Rev. Enferm. UFSM - REUFSM
Santa Maria, RS, v. 9, e6, p. 1-21, 2019
DOI: 10.5902/2179769229569
ISSN 2179-7692
Submissão: 16/10/2017 Aprovação: 19/11/2018 Publicação: 16/07/2019
Artigo Original
Níveis de barreiras e de facilitadores de fatores ambientais relacionados à saúde: avaliação de agricultores
Levels of barriers and facilitators of health related environmental factors: farmers evaluation
Niveles de trabes y facilidades de factores ambientales relacionados a la salud: evaluación de agricultores
Diéssica Roggia PiexakI
Daiane Porto Gautério-AbreuII
Mara Regina Santos da SilvaIII
Valdecir Zavarese da CostaIV
Aline Cristina Calçada de OliveiraV
Marta Regina Cezar-VazVI
Resumo: Objetivo: analisar como os agricultores avaliam os níveis de barreiras e de facilitadores de fatores ambientais relacionados à saúde para o desempenho de suas atividades e participação. Método: estudo quantitativo transversal, realizado com 255 agricultores de dois ambientes rurais por meio de um instrumento baseado na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Realizou-se análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: quanto aos serviços de saúde, os trabalhadores do ambiente I evidenciaram maiores níveis de facilitadores do que barreiras. O apoio e as atitudes individuais de profissionais de saúde foram avaliados como: facilitadores consideráveis para os agricultores do ambiente I; moderados para os do II; e, como nenhuma barreira para o desempenho das atividades e participação nos dois ambientes. Conclusão: a percepção dos agricultores em relação a barreiras e facilitadores dos serviços de saúde perpassa: pela localização geográfica da unidade de ESF, pela questão do vínculo, pelas alterações decorrentes do processo de envelhecimento que podem diminuir o desempenho no trabalho e ocasionar uma busca maior na procura aos serviços.
Descritores: Saúde do trabalhador; População rural; Classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde; Enfermagem
Abstract: Aim: to analyse how farmers evaluate levels of the barriers and facilitators of health related environmental factors for the performance of their activities and participation. Method: a cross-sectional quantitative study carried out with 255 farmers from two rural environments using an instrument based on the International Classification of Functioning, Disability and Health. A descriptive and inferential statistical analysis was performed. Results: regarding health services, workers from environment I showed higher levels of facilitators than barriers. The support and individual attitudes of health professionals have been evaluated as: considerable facilitators for environment I farmers; moderate to II; and, as no barrier to the performance of activities and participation in both environments. Conclusion: farmers' perceptions regarding barriers and facilitators of health services are due to: the geographic location of the FHS unit, the link issue, the changes resulting from the aging process, which may decrease performance at work and cause a service search.
Descriptors: Occupational health; Rural population; International classification of functioning, disability and health; Nursing
Resumen: Objetivo: analizar como los agricultores evalúan los niveles de trabes y de facilidades en factores ambientales relacionados a la salud para el desempeño de sus actividades y participación. Método: estudio cuantitativo transversal, realizado con 255 agricultores de dos ambientes rurales, por medio de un instrumento basado en la Clasificación Internacional de Funcionalidad, Incapacidad y Salud. Se realizó análisis estadístico descriptivo e inferencial. Resultados: con relación a los servicios de salud, los trabajadores del ambiente I evidenciaron mayores niveles de facilidades que de trabes. El apoyo y las actitudes individuales de los profesionales de la salud se evaluaron como: facilidades considerables para los agricultores del ambiente I; moderados para los del II; y, con ninguno trabe para el desempeño de las actividades y participación en los dos ambientes. Conclusión: la percepción de los agricultores con relación a los trabes y facilidades de los servicios de salud pasa: por la ubicación geográfica de la unidad de ESF, por la cuestión del vínculo, por los cambios resultantes del proceso de envejecimiento, que pueden disminuir el desempeño en el trabajo y resultar en una búsqueda mayor a los servicios de salud.
