Rev. Enferm. UFSM - REUFSM
Santa Maria, RS, v. 9, e49, p. 1-20, 2019
DOI: 10.5902/2179769234763
ISSN 2179-7692
Submissão: 13/09/2018 Aprovação: 05/07/2019 Publicação: 23/10/2019
Artigo Original
Enfermeiro intensivista: processo de formação profissional*
Intensivist nurse: process of professional qualification
Enfermera intensivista: proceso de formación profesional
Isis da Silva GalindoI
Silvana Silveira KempferII
Priscila Juceli RomanoskiIII
Daniele Delacanal LazzariIV
Paula BresolinV
Pollyana Plautz GorrisVI
I Enfermeira, Mestre em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
E-mail: isis.sgalindo@hotmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1226-3521
II Enfermeira. Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: silvana.kempfer@ufsc.br ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2950-9049
III Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.
E-mail: priscilaromanoski@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-4494-9897
IV Enfermeira. Doutora em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil. E-mail: danielelazza@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0003-1788-866X
V Enfermeira. Doutoranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.
E-mail: paulabresolin5@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0003-2698-854X
VI Enfermeira. Mestranda em Enfermagem pelo Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, Brasil.
E-mail: pollyanapgorris@gmail.com ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2312-436X
Resumo: Objetivo: conhecer o processo de formação profissional do enfermeiro para atuação no cuidado em terapia intensiva. Método: exploratório, descritivo e qualitativo, realizado com 20 enfermeiros com sua primeira experiência profissional em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), através de entrevista semiestruturada entre julho a setembro de 2017. Os resultados foram analisados na perspectiva de análise de conteúdo. Resultados: os resultados foram agrupados em duas categorias: a primeira abordou assuntos referentes ao processo formativo do intensivista que o fizeram aprimorar seus conhecimentos e sua prática; a segunda trata das decisões formativas tomadas pelos enfermeiros e suas repercussões na vida profissional dos mesmos. Considerações finais: a graduação é a construção do enfermeiro e acredita-se no aprofundamento do conhecimento para uma atuação de intensivista e obtenção do sucesso nesse ambiente complexo.
Descritores: Mercado de trabalho; Educação em enfermagem; Cuidados críticos; Internato e Residência.
Abstract: Objective: to know the process of professional qualification of nurses to work in intensive care. Method: exploratory, descriptive and qualitative, performed with 20 nurses having their first professional experience in Intensive Care Unit (ICU), through a semi structured interview, from July to September of 2017. The results were analyzed from a content analysis perspective. Results: the results were grouped into two categories: the first addressed subjects related to the formative process of the intensivist that made them improve their knowledge and practice; the second deals with the formative decisions taken by nurses and their repercussions on their professional life. Final considerations: graduation is the construction of the nurse and the deepening of the knowledge for the intensivist performance and the attainment of success in this complex environment are believed in.
Descriptors: Labor market; Nursing education; Critical care; Internship and Residence
Resumen: Objetivo: conocer el proceso de formación profesional de las enfermeras para trabajar con cuidados intensivos. Método: exploratorio, descriptivo y cualitativo, realizado con 20 enfermeras, en su primera experiencia profesional en una Unidad de Cuidados Intensivos (UCI), por medio de entrevista semiestructurada, entre julio y septiembre de 2017. Los resultados fueron analizados desde una perspectiva del Análisis de Contenido. Resultados: los resultados fueron clasificados en dos categorías: la primera trató de temas relacionados al proceso formativo del intensivista, lo que le contribuyó para mejorar su conocimiento y su práctica; la segunda trató sobre las decisiones formativas realizadas por las enfermeras y sus repercusiones en su vida profesional. Consideraciones finales: la graduación es el tiempo para la construcción de la enfermera y se cree en la ampliación del conocimiento para el desempeño intensivista y la obtención del éxito en ese entorno complejo.
Descriptores: Mercado laboral; Educación en enfermería; Cuidados críticos; Pasantía y Residencia
Introdução
A formação do enfermeiro modifica-se permanentemente desde a sua origem no Brasil. A atual referência para formação descrita pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN)1sugere um profissional generalista, humanista, crítico e reflexivo, qualificado para o exercício de Enfermagem, com base no rigor científico e intelectual, pautado em princípios éticos. As DCN são consideradas um marco no ensino da enfermagem, uma vez que estão envoltas comprometidas com todo um contexto histórico e social, trazendo flexibilização e mudanças significativas para a enfermagem.
