação hospitalar mantiveram amamentação exclusiva por, pelo menos, 60 dias e se mostraram com maior auto eficácia para este processo, enquanto no grupo que não recebeu orientação apenas 41% mantiveram o aleitamento exclusivo.22-23 Revisão integrativa destacou a dificuldade, a incipiência e a ineficiência de abordagem dos profissionais de enfermagem quanto à gestantes e puérperas em relação à educação sobre a prática da amamentação, levando ao desmame precoce ou a lacunas na realização deste processo.9
A maior parte da população apontou ter recebido orientações sobre amamentação durante a internação, mas é relevante destacar que 43,5% das puérperas não foram orientadas no ambiente hospitalar sobre tal prática após o nascimento do bebê. Considera-se que a ausência de informações e treinamentos sobre a amamentação, propicia a busca de alternativas alimentares para a criança e dificulta a adesão a amamentação exclusiva, sendo responsabilidade tanto das unidades de saúde e Estratégias de Saúde da Família, quanto dos profissionais no ambiente hospitalar, orientar e educar para a amamentação.22
A maioria das puérperas, nesta pesquisa, considerou-se segura para promover a amamentação devido ao suporte de orientações que receberam no hospital, indicando a importância de dois pontos primordiais para a qualidade desta assistência: em primeiro lugar, a articulação entre serviços de saúde primários e secundários durante o acompanhamento de gestantes e puérperas; e, em segundo, a continuidade da educação sobre a prática da amamentação também no ambiente hospitalar.1,16 Há necessidade de acompanhamento das nutrizes no pré-natal e após o parto sendo que, geralmente, é ainda no ambiente hospitalar que se inicia a amamentação e que as primeiras dúvidas ocorrem, o que enfatiza a necessidade de profissionais enfermeiros preparados teórica e tecnicamente para este auxílio.14
Quanto ao conhecimento das puérperas sobre a prática da amamentação, a maioria sabia que o aleitamento deve iniciar-se na primeira hora de vida do recém-nascido, diminuindo a mortalidade neonatal, além de auxiliar na promoção, na proteção e no apoio ao aleitamento materno.18,24
Identificou-se uma importante lacuna acerca do conhecimento sobre o posicionamento do bebê para a promoção da amamentação. Quando as mães adotam a posição correta, aumentam as chances de o bebê conseguir mamar e diminuem as chances de ocorrerem lesões no seio da mãe, o que predispõe ao desmame precoce.2,11 Durante técnica correta para amamentar, que é a “pega correta”, o bebê deve realizar uma abertura ampla da boca, abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola; a língua eleva suas bordas laterais e a ponta; o queixo deve tocar a mama da mãe, formando uma concha; o lábio inferior deve estar virado para fora. Este conjunto de técnicas proporciona que o bebê mame de forma eficiente.1
Também foram identificadas lacunas quanto ao conhecimento sobre a pega correta do bebê para amamentação entre a mães, pois elas acreditam que o queixo do bebê não deve tocar a mama e que o lado inferior do bebê não deve ficar virado para fora. A posição correta ocorre da seguinte forma: a barriga do bebê voltada para o corpo da mãe; o bebê deve estar alinhado, com a cabeça e a coluna em linha reta, no mesmo eixo; a boca do bebê deve estar de frente para o bico do peito; a mãe deve apoiar com o braço e a mão o corpo e o “bumbum” do bebê; deve colocar a maior parte da aréola (área mais escura e arredondada do peito) dentro da boca; o queixo do bebê deve tocar o peito da mãe; a mãe não deve sentir dor.1
Ressalta-se que 46,4% das mães referem que elas podem ter um leite fraco. Este, segundo a literatura, é um dos principais motivos para a maioria das mães não manterem o aleitamento materno exclusivo, o que demonstra a importância do acompanhamento pelo enfermeiro quanto à prática da amamentação.1 O leite materno não é fraco; ele possui todos os nutrientes necessários para o recém-nascido de acordo com sua idade e suas necessidades.1,16