Descriptores: Salud Laboral; Población rural; Clasificación internacional del funcionamiento, de la discapacidad y de la salud; Enfermería
Introdução
No Brasil, a população de agricultores é de 19 milhões.1 Tal fato exige uma maior atenção das políticas governamentais para os agricultores, de forma a atender as suas necessidades de saúde de acordo com o ambiente em que estão inseridos. Para tanto, um dos objetivos da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora diz respeito à garantia de ações de saúde do trabalhador em todas as instâncias e pontos da Rede de Atenção à Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).2
Os agricultores desenvolvem o trabalho sobre diferentes condições climáticas, com uma rotina intensa de trabalho e uma variedade de tarefas que podem ocasionar desgastes físicos e, consequentemente, a diminuição da funcionalidade.3-4 Nessa perspectiva, destaca-se a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) como um instrumento para o trabalho dos enfermeiros no cuidado dos agricultores, pois possibilita identificar barreiras e facilitadores no desempenho dos mesmos. As barreiras limitam a funcionalidade e provocam incapacidade e os facilitadores melhoram a funcionalidade e reduzem a incapacidade de uma pessoa.5
Conforme a CIF, a funcionalidade engloba todas as funções do corpo, atividades e participação e, é priorizada como componente da saúde, considerando o ambiente como uma barreira ou como um facilitador para o desempenho. Atividade pode ser definida com a execução de uma tarefa ou ação por uma pessoa, enquanto que a participação é o envolvimento dessa pessoa numa situação da vida. O ambiente é compreendido como o ambiente habitual da pessoa, incluindo o contexto social, o qual considera os fatores ambientais – aspectos do mundo físico, social e atitudinal.5
A CIF classifica os serviços de saúde, apoio e atitudes individuais de profissionais de saúde como fatores ambientais. Esses constituem o ambiente físico (espaços como o domicílio e o local de trabalho) e social (estruturas sociais formais e informais, serviços e regras de conduta ou sistemas na comunidade ou cultura) em que as pessoas vivem e conduzem a sua vida e podem ser considerados como barreiras ou como facilitadores para o desempenho de atividades e participação.5
Estudos evidenciam muitos esforços na área da saúde do trabalhador para prevenir a incapacidade e sustentar a capacidade para o trabalho. Na área da saúde do trabalhador, a reabilitação profissional aparece como o ponto principal do processo para promover saúde.6-7 A utilização da CIF permite obter dados mais específicos da funcionalidade em relação ao ambiente de trabalho e ao desempenho das atividades relacionadas a ele.8
Nessa perspectiva, visualiza-se a CIF como um importante instrumento de trabalho para os enfermeiros avaliarem níveis de barreiras e de facilitadores de fatores ambientais relacionados à saúde para a funcionalidade de agricultores, o que justifica esse estudo, contribuindo para se pensar na relação saúde/trabalho/ambiente, auxiliando na tomada de decisões e no desenvolvimento de estratégias em saúde para esse grupo de trabalhadores. Assim, teve-se como questão de estudo: como os agricultores avaliam os níveis das barreiras e dos facilitadores referentes aos fatores ambientais relacionados à saúde para o desempenho de suas atividades e participação? Logo, objetivou-se analisar como os agricultores avaliam os níveis de barreiras e de facilitadores de fatores ambientais relacionados à saúde para o desempenho de suas atividades e participação.
Método
Trata-se de um estudo quantitativo transversal realizado em dois ambientes rurais do Rio Grande do Sul (RS). O ambiente I, localizado no extremo sul, com aproximadamente 40 km2 de área rural, é caracterizado como região insular e conta com uma unidade de Estratégia Saúde da Família (ESF). O ambiente II, localizado na fronteira oeste, com uma área rural de 5.713,6 km2 distribuída em cinco distritos, conta com cinco unidades de saúde, das quais uma se caracteriza com ESF.
A população do estudo foi composta por agricultores desses dois ambientes rurais. O cálculo amostral foi obtido por meio da ferramenta StatCalc, do programa Epi Info versão 3.5.2., utilizando o número total de habitantes das regiões rurais, em função da ausência do número de agricultores nas fontes oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Empregaram-se os seguintes parâmetros: prevalência desconhecida dos fenômenos e o nível de confiança de 95%, obtendo uma amostra de 369 participantes: aproximadamente 179 na Ilha dos Marinheiros e 190 em Uruguaiana. Para alcançar o maior número possível de agricultores junto aos órgãos oficiais do estado e município vinculados à assistência aos agricultores, realizou-se uma seleção intencional dos participantes por meio de uma amostragem não probabilística por conveniência, a partir da presença e disponibilidade dos trabalhadores no momento do processo de coleta dos dados.
Como critérios de inclusão na amostra estabeleceram-se: agricultores residentes nos ambientes mencionados; idade mínima de 18 anos completos; atuação na agricultura de hortifrutigranjeiros; utilizar algum tipo de serviço de saúde; e exclusão: os que não realizavam atividades na agricultura no período de coleta de dados e que referiram nunca ter utilizado o serviço de saúde.
Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão chegou-se em uma amostra de 255 agricultores, desses 127 trabalhadores do ambiente rural I e 128 trabalhadores do ambiente rural II. Os endereços/localização dos trabalhadores foram obtidos com os órgãos oficiais do Estado e dos Municípios vinculados à assistência aos agricultores, como Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação Rio-grandense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (EMATER), Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural (ASCAR) e Secretaria Municipal da Agricultura em Rio Grande e de Uruguaiana. Após, realizou-se o rastreamento detalhado – casa a casa – localizando os trabalhadores agricultores e suas respectivas residências e também mediante a indicação dos próprios entrevistados.