Um aspecto importante contido nas DCN é a formação generalista que preconiza a ausência de ênfase em determinada área ou especialidade. Esta formação facilitaria a entrada no mercado de trabalho, uma vez que o enfermeiro pode acessar saberes de todas as áreas e especialidades durante sua formação. 2-3
A formação generalista é um facilitador em muitos aspectos para enfermagem, pois concede ao aluno uma noção do todo e um vislumbre de diferentes realidades. Contudo, por não se aprofundar em nenhum conhecimento específico, torna imperativa a necessidade do enfermeiro se especializar, para assim adquirir habilidades e competências que irão refletir diretamente na assistência prestada, promover a reflexão e modificação das ações, fortalecendo a profissão. 3
Nesse sentido, a pós-graduação tem surgido como forma de dar continuidade na busca pelo conhecimento e aprofundamento em uma ou mais especialidades, podendo ser dividida em dois tipos: lato sensu, que significa “em sentido amplo” e stricto sensu, que significa “em sentido restrito”. Ambas têm por objetivo qualificar o profissional já formado. Enquanto a pós-graduação stricto sensu (Mestrado e Doutorado) se encarrega de formar pesquisadores e docentes, a lato sensu trata de especializar os profissionais/trabalhadores, oferecendo uma grande contribuição para qualificação destes. 4
Os objetivos da pós-graduação lato sensu no Brasil foram definidos pela primeira vez, juntamente com os parâmetros para o seu funcionamento em 1966. Foram considerados cursos destinados ao treinamento de um ramo profissional ou científico proporcionando ao aluno domínio de certa e limitada área do saber ou da profissão, formando um profissional especializado. A pós-graduação pode auxiliar a preencher lacunas deixadas pela graduação e quando realizada em conjunto com a prática, torna-se um avanço para o profissional e para o serviço ao qual está inserido.
Desse modo, a pós-graduação lato sensu tem crescido muito nas últimas décadas, em razão do aumento expressivo do conhecimento científico em todas as áreas, o aumento dos cursos e a exigência do mercado de trabalho por profissionais mais qualificados. 5 Porém, pouco se fala na literatura acerca da pós-graduação lato sensu e os impactos por ela causados na vida dos profissionais e das instituições nas quais estão vinculados, trazendo a necessidade de mais estudos sobre a temática.
Os enfermeiros que pretendem ingressar no mercado de trabalho procuram formas de estar de acordo com as exigências das instituições empregadoras, e ao mesmo tempo aprimorar e aprofundar os conhecimentos da graduação. Em especial, os setores altamente especializados, os quais durante a graduação não é possível haver maior aprofundamento, devido à densidade de seus conteúdos, como é o caso da terapia intensiva. 6
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor de internação hospitalar que trata os pacientes em estado grave ou potencialmente grave com prognóstico viável pelo cuidado intensivo, grande parte desses pacientes apresenta instabilidade clínica, com o aumento no risco de morte. É necessário para sobrevida desses pacientes, um conjunto de recursos tecnológicos de alto custo e a presença ininterrupta de profissionais com a devida qualificação, voltada para o cuidado intensivo. 6
A formação generalista promove uma visualização mais abrangente das disciplinas de enfermagem, já o caminho para formação especializada seja do enfermeiro intensivista ou outra especialidade, são direcionados. A aquisição de conhecimentos é importante e podem vir de diferentes formas, mas a incorporação de competências e habilidades são movimentos particulares e individuais tendo cada um a sua trajetória acadêmica e profissional, mostrando que é importante aprofundar os estudos, fazer cursos, estágios, ter diferentes experiências e buscar a devida qualificação.
Logo, tem-se o seguinte questionamento: como se dá o processo de formação do enfermeiro para atuar em terapia intensiva?
Diante do exposto, esse estudo se justifica por trazer a trajetória profissional de enfermeiros de terapia intensiva, a fim de inspirar futuros profissionais que desejam tornar-se intensivistas e quais dessas alternativas, de acordo com os participantes da pesquisa, preparam o profissional inexperiente a ingressar na UTI com segurança, tanto para não gerar dano ao paciente e desenvolver competências, quanto para causar melhorias no processo de trabalho já presente.
Sendo assim, o objetivo do estudo foi conhecer o processo de formação profissional do enfermeiro para atuação no cuidado em terapia intensiva.