As mães do estudo referiram que o tempo correto de mamada do bebê deve ser até quando o beber não quiser mais, ou seja, “livre demanda”. Em contrapartida, estudo qualitativo realizado em hospital do interior de Minas Gerais apontou que mães e profissionais delimitavam um tempo para a mamada.21 O tempo de permanência durante cada mamada não deve ser fixado. Fatores como fome da criança, intervalo transcorrido desde a última mamada e volume de leite armazenado na mama podem influenciar no tempo de mamada. O mais importante é que a mãe dê tempo suficiente para esvaziar a mama.1 O esvaziamento das mamas é importante também para o ganho de peso do bebê, porque o bebê recebe o leite do final da mamada, que é rico em calorias, proporcionado o ganho de peso do recém-nascido.1
A maior parte das mães do estudo mencionou que não se deve oferecer o mesmo seio a cada mamada e sobre esta questão, cabe ressaltar que a criança deve mamar até o esvaziamento da mama, pois o leite presente no final da mamada traz maior índice de gordura e a sensação de saciedade ao bebê.18,24
A população relatou ter conhecimento sobre a definição de amamentação exclusiva, porém, quando questionada sobre o período que esta prática deve obedecer, a maioria não soube dizer. O aleitamento materno exclusivo é importante para a criança até os seis meses de vida, devido efeitos protetores. Pesquisa qualitativa realizada em um alojamento contínuo do Rio Grande do Sul demonstrou que as puérperas reconhecem a importância do aleitamento materno para o bebê o para a mãe, porém também confundem a idade correta do aleitamento materno exclusivo, corroborando com esta pesquisa.25
Identificou-se como limitação do estudo, o baixo número de puérperas primíparas internadas no período de coleta de dados. Neste âmbito, sugerem-se novas pesquisas, que abordem as orientações necessárias para a prática da amamentação e de que forma este processo deve ocorrer, da Atenção Primária até a Terciária de saúde.
Considerações finais
Este estudo revelou que a maioria das puérperas foram orientadas no ambiente hospitalar e consideraram-se seguras e satisfeitas, com as informações recebidas pelo profissional enfermeiro, porém foi considerável o número de mães que apontou a ausência de orientação quanto a amamentação durante a gestação, o que tem implicação direta com a saúde do binômio-mãe e filho.
O conhecimento das mães sobre a amamentação apontou lacunas importantes quanto ao o posicionamento ideal para amamentar, a pega correta do bebê, a existência de mitos como acreditar que o leite oferecido pela mãe durante a amamentação é fraco, e o tempo correto para a prática da amamentação exclusiva. Tais lacunas indicam a necessidade de articular os níveis primário e terciário de saúde durante o acompanhamento da mãe, em relação ao processo de orientação para amamentar, fortalecendo o acolhimento da gestante para esta prática ainda durante o pré-natal e estendendo este processo educativo para o ambiente hospitalar.
O enfermeiro, na maioria das vezes, foi o responsável pelas orientações sobre a amamentação, o que configura a importância de se apropriar de suas competências e habilidades educativas, configurando-se como uma de suas principais abordagens.
Referências
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Autor correspondente
Nome: Thuanne Cristina Souza E Aleixo
E-mail: thuannealeixo@hotmail.com
Endereço: Rua Engenheiro Djalma Sousa Borges, n° 638, Uberaba, Minas Gerais, Brasil
CEP: 38038-394
Contribuições de Autoria
1 – Thuanne Cristina Souza E Aleixo
Planejamento do projeto de pesquisa, obtenção, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
2 – Ellen Carla Carleto
Planejamento do projeto de pesquisa, obtenção dos dados e redação.
3 – Fabiana Cristina Pires
Planejamento do projeto de pesquisa, obtenção dos dados e redação.
3 – Juliana da Silva Garcia Nascimento
Planejamento do projeto de pesquisa, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
Como citar este artigo
Aleixo TCS, Carleto EC, Pires FC, Nascimento JSG. Conhecimento e análise do processo de orientação de puérperas acerca da amamentação. Rev. Enferm. UFSM. 2019 [Acesso em: Anos Mês Dia]; vol.9, e59: P1-19. DOI:https://doi.org/10.5902/2179769236423