Os dados foram coletados no período de março a outubro de 2013, por meio de entrevistas individuais no domicílio, a partir de um instrumento contendo variáveis socioeconômicas e demográficas, aspectos do processo de trabalho e dos níveis das barreiras e dos facilitadores dos serviços de saúde (e580*), apoio (e355*) e atitudes individuais de profissionais de saúde (e450*) de acordo com a CIF.5
Conforme a CIF entende-se por serviços de saúde: serviços de nível local e comunitário que têm por finalidade proporcionar intervenções junto às pessoas para o seu bem-estar, financiados com recursos públicos ou privados; com mecanismos de controle administrativo e de supervisão, com leis, regulamentos e normas que regulam os serviços disponíveis. Apoio de profissionais de saúde: apoio prático de prestadores de cuidados que trabalham no contexto do sistema de saúde, como por exemplo, enfermeiros, fisioterapeutas, médicos, entre outros. Atitudes individuais de profissionais de saúde: opiniões e crenças gerais ou específicas de profissionais de saúde, sobre a pessoa que influenciam o comportamento e as ações individuais.5
Para esse estudo consideraram-se os níveis (qualificadores) de barreiras e facilitadores de acordo com a CIF, em uma escala de 5 pontos. Para as barreiras, 0 significa nenhuma barreira ou uma barreira de 0-4% no desempenho, 1 barreira leve ou uma barreira de 5-24% no desempenho, 2 barreira moderada ou uma barreira de 25-49% no desempenho, 3 barreira grave ou uma barreira de 50-95% no desempenho e 4 barreira completa ou uma barreira de 96-100% no desempenho. Para os facilitadores, 0 significa nenhum facilitador ou um facilitador de 0-4% no desempenho, 1 facilitador leve ou um facilitador de 5-24% no desempenho, 2 facilitador moderada ou um facilitador de 25-49% no desempenho, 3 facilitador considerável ou um facilitador de 50-95% no desempenho e 4 facilitador completo ou um facilitador de 96-100% no desempenho.5
Para a análise estatística contou-se com o auxílio do software estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 20.0. As variáveis numéricas foram apresentadas quanto às medidas de tendência central (mediana) e medidas de dispersão (percentil 75 = P75). Para a análise de associação dos dados nominais, foi utilizado o teste Qui-quadrado de Pearson - χ2 e para a análise dos dados numéricos, o coeficiente de Correlação Rho de Spearman. Para a comparação de medianas, utilizou-se o teste de Mann-Whitney para variáveis com duas categorias e o teste de Kruskal-Wallis para as variáveis com mais de duas categorias, considerando-se p<0,05 como significância estatística. Os níveis de barreiras e facilitadores foram verificados por meio da mediana do teste de Kruskall-Wallis e quando a mediana apresentava o mesmo valor para os níveis, verificava-se o percentil 75 (P75).
Em atenção às recomendações da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, referentes às pesquisas relacionadas a seres humanos, o estudo foi avaliado e aprovado para implementação pelo Comitê de Ética da Universidade Federal do Rio Grande, sob parecer nº 026/13.
Resultados
Foram entrevistados 255 agricultores de dois ambientes rurais. A seguir, expõem-se o perfil socioeconômico e demográfico desses agricultores e as diferenças entre os dois ambientes rurais.
Tabela 1 - Caracterização de agricultores de dois ambientes rurais, segundo variáveis socioeconômicas e demográficas. Rio Grande, RS, Brasil, 2013.
Variáveis |
Ambiente Rural I |
Ambiente Rural II |
p-valor |
||
|
n=127 |
n=128 |
|
||
Sexo |
|
|
|
|
0,279§ |
Feminino |
|
40,2 % |
|
46,9% |
|
Masculino |
|
59,8% |
|
53,1% |
|
|
|
|
|
||
Idade em anos completos |
|
55‡ |
|
47‡ |
<0,001│ |
|
|
|
|
|
|
Anos completos de escolaridade |
|
4‡ |
|
8‡ |
<0,001│ |
|
|
|
|
||
Renda familiar mensal* |
|
1500,00‡ |
|
1400,00‡ |
0,489│ |
|
|
|
|
|
|
Tempo em anos que reside nesse ambiente rural |
|
52,50‡ |
|
13,50‡ |
<0,001│ |
|
|
|
|
|
|
Tempo em anos que atua na agricultura |
|
41,50‡ |
|
15,00‡ |
<0,001│ |
|
|
|
|
|
|
Horas de trabalho dedicado diariamente à agricultura |
|
8‡ |
|
7‡ |
0,021│ |
*Salário mínimo rural em 2013 no Brasil (R$898,80). ‡Mediana. §Teste de qui-quadrado.│Teste de U de Mann-Whitney.