Método
Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, de abordagem qualitativa. Os participantes do estudo foram vinte enfermeiros. Os critérios de inclusão foram enfermeiros recém-graduados em enfermagem, sem pós-graduação, que tiveram seu primeiro emprego em uma UTI adulto. A busca pelos participantes foi realizada primeiramente junto à Coordenação do Curso de Enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Inicialmente a coordenação do curso concedeu os e-mails de sessenta e dois enfermeiros graduados pela universidade, sendo enviado convite a todos. Após a captação de alguns participantes que preencheram os critérios de inclusão, outros foram indicados por meio da técnica Snowball (bola de neve), chegando a um total de 93 convites enviados por correio eletrônico. Dentre o total de convites enviados, 35 enfermeiros retornaram o contato. Após análise, nove não correspondiam aos critérios de inclusão e seis não responderam à pesquisa e/ou não devolveram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) assinado dentro do prazo estipulado, restando um total de 20 participantes incluídos. A coleta de dados foi realizada no período de julho a setembro de 2017, por meio de entrevista não padronizada semiestruturada.
As entrevistas não padronizadas são entrevistas que podem ocorrer em ambientes virtuais, sendo uma entrevista não convencional, considerada semelhante a uma “conversa” informal entre pessoas iguais. Essa forma de se obter dados é considerada uma estratégia prática e inovadora, tendo importante vantagem nas pesquisas qualitativas, uma vez que permite a livre expressão dos participantes sem o constrangimento de se estar frente-a-frente com o entrevistador, além de permitir pesquisas com um grande número de pessoas, a fim de obter dados estatísticos ou pesquisas de opinião de pessoas em diferentes lugares, sem as limitações geográficas.7
Para a coleta de dados foi elaborado um instrumento com perguntas norteadoras abertas referentes à trajetória profissional e acadêmica e experiências vivenciadas no cotidiano da UTI. As perguntas norteadoras foram: “Como você descreveria a sua formação universitária?” “Como se deu a sua escolha pela Terapia Intensiva?” “Quais foram as principais dificuldades que você encontrou ao iniciar suas atividades na UTI?” “Quais caminhos você considera importante para o enfermeiro (a) que deseja iniciar a carreira na UTI?”
O instrumento foi disponibilizado aos participantes por meio da plataforma online Google® Formulário, uma ferramenta muito versátil para coleta de dados por permitir que toda a entrevista seja realizada em ambiente virtual. Após a leitura de todas as respostas, foi possível retomar e aprofundar algumas respostas dos participantes, realizar discussões e esclarecer possíveis dúvidas.8
A análise dos dados foi realizada por meio da análise de conteúdo de acordo com a proposta de Bardin (2011)8 a partir da pré-análise, exploração do material e tratamento dos resultados com a inferência e a interpretação. O tratamento e organização dos dados, assim como a categorização foi por meio do software Ethnograph® 6.0. Foram identificados no primeiro processo 197 códigos, provenientes das respostas dos participantes. Em seguida, a organização e reunião dos códigos por semelhança, sendo agrupados em categorias de base permitindo sintetizar os dados em 45 subcategorias, que foram novamente agrupadas em outras 26 e após a reorganização obteve-se um total de sete categorias, agrupadas em dois temas: 1) influência da formação acadêmica para no desenvolvimento pessoal e profissional do egresso em enfermagem que, possivelmente, contribuiu para sua atuação em UTI e 2) aprendizagem ao longo da vida como caminho e possibilidade para melhorar a prática e obter a satisfação profissional em UTI.
Essa pesquisa seguiu as exigências legais e éticas em pesquisa envolvendo seres humanos, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, sendo aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul do Brasil, sob o parecer nº 2.064.387, aprovado na data de 15 de maio de 2017. Para preservar o anonimato dos participantes, foi utilizado o sistema alfanumérico para identificação de suas falas (E01 a E20).
Resultados e discussão
Quanto à caracterização, 15 participantes eram do sexo feminino. Em relação às idades nove tinham de 25 a 30 anos; sete tinham de 32 a 35 anos; quatro tinham entre 36 a 39 anos de idade. Sobre o tempo de experiência em UTI, cinco informaram ter mais de 10 anos de experiência; enquanto quatro tinham entre cinco a oito anos; quatro entre quatro a cinco anos, cinco tinham entre dois a três anos, um tinha um ano de experiência e um tinha menos de um ano de experiência profissional. Acerca dos Estados onde residem os participantes, oito são de Santa Catarina; cinco são do Rio de Janeiro; três são do Amazonas, dois são do Rio Grande do Sul, um do Paraná e um de São Paulo.