Conforme a Tabela 1, a maioria dos agricultores era do sexo masculino em ambos os ambientes rurais. No ambiente I, os agricultores apresentavam mediana de idade mais elevada e mediana de escolaridade mais baixa quando comparado aos agricultores do ambiente II, sendo esta diferença de medianas significativa estatisticamente. Com relação ao tempo que reside no ambiente rural atual, tempo que atua na agricultura e horas de trabalho dedicado diariamente à agricultura os agricultores do ambiente I apresentavam medianamente valores maiores do que os agricultores do ambiente II, também com significância estatística.
Na Tabela 2, evidenciam-se as comparações dos níveis de barreiras e facilitadores dos serviços de saúde, apoio e atitudes individuais de profissionais de saúde entre os ambientes rurais.
Tabela 2 - Medianas dos níveis de barreiras e facilitadores dos fatores ambientais relacionados à saúde dos ambientes rurais. Rio Grande, RS, Brasil, 2013.
|
Ambiente Rural I |
Ambiente Rural II |
|
|
Mediana |
Mediana |
p-valor* |
Serviços de saúde (e580) |
|
|
|
Barreira |
1 |
2 |
0,009 |
Facilitador |
3 |
2 |
0,001 |
Apoio de profissionais de saúde (e355) |
|
|
|
Barreira |
0 |
0 |
0,886 |
Facilitador |
3 |
2 |
0,030 |
Atitudes individuais de profissionais de saúde (e450) |
|
|
|
Barreira |
0 |
0 |
0,344 |
Facilitador |
3 |
2 |
0,031 |
*H de Kruskall-Wallis
De acordo com a Tabela 2, evidencia-se que os agricultores do ambiente I identificaram os serviços de saúde, como facilitador considerável (3) para o seu desempenho, já os do ambiente II identificaram como um facilitador moderado (2). Ainda sobre esse fator ambiental, os agricultores do ambiente II também evidenciavam como uma barreira moderada (2) enquanto que os agricultores do ambiente I referiram uma barreira leve (1) para o seu desempenho. Esses resultados apresentaram significância estatística.
Com relação ao apoio de profissionais de saúde e as atitudes individuais desses profissionais, os agricultores do ambiente I identificaram como um facilitador considerável (3) para o seu desempenho, já os agricultores do ambiente II referiram um facilitador moderado (2), tendo significância estatística. Apesar de não apresentar significância estatística, destaca-se que o apoio de profissionais de saúde e as atitudes individuais desses profissionais foram avaliadas como nenhuma barreira nos dois ambientes (Tabela 2).
Em relação ao tipo de serviço de saúde utilizado, 47,2% dos agricultores do ambiente I e 48,4% do ambiente II utilizavam somente o SUS, por meio de Unidades de saúde e hospitais, enquanto que 52,8% do ambiente I e 51,6% do ambiente II utilizavam o SUS e outros serviços de saúde, como por exemplo, meio particular (consultas, clínicas, hospitais) e por plano de saúde (exames complementares, consultas, hospitais).
Na Tabela 3, verifica-se a partir do percentil 75, que o apoio de profissionais de saúde para os agricultores do ambiente II que utilizavam o SUS e outros serviços de saúde corresponde a um facilitador completo (4) no seu desempenho, enquanto que para aqueles que utilizavam somente o SUS foi visualizado como um facilitador considerável (3). Com relação às atitudes individuais de profissionais de saúde, o percentil 75 demonstra que os agricultores do ambiente rural II que utilizavam somente o SUS referiram uma barreira moderada (2) quanto às atitudes dos profissionais para o seu desempenho, enquanto que aqueles que utilizavam o SUS e outros serviços de saúde não evidenciaram nenhuma barreira (0) quanto às atitudes para o desempenho das suas atividades e participação. Estes resultados apresentaram significância estatística.
Tabela 3 - Medianas entre os níveis de barreiras e facilitadores dos fatores ambientais relacionados à saúde e o tipo de serviços de saúde utilizados de dois ambientes rurais. Rio Grande, RS, Brasil, 2013.
Variáveis |
Ambiente Rural I |
Ambiente Rural II |
||||
SUS |
SUS e outros |
p-valor |
SUS |
SUS e outros |
p-valor |
|
Serviços de saúde e580 |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
1 |
1 |
0,671 |
2,5 |
2,0 |
0,421 |
Facilitador |
3 |
3 |
0,426 |
2,0 |
2,0 |
0,868 |
|
|
|
|
|
|
|
Apoio de profissionais de saúde e355 |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
0 |
0 |
0,979 |
0 |
0 |
0,991 |
Facilitador |
3 |
3 |
0,377 |
2 P75=3 |
2 P75=4 |
0,001 |
|
|
|
|
|
|
|
Atitudes individuais de profissionais de saúde e450 |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
0 |
0 |
0,105 |
2
|
0 |
0,005 |
Facilitador |
3 |
3 |
0,286 |
0 |
2 |
0,264 |
Conforme a Tabela 4, foi possível verificar que no ambiente I quanto maior a idade dos agricultores menores eram os níveis identificados das barreiras quanto aos serviços de saúde e quanto ao apoio de profissionais de saúde. Diferentemente, quanto maior a idade dos agricultores maiores eram os níveis identificados dos facilitadores quanto a esses serviços e apoio. Com relação à renda familiar mensal, verifica-se que quanto maior a renda familiar dos agricultores menores eram os níveis identificados das barreiras quanto aos serviços de saúde e quanto ao apoio de profissionais de saúde. Estes resultados foram significativos estatisticamente.
Outro resultado significativo, de acordo com a Tabela 4, corresponde ao tempo de residência dos agricultores no ambiente rural I, demonstrando que quanto maior o tempo de residência menores eram os níveis das barreiras identificados quanto aos serviços de saúde e quanto às atitudes individuais de profissionais de saúde. Em contrapartida maiores eram os níveis identificados em relação ao facilitador dos serviços. Ainda no ambiente I, verifica-se que quanto maior o tempo de atuação na agricultura menores eram os níveis identificados de barreiras e maiores eram os níveis identificados de facilitador quanto aos serviços de saúde. Estes resultados foram significativos estatisticamente.
Tabela 4 - Correlação entre barreiras e dos facilitadores dos fatores ambientais relacionados à saúde e de profissionais de saúde e características socioeconômicas e demográficas de agricultores do ambiente rural I. Rio Grande, RS, Brasil, 2013.
Variáveis |
Serviços de saúde (e580) |
Apoio de profissionais de saúde (e355) |
Atitudes individuais de profissionais de saúde (e450) |
|||
|
Rho |
p-valor |
Rho |
p-valor |
Rho |
p-valor |
Idade |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,281 |
0,001 |
-0,216 |
0,015 |
-0,157 |
0,079 |
Facilitador |
0,269 |
0,015 |
0,181 |
0,042 |
0,136 |
0,129 |
|
|
|
|
|
|
|
Escolaridade |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
0,076 |
0,417 |
0,027 |
0,776 |
0,008 |
0,930 |
Facilitador |
-0,029 |
0,753 |
0,006 |
0,947 |
-0,010 |
0,917 |
|
|
|
|
|
|
|
Renda familiar mensal |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,164 |
0,068 |
-0,202 |
0,024 |
-0,241 |
0,007 |
Facilitador |
0,154 |
0,086 |
0,079 |
0,381 |
0,096 |
0,286 |
|
|
|
|
|
|
|
Tempo de residência |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,232 |
0,009 |
-0,163 |
0,071 |
-0,180 |
0,045 |
Facilitador |
0,179 |
0,047 |
0,087 |
0,336 |
0,095 |
0,292 |
|
|
|
|
|
|
|
Tempo de atuação |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,297 |
0,001 |
-0,164 |
0,071 |
-0,128 |
0,161 |
Facilitador |
0,288 |
0,001 |
0,156 |
0,086 |
0,174 |
0,55 |
|
|
|
|
|
|
|
Horas de trabalho diário |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,029 |
0,749 |
0,077 |
0,393 |
0,116 |
0,199 |
Facilitador |
0,061 |
0,496 |
0,075 |
0,405 |
-0,087 |
0,337 |
No ambiente II, conforme a Tabela 5, os resultados foram significativos estatisticamente para a correlação entre horas de trabalho diário na agricultura constatando que, quanto mais horas os agricultores dedicavam ao trabalho diário, maiores eram os níveis identificados de barreiras quanto ao apoio de profissionais de saúde e quanto às atitudes individuais de profissionais de saúde.
Tabela 5 - Correlação entre barreiras e dos facilitadores dos fatores ambientais relacionados à saúde e de profissionais de saúde e características socioeconômicas e demográficas de agricultores do ambiente rural II. Rio Grande, RS, Brasil, 2013.