Influência da formação acadêmica para o desenvolvimento profissional do egresso em enfermagem para atuar em UTI
Os participantes expressaram diferentes caminhos para a atuação eficaz na UTI, dentre eles, a influência da formação na graduação e pós-graduação. Mencionaram ainda, mecanismos individuais de enfrentamento das dificuldades como necessários a sua atuação.
Os conteúdos e práticas de estágio apresentados durante a graduação, em muitos casos, são as únicas experiências que os egressos do curso de enfermagem têm antes de ingressar na prática profissional. Determinados conteúdos vão além das técnicas e procedimentos, que os auxiliam no crescimento pessoal, tomada de decisão, no gerenciamento da equipe e no cuidado ao paciente de forma humanizada e ética. O processo de formação se configura nas oportunidades que os estudantes têm em extrapolar os conteúdos teóricos sobre aspectos fisiológicos e técnicos para a formação acadêmica do profissional, a qual inclui reconhecer o outro e reconhecer-se no processo de ensino-aprendizagem.
Eu aprendi na graduação o respeito pela vida do paciente e estender este respeito aos seus familiares, onde aprendi que até podemos "perder" para a doença, porém, o nosso cuidado é perene. (E3)
Além da teoria, o que mais ajudou foi a prática nos estágios onde aprendi que o ser humano é frágil, vulnerável. Que a atenção deve estar voltada ao doente. (E14)
A graduação trouxe conhecimentos teóricos que eu não tinha. O método de ensino era tradicional, não ensinava a pensar e a relacionar a teoria com a prática, mas me deu conhecimentos básicos teóricos para que fundamentasse a minha prática profissional na UTI. Embora, tenha sido muito pouco perto do que precisei estudar posteriormente. (E17)
Acredito que toda a matéria tenha importância. Mas, aprender sobre as doenças dos pacientes já te traz uma familiaridade e tranquilidade para começar. Saber dos casos graves que podem ocorrer na UTI como um Edema Agudo de Pulmão e uma parada cardiorrespiratória e como o enfermeiro deve atuar; por mais que você não saiba na prática, ter uma boa teoria ajuda a se desenvolver melhor. (E7)
Na graduação, as tendências das atividades teórico-práticas e estágios são ofertar, isoladamente, aprendizado baseado exclusivamente em técnicas e procedimentos, mantendo a cisão entre teoria e prática. Isto ocasiona, por vezes, dificuldades para a realização do raciocínio clínico nos estudantes, uma vez que eles próprios acabam por ter problemas em associar o procedimento técnico com sua fundamentação científica.9
Para muitos dos participantes, os conteúdos considerados importantes durante a formação são aqueles que os auxiliaram a desenvolver competências, diminuir suas inseguranças e tomar decisões. As DCN orientam para formação generalista, em que os conhecimentos a serem solidificados sejam sobre a coletividade, as relações humanas, dinamismo, e a capacidade de trabalhar em equipe multidisciplinar, que possam promover ações de prevenção e promoção à saúde, onde quer que atuem. Essas especificações constam nas DCN de enfermagem como competências e habilidades gerais a serem adquiridas pelos egressos dos cursos da área da saúde necessárias para o desenvolvimento do profissional: atenção à saúde, tomada de decisão, comunicação, liderança, administração, gerenciamento e educação permanente. 1
Os conteúdos técnicos e os voltados ao tratamento das doenças são os mais importantes, demonstrando o apego para com o ensino tecnicista e curativista. As disciplinas de cuidados aos pacientes críticos despertam o interesse e o fascínio dos alunos, pois é nesse período que irão deparar-se com os casos mais complexos, em que será preciso resgatar conhecimentos de fases anteriores da formação para trabalhar seu raciocínio clínico e responder aos questionamentos acerca da melhor abordagem terapêutica. Além disso, essas disciplinas, na maioria das instituições, associam o ensino teórico com a prática dos estágios, o que facilita a compreensão do que é ensinado.