Variáveis |
Serviços de saúde (e580) |
Apoio de profissionais de saúde (e355) |
Atitudes individuais de profissionais de saúde (e450) |
|||
|
Rho |
p-valor |
Rho |
p-valor |
Rho |
p-valor |
Idade |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,083 |
0,354 |
-0,056 |
0,532 |
-0,790 |
0,380 |
Facilitador |
0,108 |
0,225 |
0,122 |
0,170 |
0,138 |
0,122 |
|
|
|
|
|
|
|
Escolaridade |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
0,030 |
0,759 |
0,034 |
0,723 |
0,024 |
0,807 |
Facilitador |
-0,030 |
0,759 |
0,032 |
0,742 |
-0,020 |
0,833 |
|
|
|
|
|
|
|
Renda familiar mensal |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,052 |
0,570 |
-0,036 |
0,697 |
-0,024 |
0,795 |
Facilitador |
0,007 |
0,942 |
0,060 |
0,514 |
-0,005 |
0,961 |
|
|
|
|
|
|
|
Tempo de residência |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
0,113 |
0,212 |
0,000 |
0,999 |
-0,091 |
0,318 |
Facilitador |
-0,081 |
0,371 |
0,004 |
0,967 |
0,040 |
0,659 |
|
|
|
|
|
|
|
Tempo de atuação |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,054 |
0,550 |
-0,086 |
0,338 |
-0,038 |
0,670 |
Facilitador |
0,022 |
0,803 |
0,123 |
0,172 |
0,107 |
0,235 |
|
|
|
|
|
|
|
Horas de trabalho diário |
|
|
|
|
|
|
Barreira |
-0,027 |
0,768 |
0,205 |
0,022 |
0,316 |
<0,001 |
Facilitador |
-0,134 |
0,134 |
-0,146 |
0,104 |
-0,137 |
0,127 |
Discussão
Os agricultores dos ambientes rurais pesquisados atribuíram níveis diferentes em relação às barreiras e aos facilitadores para os fatores ambientais relacionados à saúde. Os agricultores do ambiente I evidenciaram que os serviços de saúde apresentavam maiores níveis de facilitadores do que barreiras para o seu desempenho. Já os agricultores do ambiente II evidenciaram níveis moderados tanto para facilitadores quanto para barreiras nesse aspecto.
Na perspectiva da CIF, os serviços de saúde devem oportunizar condições para o bem estar dos indivíduos, sendo financiados e controlados por órgãos públicos ou privados.5 Os resultados do presente estudo evidenciaram que os serviços de saúde se organizam e possuem especificidades de logística diferentes de acordo com os ambientes pesquisados, de forma que fatores como localização geográfica, distância, disponibilidade de transporte, acesso e tipo de serviço podem contribuir para que esse aspecto seja avaliado com diferentes níveis de barreiras ou facilitadores pelos usuários.9-10
A extensão rural em Km2 do ambiente I favorece o acesso dos agricultores a unidade de ESF quando comparado ao do ambiente II que apresentam uma maior extensão. Essa característica pode auxiliar na explicação da identificação de maiores níveis de facilitadores do que barreiras para o seu desempenho para os agricultores do ambiente I e de níveis moderados tanto para facilitadores quanto para barreiras para os agricultores do ambiente II.
É possível evidenciar na literatura que as populações rurais possuem menor proximidade aos serviços de saúde e, por conseguinte, pouco utilizam tais serviços, o que decorre tanto da menor disponibilidade de serviços de saúde, especialmente, em áreas esparsamente povoadas, como das grandes distâncias a serem percorridas, das dificuldades de transporte e do trabalho na agricultura, que demanda rotinas intensas e impedem que os trabalhadores interrompam suas tarefas em virtude das perdas financeiras.9,11
Todos os agricultores de ambos os ambientes rurais desse estudo utilizavam os serviços de saúde por meio do SUS. Contudo, a maioria desses agricultores utilizavam o SUS e outros serviços de saúde, indicando que necessitavam buscar complementaridade, como, por exemplo, o meio particular e o plano de saúde para o atendimento de suas necessidades.
Um estudo que traçou um panorama sobre acesso e utilização de serviços de saúde em São Paulo, verificou que se visualizam desigualdades na cobertura por planos de saúde privados, com maior cobertura para a região urbana do que para a região rural.12 Essas evidências se constituem em desafios para a consolidação do acesso universal à saúde e da cobertura universal de saúde propostos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como para os profissionais de saúde, os quais se constituem como pilares centrais para essa consolidação.13
Os fatores apoio de profissionais de saúde e atitudes individuais desses profissionais evidenciaram que os profissionais de saúde dos ambientes pesquisados vêm demonstrando apoio prático adequado com os usuários do serviço de saúde. As atitudes individuais, opiniões e crenças gerais ou específicas vêm influenciando o comportamento e as ações individuais dos agricultores em relação aos cuidados com sua saúde, facilitando seu desempenho.5
Cabe destacar, no entanto, que os fatores apoio de profissionais de saúde e atitudes individuais de profissionais de saúde para os agricultores do ambiente rural II foram avaliados de forma diferente por aqueles que utilizavam somente SUS, em relação aos que utilizavam SUS e outros serviços. A distância geográfica das unidades de ESF do ambiente II podem ter influenciado os agricultores visualizarem mais barreiras em relação ao apoio dos profissionais e visualizarem mais facilitadores quando utilizam além do SUS serviços complementares. Estudo realizado sobre acesso a unidade básica de referência no âmbito do SUS, identificou que barreiras geográficas na marcação de consulta e no acolhimento, são fatores que dificultam o acesso.14
Há uma importante diferenciação entre o modo de organização dos serviços de saúde das instituições públicas e privadas, englobando tanto a diferença da assistência, em relação à acesso, infraestrutura e resolutividade, como das relações entre os profissionais e usuários.15 Desse modo, ao considerar o SUS idealizado versus o realizado, identifica-se que os profissionais de saúde possuem conhecimentos superficiais acerca dos princípios e diretrizes que regem tal sistema reproduzindo, muitas vezes, um modelo fragmentado e pouco resolutivo em suas práticas cotidianas. Tal fato demanda que os profissionais de saúde sejam protagonistas de boas práticas de saúde, traduzindo os princípios e diretrizes do SUS em suas atitudes.16
Infere-se que quando os profissionais se aproximam dos usuários, por meio do diálogo, escuta, envolvimento, esses reconhecem suas necessidades de saúde de maneira integral, considerando tanto aspectos biológicos quanto culturais e ambientais. Isso pode facilitar a utilização dos serviços de saúde,15 contribuindo para que os agricultores desempenhem suas atividades e participação de forma efetiva.
As características socioeconômicas e demográficas de agricultores de dois ambientes rurais apresentaram importantes correlações com os níveis de barreiras e facilitadores dos fatores ambientais relacionados à saúde analisados nesse estudo. No ambiente I, em relação a idade, esses resultados corroboram com resultados presentes na literatura, os quais verificaram que, com o avançar da idade, maior é a procura aos serviços de saúde17 e que a prevalência de utilização desses serviços é maior entre idosos e aposentados.18 Apesar de não identificar a maioria dos agricultores de ambos os ambientes como idosos, pode-se inferir que, os agricultores do ambiente I poderão ter utilizado mais os serviços de saúde, do que os agricultores do ambiente II por apresentarem idade mais elevada em relação aos agricultores do ambiente II e, por identificarem, conforme idade mais elevada, maiores níveis de facilitadores quanto aos serviços de saúde e apoio de profissionais de saúde.
Em relação a renda, também no ambiente I, o fator econômico possui influência para a identificação de maiores/menores barreiras/facilitadores. Cabe destacar que maiores rendimentos financeiros já foram identificados como fatores fortemente associados a melhores níveis de saúde e a uma maior procura por serviços de saúde.18 Tal fato pode evidenciar que existem fragilidades no acesso e cobertura universal à saúde, uma vez que está expresso pela Constituição da OMS, o direito à saúde para todos os indivíduos, sem distinção de condição econômica.19
O tempo de residência dos agricultores e o tempo de trabalho na agricultura se destacaram nos resultados, no ambiente I, evidenciando que a relação do usuário com o serviço e com os profissionais de saúde é otimizada no decorrer do tempo, uma vez que a confiança vai se construindo gradativamente, oportunizando o envolvimento do usuário com o sistema de saúde. O envolvimento está diretamente associado à longitudinalidade, compreendendo uma relação terapêutica duradoura entre os usuários e os profissionais dos serviços de saúde, viabilizando a continuidade da assistência à saúde e aumentando a adesão do usuário.20
No ambiente II, as correlações permitiram identificar que quanto mais horas os agricultores dedicavam ao trabalho diário, maiores eram os níveis identificados de barreiras quanto ao apoio e relacionamentos e quanto às atitudes individuais de profissionais de saúde. Esse resultado pode estar associado ao horário de funcionamento da maioria dos serviços de saúde, o qual pode ser considerado uma importante barreira ambiental, não atendendo as necessidades dos agricultores por ser incompatível com as longas jornadas e com a rotina intensa de trabalho na agricultura.18
Tal fato demanda uma maior atenção das políticas de saúde, direcionando ações para o acesso e cobertura à saúde para grupos com características específicas como, por exemplo, o ambiente rural, o que demanda profissionais de saúde com capacidade de compreender o contexto em que esses indivíduos estão inseridos e os processos de trabalho em que se inserem.