Os conteúdos que achei mais importantes aprender foram noções sobre ventilação mecânica, drogas vasoativas, fisiologia e cuidado com o paciente. (E11)
Todo conteúdo básico de fundamentos em enfermagem, relacionamento enfermeiro-paciente, as experiências em diversas especialidades, manuseio de feridas e curativos, atendimento de urgência e emergência, noções de transporte de paciente e conhecimento em doenças infecciosas. (E16)
[...] percebi que noções bem fundamentadas de disciplinas já ministradas nos períodos anteriores (anatomia, fisiologia, semiologia e saúde do adulto) eram imprescindíveis para um olhar crítico dentro da terapia intensiva. (E5)
A Unidade de Terapia Intensiva é o local onde é realizado o cuidado intensivo a pacientes em estado crítico e esta unidade conta com monitorização constante e uma equipe multidisciplinar especializada com tecnologia adequada para a manutenção da vida com qualidade. Esta unidade desperta certa ansiedade e medo por parte dos discentes da graduação, principalmente, quando se dá o início aos estágios, se contrapondo ao medo vêm um sentimento de curiosidade e desejo pela busca do conhecimento.10
As falas expressam a visão tecnicista e curativista baseada na formação inicial do enfermeiro, que sente a necessidade de uma vivência em unidades especializadas, já que tem em mente a busca por aprimorar o raciocínio clínico, por meio de cursos e especializações.11 Esse é um desafio na formação do enfermeiro e, ao mesmo tempo em que a formação generalista é importante, é necessário considerar as questões dos avanços em todas as áreas do conhecimento e as crescentes exigências por profissionais mais capacitados para o mundo do trabalho.2
Nesse sentido, o ensino das especialidades durante a graduação não deve ganhar destaque na formação do enfermeiro. Contudo se essa é uma máxima no ensino da enfermagem, os enfermeiros recém-formados não poderiam exercer suas atividades em locais de especialidades sem o devido preparo, ou refletir se o perfil descrito pelas DCN conseguirá acompanhar os progressos e a complexidade das demandas da saúde. Uma dentre muitas formas de tornar-se um bom enfermeiro na UTI, citadas pelos participantes é a busca por aprimoramento, a fim de obter a realização pessoal, aceitação e respeito dos colegas e para tornar-se um profissional melhor, mais qualificado que reflete sobre sua prática e busca melhorar o cuidado prestado.
A pós-graduação lato sensu, qualifica o profissional e aprofunda os conhecimentos em determinadas áreas do saber. Na enfermagem, o mercado de trabalho vem crescendo e se desenvolvendo, atualmente com alta oferta de cursos de graduação em enfermagem, o que o torna altamente competitivo, exigindo do profissional mais qualificação.12
No caso da UTI, para os profissionais recém-formados com pouca experiência e com conhecimentos restritos acerca dos equipamentos e procedimentos, a especialização pode ter um valor relevante e ser um facilitador da aquisição desses saberes e significação dos conteúdos já adquiridos na formação.
A especialização é essencial. Somente o conteúdo disponibilizado no curso de graduação em enfermagem não é suficiente para o enfermeiro começar a trabalhar direto e assumir responsabilidades nesse setor saindo direto da faculdade. O treinamento intensivo de, no mínimo seis meses, e muita dedicação aos estudos são necessárias para fazer um profissional com capacidade adequada para iniciar nesse setor. Ainda assim, outros cursos são necessários e a formação continuada é fundamental. (E16)
Ter um bom fundamento advindo da graduação e buscar uma base mais concreta de conhecimento após a academia, mediante curso de pós-graduação e outros que complementem seu trabalho na UTI. (E5)
Fazer uma especialização e atuar na UTI. Estudar enquanto trabalha. Associar a teoria com a prática. Refletir sobre o cuidado na prática e sobre a prática. Interagir com a equipe. Discutir casos com a equipe da UTI (enfermagem e médicos). Trabalhar em equipe. Atualizar-se e estudar sempre. (E17)