Analisar a funcionalidade por meio dos níveis de barreiras e facilitadores dos fatores ambientais relacionados à força de trabalho e à saúde, de acordo com os agricultores de ambientes rurais, direciona perspectivas de cuidados de enfermagem para esses agricultores, suas famílias e comunidades. O enfermeiro e a equipe de saúde poderão desenvolver estratégias e ações de cuidado que minimizem os níveis de barreiras e aumentem os níveis de facilitadores desses fatores, favorecendo o processo de trabalho familiar/comunitário e a otimização dos serviços de saúde, apoio e atitudes individuais de profissionais de saúde, contemplando as necessidades dos agricultores e beneficiando o desempenho de suas atividades e participação e, consequentemente, sua funcionalidade e capacidade orgânica.
As estratégias e ações para minimizar os níveis de barreiras e aumentar os níveis de facilitadores dos fatores ambientais relacionados à saúde, melhorando assim a funcionalidade, podem ser: repensar as características do processo de trabalho das unidades de saúde das localidades rurais, o próprio horário de funcionamento dessas unidades e o desenvolvimento de capacitações para os profissionais de saúde, agregando características de ruralidade para essas unidades e para esses profissionais, fundamentais para a promoção da funcionalidade e capacidade orgânica de agricultores.
Conclusão
A idade, o tempo de residência no ambiente rural, o tempo de trabalho na agricultura e as horas trabalhadas diariamente foram significativamente diferentes entre os dois ambientes rurais estudados. No ambiente I, em relação aos serviços de saúde, os trabalhadores evidenciaram maiores níveis de facilitadores do que barreiras. O apoio e as atitudes individuais de profissionais de saúde foram avaliados como: facilitadores consideráveis para os agricultores do ambiente I; moderados para os do II; e, como nenhuma barreira para o desempenho das atividades e participação nos dois ambientes.
A percepção dos agricultores em relação a barreiras e facilitadores dos serviços de saúde perpassa: pela localização geográfica da unidade de ESF, pois conforme a proximidade do serviço menos barreiras e mais facilitadores foram identificados; pela questão do vínculo, pois quanto maior o tempo que reside no ambiente, menores foram os níveis de barreiras e maiores os de facilitadores identificados; pelas alterações decorrentes do processo de envelhecimento, que podem diminuir o desempenho no trabalho e ocasionar uma busca maior na procura ao serviço, pois quanto maior a idade e maior o número de horas diárias de trabalho menor o nível de barreiras e maior o de facilitadores identificados.
Destaca-se a importância de avaliar os níveis de barreiras e facilitadores de fatores ambientais relacionados à saúde, a fim de que possam ser construídas estratégias que visem otimizar serviços de saúde, apoio e atitudes individuais de profissionais de saúde, contemplando as necessidades de agricultores e beneficiando o desempenho de suas atividades e participação. Em especial, o enfermeiro ao identificar os níveis de barreiras e facilitadores de tais fatores ambientais relacionados à saúde, pode realizar o planejamento de intervenções, contando com uma equipe interdisciplinar para a modificação de tais barreiras e promoção dos facilitadores, o que auxiliará no desenvolvimento de ações promotoras e preventivas na perspectiva da saúde de agricultores.
Como limitações do estudo têm-se à dificuldade de acesso aos ambientes rurais e a falta de informações a respeito do número de agricultores residentes nos mesmos, o que não oportunizou a realização de um estudo com amostra aleatória e, por conseguinte, não permite a generalização dos achados. Por outro lado, estes achados tornam-se relevantes na medida em que não existem semelhantes com destaque para utilização da CIF com agricultores.
Sugere-se a realização de novas investigações para abordar o conteúdo da CIF em relação à saúde de agricultores, bem como a exploração dos tipos de barreiras e facilitadores para esses agricultores, a fim de registrar e comunicar informações específicas de enfermagem.
Referências
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Contribuições de Autoria
1 – Diéssica Roggia Piexak
Concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
2 – Daiane Porto G
Análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
3 - Mara Regina Santos da Silva
Análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
4 - Valdecir Zavarese da Costa
Análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
5 - Aline Cristina Calçada de Oliveira
revisão crítica.
6 - Marta Regina Cezar-Vaz
Contribuições: concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção, análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.
Como citar este artigo
Piexak DR, Gautério-Abreu DP, Silva MRS, Costa VZ, Oliveira ACC, Cezar-Vaz MR. Níveis de barreiras e de facilitadores de fatores ambientais relacionados à saúde: avaliação de agricultores. Rev. Enferm. UFSM. 2019 [Acesso em: 2019 jun 15];vol ex:1-21. DOI:https://doi.org/10.5902/2179769229569