Realizar pós-graduação em UTI, já que os conhecimentos oferecidos na graduação não são focados nos assuntos da UTI, fazendo a pós é possível aprender especificamente dos processos, procedimentos e intercorrências, além de estudar muito e estar sempre se atualizando. (E4)
Sobre a fala acima, muitos veem a pós-graduação como uma forma de se aprofundar em conhecimentos que são passados de forma rápida na graduação. Essa visão se deve ao fato de que a especialização tem crescido e se ampliado significativamente, a fim de formar profissionais mais preparados. Seu principal objetivo é atender a uma demanda especifica do mercado de trabalho, expandindo conhecimentos necessários para o perfil técnico-científico do enfermeiro nas áreas da enfermagem.11
Os participantes se dividem com suas opiniões acerca das melhores formas de atender as demandas de uma UTI e as falas divergem quando dizem que “a pós-graduação é essencial”, ou quando dizem que as competências necessárias surgem com o tempo e com as experiências, porém o fazer sem a ciência do sentido faz do enfermeiro um executor de tarefas e técnicas, sem consciência científica de suas ações, somente aprendem a fazer sem refletir no processo. Repetir atividades diárias leva a aquisição de experiência necessárias, na direção do alcance da qualidade.13
Portanto, é um desafio aliar tantas demandas do saber em um curso de especialização, sendo interessante a proposta dos programas de residência, que se constituem em educação permanente. Os programas de residência em enfermagem foram estruturados de acordo com a Resolução do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN) nº 459/2014, para desenvolver competências técnico-científica e ética, decorrentes do treinamento em serviço.14
Portanto, a residência surge como proposta educativa interessante capaz de preencher possíveis lacunas e preparar o enfermeiro, uma vez que a residência possibilita a prática assistencial e gerencial junto aos serviços de saúde, dando um acesso ao enfermeiro que, na maioria dos casos é recém-formado, à realidade do processo de trabalho tendo o apoio de profissionais do próprio serviço e docentes. Na residência, os profissionais recebem preparo técnico e científico, que lhes dá segurança para se desenvolver, se integram à equipe, e se sensibilizam frente à necessidade de estudo constante, 17como demonstra a fala a seguir:
fazer uma pós-graduação onde tenha estágio em UTI, preferencialmente, uma residência em terapia intensiva, logo após sua graduação, porque a que eu fiz não teve, foi apenas uma visita de cinco minutos só para saber como era uma UTI. Se puder fazer uns plantões voluntários para saber se realmente é aquilo que quer, como também não deixar de se atualizar. (E3)
Essa fala mostra que realizar uma pós-graduação não é a solução para se tornar um bom enfermeiro intensivista e para isso, é necessário conhecer a realidade, estudar, se atualizar e ter a prática.
Estudo realizado com residentes de enfermagem em uma Universidade do Sul do Brasil demonstrou as contribuições da residência para os enfermeiros, sendo elas: obter visão crítica; ser agente transformador; atuar em equipe; usar o processo Enfermagem; atuar na gerência, na assistência, no ensino, na comunidade; desenvolver pesquisa; participar de entidades de classe; investir na educação continuada; aprender por iniciativa própria; atuar com ética. A residência incentiva a busca de novos conhecimentos e da continuidade dos estudos, o que leva os egressos a buscarem outras especializações, outros cursos, como mestrado e doutorado.16
Aprendizagem ao longo da vida como caminho e possibilidade para melhorar a prática e obter a satisfação profissional em UTI
A UTI é um dos ambientes hospitalares mais difíceis e traumatizantes, tanto para pacientes quanto para os trabalhadores.16 As pessoas têm diferentes maneiras de lidar com as dificuldades encontradas nesse ambiente. Para uns, é adquirir conhecimentos e aprender mais, para outros, é necessário adquirir habilidades relacionais e sociais, ser sensível ao sofrimento do outro, pacientes ou membros da equipe e conseguir trabalhar diante dos desafios diários.
Para ser um bom enfermeiro da UTI, é preciso primeiro estudar muito, porque a equipe e o paciente precisam diretamente do enfermeiro, segundo ser um exemplo e saber conduzir sua equipe porque a qualidade da assistência depende de como o enfermeiro atua no plantão, e por último ter respeito pela equipe e saber que todos estão lá para fazer seu melhor em prol daquele que não pode fazê-lo. (E1)
Estudar muito e demonstrar conhecimento científico parecem ser um facilitador para adquirir o respeito e a admiração dos colegas, além de auxiliar no desenvolvimento profissional. Essas são atitudes diferenciais de um intensivista, descrita pelos participantes. Nesse sentido a Prática Baseada em Evidências (PBE) pode ser um fator determinante ao alcance da excelência na assistência de enfermagem prestada nas UTIs e alcançar o perfil do enfermeiro intensivista descrito pelos participantes.17
A PBE traz benefícios ao trabalho do enfermeiro, uma vez que busca o alcance dos melhores resultados na realização do cuidado, o que dá credibilidade e visibilidade à profissão. Para os participantes, o enfermeiro intensivista precisa ser um profissional que busca conhecimentos constantemente e que baseia sua prática em dados científicos e os usa para direcionar suas decisões, fazendo com que o cuidado pautado em conhecimentos empíricos seja substituído pelo cuidado com base em evidências científicas.18
É muito discrepante a teoria da prática no que concerne às relações interpessoais. Por isso, é preciso buscar compreender essa realidade, compreender formas de lidar com os desafios do dia a dia do ser enfermeiro em uma unidade de terapia intensiva. [...] faz a diferença e nos prepara melhor para a carreira na UTI. (E8)
Além da teoria, o que mais ajudou foi a prática nos estágios, as disciplinas de fisiologia, terapia intensiva e a mais complexa para algumas pessoas que é o relacionamento interpessoal. (E9)
Desenvolver competências relacionais foi uma questão muito referida pelos participantes da pesquisa para o sucesso do trabalho do enfermeiro intensivista. Eles apontam essa como uma das maiores dificuldades durante a realização de seu trabalho na UTI. Além disso, é essencial que o enfermeiro reconheça a importância de lidar e interagir com o outro e se relacionar, já que isso pode causar uma interferência significativa no cuidado oferecido ao paciente, devido a desmotivação causada pelas relações mal resolvidas no ambiente de trabalho.19-20
Inserir-se na realidade da UTI antes de terminar a formação, parece facilitar a compreensão e a familiarização na área.
A dedicação e o aperfeiçoamento, respeito aos profissionais que já atuam na área, formação continuada e permanente. Durante a graduação, buscar estágios ou visitas nos locais de interesse para ter maior conhecimento do processo de trabalho e certeza do local que pretende trabalhar. Isso serve não só para UTI como para todas as áreas. (E20)
Nesse contexto, a dedicação dos enfermeiros enquanto estudantes é um diferencial na qualidade da sua formação, não atribuindo todas as responsabilidades às instituições de ensino superior (IES). Os participantes reconhecem essa responsabilidade e entendem que o ensino vai além da sala de aula e é dever do aluno buscar mais conhecimentos, experiências, estágios voluntários e aproveitar todos os benefícios que a Universidade oferece.
Portanto, o estágio voluntário, como referido pelos participantes, pode ser uma alternativa para proporcionar maior vivência do acadêmico na prática assistencial e ainda permitir que ele esteja sob supervisão do enfermeiro responsável pela unidade, possibilitando a realização de alguns procedimentos técnicos, os quais nem sempre são possíveis de serem executados durante os estágios nos campos disponibilizados pela Universidade21.
Este é um obstáculo por parte dos docentes para o ensino da enfermagem em cuidados intensivos os quais, necessitam auxiliar os alunos a desenvolverem competências e raciocínio clínico e que se esforçam para expor, o máximo, essa realidade complexa, fazendo sempre uma articulação com o que já foi ensinado. O cenário de uma UTI geralmente é um ambiente com intenso ritmo de trabalho, e alguns pacientes estão tão instáveis que fica difícil para o aluno realizar e acompanhar o cuidado, o que pode por não favorecer o ensino nessa realidade de uma forma global.
Além disso, a carga horária de estágio nem sempre parece ser suficiente, o que pode dificulta o desenvolvimento de estratégias pedagógicas, assim como a falta de preparo por parte dos funcionários do setor para lidar com os alunos. Os participantes mencionam a carga horária reduzida de estágios, corroborando com um estudo que diz que a “[...] carga horária reduzida (estágios muito rápidos); locais de estágio (muitas Unidades Básicas de Saúde e pouca vivência no hospital) e falta de conhecimento em bloco cirúrgico e quimioterapia”, é comum na formação em enfermagem.2
Nem sempre é possível para o professor, ter o controle sobre quais situações pode expor os alunos e quais pacientes são os mais adequados para lotá-los.22 Na UTI, o estado de saúde do paciente pode se alterar rapidamente e, dessa forma, ser necessária intervenção rápida, sem conhecer o desfecho clínico ou o resultado dessa situação e como o aluno responderá a isso.
Os períodos de atividades práticas são considerados pelos alunos os momentos mais significativos de sua formação, pois é onde tem a oportunidade de praticar tudo o que aprenderam e ter, de fato, uma proximidade com a realidade assistencial. Esses momentos são de suma importância para o aluno, uma vez que o aluno vislumbra sua atuação profissional, possibilitando seu desenvolvimento e considerando os estigmas que contribuem para o medo, como densidade tecnológica e a gravidade dos pacientes no contexto da UTI.23
Conclusão
O objetivo desse estudo foi conhecer o processo de formação profissional do enfermeiro para atuação no cuidado em terapia intensiva, sendo possível entender as dificuldades enfrentadas por profissionais recém-formados em um ambiente novo e especializado, ainda tendo que lidar com dúvidas e inseguranças geradas pela inexperiência. Os resultados alcançados por este estudo revelam algumas das competências e habilidades necessárias a uma boa inserção, permanência e atuação na UTI. Ainda trazem as experiências de enfermeiros que já passaram por esse processo e perceberam as implicações de estarem iniciando em uma unidade de cuidado a pacientes críticos sem o devido preparo.
Os resultados apontam que os alunos devem buscar conhecer a UTI durante a graduação e a realidade complexa que inclui e as relações com os profissionais, paciente crítico e família. A procura por estágios voluntários proporciona uma maior aproximação nesse ambiente, já que os estágios obrigatórios podem ser prejudicados pela carga horária reduzida, ou devido ao número grande de alunos, grade curricular ou ausência de campos para a prática de estágios. Também a busca por conhecimento científico para embasar suas ações, sendo a PBE uma excelente estratégia para direcionar a conduta do profissional e trazer reconhecimento e credibilidade à profissão.
Além disso, a especialização como forma de ampliar e aprofundar os saberes advindos da graduação e adquirir novos, trazendo também a residência em enfermagem como forma de inserção mais densa no ambiente/realidade da UTI. Nesse sentido, o crescente aumento de vagas na área da enfermagem em UTI faz com que muitas instituições hospitalares contratem o enfermeiro recém-formado, ou até mesmo na aprovação de um concurso, o recém-formado pode ser lotado na UTI, porém é necessário que esse profissional receba uma capacitação mínima, além do acompanhamento por um profissional mais experiente de forma contínua, para que não se sinta inseguro e tenha que lidar com situações estressantes e inéditas sem o devido apoio.
Este estudo apresenta como contribuição o conhecimento da realidade da UTI para o recém-formado que ingressa neste setor, e quais qualificações oferecem maior apoio no trabalho a ser realizado no ambiente de cuidados intensivos. Contudo, a graduação oferece as bases necessárias ao cumprimento da profissão, tornando indispensável à aprendizagem ao longo da vida desse enfermeiro generalista.
Como limitação do estudo, aponta-se o fato da pesquisa não ter a proposta de investigar a formação dos sujeitos quanto aos aspectos curriculares, características das instituições formativas ou desempenho pessoal, fatores esses que podem exercer influência no desempenho desse profissional em sua primeira experiência na UTI.
Referências
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Autor correspondente
Isis da Silva Galindo
E-mail: Isis.sgalindo@hotmail.com
Endereço: Centro de Ciências da Saúde - CCS
Campus Universitário - Trindade -Florianópolis - Santa Catarina – Brasil.
CEP: 88040-900
Contribuições de Autoria
1 – Isis da Silva Galindo
Autora da dissertação que deu origem ao artigo, idealizadora da pesquisa, coleta, análise e interpretação dos dados e redação.
2 – Silvana Silveira Kempfer
Orientadora da dissertação que deu origem ao artigo, planejamento, concepção e revisão crítica.
3 – Priscila Juceli Romanoski
Auxiliou na busca nas bases de dados para embasar os achados, auxilio na análise e interpretação dos dados.
4- Daniele Delacanal Lazzari
Contribuiu como co-orientadora da dissertação, na interpretação dos dados e confecção da pesquisa
5- Paula Bresolin
Auxiliou na confecção do artigo, busca nas bases para atualização das referências, correções e submissão do artigo
6- Pollyana Plautz Gorris
Contribuiu na confecção do artigo, revisão de português e referências bibliográficas
Como citar este artigo
Galindo IS, Kempfer SS, Romanoski PJ, Lazzari DD, Bresolin, P, Gorris PP. Enfermeiro intensivista: processo de formação profissional. UFSM. 2019 [Acesso em: 2019 jun 15];vol 9 e49:1-17. DOI:https://doi.org/10.5902/2179769234763